Capítulo 12 – Presentes

Gina passou o dia seguinte inteiro na enfermaria pensando em quantas vezes ela esteve naquela situação, mesmo o moreno não sabendo. Os amigos passavam por ali para fazer companhia para ela, mas nenhum quis atrapalhar a ruiva ou conseguiu confortá-la. Os que mais ficaram ali foram Tiago e Lilian, esta se culpando por não conseguir avisá-lo a tempo.

Já no finalzinho da tarde um casal que a ruiva não esperaria entra no quarto. Amus e Kelly. O rapaz apenas espera encostado na parede perto da porta. Kelly se aproxima e abraça a menina.

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- Não fique assim. Ele vai voltar para você. Ele te ama demais. – disse ela sem que o namorado escutasse. – Eu podia ver nos seus olhos. Ele não deixara outro te levar como aconteceu. Mais cuidado, ele é do tipo ‘quem com ferro fere, com ferro será ferido’. Ou seja, ele te deixará com mais ciúmes se tentar usar isso com ele.

- Eu aprendi a lição. Lilian já tinha me alertado que ele mesmo já tinha falado isso. O que quero agora é somente o sorriso dele. E espero que ele possa te fazer feliz, pois a mim ele não conseguiu. – disse Gina se referindo ao Amus.

- Espero que você acorde logo. – disse a morena e deu um selinho nele, deixando Amus com ciúmes, e uma piscadinha para Gina como se falasse ‘Ele ainda tem que ver que pode me perder’.

Poucos minutos depois que o casal saiu, entram Alvo, Minerva e Papoula.

-Menina, assim quem precisara ficar aqui será você quando ele acordar. Volte para o seu salão e descanse um pouco. Amanhã cedo antes das aulas passe aqui que eu digo como ele está. – disse a enfermeira, que tinha percebido desde o primeiro momento a ligação entre os dois.

- Ela está certa, Gina. O Guinho não gosta de te ver sofrendo assim. – disse a diretora da Grifinória. - Principalmente depois do esforço que você fez ontem no jogo, você ainda precisa dormir.

- Tudo bem. Eu já devia ter me acostumado com ele em uma cama de hospital mesmo. Sei muito bem que demorará para ele sair ou melhor ser liberado. Ele assim que acordar vai quer sair daqui de qualquer jeito. – disse ela fazendo os três adultos sorrirem. – vê se acorda logo.

Ela para não ficar para trás de Kelly e dá um beijo nele. Ficou confusa ao ter a impressão de que ele retribuía, mas ao olhar para ele, o moreno permanecia do mesmo jeito, era a saudade e a tristeza nebulando a sua cabeça. Era realmente preciso uma boa noite de sono.

- Alvo. Você realmente acha que tem algo de errado neste coma? No meu curso de Curandeira vi um caso semelhante. – disse a enfermeira quando a porta foi lacrada magicamente pela professora.

-Sim, Poppy. Este menino tem a cabeça dura dos Potter, em todos os sentidos da expressão. Não acredito que um mero balaço fosse fazer tanto estrago nele. Preciso fazer um exame. Coisas estranhas estão acontecendo desde que ele chegou, preciso eliminar todas as possibilidades. – disse o professor sacando a varinha.

Minerva ficou nervosa enquanto o diretor passava a varinha sobre o maroto examinando-o. Ela tinha algum conhecimento dos feitiços que ele estava usando, mas não acreditava que ele sabia executá-los com o cuidado que se devia, mesmo sendo o bruxo mais poderoso vivo. Ele podia agravar mais o quadro do menino. Não deixou que os outros ocupantes percebessem suas emoções, até que ouve o chefe dizer o feitiço para ler mentes. Ela deixou escapar um suspiro de indignação.

- Ele realmente está inconsciente. – disse ele conformado. – os sinais vitais batem e principalmente não conseguir acesso a sua mente, nem mesmo percebo o uso de uma magia ocultando-a. Minerva, eu vou precisar me reunir com você, Horácio e Hagrid assim que for possível reunir a todos. Tenho algo para discutir com vocês.

- Creio que demorara um pouco, nos próximos dois dias Horácio ficara ocupado com o preparo de uma poção experimental e Hagrid ficou de recolher algumas ervas para ele durante algumas das próximas noites. Será possível só daqui a quatro noites. – disse a vice-diretora.

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- Então terei paciência e tentarei buscar mais algumas informações. – disse ele desfazendo os feitiços da porta e saindo com a enfermeira ao seu lado.

Minerva dá uma última olhada para o Maroto antes de sair e seguir para seu quarto.

Dumbledore acorda mais cedo, para poder pensar no ‘presente’ dado por Gryffindor. Mas quando ele olha para seu criado mudo, vê um anel e um bilhete, a letra era do Herdeiro.

Diretor,

Este é mais um dos presentes. Ao contrário do primeiro este não pertenceu a um dos quarto grandes, que são os objetos preferidos do mago das trevas que te assombra. Sei muito bem que você reconhece, já que você mesmo estudou a sua origem. Seu a(ini)migo que ia ficar feliz com ele.

Ele também tinha o feitiço nele e também foi ‘limpo’. Mas os poderes anteriores ao Tom ainda existem.

Mando Notícias.

Gryffindor.

P.S. Amanhã pegarei de volta o anel. Não quero correr o risco de alguém pega-lo ai na sua sala.

Ele agora pegava o anel na mão e o analisava. O símbolo era realmente das Relíquias da Morte. Ele sabia a localização de duas delas. Mas temia perder essa.

Realmente ele sentia um resquício de magia negra nele, aumentando a sua certeza de que essa era uma Horcruxe. Quantas mais será que Voldemort se atreveu a fazer. Ele agora tinha duas destruídas em suas mãos. Mas não tinha noção de quantas ainda teriam. Ele teria que esperar Gryffindor revelar esta questão. E quem seria este Herdeiro. Ele tinha descartado Tiago ‘Pontas’ Potter, ele estava visível no vilarejo durante o ataque. Tiago ‘Fenrir’ Potter também não era, ele estava em coma na enfermaria. Eram os únicos que ele poderia imaginar que fosse, mas onde eles teriam tantas informações, que nem ele tinha.

Foi com estes pensamentos que o Diretor se direciona para o salão principal, para o café da manhã. Não que ele estivesse com fome, mas ele tinha que ficar de olho nos seus alunos, um deles poderia ser ou saber que seria o Mago misterioso.

Mesmo tentando dividir a atenção entre todos os alunos, ele sempre acabava olhando para um grupo na mesa vermelha. Eram os Marotos, era assim que os professores chamavam agora todos os que rodeavam os Quatro Cavaleiros do Apocalipse, ou seja, os Marotos originais.

Eles estavam meio abatidos, pois um deles faltava. Apesar de ser o mais novo integrante ele era querido por todos. E por causa de uma deslealdade de um sonserino estava na enfermaria. Mas a vingança será maligna.

Nada indicava que algum deles tinha algo a ver com os presentes recebidos. O que frustrava enormemente o bruxo.

Durante a noite, Dumbledore enfeitiçou a sua sala para dificultar a entrada na sua sala, já que ele duvidava que conseguiria impedir isso. Ele ficaria esperando pelo bruxo que se autointitulada Gryffindor. Deixou o anel em cima da mesa. Se o herdeiro entrar na sua sala e lhe der as respostas ele o deixará levar o anel.

Para sua infelicidade ele acorda com os raios de sol em sua cara. Ele dormira sentado à sua mesa. Mas ele tinha tomado uma poção para evitar o sono. Ao olhar para o anel ele percebe o que aconteceu. Em cima da mesa estava cheia de um pó roxo, que ele podia jurar que era Pó do Sono, e no lugar do anel se encontrava um pequeno caderno, parecido com uma agenda ou diário, com um buraco feito provavelmente por uma espada, mais uma carta e um vidrinho com uma substância prateada, uma lembrança.

A carta dizia:

Oi, sou eu de novo.

Infelizmente NÃO chegou o momento de me conhecer, por isso usei o Pó do Sono. E fiquei muito grato de não ter que procurar o Anel da Morte.

Este presentinho teve que ser destruído por possuir outros feitiços. Mas dele eu retirei algo muito valioso que poderá ajudar um grande amigo.

O Mestre dos Grifos Reais.

P.S. Algumas pessoas acham seguro guardar segredo no banco, outras preferem esconder em casa.

Este mago o conhecia melhor que qualquer um. Só assim para saber que ele estaria ali o esperando. Mas agora não era importante descobri quem era ele. Mas saber o que era de verdade aquele objeto e a lembrança.

O caderno era realmente um diário, que pertenceu a Tom M. Riddle. Voldemort. Era da época em que foi aberta a Câmara Secreta. Será que a lembrança tinha algo a ver com este episodio. Ele a colocou na sua penseira, porém esta logo se elevou revelando o monitor Riddle, contando que ele era o herdeiro de Salazar e fora ele quem abrira a Câmara e libertara um Basilisco que matou a menina, culpando Hagrid.

Ela a prova da inocência do Guarda Caças, um grande amigo. Mais uma vez o diretor ficou aborrecido. Parecia que Gryffindor deixou apenas a lembrança do garoto confessando o crime, nada mais. Ele queria saber para quem e como ele fez estas declarações. Mas sabia que somente quando o Ruivo resolvesse se abrir e que ele resolveria todo o mistério.

No salão principal, Minerva estranha a ausência do diretor. Ele estava na escola, mas ainda não compareceu ao café, fato muito estranho. Suas divagações acerca da falta do colega foram interrompidas pelo Correio-Coruja. Ela mantinha uma assinatura do “Profeta Diário” para saber o que acontecia longe das muralhas do castelo. Qual não foi a sua surpresa quando leu na principal notícia que a casa de Lucius Malfoy foi invadida. Porém nada foi levado e não existe um suspeito.

Depois desta revelação ela observa a reação dos Marotos. A única pessoa que pareceu se importar com tal noticia foi Gina, apesar de que Tiago e Lilian não estarem fazendo brincadeiras sobre o assunto, como os outros grifinórios. Ele tinha que ser avisado disso.

Dumbledore foi dormir pensando no presente que receberia esta noite. E se fato de que a casa de um dos suspeitos de integrar o bando dos Comensais e de estar no comando do ataque aos seus alunos.

Não se surpreendeu ao ver um embrulho em cima de sua mesa, com uma carta. Mas desta vez Gryffindor resolveu que deveria se parecer realmente um presente. A ironia era bem clara. Mais uma marca dos Marotos, se ele já não tivesse descartado os meninos podia jurar que um deles era o responsável por isso.

Abriu a carta e novamente a ironia foi percebida.

Tio,

Este presentinho foi bem mais difícil de conseguir, tenha cuidado com ela. Pertenceu a Helga, como você pode ver pelo desenho do texugo. Essa eu dou para você, já que ela é uma relíquia dos fundadores. Seria bom deixar em exposição, mas só depois que o cara de cobra estiver comendo capim pela raiz, definitivamente. Depois que voltar a ser mortal.

Só tem mais presentinho para você. Mas pode demorar um pouco. Os outros eu já sabia onde estava. Minhas pesquisas me indicaram que estou bem perto da última. Não tente adivinhar quando entregarei, poderá aparecer quando menos você esperar.

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Agora ele se levanta e se direciona para a enfermaria. Aquele era o único que poderia ter algo a ver com isso tudo. Tiago Potter, ou qualquer que fosse seu nome.

- Pode ir dando meia volta ai, senhor. Você pode ser o diretor desta escola, mas nesta enfermaria mando eu. – disse Madame Pomfrey. – Você deixou o pior da última vez que esteve aqui. Seus encantamentos drenaram muita energia dele. Agora pode ir andando para o salão principal.

Entrando no salão percebeu uma atmosfera estranha, quando todos os alunos e professores estavam compenetrados lendo o jornal, com se não estivessem acreditando no que estavam lendo. Logo a coruja que lhe entrega seu exemplar voa até ele. Ao abrir teve que conter para não abrir a boca em descrédito com a notícia.

GRIGONTES INVADIDO. DUENDES FURIOSOS.

No final da noite de ontem o famoso banco Grigontes, dirigidos pelos duendes foi invadido por um homem. Este homem, ainda não identificado, mas que segundo depoimentos de alguns duendes e testemunhas era ruivo e possuía uma barba, conseguiu burlar o forte esquema de segurança do edifício e entrou em um cofre que não lhe pertencia. O cofre em questão pertencia à família Lestrage, que disse que nada de valor material foi levado, apenas uma peça de família de grande estima para Bellatrix Lestrage, mulher do comerciante Rodolfo Lestrage.

O crime ocorreu pouco antes de o banco fechar as portas. Não se sabe como ele entrou. Mas parece que ele utilizou a maldição Império em um dos duendes, que não teve o nome revelado, levando o diretamente ao cofre e abrindo a porta para ele. O delito só foi descoberto por que acidentalmente o duende ativou um encantamento de segurança do cofre e se libertando da maldição.

O mais impressionante não foi a ousadia do meliante de invadir o mais seguro dos locais mágicos, mas a forma com que ele escapou da perseguição dos duendes, que são conhecidos por sua bravura em batalha. Ele libertou um Dragão de segurança e montado nele abriu caminho para a liberdade.

As especulações sobre a identidade do suspeito são muitas e acredita-se que este seja um mago extremamente poderoso para poder manter um duende sobre a maldição imperdoável de controle e de conseguir domar um dragão quase selvagem. Especula-se que tenha ligações com Você-Sabe-Quem.

Então os Lestrage guardavam um Horcruxe, assim como Malfoy. Foi isso que Gryffindor queria dizer com o PS da carta que veio com o Diário. Mas os poderes do herdeiro eram algo a se preocupar. Se ele quisesse tomar o lugar de Voldemort ele não teria esperança de poder combatê-lo. Ele esperava que este mago poderoso só quisesse realmente destruir Voldemort e viver uma vida pacifica como devia estar vivendo antes de entrar nesta guerra.

Na mesa da Grifinória, a notícia do roubo ao banco foi também uma bomba. Todos ficaram em choque quando Lilian leu o jornal. Mas uma pessoa ficou em choque não pela ousadia do ato, mas pela familiaridade dele. Ela já tinha conhecimento de pessoas que fizeram isso. Agora ela tinha absoluta certeza de que ele tinha algo a ver com aquilo tudo, mas ia esperar para poder tirar isso a limpo. Gina sentia que Dumbledore estava de olho neles, principalmente nela. Então participou da discussão que se seguiu como se aquilo fosse algo inédito em sua vida. Chegando a comentar que não sabia que os duendes tivessem dragões, em uma voz um pouco mais alta que o normal, ficando feliz ao ver um pequeno brilho diferente nos olhos do diretor, seu alvo do comentário. Eles seguiram para a aula, Gina iria para a enfermaria durante o intervalo do almoço.

Ansiosa ela nem se despediu dos amigos e correu para a enfermaria. Quando chegou lá, pode ver que Madame Pomfrey não estava lá. Provavelmente estava no salão principal comendo. Ela olha para o moreno deitado na cama, mas a imagem dele chegando depois de invadir o banco no seu tempo fez a menina deixar a prudência de lado e examinou o corpo dele, para verificar se existia algum ferimento causado pela suposta batalha contra os duendes. Ficou feliz que não tinha nenhum.

Porém neste momento toda a tristeza de não ter o seu amor ao seu lado foi demais para a ruiva e ela começa a chorar sentada na cabeceira de Guinho. O choro que ela continha desde a fuga dele com seu irmão e sua amiga. Mesmo estes dias no passado com ele sendo seu “melhor amigo” não conseguiram trazer toda a felicidade de volta ao coração da menina, que via seu sonho cada dia mais longe.

Uma mão enxuga o seu rosto banhado em lágrimas. Ela sente o calor emanado por ela e tenda retê-la junto ao seu rosto. Ela abre os olhos aos poucos para tentar ver quem estaria ali com eles. Mas para sua surpresa e alegria era o moreno que enxugava a suas lágrimas. Pensando que aquilo era uma alucinação ela fecha os olhos de novo para não sofrer. Mas o calor perto do seu rosto aumenta e ela abre os olhos novamente. Fenrir estava sentado na cama com o rosto a poucos sentimentos dele. Os olhos brilhavam tanto quer não poderia ser coisa de sua mente.

- Guinho?! – ela deixa escapar apenas um sussurro.

Ele apenas confirma com a cabeça e a aproxima mais para um beijo muito esperado pelos dois. Os dois foram se aproximando e os lábios semiabertos na ânsia do beijo, até que...