Batalha dos Namorados

Capítulo 31 – Batalha dos Namorados.

- Achei que você não me visitaria mais. – disse ela com um tom de voz fingido.

- Você sabe muito bem, o porquê eu não apareci desde o Natal. – disse Odin fazendo-se de ofendido. – Mal tive tempo para entrar nos sonhos dela.

- Senti um pouco de dor nessa última frase.

- Claro que teve, Palas. Você mais que ninguém sabe que é difícil para um de nós se afastar do outro. Mesmo a Isis ainda não ter despertado. Ela ficará ainda mais fora do ar nós próximos meses. E isso é torturante.

- E quando você vai falar para Lilian que ela é Isis?

- Você passou por isso mais vez que eu, sabe bem que isso pode ser um choque e tanto. Nenhum deles, e de nós, consegue compreender isso antes do despertar. Pelo que eu me lembro Lug contou com todas as letras que nós nos apaixonamos por quem somos destinados quando saímos dos ovos.

- Falando nele, como está o Lug?

- Torrando a paciência. Ele está doido, preocupado com o tempo que ficou dormindo, querendo de qualquer jeito vir atrás dela. Eu gosto quando ela acorda antes dele, só Freya controla ele.

- E o que acontece agora? – perguntou Palas.

- Eles vão despertar em poucos dias, e teremos trabalho, eles despertaram juntos e numa situação inusitada. Eu não poderei aparecer para todos no castelo e você ainda não poderá se revelar.

- Você já explicou isso. Alguma noticia de Krull?

- Sim, ele não demorará para aparecer, mas seu fim é você quem pode prever, não eu.

- Você pode viajar pelo tempo.

- Não para um tempo e lugar em que eu estou, na mesma forma. Só posso viajar no espaço. – disse Odin.

- Odeio essa limitação nos poderes. – respondeu Bastet. – Mantenha Lug longe daqui, não quero perder os dois.

- Sabe o que é mais irônico nesta vida. Um Dragão Divino que vira tratador de dragões. – disse ele antes de desaparecer.

- Eu ainda acho que é o fato de um dragão se apaixonar por uma fênix.

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Hermione e Lilian conseguiram arrastar Gina e Shade para a sala do Remo para ver se ele tinha algum livro que poderiam ajudá-las a entender melhor Leglimência. Se até Rony já tinha pegado um pouco sobre o assunto, elas estavam defasadas.

Harry disse que isso era normal, as habilidades da mente eram um pouco diferente, e nem sempre aqueles que teriam mais sucesso eram aqueles que pegavam primeiro, mas não deixava de ter orgulho pelo amigo. Gina disse que era porque ele não tinha muita coisa na mente então era mais fácil controlá-la.

Chegando perto da sala de DCAT, elas viram uma coisa que as deixou desconfiadas. Nathy entrava sorrateiramente na sala. A seguiram, mas não encontraram ninguém na sala de aula. Provavelmente estavam no escritório dele. O que era estranho, o único aluno que o lobisomem recebia no seu escritório de porta fechada era Harry, mas este estava em uma detenção por atacar sonserinos que ofendiam uma nascida trouxa da Corvinal.

Chegaram perto da porta e escutaram sons comprometedores. Gemidos de prazer que nunca esperaram ouvir naquela sala.

Gina deixou transparecer seu temperamento e logo abriu a porta que bateu na parede com um estrondo assustando ao casal que estava lá dentro.

- Eu nunca esperava isso de vocês. – disse Ly com a mesmo expressão de raiva da cunhada.

- Tonks não merecia isso. – disse Hermione.

- E você, Thompson. Achávamos que você era nossa amiga. – disse Shade.

- Se aproveitando de nós e do Harry para isso. – disse Gina quase cuspindo as palavras.

- Meninas, não é nada disso que vocês estão pensando. – disse o professor se colocando na frente da aluna, para que ela pudesse se recompor e abotoar a camisa.

- Vocês poderiam fechar a porta, para que mais ninguém ouvisse. – disse a menina completamente sem graça.

Assim foi feito, Remo conjurou sofás para todos.

- Pode ira falando. – disse Gina, mas foi cortada pela Hermione.

- Uma aluna, Lupin. Eu esperava isso do Sirius, não de você.

- Deixa meu pai em paz. – disse Shade. – Pode ir se explicando Lobo.

- Dumbledore imaginou que vocês precisavam de mais proteção. – disse ele.

- Por isso você está aqui. – disse Lilian. – Harry disse isso, depois daquela reunião lá em casa.

- Sim, mas ele achou que era pouco, e resolveu ter outro membro na escola.

- Alias eu não sou uma aluna há seis anos. – disse Nathy.

- Como não? – perguntaram as quatro.

- Eu sou uma auror formada e vocês me conhecem. – disse ela mudando de forma para aquela que ela mais usa, com os cabelos rosa.

- Tonks! – disseram todas espantadas, envergonhadas e furiosas.

- E ai, Beleza? – perguntou a auror.

- Mas... como? – perguntou Hermione.

- Vocês precisam de mais segurança. E o que é melhor que uma auror no dormitório de vocês, andando com vocês.

- E essa historia de você ser um lobisomem?

- Que historia melhor para que ela pudesse me substituir que faltar pelo mesmo motivo? – disse Remo.

- Mas é o Harry, ele sabe? – perguntou Gina com raiva do namorado.

- Sabe, alias percebeu na hora que eu entrei no Salão Principal com vocês. – disse Tonks. – Naquela noite mesmo ele me colocou contra a parede.

- Você poderia não usar esses termos para se referir ao filhote de maroto, ele se parece que de mais com o pai. – reclamou o professor.

- Só porque ele gosta de tirar com a sua cara. E sim ele ajudou a criar essa desculpa. E que vocês tem que entender que se não soubessem seria mais fácil que os outros não desconfiassem. O fato do Harry ter aceitado a mim rapidamente, mas vocês ainda terem um pouco de desconfiança, principalmente você Gina.

- Como assim? – perguntou a Gina.

- A sua cara quando ele me deu o primeiro selinho foi quase a mesma que o Remo fez, mas ele foi aqui sem mais ninguém vendo.

- Eu ainda pego aquele filhote de Cervo. – disse a ruiva.

- Espero que seja em um lugar isolado, só nós dois. – disse Harry nas costas dela, porém assustando apenas Remo, Tonks e Hermione.

- Não me tente. – disse ela com um brilho no olhar. – Mas o que você faz aqui, não devia estar em detenção?

- O Seboso a cancelou. Sentiu uma pontada no braço e partiu do castelo. Se tivermos sorte, ele só aparece na segunda, não atrapalhando nosso passeio. – disse ele e se virando para o tio falou. – Eu não avisei para vocês terem mais cuidado, mas vocês acham o perigo mais divertido.

- Deixa de encher, Pontas. – disse a auror.

- Acho melhor assumir a aparência de Nathy de novo, senão o segredo será revelado. E aproveitem que amanhã é lua Cheia e Só precisamos ver a Tonks na segunda. Sabe essa família está muito pequena. Vocês atrapalharam eles.

- Como sabe? – disse a metamorfomaga corando.

- Conheço o estilo do Aluado. Ele sempre é meio selvagem, e deixa o lobo sair. Você está com a blusa abotoada errada, coisa feita na pressa. E você parece que resolveu virar vampiro, pelo chupão que está no pescoço dele.

- Vamos. – disse Shade. – Se continuar assim não teremos nenhum professor de DCAT semana que vem.

- Os livros que vocês procuram são esses. – disse Harry convocando alguns livros que estavam na mesa do professor.

- Como sabia? – perguntou Hermione.

- Eu contei. – disse Ly. – foi ele quem me disse que o Tio Aluado tinha eles.

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Gina estava voltando da biblioteca quando foi interceptada por alguém.

- Me desculpe. – disse o menino que ela reconheceu como sendo da Lufalufa.

- Não aconteceu nada. – disse ela.

- Prazer, sou Brendan Scott.

- Gina Weasley. – disse ela.

- Eu sei. Foi uma coincidência encontrar com você aqui. – disse ele. – Sabe eu ando vendo você nos jogos de quadribol. E gostaria de saber se você não quer ir comigo ao passeio amanhã.

- Infelizmente não. – disse ela com um sorriso confortador.

- Quem sabe na próxima? – disse o garoto sem jeito se afastando.

- Esses caras não tem mais respeito. – disse Harry aparecendo de repente atrás dela.

- Harry que susto. – disse ela com a mão no coração.

- E não vem com essa não que você não disse para ele que já tinha par, que, aliás, é o seu namorado.

- Achei que todos soubessem. – disse ela adorando os ciúmes dele. – E não me vem com essa que eu sei bem que as meninas ainda dão em cima de você.

- Engano o seu. Desde o jogo nenhuma menina veio com gracinhas para cima de mim. Nenhuma “se” convidou para ir comigo amanhã. – disse ele com raiva. – Pensei ter deixado claro que estou com você e somente com você. Parece que só você não entendeu isso ainda.

- Harry, não diz isso. –disse ela com uma voz fraca. Ela sabia que ele não ia resistir a isso. Começou a usar essa tática no trem, se fazia de frágil perto dele e isso ativava seu senso de proteção. Mas quando queria algo mais quente batia de frente com ele.

Deu certo desta vez, já que Harry a abraçou e deu um beijo.

- Só não faz mais isso. – disse ele sem perceber que foi manipulado por ela, como sempre.

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Ly e Shade caminhavam sozinhas para o vilarejo, não aceitaram nenhum convite, pois se consideravam compromissadas e não queriam ficar de vela. Mais a ruiva que tinha um belíssimo anel no dedo. Encontrariam com a Carol no Três Vassouras. Ela estava terminando uma carta para o Gabriel, mesmo que no Brasil a data fosse comemorada em outro dia.

Foram abordadas por dois Corvinais, que não haviam se conformado com o fato delas irem sozinhas.

- Moças tão bonita não devem ficar sozinhas justamente no dia dos namorados. – disse um deles, que as meninas ignoravam como se chamava.

- Isso mesmo. – disse o outro. – Como somos bonzinhos, não deixaremos vocês desacompanhadas.

- Eles não desistem. – disse Shade.

- Não mesmo. – disse Ly. – Eu estou indo encontrar com o meu namorado. Mas devo advertir que ele é ciumento, e extremamente poderoso. Veja o anel que ele fez para mim, com a sua magia.

Os dois meninos olharam para a jóia e deram um passo para trás. Sara pegou a deixa.

- Carlinhos falou que daria uma passada aqui.

- Carlinhos Weasley? – perguntou um deles.

- Sim. Ele mesmo.

A fama do ruivo era grande, o que fez os dois garotos saírem correndo, fazendo as meninas rirem.

- Finalmente eu vou conhecer seu namorado? – perguntou a morena.

- Talvez. Ele disse que viria me ver hoje. Só não especificou se seria pessoalmente ou em sonho. Se bem que ele disse que seria em uma situação inusitada. Pode ser qualquer coisa.

As duas continuaram a seguir o seu caminho, comentando os casais que viam pela vila.

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- Para onde vamos? – perguntou Harry.

Gina ficou encantada com isso, os seus namorados anteriores não ligavam para o que ele queria. Sempre programava as visitas deles, o que a fazia não aproveitar muito. Mas com Harry seria diferente, por ser ele.

- Eu sempre quis ir ao Chá da Madame Poddifoot. – disse ela meio apreensiva.

- Não tenho boas recordações de lá. – disse o moreno.

- Isso foi porque sua companhia não era a ideal, nem o motivo. – disse ela só para implicar.

- Verdade.

- Você faria isso por mim? – perguntou ela com beicinho.

- Só por você. – disse ele.

Os dois caminharam para a referida casa, sem se importarem com os outros.

Harry percebeu que a decoração era a mesma do ano anterior. Teve que sufocar um suspiro para não chatear a namorada. Sentaram em uma mesa mais no centro do salão e Harry sacou a varinha e realizou um feitiço.

- Você entenderá. – disse ele ao ver a cara dela.

Não demorou muito para isso, logo um querubim parou sobre as cabeças deles e lançou confetes neles. Mas bateram em uma barreira e caíram no chão.

Realmente estar ali com a Gina era muito melhor que com a Cho. Ela era divertida e não estava chorando. A ruiva estava certa, a companhia fazia toda a diferença.

Algumas horas e risadas depois, os dois saem dali, para se encontrar com os amigos. Conforme combinado.

No caminho o moreno sente que tem algo errado. Sons de aparatação o chamaram atenção.

- Gi, procure os outros monitores e diga pra tirarem todos daqui. – disse ele de forma seria.

- Eu não vou deixar você sozinho aqui. – disse ela.

- Só o tempo de descobrir o que eles querem e você falar com os monitores. O resto da AD logo aparecerá e ainda tem alguns aurores por aqui. E se eu quisesse você fora daqui, não teria te treinado e aparataria com você para dentro da Sala Precisa, que impediria você de sair.

- Tudo bem. Mais tome cuidado. – disse ela dando um beijo nele e se afastando vendo indo em direção ao local que escutaram os sons de aparatação.

Como suspeitou eram comensais que se preparavam para atacar. Se amaldiçoou por não poder proteger o vilarejo com a magia que fez para levantar um escudo sobre a escola.

- Parece que alguém está sofrendo de falta de criatividade. Atacar Hogsmeade está meio clique. – disse ele para os comensais.

- Pode ser clique mais ainda é eficiente. – disse Bellatrix. – Você está aqui e nem foi preciso torturar nenhum aluninho.

- Eu gosto de estragar as suas festinhas. Eu fiz isso da outra vez que você tentou invadir o castelo.

- Foi Você. – disse ela com raiva. – Peguem todos os amiguinhos dele. O Potter é meu.

Os comensais não foram muito longe, foram recebidos por uma leva de feitiços.

- Imaginou que seria fácil? – disse Harry para a comensal. – Você realmente achou que não estaríamos preparados.

- Isso passou pela minha cabeça. – disse ela.

Logo a batalha se espalhou pelo vilarejo, e visivelmente os comensais estavam perdendo, apesar da superioridade numérica. Pelo menos metade deles já estavam fora de combate, ou inconscientes ou feridos.

Pelo lado dos defensores apenas um monitor da lufalufa foi atingido por um feitiço ao tentar salvar um colega.

- Vejo que você não é mais aquele pirralho que eu vi no ministério. – disse Bella para Harry.

- Sim, mas você continua sendo a mesma. – disse ele.

- Mas você continua com uma fraqueza. – Bella apontou a sua varinha para Lilian que estava duelando com dois comensais. – Você se preocupa de mais com os outros. Crucios!!

O Feitiço nunca chegou ao seu alvo. Harry desapareceu de onde estava e apareceu nas costas da irmã recebendo o raio no peito.

- Você tem truques novos. Interessante. – disse a comensal. – Lucius ainda acreditava que tinha chance com você. Mas veremos o que mais você pode fazer.

Desta vez ela mirou em Gina, que era quem duelava com Malfoy.

- Incêndio!

Novamente Harry apareceu no caminho do feitiço, e como previsto ele começou a pegar fogo, o que vez a comensal gargalhar e a ruiva gritar.

- Achei que você fosse mais forte. Acho que você só venceu Sirius por pura sorte. – disse o moreno.

Todos podiam ver que o fogo começou a mudar forma. Duas asas de fogo surgiram nas costas dele, assim como seus cabelos também estavam flamejantes.

- O Anjo de Fogo. – sussurrou Gina ao se lembrar de seu sonho.

- Você quer fogo, assim teremos. – disse o moreno para Bella levantando vôo com ajuda de suas asas e começou a lançar feitiços em todos os comensais.

Bella teve dificuldades para escapar dos feitiços e acabou sendo acertada por um feitiço cortante no braço. E ao se desviar de outro, acabou vendo que Dumbledore avançava juntamente com os professores.

- RETIRADA. – berrou.

Os comensais que podiam aparataram. Harry pousou perto de Gina.

- Desculpa acabar com seu dia. – disse ele para a namorada.

- Só se você parar de se culpar por tudo o que Tom faz. – disse ela. – Agora todos sabem o que você é capaz e podemos viver em uma paz relativa no castelo.

Aos poucos Harry foi voltando ao normal e seus amigos foram se aproximando comentando a batalha.

O que eles não esperavam era que alguém esperava pela vitoria deles. Era Draco Malfoy, que foi incumbido de estragar a festa, caso ocorresse. Ele estava escondido se preparando para efetuar um feitiço antigo. Seu alvo era seu grande rival. Esperou que as asas sumissem. Era o momento. Apontou e disparou.

Harry não percebeu nada de estranho, por isso abaixou a suas defesas, imaginando estarem todos seguros.

Foi quando ele sentiu o feitiço envolver o seu corpo e se expandir antes de tudo ficar escuro, mas demorou tempo o suficiente para ver Gina e guardar essa imagem.