Capítulo 32 – O ovo de ouro

Harry acordou feliz na manhã seguinte. Sua noite tinha sido perfeita. Nunca pensou que ir a um baile era tão bom. Sem que tinha que ir em festas, todos ficavam olhando para ele, alguns com certeza querendo destruir ele. Mas esse foi diferente, não se importou com isso. Somente o sorriso de Gina foi importante.

Ele escutou vozes, mas com certeza nenhum que seus colegas de quarto acordariam àquela hora.

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- Pode ir acordando porco-espinho. – disse George muito nervoso.

- Que história foi aquela levar a Gina ao baile. – disse Fred da mesma forma que o irmão.

- Ora eu precisava de um par. Ela não tinha nenhum, e também queria ir a festa. – disse Harry se espreguiçando. – Não podia ter pensando em ninguém melhor.

- Por que não pensou em levar a Cris? – perguntou Rony com as orelhas vermelhas.

- Por que você não levou a Gina? – devolveu a pergunta. – Isso vale para todos.

- Ora era um baile. – disse Fred.

- E não é legal levar a própria irmã para isso. – disse George.

- Respondido a pergunta do Rony. – disse o moreno. – Eu não tinha nenhuma condição de escolher entre uma das gêmeas, se bem que ir com as duas ia ser uma coisa que todos iam comentar por anos. Mas eu não quis criar muita polemica.

- Queremos saber o que você fez com ela quando sumiu do salão. – disseram os gêmeos ao mesmo tempo.

- Nada do que vocês não fariam. – disse ele vendo os dois ficarem vermelhos e depois brancos. – Mas não fiz nada do que vocês fizeram ao sumir. Inclusive achei que vocês nem veriam que eu saí com a Gina para os jardins.

Foi a vez das orelhas de Rony ficarem vermelhas. Harry sabia que ele tinha contado.

- Agora se vocês se esquecerem disso, não conto para Alicia, Angelina e Hermione o que aconteceu aqui. – disse Harry.

- Tudo bem para mim. – disse Rony. – Mas não me venha com detalhes.

- Não venha nos ameaçar, quatro olhos. – disse Fred.

- Molly adoraria saber do que seus filhinhos andam fazeno na escola. Principalmente com duas jovens tão encantadoras. – disse o moreno.

- Acordo fechado. – disse George.

Harry se segurou para não soltar uma gargalhada ao ver os gêmeos saírem correndo e Rony entrou no banheiro.

Depois de prontos eles desceram para o café. No meio do caminho encontraram com as garotas.

- E ele me deixou na porta da torre, antes de sair do castelo. – disse Cris.

- Espero que ele tenha sido legal com você. – disse Harry atrás das meninas.

- HARRY! – gritaram todas de susto.

- O que vocês estão fazendo de errado assim para assustar assim? – perguntou Rony.

- Nada não, Roniquinho. – disse Gina. – Sabia que é feio escutar a conversa dos outros.

- Não deu para escutar nada. – disse o ruivo. – Acabamos de chegar e o Harry fez questão de nos anunciar.

- Desta vez passa. – disse Hermione.

O clima ficou meio tenso quando os olhares de Gina e Harry se encontraram.

Hermione percebeu e tratou de desviar a atenção de Rony o levando para o salão principal. Flávia e Fernanda queiram espiar os dois, já que a ruiva não tinha dado muitos detalhes da noite dos dois, mas Cris tratou de sumir com as duas dali.

- Precisamos conversar. – disseram os dois juntos, mas Harry estava com um sorriso e Gina séria.

- Vamos por ali. – disse ele desfazendo o sorriso.

Eles entraram em uma sala vazia.

- Acho melhor você falar primeiro. – disse o moreno. – Mesmo que pareça que eu não vou gostar disso.

- Harry, eu andei pensando sobre a noite passada. Adorei ir ao baile com você.

- Mas... –disse ele incentivando-a a continuar, depois que ela fez uma pausa.

- Mas acho que não devemos nos envolver por enquanto. Não sei como você consegue, mas eu não sei lidar com todos me olhando. Na sala comunal, todos me encararam. Eu não consigo ficar com um Campeão de Hogwarts. – disse ela sem olhar para ele.

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- Então parece que nunca vamos ficar juntos. – disse ele aborrecido. – Eu sempre serei lembrado como campeão de Hogwarts, assim como O-Menino-Que-Sobreviveu, filho dos Marotos e todos aqueles nome que me chamam por ai. Eu pretendo vencer esse torneio. Então ano que vem você não vai poder ficar comigo, por que eu sou o grande Campeão do Tribruxo. Infelizmente as pessoas só não olham para mim, quando eu estou sozinho, debaixo da minha capa ou na enfermaria. E eu não posso viver assim.

- Você não me entendeu. Não posso me comprometer com você agora, você precisa estar livre.

- Entendi sim. Você tem medo. Você já é conhecida como a Acompanhante do ‘Grande’ Harry Potter. Terá que viver com isso para sempre. – disse ele aparatando para longe dali.

Gina ficou ali ainda meio perdida, e quando saiu esbarrou em alguém. Era um menino da Corvinal.

- Me desculpe. – disse ela se afastando.

- Não tem problema. – disse ele. – Sou Miguel Corner. Tem algum trem errado com você?

- Não. – disse ela instantaneamente. – Obrigado.

- Weasley, acho que tem algo errado com você. Me deixe te acompanhar para o salão.

Gina não respondeu, mas também não recusou. Os dois acabaram seguindo para a mesa dele. E foi onde Harry a encontrou depois de esfriar a cabeça. Neste momento todo o salão esfriou, como se os feitiços que mantinham o inverno do lado de fora tivessem sido cancelados. Só voltou a aquecer, quando o moreno saiu para comer na cozinha.

Harry precisava pensar em alguma outra coisa. Decidiu que devia resolver o ovo dourado. Fechou a cortina de sua cama e enfeitiçou para ninguém ouvi-lo.

- Tava demorando. –disse Guinho saindo do livro. – Achei que ia fazer que nem eu e deixar para a última hora.

- Tinha pensado nisso, mas aconteceram uns trens aqui, estou precisando me concentrar em outras coisas.

- Algo relacionado com uma garota e o baile?

- Nem vou comentar. – disse Harry abrindo o ovo e tentando escutar algo no meio daquela gritaria toda.

- Já tentou abafar isso? – perguntou Guinho.

- Achei que você não me ajudaria.

- Eu não preciso ouvir isso de novo. Uma vez na vida já basta.

Harry enfiou uma toalha no ovo, mas acabou por fazer o som parar.

- Não deu certo. – disse ele frustrado. – Isso só me dá vontade de jogar essa porcaria de ovo no meio do lago, e se possível vou junto.

Como um estalo, Harry teve uma ideia.

- E se eu abrir o ovo dentro d’água? Posso abafar sem perder nada. Vamos. – disse ele tirando a toalha do ovo, o fechando em seguida, pegando o livro ainda aberto, aparatou diretamente no dormitório de seus pais.

Ficou feliz que era horário de almoço e seus pais deveriam estar no salão principal. Entrou no banheiro e foi logo entrando na banheira. Se deixou relaxar um pouco ali.

Pegou o ovo e abriu dentro da água. Percebeu que estava certo, agora podia escutar uma melodia suave, mas sem entender nada ainda.

- Foi assim com você?

- Mais ou menos. Precisei de uma dica mais especifica e usei a banheira do banheiro dos monitores.

- Deixa pra lá. Parece que vou ter que mergulhar.

Depois de alguns minutos e vários mergulhos, Harry conseguiu decorar os versos.

- Um tesouro meu perdido no lago? Tem alguém no fundo lago? Digo alguma ser inteligente?

- Sim, tem os sereianos. – respondeu Guinho.

- Sereianos. Algo como as sereias da mitologia?

- Algo perto disso.

- Tesouro, seria algo valioso. Ou alguém. – disse Harry pensativo. – O importante é descobrir como farei para chegar lá. Desta vez eu não quero me enfurnar na biblioteca. Você vai me ajudar.

- Tem haver com a garota do baile?- ao perceber que tinha acertado voltou a falar. – Me faça as perguntas que eu respondo sem problemas.

- Existe algum feitiço que me faria respirar como um peixe?

- Feitiço não. Já que não conseguiria se tornar um animal da noite para o dia sem chamar atenção.

- Poção?

- Não que eu me lembro.

- Uma Planta? – perguntou ele meio desesperado.

- Tem uma, Guelricho. O Neville pode te falar melhor sobre isso.

- Gostei, mas acho que não tem nos estoques dos alunos.

- Não, só no particular do Seboso. Mas você pode ir para Londres comprar.

- Ti, estou preocupada com o Harry. – disse Lilian quando o marido entrou na enfermaria aquele dia. – Acho que o torneio está sendo difícil para ele.

- Não acho que tem mais por trás disso. – disse o moreno. – Da outra vez, ele saiu muito bem, e ainda tinha aquela repórter atrás dele. Vou atrás dele.

- Isso me preocupa, não consigo saber onde ele está. – disse a ruiva preocupada.

- Sei onde ele está. Isso se deve ao fato de eu ser um Potter puro. – disse ele ao ver a cara da esposa. – É onde eu iria se quisesse ficar sozinho e ninguém me encontrar.

Tiago deu um beijo em Lilian e saiu da enfermaria seguindo para o sétimo andar, parando em frente a tapeçaria dos tragos. Pensou em encontrar o filho e logo a porta se revelou.

Entrou e teve que conjurar um escudo com as mãos para não ser atingido por um feitiço que não reconheceu.

- Ei. – disse ele chamando a atenção do filho.

- Desculpa. – disse o menino, mas Tiago percebeu que foi um ato reflexo.

Harry voltou a atenção para seus alvos. Parecia que a sala criava bonecos de metal vestidos com capas negras, e muitos jaziam destruídos no chão por feitiços do menino, que nem se preocupava em usar a varinha, não acreditava que alguém conseguiria entrar na sala.

- Algum problema? – perguntou ele para o filho assim que viu um dos bonecos ser atingidos por cinco feitiços velozes como tinha acontecido quando Malfoy foi atacado por Fenrir.

- Nenhum. – grunhiu Harry.

- Sei, a última vez que eu vi esse movimento, um comensal tinha acertado a namorada de um amigo meu, o idiota ficou semanas no hospital antes ser mandado para Azkaban.

- Ela não é minha namorada, não quis. – começou a desabafar Harry. – Eu pedi, mas ela não aceitou. Deu uma desculpa de que todos iam ficar olhando para ela. Depois foi tomar café com um idiota da Corvinal que ninguém nunca viu falando com ela. Outro dia tava muito próxima do Dino. Meu companheiro de quarto. Acho que ela só aceitou ir comigo para festa para ser vista. Ela não gosta de mim.

- Não diga isso, Harry.

- Como não. Tivemos uma noite muito boa, depois ela diz que não quer nada comigo e em seguida esta abraçada a outro. Ela não quis ser a namorada de Harry Potter, mas me fez ser o otário que não sabe segurar uma mulher. Ela acha que eu não ligo para as fofocas, mas elas machucam.

- Ela está confusa. – tentou Tiago. – Você é famoso, não são todas as mulheres que conseguem suportar isso. Sua mãe consegue esconder bem isso, mas eu sei que ela tem ciúmes de algumas mulheres que chegam perto de mim. Mary sabe lidar melhor com isso, com você sempre ajudando.

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- Não sei o que pensar. – disse Harry. – Mas se ela me quiser, ela que venha atrás de mim. Não farei como você é correr atrás dela.

- Mas mudando de assunto, e o torneio?

- Já solucionei a pista do ovo. Um tesouro será levado para o fundo do lago e terei uma hora para resgatar.

- Bom garoto. Mas como você fará para ir para o fundo do lago?

- Preciso de comprar algo em Londres. – disse Harry com um sorriso maroto.

- Como fará isso?

- Assim. – disse ele, e começou a se transformar, seu cabelo cresceu e ficar ruivo e uma leve barba também vermelha.

- Muito bem. Mas que tal um duelo.

- Você não devia incentivar uma coisa dessas. – disse Lilian cuidando dos cortes do marido. – ele ainda não conhece os limites dos seus poderes.

- Ai. – disse ele ao sentir o algodão que ela passava. – Era para ele se distrair, a ruivinha deu um fora nele, era melhor ele se concentrar em um duelo do que destruir parte do castelo.

- Você tinha razão. Não será fácil para ele. Mas eu estava falando dele ir sozinho para Londres.

- Se alguém for com ele, podem desconfiar e ele vai disfarçado de Lorde Gryffindor, apesar de achar que ele não sabe nada sobre ele. Além do fato dele ter derrotado Voldemort.

- Só nos resta esperar então. – disse Lilian resignada.

- Mas por que eu sou curado pelo método trouxa e o Harry foi por Magia?

- Você tem que ser punido pelos seus atos, e também que assim eu passo a mão no seu corpo sem que ninguém me critique.