Roller Coaster

Capítulo 32


ALICE’S POV

Acordei com uma claridade forte me cegando àquela hora da manhã e uma cócega na bochecha. Pisquei algumas vezes para acostumar meus olhos e percebo que a ‘cócega’ era Zayn acariciando meu rosto. Sorri involuntariamente ao acordar com aquela visão do paraíso. Meu paraíso.

- Bom dia, princesa. Dormiu bem? – ele dizia sem tirar a mão de minha bochecha, e sorrindo de um jeito muito sedutor. Malik dá pra parar? Isso é covardia a essa hora da manhã!

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- Uhum – falei num tom de preguiça e o dei um selinho. – Como eu dormiria mal aqui? – sorri de forma aberta pra ele, que ficou me fitando com aqueles lindos e intensos olhos castanhos. Soltei uma risadinha fraca, meio constrangida. Eu não gostava que ele ficasse me olhando assim, eu não era bonita, não mesmo; na verdade, até hoje não sei o que um cara como ele viu em uma garota como eu, mas enfim. Comecei a sentir um fervor nas bochechas, e antes que eu ficasse ainda mais constrangida, perguntei:

- O que foi? – falei sorrindo, achando um tanto quanto divertida a expressão com que ele me encarava.

- Sabia que toda vez que você sorri parece que me faz tocar o céu? – ele perguntou, me fazendo sorrir mais ainda e o abraçar da forma mais forte que pude. Ele estreitou os braços a minha volta e começou a fazer leves cócegas em minha cintura, mas o suficiente para que eu começasse a rir sem parar e começar a me contorcer naquele abraço.

- Para Malik! Para com isso, já! – eu arfava entre as risadas. Ele delicadamente parou com as cócegas e uniu nossos corpos mais ainda, não deixando existir nenhum espaço entre eles. Seu rosto estava a centímetros do meu, e ainda por cima com aquele sorriso que fazia com que eu esquecesse tudo.

- Vamos levantar. Você ainda tem escola, lembra? – Ai, merda! Eu falei que o sorriso dele me fazia esquecer tudo, inclusive que hoje era segunda-feira. Soltei algum som não reconhecível e enterrei a cabeça em seu ombro. Ele tirou meu rosto dali e ficou fitando por mais algum tempo, depois ele me beijou.

O beijo começou calmo, e instintivamente, minhas mãos já procuravam as mechas de seu cabelo. Sem separar nossos lábios, eu rolei o corpo e fiquei deitada em cima dele. Uma de suas mãos estava em minha nuca, enquanto a outra percorria minhas costas, por toda a espinha, me deixando completamente arrepiada, fazendo com que mil correntes elétricas percorressem cada terminação nervosa de meu ser. O que antes era um beijo calmo, deu lugar ao fervor e necessidade. Eu ansiava por sua boca, queria mais e mais. Ele rolou nossos corpos novamente e se colocou em minha de mim, separando o beijo por falta de ar, nós dois estávamos ofegantes, com a respiração entrecortada. Seu rosto ainda estava a milímetros do meu, eu podia sentir o calor de sua pele, ele sorria em direção a minha boca e eu fazia o mesmo. Ele recomeçou o beijo, com mais fervor que antes, mas eu rapidamente o empurrei para o lado e ele deitou-se na cama, com uma expressão tristonha.

- Preciso ir pra escola, lembra? – dei um sorriso em sua direção. Ele só fez uma cara ainda mais triste, o que me fez morder o lábio inferior para controlar a vontade que eu estava de ficar ali mesmo e mandar toda aquela escola se foder. Na moral, que pessoa trocaria Zayn Malik apenas com uma calça de agasalho, deitado na cama com uma cara triste por salas de aula e professores entediantes?

Bem, por mais contrariada que fosse, eu era essa pessoa.

Dei um último selinho nele e segui para meu quarto. Estava quase fechando a porta do quarto de Zayn quando ouço um ‘psiu’. Abro a porta novamente e coloco a cabeça para dentro.

- Já disse que você tá linda com minha camiseta? – ele disse rindo para mim. Mandei um beijo no ar para ele, que pegou e colocou no coração. Fofo, mil vezes fofo.

Segui para meu quarto com uma camiseta três vezes maior que eu e um sorriso três vezes maior que o normal. Tomei um banho rápido – afinal, com toda aquela enrolação para levantar, eu provavelmente já estava atrasada – me vesti (http://www.polyvore.com/26/set?id=41549006) e passei na cozinha. Cumprimentei Liam, Niall, Jaz e Louis que estavam ali e peguei uma maçã do cesto de frutas, saí comendo no caminho para a escola.

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Quando cheguei no pátio da escola, eu realmente constatei que estava atrasada; havia bem poucas pessoas ali, e as poucas que tinham estavam correndo ou com cara de quem iam faltar o primeiro tempo. Como eu não queria fazer isso, me coloquei a correr também.

Por sorte, consegui entrar na sala antes da Sra. Hitchcock. Depois de um tempo – bem pequeno, por sinal – ela entrava na sala seguida por uma aluna, nova, pensei. Mas espera, o que? Aluna nova é o caramba, eu a conhecia. A ‘aluna nova’ atendia pelo nome de Juliana, dã.

A Sra. Hitchcock não dispensou aquelas apresentações constrangedoras de alunos novos que chegam no meio do ano. Eu sei que são constrangedoras, há algumas semanas, era eu a passar por isso. Eu encarava Juh com uma cara que devia estar hilária, eu realmente não estava entendendo muita coisa. E ela me olhava com uma cara de quem estava se divertindo às minhas custas.

Depois de apresentá-la a turma, a professora a mandou sentar-se com alguém. E adivinha quem era a pessoa sozinha que teria que aguentar a ‘aluna nova’? Exatamente, eu. Juliana veio para meu lado com um sorriso no rosto, e eu ainda não entendia nada. Assim que ela sentou, eu sussurrei para que ela e apenas ela ouvisse:

- Pode me explicar o que tá acontecendo?

- Sou a aluna nova, não deu pra perceber? - ela falava no mesmo tom, com uma ponta de divertimento na voz.

- Mas como não me falou ontem? – eu ainda estava pasma, ok?

- Ah, surpresas fazem bem, ué. – ela deu uma risadinha fraca. – Mas se quer saber, mudei de escola porque a minha ficava muito longe da casa de Bru. – ela virou e começou a prestar atenção na aula, ou pelo menos era isso que parecia. Com muito esforço e sem nenhuma força de vontade, me obriguei a fazer o mesmo.