And Pain Is Just A Simple Comprimise...
Capítulo 14
Pov. Violet
O que? Como assim Harry Styles apaixonado por mim? Não pode.
Eu só vou fazer ele sofrer desse jeito, e eu não vou conseguir suportar, não mais. Depois do que ele falou eu me senti como se eu não fosse o suficiente. Como se eu fosse um problema na vida de todo mundo. E eu não sabia o que fazer.
Eu não sei se era todas aquelas garrafas de vodka que eu tinha tomado, ou se eu agi por impulso, eu só me dei conta do que estava fazendo quando a lâmina já estava cortando o meu pulso.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Não, isso está errado. Isso não podia acontecer. Esse era o tipo de atitude que eu estava evitando que eu cometesse, a um bom tempo.
A 5 meses tenho tentado evitado de me cortar, o meu vício pessoal. Consegui ficar esses 5 meses desde que cheguei em Londres sem nenhum corte no meu braço, somente as cicatrizes de um passado, não tão distante, que me mostravam que eu podia ser forte. Agora tudo em vão. Descumpri as promessas que fiz aos meus amigos, de que nunca mais iria me cortar. E quando eles vierem pra Londres? E verem o meu pulso com um profundo corte, um corte que não vou poder esconder por muito tempo...
Se cortar sempre foi a minha melhor opção, mas essa nunca foi a melhor das soluções.
Peguei o meu violão e corri para fora do apartamento, querendo sumir por um tempo. Como isso não é possível, para um lugar afastado e o primeiro lugar que me veio a mente foi a cobertura do prédio. Cheguei lá o mais rápido possível, escutando passos atrás de mim, que ecoavam e ficavam distantes a cada andar.
Ofegante, me encostei na parede, sentindo a brisa gelada e me sentei, observando as estrelas que um dia já pareceram mais brilhantes aos meus olhos. E então eu peguei o meu violão e comecei a tocar Misguided Ghosts, Paramore.
I'm going away for a while
But I'll be back, don't try to follow me
'Cause I'll return as soon as possible
See I'm trying to find my place
But it might not be here where I feel safe
We all learn to make mistakes
Eu estou indo longe por enquanto
Mas eu vou voltar, não tente me seguir
Por que eu vou retornar assim que possível
Veja, eu estou tentando achar meu lugar
Mas talvez não seja aqui que eu me sinto segura
Todos nós aprendemos a errar
And run
From them, from them
With no direction
We'll run from them, from them
With no conviction
E correr
Deles, deles
Sem direção
Correr deles, deles
Sem convicção
I'm just one of those ghosts
Travelling endlessly
Don't need no road
In fact they follow me
And we just go in circles
Eu sou apenas um daqueles fantasmas
Viajando sem fim
Não preciso de estradas
Na verdade eles me seguem
E nós apenas vamos em círculos
Now I'm told that this is life
And pain is just a simple comprimise
So we can get what we want out of it
Agora me disseram que essa vida
A dor é apenas um simples compromisso
Então nós podemos ter o que nos queremos disso
Would someone care to classify
Our broken heart and twisted minds?
So I can find someone to rely on
Alguém tenta classificar
Um coração partido e mentes perversas
Então eu posso encontrar alguém para me apoiar
And run
To them, to them
Full speed ahead
Oh you are not
Useless
We are just
Então corra
Para eles, para eles
Toda velocidade a frente
Oh você não é
Inútil
Nós somos apenas
Misguided ghosts
Travelling endlessly
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!The ones we trusted the most
Pushed us far away
And theres no one road
We should not be the same
But I'm just a ghost
And still they echo me
They echo me in circles
Fantasmas perdidos
Viajando incessantemente
Aqueles que nós mais confiamos
Nos empurraram para longe
E não há um papel
Nós não deveríamos ser iguais
Mas eu sou apenas um fantasma
E eles continuam a me fazer ecoar
Eles me fazem ecoar em círculos
O som do meu violão é a única coisa que me acalma. E ainda essa música em especial, que descreve, e que sempre descreveu o que eu estou sentindo.
E ao final da música, as lágrimas escorriam pela minha bochecha, ainda sem eu saber direito o por quê. Solidão, arrependimento? Nostalgia? Olhei para o horizonte naquela linda cidade que estava na minha frente, e pensei no quanto a minha vida havia mudado. Eu agora moro em Londres, com os meus melhores amigos, e eu trabalho em uma loja de instrumentos musicais. Tudo que eu sempre sonhei pra minha vida.
O meu olhar voltou-se para um vulto a minha esquerda e percebi que Zayn estava ali o tempo todo, me observando. Abaixei a cabeça e ele se aproximou, sentando ao meu lado e segurando a minha mão, de certa forma surpreso.
–Violet – começou devagar e esperou que eu olhasse para ele – Me desculpa por eu ter falado que não confio em você... eu estava nervoso e eu falei aquilo por impulso. Não foi a minha intenção te magoar. Eu sou um idiota... - olhou para o outro lado e ficamos em silêncio por um tempo.
– Escutei uma vez que quando a gente fala sem pensar, falamos o que realmente pensamos. - falei olhando para o céu. Ele hesitou – Olha, eu só preciso ficar sozinha – eu me encolhi com o vento frio. Zayn chegou mais perto e sussurrou no meu ouvido um me desculpa. Eu só assenti com a cabeça e ele segurou mais forte a minha mão.
– Desde quando você se corta? - perguntou com uma voz fraca.
– É a primeira vez desde que eu vim aqui para a Inglaterra. - esperou que eu continuasse - É complicado.
–Eu vou te proteger dessa vez. - falou decidido - Você não vai mais estar sozinha – depositou um beijo em minha testa e me abraçou – Eu só quero que as coisas se ajeitem entre nós dois.
–Tudo bem. - olhei para ele – Mas eu preciso de um tempo, você sabe.
Ele assentiu e eu voltei meu olhar as estrelas, como se elas pudessem me dizer o que fazer. Peguei no sono ali mesmo, nos braços de Zayn, sentindo o cheiro dele e me sentindo protegida. Como nunca me senti antes.
Pov. Zayn
Depois de alguns minutos, Violet já estava dormindo, enquanto eu me afundava nos meus pensamentos.
O sol já estava nascendo quando eu a levei de volta ao seu apartamento, com todos os meninos desmaiados no quarto de hóspedes. Amanhã eles vão ter uma ressaca daquelas.
O quarto dela ficava no final do corredor, e quando me aproximei percebi que nunca havia entrado no seu quarto antes. Abri a porta de vagar e olhei dentro do cômodo, a segurando no colo. Uma das paredes eram pretas, e as outras 3 eram brancas, tinha uma grande janela e um closet. O que mais me chamou a atenção foi o mural de fotos que ficava a direita de sua cama. Havia muitas fotos, muitas mesmo. Fotos com os amigos, com a família, fotos de festas, acampamentos, aniversários... Praticamente de tudo. Um garoto em especial aparecia ao lado dela na maioria das fotos. Tinha olhos verdes e cabelos pretos, e cheguei a duvidar se eles já forma um dia namorados, mas espantei esse pensamento da minha cabeça.
Deixei Violet na sua cama e quando eu me afastei ela apertou a minha mão e murmurou sonolenta: Fique.
Hesitei um pouco. Mas diante de um convite desses, eu não pudia recusar. Deitei-me ao lado dela, abraçando por trás, segurando forte a sua mão e sussurrei no seu ouvido eu te amo, mesmo sabendo que ela já estava dormindo; não demorei muito para adormecer também. Ela estava ao meu lado agora e isso é tudo que eu precisava. Podia ficar assim pra sempre...
[...]
Acordei com o sol batendo no meu rosto, fazendo cócegas em minhas bochechas. Abri os olhos vagarosamente e vi que Violet ainda estava comigo. Não era um sonho então. Percebi que ainda estava com os braços ao redor da cintura dela . e estávamos com nossas pernas entrelaçadas, podendo sentir a sua respiração. Ela dormia calmamente, parecendo um anjo e não pude evitar um sorriso. Me levantei com cuidado e consegui sair do quarto sem acordá-la. Precisava me redimir por ter brigado com ela aquele dia e já tinha uma ideia em mente.
Passei pela sala que estava uma bagunça, e pensei tudo culpa da vodca.
Cheguei até a cozinha e peguei alguns ingredientes do armário e comecei a preparar panquecas. Não demorou muito para o pessoal começar a acordar.
– Bom dia – disse Violet na porta da cozinha. Estava com o cabelo bagunçado e eu me perguntei como ela consegue ser linda mesmo assim. Se espreguiçou e sentou em uma cadeira.
– Bom dia – sorri.
– Zayn Malik cozinhando? É um milagre, só pode – Louis chegou acompanhado de Liam.
– PANQUECAS! - Niall gritou quando me viu perto do fogão. - Você tá cozinhando? - perguntou assustado – Nem vou comer isso aí então.
– Ei, eu não cozinho tão mal assim!
–Vai nessa – Liam disse e eu revirei os olhos.
– Que dor de cabeça... - Louis passou a mão no seu cabelo, fazendo uma careta.
– Também depois de todas aquelas garrafas ontem, espera o que? - respondi.
– Eu não me lembro de nada... Só de um pedaço de pizza de calabresa que eu comi e depois eu fui para o quarto – Niall tentou se lembrar, confuso e Violet deu risada.
– Eu vou acordar o Jay e Zac... - ela saiu e eu sorri para mim mesmo.
– HMMMM... - os 3 fizeram um coro.
– Calem a boca – falei irritado e voltei a minha atenção para as panelas.
– O que aconteceu depois que nós ficamos dormimos? - Louis perguntou tirando a panela da minha mão.
– Ela me perdoou – respondi simplesmente, mas eles não acharam suficiente.
–E...? - Liam fez com que eu continuasse, mas foi interrompido com a chegada de Jay e Zac.
– A minha cabeça vai explodir – reclamou Zac e ele olhou para nós – VOCÊS DORMIRAM AQUI? - gritou olhando para a Violet e nós demos risada – Isso não tem graça. - se sentou na cadeira mais próxima.
– Eles estavam muito bêbados e... - Violet tentou explicar, como uma filha explicaria a situação para o pai.
– Já ouvi essa desculpa antes – Jay resmungou e ela revirou os olhos. - Vocês estavam no quarto de hóspedes, não estavam?– apontou para Niall, Liam e Louis que assentiram – E você? - apontou para mim.
– Eu, er... OLHA, as panquecas estão prontas! - me virei e ouvi as risadas atrás de mim. Peguei um prato e coloquei as panquecas ali.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Onde eu estou? - Harry falou chegando na cozinha com uma voz rouca o cabelo inteiro bagunçado , causando uma crise de riso. - EI!
– Nós estamos na casa da Violet Cachinhos... - Niall respondeu. - Bom dia pra você também.
– Bom dia duende – olhou para Violet – Bom dia Violet...
– Bom dia. - ela respondeu pegando o suco que estava na geladeira.
– Vamos comer então? - Liam esfregou as mãos.
– Hey, não tem pra todos vocês, venham me ajudar a cozinhar então seus preguiçosos... - resmunguei.
– Tá bom, pelas panquecas – Niall disse e logo nós 5 estávamos cozinhando, com Violet, Jay e Zac jogando cartas na mesa, já que não deixamos eles cozinharem, porque afinal, nós eramos os intrusos ali.
–TRUCO! - gritava Violet no meio do jogo, seguido de reclamações de Zac e Jay.
E os 3 davam risada das nossas infelizes tentativas de quebrar um ovo, e aí eu fui perceber que eu não nasci para cozinhar.
–Está pronto! - eu disse colocando as panquecas na mesa.
Violet ligou a televisão e deixou no Bob Esponja.
– Não podia escolher um programa mais infantil não? Bob Esponja? Sério? - falou Jay.
–Ah, nem vem, eu amo Bob Esponja... e daqui a pouco vai passar Os Padrinhos Mágicos. - ela respondeu e pegou um prato que estava na mesa e sentou no sofá. Fui me sentar ao lado dela e Harry, é claro também, só pra sacanear. Mais desconfortável que a Violet impossível.
– Vou pegar refrigerante, quem quer? - ela se levantou rapidamente, e Zac e Jay soltaram uma risada abafada.
– Eu quero – disse Zac.
Os meninos me advertiam com o olhar, como se eu fosse começar outra briga.
Quando isso vai parar?
Fale com o autor