Dark Angel

Capítulo 17


Capitulo 17

Acordei na manha seguinte com um enorme sentimento de culpa. Não era para menos já que depois do almoço quando voltei ao meu quarto não pude deixar de pensar em Harry e Ron e no que eles diriam sobre o que eu estava pensando sobre Tom Riddle.
Desci para o salão que havia feito às refeições no dia anterior, e após fazer meu prato, me dirigi novamente para a 'mesa do Riddle' sem me importar com os comentários. Ele chegou logo após, e novamente comemos sem trocar uma única palavra.
Como ontem, sua presença era palpável. Não resisti e olhe para ele descobrindo estar sendo observada. Ficamos novamente nos encarando sem piscar. Meus olhos passeavam por seu rosto perfeito até se prenderem em seus olhos.
Ouvi passos vindos em nossa direção, mas mesmo assim não desgrudamos nosso olhar. Apenas quando ouvi a conhecida voz de Alvo Dumbledore foi que olhei para ele. Riddle fez o mesmo.
- Bom dia Sr. Riddle, Srta.
- Bom dia professor Dumbledore. A que devo sua presença assim tão perto do inicio das aulas? - Riddle disse curioso, mas totalmente formal. Não pude perder a chance de humilhá-lo.
- Desculpe decepciona-lo Riddle, mas Alvo veio falar comigo. - levantei e só então me dirigi a Alvo - Bom dia Alvo. Podemos subir?
Ele sorriu e confirmou, mas tenho certeza que me achou maluca. Enquanto me virava para sair, tive um reflexo da cara de espanto de Riddle. Sorri.
Nos dirigimos em silencio até meu quarto. Eu tentava me convencer de que nesta época Alvo não me conhecia, então seria falta de educação chama-lo pelo primeiro nome. Depois que chegamos ao quarto e Alvo entrou fiz dois feitiços, um trancando a porta e outro para impedir que alguém (Tom Riddle) ouvisse a conversa.
- Desculpe a falta de educação. – disse imediatamente não querendo causar uma má impressão.
- Não se preocupe - disse ele sentando-se na ponta da minha cama. - Eu tenho a impressão que a senhorita me conhece, mas tenho certeza que nunca a vi antes, e mais estranho ainda: seu nome não consta na lista de nascimentos bruxos nem trouxa, apesar de eu poder sentir um grande poder emanando de você. A senhorita poderia me explicar isso?

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

- Sim, na verdade posso explicar exatamente. – sentei-me no chão e me preparei para contar toda a história a Alvo. – Apenas espero que o senhor tenha tempo, pois o que vou falar talvez leve um grande tempo.

- Não se preocupe. Tempo é o que não falta. Fique à vontade. Eu adoro uma boa história.

Sorri levemente. – Vou resumir o máximo que puder... Ah! E antes que esqueça, meu nome é Hermione Granger – disse e ele assentiu sorrindo. Respirei e comecei.

- Em 31 de dezembro de 1926 uma bruxa sangue-puro chamada Merope Gaunt chegou a este orfanato prestes a dar a luz. Algum tempo após sua chegada, nasceu seu filho que foi batizado de Tom Marvolo Riddle, e pouco tempo depois ela morreu.

‘ O tempo passou e Tom cresceu neste orfanato. Em 1938 após ele completar 11 anos, o senhor veio até aqui convida-lo a ingressar em Hogwarts, proposta que foi aceita com entusiasmo.

Provavelmente no primeiro ano, ou melhor, nos primeiros dias de Tom em Hogwarts, ele descobriu ser o ultimo descendente vivo de Salazar Slytherin, o que apenas aumentou seu ego e sua sede ao poder.

Mais alguns anos passaram-se, e no próximo mês Tom irá para Hogwarts completar seu ultimo ano. Depois de se formar, passará alguns anos sem que ninguém ouça falar dele. Em aproximadamente 1970 ele voltará, mas desta vez conhecido não mais como Tom Riddle e sim como Lord Voldemort, um temido e conhecido Bruxo das Trevas.

Ele é derrotado em 31 de julho de 1980 quando tenta matar um bebe de um ano de idade, mas a maldição acaba de certa forma voltando contra ele. Em 1994, Voldemort retorna a vida por meio do sangue do mesmo menino que o havia derrotado e em junho de 1997 ele planeja
e executa a morte do senhor por meio de terceiros. ’ – terminei a primeira
parte do relato e esperei que Alvo entendesse tudo ou fizesse alguma pergunta. Evitei propositalmente falar o nome de Harry e de Severus para não prejudica-los futuramente.

- Diga-me duas coisas srta. Granger. Primeiramente, como eu morri? Está sempre foi uma grande duvida minha.

- Desculpe professor, mas eu não sei dizer – ele me olhou desconfiado, provavelmente achando ainda mais que eu era louca. Apressei-me em explicar – Quando disse que Voldemort havia planejado sua morte, ele não contava que seu carcereiro fosse um espião. Assim que o senhor descobriu sobre sua futura morte, decidiu que apenas fingiria que estava morto por um tempo. A pessoa que recebeu a tarefa de mata-lo usou a feitiço Abra Cadabra. – terminei recebendo mais um sorriso.

- Então este feitiço realmente funciona! Admito que sempre duvidei de seu efeito, mas agora não tenho mais duvidas... – Alvo dizia mais para ele mesmo que para mim. – Agora me diga mais uma coisa srta. Como você pode saber destas coisas que acabou de me dizer?

Sabia que ele iria perguntar isso. – Sei que pode parecer loucura, mas tem a segunda parte desta historia que tenho certeza irá esclarecer sua duvida.

- Então continue. Como disse mais cedo, tempo não é problema.

- Sim... Bem, em 1980 nasceu este garoto que é conhecido por ter derrotado Voldemort com apenas um ano. Pouco tempo depois de ele nascer, uma futura professora de Adivinhação de Hogwarts fez uma profecia sobre uma pessoa que teria o poder de derrotar Voldemort. Voldemort descobriu quem era a criança e foi até sua casa, onde matou seus pais e tentou matar a criança e, como disse, acabou desaparecido, derrotado como foi divulgado.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

‘ Para mim foi uma surpresa quando descobri ser bruxa, já que minha família é completamente trouxa. No fim do meu primeiro ano, tornei-me amiga deste garoto e de seu melhor amigo. Éramos conhecidos como o trio de ouro da Grifinoria. No nosso quarto ano, quando Voldemort retornou, ninguém alem de nós e o senhor acreditou que era verdade, mas no ano seguinte Voldemort foi flagrado no Ministério por vários aurores e pelo Ministro, então o mundo bruxo admitiu: Voldemort estava de volta.

Quando as aulas voltaram em 1997, nosso sexto ano, o senhor ofereceu-me uma missão de que se fosse necessário, voltar ao passado para observar e conhecer melhor Tom Riddle e quando voltasse ao futuro, ter uma chance melhor de derrotar Voldemort.

Anteontem recebi um patrono seu avisando-me que havia chegado a hora, então ontem cedo eu vim para cá. ’

Ficamos em silencio. Alvo apenas encarava-me provavelmente analisando tudo e decidindo se acreditava em mim ou me mandaria a St. Mungus.

- É uma boa história a sua – disse ele – mas entenda, eu preciso ter certeza que a srta. está falando a verdade.

- Eu entendo. O que posso fazer para provar isso?

- Apenas responda uma pergunta: se essa história for verdadeira, porque não mandei que a srta. matasse o sr. Riddle ao invés de apenas conhecê-lo melhor?

- Bem, o senhor me disse um dia que o destino de Tom Riddle é tornar-se Voldemort e que isso não deve ser alterado. Voldemort apenas será derrotado na hora certa. – disse torcendo para que ele acreditasse em mim, já que essa era a unica resposta que eu poderia dar. Se ele achasse que eu estava mentindo, seria tudo em vão. Então percebi que este era o meu primeiro teste. Não passar nele seria como estudar por sete anos e não passar nos NIEN’s.

- Sim. A senhorita está falando a verdade. Há apenas uma coisa que não bate em sua historia.

Como assim? Pensei comigo mesma e passei rapidamente em minha mente tudo que havia falado a Alvo. Não encontrei nada que pudesse não fazer sentindo.

- Desculpe, mas não entendi o que o senhor quis dizer.

- Lembro-me da srta. ter comentado que seus pais eram trouxas, estou certo?

- Sim.

- Alem de você, existe algum bruxo em sua família?

- Não, eu sou a única – sinceramente eu ainda não havia entendido onde Alvo estava tentando chegar. – Por que essas perguntas, professor?

- Porque os poderes que você tem são muito fortes para uma nascida trouxa. Entenda que é possível um trouxa ser um bruxo. É também possível que este nascido trouxa seja muito inteligente, mas ele ou ela seria inteligente mesmo sendo apenas trouxa, nada de anormal, mas é impossível uma nascida trouxa ter mais poder que um sangue-puro.
– ele deve ter visto descrença em minha cara, pois completou – Não disse isso para ofendê-la, apenas peço que tente entender uma coisa: A magia normalmente é hereditária, passada adiante em cada nova geração. Quanto mais antiga e pura for a linhagem da pessoa, maior será seu poder. Existem exceções como os abortos e os nascidos trouxas, mas um aborto nunca será completamente trouxa, nem um nascido trouxa será totalmente bruxo.

- Mas então eu posso ter algum parente mais distante na família que seja bruxo e eu não saiba...

- Pode até haver algum caso senhorita, mas pelo nível de poder que você tem seus pais ou avos teriam que ser bruxos.

- Eles são trouxas. Tenho certeza disso. Mas e o Riddle?
Ele é poderoso também e sua mãe é um aborto e seu pai trouxa...

- Ai que a senhorita se engana. Merope não era um aborto. Ela era capaz de fazer magia, mas algo que aconteceu na vida dela fez com que essa magia ficasse presa em seu corpo, e não se esqueça de que o sr. Riddle é descendente de Salazar Slytherin... Talvez... Se a senhorita me permitir, existe um feitiço antigo que pode tirar essa duvida sobre a sua família.

- Como assim?

- Este feitiço traça a árvore genealógica do seu sangue. Eu posso fazê-lo e então saberemos se algum parente seu é bruxo.

Levantei e comecei a andar de um lado para o outro. Eu tinha certeza que meus pais são trouxas e que não havia nenhum bruxo na minha família, mas então porque este medo repentino de deixar que Alvo faça o feitiço se eu tenho certeza do resultado? Será que isso seria medo de descobrir alguma coisa? Olhei para aquele jovem Alvo Dumbledore sentado em minha cama, sorrindo para mim. Eu tinha que ser racional. O máximo que pode acontecer é eu descobrir que sou adotada e meus verdadeiros pais são bruxos, não é?

- Tudo bem – disse ficando de frente para Alvo. – Como se faz este feitiço?

Ele levantou ficando ainda mais perto de mim e disse – Eu vou precisar fazer um corte em sua mão. O feitiço é formado a partir do sangue.

Eu estiquei meu braço com a palma da mão para cima, e com a varinha fiz um corte desde o indicador até perto do meu pulso. Depois de tanto me machucar com Harry e Ron, um corte raso como este não fazia nem cócegas mais. Observei meu sangue começar a fluir pelo corte aos poucos até formar uma pequena poça. Fechei a mão em forma de concha para impedir que o sangue derramasse e estendi um pouco mais o braço
para que Alvo pudesse fazer o feitiço.

- Assim que eu fizer o feitiço, um espectro da sua árvore genealógica aparecerá. Não posso dizer até que geração vai ser identificada, isso depende da pureza do seu sangue. Se seus pais forem realmente trouxas, mas algum de seus avos for bruxo, apenas aparecerá o espectro dessa pessoa. Se você não tiver nenhum parente bruxo, não aparecerá a imagem de ninguém, certo?

- Sim.

Ele apontou a varinha para minha mão e enquanto fazia um movimento em espiral começando do centro da minha mão até a margem dela, ele disse sonoramente:

- Sanguis ereditarius!

Alvo baixou a varinha e se dirigiu até o meu lado direito. Aos poucos, o sangue que estava empossado em minha mão começou a se mexer como se tivesse vida própria. Lentamente ele foi subindo de minha mão e criando uma espiral assim como o movimento que Alvo havia feito com a varinha. ( http://thumbs.dreamstime.com/thumblarge_285/1214930325C9WVSz.jpg
)

Assim que todo o sangue parou ficando apenas uma ponta ligada a minha mão, a espiral começou a se separar e a alongar ocupando praticamente todo o espaço entre mim e a parede que devia estar a mais ou menos três metros a minha frente (n/a: gente, se alguém achar que três metros é muito, da três passos antes de uma parede, assim tem uma ideia de quanto são três metros mais ou menos). Aos poucos o sangue começou a sumir no ar. Ouvi Alvo dizer baixinho ao meu lado “Continue com o braço esticado. Ainda não acabou”.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Depois de todo o sangue ter sumido, o espectro de uma pessoa começou a surgir na parede a minha frente. Quando o espectro estava totalmente formado, o nome dele apareceu em cima de sua cabeça em uma letra prateada: Fineus Nigellus Black. Não preciso dizer o susto que levei quando percebi que era descendente do antigo diretor de Hogwarts.

Um pouco a frente de Fineus, um ao lado direito e outro ao esquerdo, apareceram outros dois espectros nomeados por Cygnus Black e Sirius Black. Respectivamente ao lado de cada um deles, apareceram os espectros de duas mulheres que imaginei serem suas esposas. Seus nomes eram Violetta Bulstrode e Hesper Gamp.

Ao lado esquerdo e um pouco a frente de Cygnus, apareceu o espectro de Pollux Black acompanhado por Irma Crabe, provavelmente sua esposa. Ao lado direito e um pouco a frente de Sirius apareceu Arcturus Black e Melania Macmillan.

Em frente à Pollux apareceu Cygnus Black acompanhado por Druella Rosier e um pouco afastado deles veio Walburga Black. Nesta hora ouvi Alvo soltar uma exclamação de surpresa. Entre Walburga e Arcturus apareceu o espectro de Orion Black que estendeu a mão de modo que segurasse a de Walburga ao seu lado demonstrando claramente que eles eram um casal.

Apesar de não fazer ideia de quem eram as pessoas a minha frente, com exceção de Fineus é claro, reconheci prontamente o casal que apareceu abraçado a minha frente mesmo sem ler seus nomes.

A menos de um palmo de distancia, quase encostando-se a mim, encontravam-se Bellatrix e Sirius Black, ambos sorrindo para mim com as mãos entrelaçadas em cima da minha.

Choque percorreu meu corpo fazendo com que ele tremesse levemente. Eu não conseguia me mexer. Eu não conseguia pensar. Eu não conseguia acreditar.

Lagrimas escorreram por meus olhos continuamente apesar de eu não ser capaz de emitir um único som. Inconscientemente levei a mão que estava segurando a varinha ao lado de meu corpo até a boca.

Ouvi Alvo dizer Finite Incantatem ao meu lado e vi os espectros sumirem prontamente como se nunca houvessem existido.

Deixei que Alvo me guiasse até a cama onde me sentei com os olhos ainda fixos no local onde Bellatrix e Sirius haviam estado há pouco.
Aceitei o copo de água que Alvo me estendia e bebi todo o seu conteúdo
de uma única vez.

- E-existe a pos-sibilidade do feitiço ter dado er-rado? – gaguejei.

- Não – ele disse de uma vez. - Este é um feitiço antigo, e o seu sangue assegura que ele mostre apenas a verdade. Percebo que a senhorita não esperava este resultado. Posso saber o motivo de tanta surpresa?

Enxuguei minhas lagrimas e fiz o possível para me recompor antes de responder.

- Em primeiro lugar é uma surpresa descobrir que não sou filha de que pensava que era. Eu tenho a impressão de apenas ter vivido mentiras e provavelmente segredos. Depois eu não consigo entender... Nessa guerra que vivemos, todos os Black estão do lado de Voldemort menos Sirius, e todos sempre soubemos que ele e a prima Bellatrix nunca se deram bem, tanto é que alguns anos atrás ela o matou. Eu não consigo entender o motivo disso... se eu sou filha deles, eles tiveram algum envolvimento. E também eu não entendo porque Sirius não me falaria que
era meu pai. Nós chegamos há conviver um tempo juntos quando a sede da Ordem era na casa del... - foi então que eu percebi. Todos sabiam, não só Sirius com também Lupin e Alvo. O Alvo do passado me olhava com duvida, então me adiantei a explicar o pensamento que havia me ocorrido - Você também sabe, no futuro eu quero dizer. Você tentou me precaver e só agora eu consegui entender o que você havia tentado dizer.

- Desculpe senhorita, mas eu não estou conseguindo compreender o que você quer dizer.

- É que o senhor deixou um testamento depois de sua suposta morte, e uma das coisas que o senhor deixou a mim foi uma carta que dizia mais ou menos isso:

Aproveite o tempo que você tem no presente
E não pense no futuro, passado

Quando chegar a hora
Da verdade não tenha medo
Pois pode não parecer, mas tudo foi feito por uma razão

AMOR
Lembre-se que nem sempre o bem está certo
Nem sempre tudo está perdido

Antes eu não conseguia entender totalmente, mas agora tenho certeza que pelo menos em parte, o senhor estava tentando me preparar para essa noticia.

- Sim. Tenho certeza que no futuro eu saberei disso, mas por alguma razão não posso falar para a senhorita a verdade... Interessante...

Permanecemos um pouco em silencio. Agora eu já estava mais calma e sabia que havia algum motivo sério para não terem me contado, e sabia que eu só descobriria a verdade quando voltasse ao meu tempo, e como isso não iria acontecer tão já, não me ajudaria em nada ficar preocupada.

Resolvi mudar de assunto, agora que o problema sobre a minha origem havia sido resolvido estava na hora de tratar sobre a minha estadia em 1944.

- Professor, se me permite eu gostaria de saber se existe a possibilidade de eu ir para Hogwarts. Eu preciso cursar meu ultimo ano ainda, e este é a maneira mais fácil de eu observar o Riddle.

- A sim, não se preocupe com isso. Inicialmente eu havia vindo aqui para convida-la a cursar o ultimo ano em Hogwarts, e a proposta ainda está de pé. Apenas teremos que combinar uma historia para você ter aparecido repentinamente...

- Bem, eu contei a sra. Cole quando cheguei aqui uma historia que poderíamos adaptar para que eu a possa contar no mundo bruxo.

- Conte-me então. Estou intrigado com o que pode sair de seu cérebro.

Sorri e contei-lhe o que eu havia dito a sra. Cole quando cheguei no orfanato. Quando terminei Alvo disse que era uma ideia bem interessante. Editamos algumas partes e no final tínhamos uma grande mentira, mas bem realista que enganaria a todos. Combinamos de dizer que meus pais haviam sido mortos por Grindelwald na Itália, onde morávamos mas eu consegui fugir e aparatei na casa de meus avos na
Inglaterra, infelizmente descobrindo que eles também haviam sido mortos. Por não ter nenhum parente vivo, fui até um orfanato onde por coincidência Riddle morava e onde conheci Alvo Dumbledore que me convidou para cursar o ultimo ano em Hogwarts.

Como o próprio Alvo disse, era uma história triste, mas que estava tornando-se comum nos dias atuais.

Quando perguntei-lhe se ele podia me ajudar de algum jeito com a missão que o próprio havia me dada no futuro, ele apenas sorriu e disse
- Se daqui a cinquenta anos eu continuar pensando como hoje, não há necessidade de você se preocupar. Tudo sairá exatamente como minha pobre mente imaginou.

POV Tom Riddle

Se eu havia estranhado a aparição dessa tal de Granger no orfanato, estranhei ainda mais quando Dumbledore apareceu por aqui para falar com ela.

Sem que nenhum dos dois percebesse, os segui até o quarto dela para tentar ouvir o que eles diriam. Tentar apenas, já que quando colei meu ouvido na porta ouvi apenas um zumbido que me impedia de saber o que se passava dentro daquele quarto.

Agora já havia passado o almoço e eles ainda continuavam trancados.

Dirigi-me a biblioteca para pensar. Desde que vi a Granger pela primeira vez, tive certeza que ela era bruxa. Sua aura de poder era muito grande, não superava a minha claro, mas tive certeza que ela é muito poderosa.

Dumbledore vir vê-la pessoalmente e falar com ela por tanto tempo apenas comprovava isso.

Ouvi passos vindo em minha direção, mas continuei onde estava fingindo que não havia percebido nada.

- Sr. Riddle! Estávamos procurando-o! – disse Dumbledore. Levantei o rosto para deparar-me com aquele velho sorridente acompanhado pela garota Granger.

- Ola, senhor. – disse com uma educação obrigada.

- Eu tenho a impressão que o sr. não recebeu sua lista de materiais ainda, estou certo?

- Sim senhor. Primeiramente quando o vi hoje imaginei que era por este motivo que o senhor estava aqui. Vejo que me enganei.

- Tenho que desculpar-me por este erro, mas varias corujas foram interceptadas e vários alunos que vivem no mundo trouxa, dentre eles você, não receberam as cartas ainda. Nós professores estamos tendo que entrega-las pessoalmente.

Estranho, mas de todo jeito o que me importava era sair logo deste orfanato imundo, não o meio que a carta chegaria até mim. Dumbledore levou uma das mãos ao bolso interno de sua veste e tirou de lá dois envelopes que entregou um a mim e outro a Granger.

- Aqui está. Sr. Riddle, se não for muito abuso de minha parte, gostaria de pedir que o sr. acompanhasse a srta. Granger até o Beco Diagonal e a ajudasse em suas compras. Este ano ela nos presenteará com sua presença em Hogwarts.

Isso sim era estranho. Quero dizer, não é todo dia que entra um novo aluno nos últimos anos, nem por transferência de outra escola isso é comum. Talvez acompanha-la no Beco Diagonal me ajudasse a descobrir alguma coisa... sim, seria uma ótima oportunidade.

- Será uma honra ajuda-la senhorita – disse diretamente a ela que apenas confirmou com a cabeça como se eu não fosse digno de suas palavras. Isso me irritou muito, mas mantive a pose de bom garoto para não perder pontos com Dumbledore.

- Bem vou deixa-los agora. Vemos-nos em uma semana. – ele se virou indo para fora da biblioteca, mas antes que saísse olhou para nós e disse – Cuide bem da Hermione, sr. Riddle. Ela é mais do que você imagina.

Ele saiu em seguida. Hermione Granger tinha um olhar incrédulo pelo que o professor havia dito, e isso apenas atiçou ainda mais a minha curiosidade.