A Professora De Carlie

Quando o medo de perder fala mais alto parte 1


Logo o ano novo passou e enfim as festividades de final de ano acabaram. Emmett e Rosalie finalmente encontraram uma casa perfeita não muito longe da nossa e Carlisle e Esme voltaram para antiga mansão deles e Alice e Jasper foram juntos, agora apenas eu, Edward e Jake residíamos a grande casa. Jake estava tristinho e cabisbaixo, como estava nevando ele não podia brincar lá fora e Edward já tinha se acostumado com o grandalhão dentro de casa. Eu estava pretes a completar um mês de gravidez e a paranóia de Edward só aumentava com sua paranóia tanto que agora ele tinha ido visitar Carlie sem mim e eu só iria mais tarde. E com toda essa paranóia de gravidez quem doaria a medúla para Carlie seria ele.

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-É Jake somos só nós dois nesse casarão.-Eu disse fazendo carinho em Jake que crescia cada vez mais.

Ele abanou o rabinho e inclinou a cabecinha pra meu afago. Sorri para ele,Jake foi tanto um presente para mim quanto para Carlie ele era meu companheiro quando as pessoas não podiam vir até a mim ou eu não podia ir até a elas. Fiquei mais um tempo fazendo carinho em Jake até que o telefo ne tocou estridente. Levantei do sofá e fui direto para a mesinha de canto onde o telefone repousava chequei o número de onde ligava e constatei que era Edward, estranho não tinha nem meia hora desde que ele saiu. Prontamente atendi o telefone.

-Oi amor.-Eu disse esperando pela resposta.

-Oi amor, preciso que você venha para hospital agora.-Ele disse com uma voz estranha.

Franzi o cenho e meu coração parecia estar parado. Alguma coisa estava acontecendo com Carlie.

-Tudo bem, aconteceu algo com Carlie?-Eu perguntei aflita subindo as escadas para trocar de roupa.

Ouve uma pausa do outro lado da linha, eu podia ouvir a respiração pesada de Edward. Ele estava aflito.

-O cancêr Bella...-Ele não conseguia terminar a frase eu podia ouvi-lo soluçar.

Uma lágrima escorreu de meu olho.

-Estou indo. Não saia de perto dela.-Eu disse delisgando o telefone em meio a lágrimas.

Bella não é hora de fraquejar. Pensei comigo mesma e logo troquei de roupa e peguei a chave de minha camionete e saí as presas de casa. O hospital não ficava muito longe dali mais pareceu levar uma eternidade até que eu chegasse ao grande centro médico. Logo que desci da camionete me vi em um déjà vu só que desta vez eu corria pelo corredor sem Edward. Minhas pernas estavam cansadas e eu ofegante quando finalmente cheguei na porta do quarto de Carlie e irrompi pela porta sem me dar tempo de um descanso. Não havia tempo para descanço.

Assim que entrei no quarto dei de cara com Carlie adormecida rodeada de tubos e aprelhos em volta dela Edward tinha uma expressão arrasada e o dr. George parecia conversar com ele. Avancei até eles e me pus ao lado de Edward sem tempo para saudações olhei para o rosoto pálido e cansado de minha filha.

-O que houve?-Perguntei com uma voz de choro.

Edward me abraçou pela cintura e encostou seu queixo no vão de meu pescoço.

George olhou pesaroso para mim.

-Bella, Carlie teve uma recaída teremos que fazer o transplante dela ainda esta semana.-Disse ele lentamente.

Uma recaída, quer dizer então que a químeoterapia não esta fazendo efeito.

-George, eu não posso doar para ela Edward terá que fazer isso.-Eu disse tristemente.

Ouvi a respiração de Edward perder o ritmo.

-Vai dar certo?-Edward perguntou procurando apoio em mim.

George nos olhou sério e respirou fundo.

-Creio que sim Edward.-Ele disse calmamente.-Pode ser a salvação dela.

Pode ser a salvação dela. Essa frase grudou em minha mente.

-Faça o mais rápido possível.-Disse Edward deseperado.-Salve ela, por favor.-Disse Edward parecendo estar sem chão assim como eu estava.

-Podemos fazer o transplante ainda hoje Edward.-Ele disse nos olhando seriamente.

Senti o choro se prender em meu peito eu não conseguia esboçar emoção dianta de tal situação. Tudo estava tão bem. Tão em paz e ela estava correspondendo bem ao tratamento. Porque? Porque com minha filha? Porque isso? As lágrimas pareciam estar presas dentro de mim.

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-Eu farei o que for preciso.-Disse Edward se soltando de mim e indo até George.-Nem que eu tenha que dar minha vida pela dela.-Ele disse deixando que seu choro escapasse.

E foi nesse momento que me vi entre lágrimas também. Era isso, espectativas nulas ou era tudo ou nada. E eu não suportaria perder minha filha em hipotese alguma. Não assim, ela é jovem. Ela tem uma longa vida pela frente.

-Vamos preparar o centro cirúgico Edward e dentro de três horas estaremos preparando vocês.-George botou sua mão no ombro de Edward e o olhou dentro dos olhos.-Vai dar tudo certo.-Ele disse sério e saiu do quarto nos deixando com nossa filha.

Nossos olhos logo se encontraram. E vimos um no outro uma imagem refletida, rosto banhado por lágrimas e a expressão de derrota. Nos aproximamos e não havia palavras para se trocar, o que eu iria falar para Edward, o que Edward falaria para mim? Não tinhamos palavras para a situação e apenas pelo olhar nos comunicavamos ele sim parecia dizer tudo, explicar tudo o que palavras não podiam. E sem mais espera trocamos o nosso mais apaixonado beijo, depositando ali todos os nossos sentimentos que não haviam expressão naquele momento. Era como se estivessemos entregando todas as esperanças de que tudo ficaria bem nele. Nos separamos quando o ar se fez necessário e ele segurou minha mão e ali ele depositou um beijo. Nos aproximamos do leito de Carlie e ali ficamos em silêncio, velando o sono de nossa jóia mais preciosa, aquela que não suportaríamos perder. Nossa Carlie. Minha mão livre afagava seu cabelinho curto e as de Edward sua bochechinha pálida. Ela estava ali tão vulnerável quanto antes. Deixei mais algumas lágrimas escaparem e entenrrei meu rosto na cama de Carlie. Eu não aguentaria se o transplante não desse certo.

-Vai ficar tudo bem.-Disse Edward ao pé de meu ouvido.

Soluços irrompiam meu peito de uma tal forma que chegava doer.

-Não chore amor, Carlie não gosta que choremos.-Ele disse erguendo meu rosto e secando minha lágrimas com beijos delicados.

-Eu vou salva-lá.-Ele disse sorrindo um pouco.

Eu olhava nos olhos de Edward sem desviar um segundo enquanto ele segurava meu rosto entre suas mãos.

-E logo seremos nós quatro em nossa casa.-Ele disse sorrindo para mim.

E então vi o desenho de um futuro onde estariamos em nossa casa, e Carlie curada.

-Promete?-Eu perguntei num fio de voz.

Edward sorriu mais uma vez e limpou mais uma lágrima que insistiu cair de meu olho.

-Prometo meu amor.-Ele disse beijando a ponta de meu nariz.

-Eu amo vocês, e nunca deixarei nada acontecer a vocês.-Ele disse sorrindo e olhando para Carlie.-Vocês são minha vida e sem vocês não existo Bella.-Ele disse agora olhando em meus olhos.-Você confia em mim?-Ele peguntou olhando meus olhos procurando ali a certeza.

-Sim.-Eu disse e então o abracei com todas as minhas forças. E então logo Edward me puxou para mais um beijo amoroso assim selando sua promessa de que nada aconteceria com nossa Carlie.

E foi assim que Edward me convenceu de que tudo daria certo, que tudo penderia ao nosso favor, Carlie estaria curada logo e o transplante era um tratamento tão certo quanto a químeoterapia, logo as células cancerigenas não existiriam mais e nossa menina poderia levar uma vida normal longe deste hospital, logo teriamos nossa Carlie em nossa casa como sempre deveria ter sido.

(...)

Where in the world did the time go? It's where your spirit seems to roam Like losing faith to our abandon Or an empty hallway from a broken home

Onde foi parar o tempo no mundo?

É onde seu espírito parece ter ido vaguear

Como perder fé em nosso abandono

Ou um corredor vazio de um lar despedaçado

Don't look away

From the arms of a bad dream

Don't look away

Sometimes you're better lost than to be seen

Não desvie os olhos

Dos braços de um sonho ruim

Não desvie os olhos

Às vezes você está melhor perdido do que quando visto

-The Forgotten, Green Day.

Continua no próximo capítulo.