Psicose

É melhor viver sem felicidade do que sem amor.


Eu tinha a convicção de 3 coisas. A primeira era que eu estava completamente apaixonada por Bill. A segunda: Hannahdefinitivamente queria entrar para a família, mas eu já não ligará mais, eu tinha um motivo para ser feliz. A terceira: Este motivo era Bill.

Com aqueles olhos, aquela boca, com cada traço de seu rosto perfeito, com cada toque fazia com que eu me sentisse viva!

– Bom dia flor do dia! - Bill disse sorridente.

– Olá! - Sorri, antes que nossos lábios se encontrassem.

– Hoje nós vamos dar um passeio. - Disse Bill.

– É mesmo? E onde vamos?

– Investigar sobre a morte de sua mãe.

Meu coração gelou quando ele finalmente anunciou nosso destino.

– Tudo bem. - Foi tudo que consegui dizer.

– Dill? - Aporta se abriu, fazendo com que Bill desaparecesse num piscar de olhos.

– O que foi pai?

– Arrume-se, nós vamos sair.

– Onde vamos?

– Na casa de Lukas.

Oh meu Deus. Eu havia me esquecido completamente de Lukasmais uma vez. Eu sabia que ele o encontraria triste por minha causa, e sabia que ele sentia minha falta, mas eu não tinha tempo para se quer lembrar dele, eu era definitivamente a pior amiga do mundo inteiro.

– Mas pai... - Tentei argumentar, mas fui interrompida.

– Sem mais Diana, Marlinme ligou e pediu que fossemos visita-los, pois Lukasnão para de perguntar sobre você.

– Tudo bem então. - Rendi-me.
Assim que ele fechou a porta, Bill apareceu novamente.

– Parece que teremos de deixar nosso passeio para depois. - Disse sorrindo.

– Tudo bem pra você? - Perguntei.

– Claro. Afinal, seu amigo precisa de você.

– Ok!

– Ok! - ele repetiu.

– Bill?

– Sim.

– Pode sair por favor, eu preciso me trocar? - Implorei antes que minhas bochechas começassem a corar.

– Ah, sim, claro. - Senti que Bill também ficou um tanto envergonhado. - Eu vou investigar algumas coisas sozinho.

– Tem certeza?

– Com certeza sim, afinal, será bem mais fácil me concertar sem sua beleza estonteante requerendo minha atenção.

– Tudo bem então! - Voei em seus braços, sentindo o calor do seu corpo invadir meuspóruns. Era estranho, Bill estava morto, mas sua temperatura é quente como de qualquer ser humano.

– Eu te amo! - Sussurrou em meu ouvido.

– Eu também te amo! - fiz o mesmo.

(...)


Estávamos a caminho da casa de Lukas, e eu não conseguia pensar em desculpa alguma que justificasse meu sumiço. Eu sentia-me envergonhada por ter desaparecido sem dar explicações, sem nem me preocupar em saber como ele estava.

– Pai, como vou chegar na casa de Lukasdo nada, depois de ter sumido por tanto tempo, depois de tê-lo abandonado pela segunda vez?

– Querida, vocês são amigos, e amigos sempre sabem como resolver as coisas, tenho certeza que depois de alguns minutos de conversa vocês vão se entender.

– Não sei não pai...

– Confie em mim!

Papai tocou a campainha e Marlinnos recebeu radiante.

– Dill! - Puxou-me para um abraço acolhedor. - Como está querida?

– Bem Marlin, obrigada. Lukasestá ai? - Perguntei com os olhos colados na escada que levava até os quartos.

– Esta por ai, no jardim. - Respondeu afagando meus cabelos.

– Posso ir encontrá-lo?

– Claro meu amor. Pode sim. - Marlinsempre tão doce, lembrava minha mãe.
Eu sabia exactamente onde encontra-lo, tinha convicção de onde Lukasestava.

– Te achei. - No mesmo lugar onde costumávamos brincar, perto do lago, o canto mais bonito, cheio de pedras, flores e árvores. Costumávamos chama-lo de recanto deslumbrante. Era o nosso lugar, onde já rimos e choramos diversas vezes.

– OiDiana. - Respondeu frio.

– Lukaseu... - Eu não sabia que explicação dar, não sabia o que dizer. - Eu sei, sou u ma péssima amiga e sei que você não merece algo assim.

– Não mesmo. - Disse enquanto atirava pequenas pedras contra a água.

– Desculpe. - Encarei o chão, sentindo toda a dor escorrer em meus olhos.

– Por que você sempre some sem dar explicações? Quero dizer, por que nunca liga? Por que não dá noticias? Eu sinto muito a sua falta.

– Eu também.

– Não, não sente. Se sentisse ao menos um pouco, você ligaria.

– Eu não pude! - Argumentei.

– Aé? E por que não?

– Por que... Você não acreditaria se eu dissesse. - Confessei.

– E desde quando eu duvidei de você?

– Tudo bem. - Suspirei. - Eu não sei se poderia um dia contar isso para alguém, mas confio em você... Vamos lá. Prometa que ouvirá tudo, por favor.

– Eu prometo. - Respondeu finalmente olhando para mim.

– Bom, desde que minha mãe morreu, eu conheci Bill.

– E quem é esse? - Perguntou confuso.

– Um não humano.

– Como? - Perguntou incrédulo.

– Ele já morreu, é como um anjo da guarda, só que ele não é um anjo, é um não humano, que tem como missão, me ajudar a descobrir quem matou minha mãe.
Lukaspermaneceu em silêncio, como se tentasse assimilar as informações recebidas, então continuei.

– Eu me apaixonei por ele, e acho que estamos namorando. - Sorri tímida.

– Como assim? Você tá namorando com um morto? - Perguntou com os olhos arregalados.

– Sim, mas ele faz tudo que uma pessoa viva faria.

– Continue... - Pediu ele.

– Bom, com a aparição de Bill, Adrian, ofireon...

– Fi oque? - Lukasinterrompeu-me.

– Fireon.

– Sim...

– Este Fireon temcomo missão me proteger, ele acredita que eu vou morrer, só não sabemos o porque. Bill e ele não se dão muito bem...

– Ahãm...

– Então, é isso. - concluí.

– Quer que eu acredite nisso Dill? - Perguntou rindo.

– Sim, pois é verdade. - Disse séria.

– Tá falando sério?

– Claro que sim! - joguei os braços para o ar. - Achei que acreditasse em mim.

– Desculpe, mas é estranho demais.

– Eu sei. - Respondi cabisbaixa. - Mas é verdade.

– Okentão. O que sabe sobre um Fireon eum não-humano?

– Fireonssão guardiões de almas.Criados para proteger os que sofrem.

– E os não humanos?

– Na verdade não sei muito sobre não-humanos, só sei o que Bill me contou.

– E nunca teve curiosidade em saber mais? Nunca entrou na internetpara pesquisar sobre?

– Eu não tenho internetesqueceu? Por causa de meu pai.

– Oh sim! - Lukasbateu com a mão na testa. -Pode pesquisar aqui se quiser.

– Sério?

– Claro, vamos lá. - Levantou e puxou-me pelo braço, forçando-me a correr em direçãoa porta dos fundos.

– Ok, digite não-humano no google. - Ordenei.

– Tá bom.

– Pode ler.

Tudo parecia condizer com que Bill havia me explicado, a não ser por um detalhe crucial, que fez meu coração acelerar.

– Não, não Lukas. Me diz que isso não é verdade. - Disse em meio a gritos.

– Calma Dill.

– Não! Não! - Eu não conseguia me conter.