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— Azumi—chan! – gritou Kagome, mas eu já estava longe.

Senti Inuyasha me segui. Irritante! Osuwari!

O rosário fez a sua parte, e ele caiu com tudo no chão.

Continuei a correr para onde o cheiro de Sesshoumaru vinha. Ele estava por perto, ele estava sentando em algum lugar por essa floresta densa se recuperando do machucado que eu tinha feito nele.

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Apertei meus olhos e vi um ser majestoso, de cabelos prateados, dormindo tranquilamente ao pé de uma árvore. Seu braço estava confortavelmente descansando na grama verde e não havia mais vestígios de alguma coisa.

Parei de correr e corei. Eu não deveria ligar. Ele era só meu irmão, mas...

Aproximei-me dele sem fazer movimentos bruscos. Agachei-me diante dele. Ele estava tão bonito dormindo, parecia um anjo. Levantei meu braço e levei minha mão até seu rosto, mas parei-a no meio do caminho.

Não queria acordá-lo, mas meu cheiro entregava que eu estava o observando.

Corei. O que eu estava fazendo? Eu não deveria estar aqui!

Olhei uma última vez para sua face angelical e sorri. Levantei-me e me virei.

— Não vá. Fique. – murmurou numa voz rouca.

Hesitei. Voltei a olhá-lo e ele continuava com seus olhos fechados. Eu devia fazer isso? Ir embora e deixá-lo ali? Ou deveria ficar?

Meu coração começou a acelerar. O que eu realmente sentia por Sesshoumaru? Amor fraternal ou... Amor?

Corei fortemente, mas depois me recuperei. Sentei-me ao seu lado e virei meu rosto para olhá-lo. Seu rosto era tão angelical.

Ele movimentou o corpo e deitou em meu colo. Virei um tomate naquela hora.

Sesshoumaru estava com o rosto virado para cima. A luz do sol batia em seu rosto, o tornando mais angelical.

Meu coração estava acelerado com tal coisa e meu rosto com um tom vermelho.

Toquei em seu cabelo prateado e comecei a acariciá-lo lentamente. Seus lábios formaram um sorriso tão majestoso que meu coração pareceu falhar.

— Sesshoumaru, se você soubesse o que você faz com meus sentimentos. – sussurrei roucamente.

Minha outra mão foi para seu rosto. Acariciei sua bochecha e a deixei descansar lá. Ele tocou sua mão na minha e as entrelaçou. Meu coração estava muito acelerado, meu rosto não tinha mais como ficar vermelho. Minhas emoções estavam a mil.

— Se-Sesshoumaru-sama. – gaguejei.

Ele abriu os olhos e logo encontrou os meus. Aqueles olhos dourados não pareciam mais que me odiavam e que não me aceitavam como alguém da família. Agora pareciam que sentiam um carinho especial por mim e que morreria por mim.

Ele soltou nossas mãos e se levantou. Fiquei estática, não sabia como reagir. Eu estava fortemente corada com aquilo tudo.

Ele tocou meu queixo e virou meu rosto para olhá-lo. Seu rosto estava tão próximo ao meu. Seus olhos não queriam deixar os meus. Analisei seu rosto, ele não sorria mais, seus lábios estavam numa linha reta e quando voltei a olhar em seus olhos, parecia que ele estava lutando para não fazer nada.

Esse conflito interno também existia em mim.

Ele se aproximou de mim, fechando os olhos e abrindo a boca. Ruborizei mais uma vez e abri um pouco minha boca, mas fiquei com os olhos abertos. Seus lábios tocaram os meus com suavidade e carinho. Fechei meus olhos ao sentir aqueles doces lábios. Ele pediu passagem para sua língua e eu deixei-a entrar. Nossas línguas se tocaram e começaram a “dançar” dentro de nossas bocas.

Minha mão foi para sua nuca e o puxei para mais perto.

O ar decidiu estragar tudo aquilo e nos separamos ofegantes. Continuei com os olhos fechados, ainda sentindo aquele gosto doce em minha boca. Sorri e abri lentamente meus olhos. Ele estava me encarando confuso, mas depois me deu um beijo na testa. Encostamos nossas testas.

— Consegui vencer essa luta que tanto me chateava. – disse ele numa voz delicada.

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— Sesshoumaru-sama... – descolei nossas testas e o encarei. – Po-por quê? – minha voz saia fraca e rouca.

— Porque eu sinto a mesma coisa por você, Azumi-chan. – murmurou.

Corei e arregalei os olhos.

— Se-Sesshoumaru... – ele colocou o indicador em meus lábios, me impedindo de falar.

— Calada, quero... Aproveitar um pouco. Daqui a pouco Jaken estará voltando. Quero passar esses minutos com você. – disse ele num tom rouco e frio.

Quem era aquele Sesshoumaru? O que eu fiz com ele?

— Você está bem? – perguntei com um pouco de humor.

— Você vai entender quando uma lembrança de Inuichi brotar em sua mente. – disse ele.

C-como assim? Pensei nervosamente.

Ele voltou a se deitar em meu colo e dormir.

Meu rosto ainda continuava vermelho. O doce sabor de seus lábios ainda não saíra dos meus. Aqueles sentimentos ainda não desapareceram.

Estaria eu e Sesshoumaru apaixonados?

Tremi ao pensar nisso. Aliás, eu só era parecida com Inuichi, mas isso não significava que eu era irmã legitima de Sesshoumaru e Inuyasha. Eu só era o corpo dela, mas a alma não.

É por isso que Sesshoumaru me chamou de “Azumi-chan”, porque ele sabia que eu só teria aparência de Inuichi, não a alma e o coração. É por isso que ele me beijou...

Meu coração, que já estava calmo, acelerou de novo.

Então ele realmente...

— Você me ama... – isso relutou em sair pela minha boca.

Olhei para ele e seus olhos abriram, fitando os meus.

— Sim.

Corei e ele sorriu, levantando-se lentamente, sem tirar os olhos dos meus.

— Vá antes que Jaken a veja. – disse ele próximo ao meu rosto.

Assenti, mas antes de sair, ele colocou sua mão em minha nuca e me levou para seus lábios, beijando-me carinhosa e apaixonadamente.

Ele parou de me beijar e eu tive que piscar várias vezes para acreditar nisso.

— Agora vá. Você precisa libertar Hino daquele corpo. – murmurou.

Assenti e me levantei. Olhei mais uma vez para ele e seus olhos voltaram a se fechar.

Sorri e corri de volta para o vilarejo.

Continua...