Roller Coaster

Capítulo 33


ALICE’S POV

Aquele dia depois da escola, cheguei em casa e a encontrei absolutamente vazia, ninguém estava lá; fui pra cozinha com o intuito de fazer algo para comer, e enquanto preparava um sanduíche, Jazmin chegou.

- Oi Alice, já tá em casa? – Ela gritava do corredor enquanto trancava a porta.

- Cozinha! – eu falei no mesmo tom, e em segundos, ela já adentrava no ambiente. – Ué, tava aonde? – falei assim que ela veio para meu lado, ao mesmo tempo em que lhe dava um tapa na mão por tentar pegar o peito de peru do meu sanduíche.

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- Hm, fui largar uns currículos por aí, tenho que fazer alguma coisa da minha vida. – ela falava distraidamente, enquanto servia água num copo.

- Sucesso em alguma? – eu perguntei concentrada no sanduíche a minha frente.

- Ér, não sei bem, mas vamos ver no que dá.

- Boa sorte pra você... – eu disse em tom baixo, mas logo depois levantei o olhar para o rosto de Jazmin e comecei a falar numa euforia quase assustadora – Jaaaaaz, mas conta tudo! Quer dizer que minha amiga tá namorando, como assim?

- Ok, calma! – ela dizia em tom alto, mas baixou a voz e começou a me contar de forma contida – Pra falar bem a verdade, nem eu estou acreditando ainda. Sério, quando eu acho que o Ni não consegue ser mais fofo, ele vai lá e me surpreende. – ela disse suspirando e com um brilho reconhecível no olho.

- Awn, minha amiga tá apaixonada! - eu quase gritei e me pendurei em seu pescoço, enquanto ela ria e tentava se afastar de mim.

Ficamos conversando algum tempo ali na cozinha, depois seguimos para a sala. Quando estávamos atiradas pelos sofás assistindo qualquer coisa na tv, meu celular toca, o visor indicava que o numero que ligava era desconhecido.

- Alô? – atendi num tom de dúvida.

- Alice? Oi, aqui é o Dr. John Scarllet, tudo bem?

- Ahm, Oi Dr. Scarllet – disse o nome dele para acalmar Jaz, que me olhava de forma frenética, acalmando logo depois de saber de quem se tratava o telefonema – Tudo sim e com o senhor?

- Sim, e tenho boas notícias sobre seu caso. Sua conta no banco e sua escola vão continuar do jeito que estão, a liminar que entrei para impedir Edgar de cancelá-las foi aceita pelo juiz. – eu sentia a empolgação em sua voz, e eu definitivamente me sentia aliviada.

- Obrigada John. Obrigada, obrigada mesmo! - eu praticamente gritava ao telefone, e pulava em cima do sofá, deixando Jaz me encarando com uma cara de espanto e dúvida.

- Ei, calma! É bom você ficar feliz com a ideia, mas não é só isso! – ele falava em meio a algumas risadas, mas logo ficou sério e eu me obriguei a fazer o mesmo. – Seguinte: agora você e a Jazmin vão ter que ir à delegacia e fazer queixa de Edgar, só assim ele vai poder ser intimado a julgamento. E depois da queixa, deixa que eu vou fazer o possível para acelerar esses processos. Mas vocês tem que ir logo, quanto mais rápido, melhor.

- Hm, ok, eu falo com ela. – falei num tom tenso e tendo os olhares atentos de Jaz sobre mim, que tinha o mesmo ar de tensão. – Obrigada, tchau Dr. – eu disse desligando o telefone e sentando ao lado de Jaz.

- Jaz, nós vamos ter que ir à delegacia... –eu falei deixando involuntariamente que o medo invadisse uma ponta de minha voz, a fazendo ficar um ou dois tons mais baixo que o normal.

- Prestar queixa? – ela dizia com o semblante sério. Apenas balancei a cabeça em afirmação e baixei o olhar. Ela colocou a mão em meu queixo e levantou minha cabeça. - Ei, psiu, olha aqui: a gente começou com isso, agora vamos até o fim. Sei que ele é seu pai, mas decidimos fazer isso.

- É, tem razão. Amanhã à tarde nós vamos, ok? – ela concordou com a cabeça, e demos como encerrado aquele assunto.

Ficamos mais algum tempo conversando, até que os garotos chegaram e a alegria pareceu voltar à casa. Liam era o único que não veio junto com os outros, parecia que tinha ido a algum lugar com Bruna ou algo do tipo.

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Assim que chegaram, cada um foi para um canto da casa, que eu realmente não me interessei em saber. Estava realmente interessada na pessoa que me puxava escada acima e me levava para seu quarto.

Zayn sentou-se na cama e me puxou para perto dele, aninhando-me em seu colo. Ficou acariciando meu cabelo enquanto apenas ouvíamos um a respiração do outro. Ele tinha um sorriso bobo no rosto, e eu tinha certeza que o meu também estava assim. Comecei a analisar cada linha da feição perfeita de Zayn. Os olhos castanhos, envoltos pela longa e grossa camada de cílios; As sobrancelhas perfeitas e delineadas, a barba rala por fazer, os lábios carnudos curvados num sorriso. Eu perdia o fôlego só de observá-lo.

Coloquei minha mão em sua bochecha e comecei a acariciar, desde a têmpora até o final do queixo. Zayn segurou minha mão ali e virou o rosto, depositando um beijo na palma de minha mão. Sorri para ele e aninhei-me em seu peito, enterrando a cabeça em seu ombro. Ele deu um beijo no meu cabelo e levantou meu rosto para que eu o olhasse.

- Ei, vamos dar uma volta? -ele dizia com o olho brilhando.

- Agora? Onde vamos, Zayn? - eu o encarava espantada.

- Surpresa. – ele sorriu abertamente, me fazendo derreter e responder sem pensar.

- Ok, vou só me trocar. – lhe dei um selinho, mas ele prendeu as mãos em minha cintura, me impedindo de sair dali e tornando o selinho um beijo longo e lento. Afastei ele com relutância e sussurrei:

- Tá, vou me arrumar. Me espera lá embaixo. – ele fez uma carinha de quem certamente já tinha desistido de sair, que me obrigou a rir. Dei um selinho rápido e saí do quarto dele, me dirigindo para o meu.

Depois de alguns minutos em dúvida, vesti qualquer coisa (http://www.polyvore.com/36/set?id=41780600) e desci as escadas correndo. Zayn – por mais incrível que isso possa soar – já estava pronto e me esperava ao pé da escada. Segurei em sua mão e deixei ele me guiar até a saída.

Pra mim, já não importaria onde nós iríamos, ou quando voltaríamos. Eu estava com Zayn, eu estava com o ele. Naquele momento, me sentia segura. Eu o tinha para mim, e com isso, nada mais importaria. Nunca.