A Herdeira

Beijo.


Eu não acredito que ele fez isso.

Muitas vozes na minha cabeça. Cada uma dizia algo.

Como ele pode? Eu confiei nele!

Oras confiou, mas você não o amava não é? E ainda por cima ele achou que você estava traindo ele.

Mas mesmo assim ele não tinha o direito de dizer a todos sobre a marca.

Não tinha? Minha cara Viola ele tinha todo o direito, ou melhor, eu tinha.

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A voz de Tom estava entre as outras e o que me assustou, mais foi ele quem disse que Louis tinha o direito de fazer o que fez.

Mesmo assim eu não posso acreditar que aquele era o Louis que eu conhecia. O Louis carinhoso, que se importa, aquele era Tom, usando Louis, mas agora ninguém vai confiar em mim, nunca mais.

Ainda ouço os pedidos de morte, e muitas outras coisas.

Depois que eu saí do Salão eu vim para o único lugar que me sentia segura - Que era o mesmo lugar onde não deveria me sentir segura. - E nesse momento aqui estou eu, sentada no chão do banheiro da Murta, chorando.

Um barulho me faz olhar para trás, e eu vejo a ultima pessoa que eu esperava aqui. Scorpius.

- Viola, o que você está fazendo aqui? – ele perguntou assustado e preocupado.

- Como assim? Aqui? Eu estou chorando se não da para perceber. – eu disse meio rude e não entendendo o porquê de ele perguntar sobre aqui.

- Mas aqui é onde Tom encontrava você não é? – ele me perguntou.

Como assim? Ele sabe que eu não fiz nada do que Louis falou?

- Co... Como você sabe? – eu perguntei gaguejando por causa do choro.

- Oras, eu vi você com ele. – ele disse como se fosse à coisa mais normal do mundo.

- Como você vê isso e não vem falar comigo? – perguntei indignada.

- Viola eu estava confuso, agora você quer um ombro amigo ou quer discutir comigo?- ele respondeu.

Eu comecei a chorar novamente me lembrando da cena que aconteceu no Salão.

Ele veio até a mim e se sentou. Abraçou-me e deixou-me chorar.

- Como ele pode fazer isso? – perguntei em um sussurro, mas como ele estava próximo ouviu.

- Você sabe... Foi Tom. – ele disse.

- Sim eu sei, mas e agora? Todos querem me ver morta. – disse.

- Não é verdade. Os Weasley’s e os Potter’s sabem a verdade e também eu sei e isso é bom. Podemos te ajudar. – ele disse

- Tem certeza? – perguntei, vendo pelo menos uma pontinha de esperança.

- Sim, tenho certeza, e quando você for conversar com a diretora o tio Harry. – ele me disse.

- Obrigada Scorpius. – eu disse.

Eu levantei o meu olhar e vi como estávamos próximos. Scorpius começou a chegar mais perto e finalmente nossos lábios se tocaram. Seu beijo era calmo como se tivéssemos todo o tempo do mundo, depois de alguns segundos ele pediu passagem e eu cedi.

Então nos precisamos de ar e paramos o beijo.

Eu estava de olhos fechados e quando o abri vi Scorpius estava sorrindo, o que me fez sorrir também.

- Estava querendo fazer isso há muito tempo. – ele disse me olhando nos olhos.

- Eu também. – as palavras vieram sem que eu tivesse controle.

Ele me abraçou e então foi ai que eu pensei que talvez tudo desse certo.