Curando Feridas
Capítulo 25
Edward pov.
2 semanas depois.
- Que horas você vai ao canil pegar o cachorro? – terminou de vestir a blusa de moletom e olhou para mim através do espelho.
- À hora em que eu deixar vocês na casa da minha mãe. Passo lá e pego o cachorro. – a abracei por trás, observando nossa imagem refletida no objeto de vidro. – Daria uma bela foto.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!- Daria... – sorriu, deixando um beijo em minha bochecha. – Tem certeza de que não tem problema do meu pai passar o Natal na sua casa?
- Bella, você agora faz parte da família, logo o seu pai também. É claro que não tem problema, baby. – beijei a pele quente de seu pescoço.
- Se você diz. – deu de ombros. – Vou ver se Claire já acabou de se arrumar para nós irmos. Sua mãe deve estar precisando de ajuda na cozinha.
- Realmente, porque se depender de Alice, nós passaríamos a noite de Natal com fome. – gargalhou, jogando a cabeça para trás, e essa cena simplesmente me deslumbrou.
- Vou ver nossa filha, detetive. – antes de sair, deu mais um beijo em meus lábios.
Resolvi ir para sala esperar as duas, que provavelmente não demorariam a aparecer. Assim que sentei no sofá, a campainha tocou, me obrigando a levantar.
- Quem deve ser? – falei sozinho. A surpresa não foi muito agradável quando abri a porta. – Ah não! O que diabos vocês estão fazendo aqui?!
- Não posso visitar a minha neta em véspera de Natal? – entrou no apartamento, sem nem mesmo ser convidada.
- Desculpe por isso, Edward. – Eleazar me pediu. – Mas você sabe que é meio impossível contar a Carmem.
- Tudo bem. – suspirei. – Claire está acabando de se arrumar, nós vamos para a casa da minha mãe.
- Nós quem? Você e Claire ou aquela vagabunda também vai? – respirei fundo, contando mentalmente até mil para não voar no pescoço dela.
- Carmem, você está dentro da minha casa e eu exijo respeito, não só comigo, mas com Isabella também.
- Como você acha que eu posso te respeitar sabendo que você colocou outra mulher no lugar da minha filha?
- Eu não coloquei ninguém no lugar de Tanya! Sé que você precisa entender que ela morreu, Carmem. – suspirei. – Sem contar que eu percebi que o meu relacionamento com ela não seria duradouro... Eu a amei muito, mas percebi que o que eu sentia por ela não chega aos pés do que eu sinto por Bella.
- Ah, por Deus, Edward! – jogou os braços para o alto. – Eu não sou obrigada a ficar escutando essas coisas. Sempre falei a Tanya que era estupidez ela namorar com você... Pra completar, ela me engravida!
- Quem não é obrigado a ficar ouvindo dessas coisas sou eu!
- Edward, nós já estamos prontas. Vam – parou no meio do corredor quando viu quem estava na sala. – Er... Oi. – murmurou.
- Vovô! – se esticou toda, até sair do colo de Bella e ir para o colo de Eleazar.
- Oi, meu anjo. – deu um beijo em sua cabeça. – Olá, Isabella. – sorriu.
- Claire, vovó veio trazer o seu presente de Natal. – entregou para a garota um grande embrulho rosa. – Espero que você goste, querida.
- Obrigada! – deu um beijo em sua bochecha. – O quê é, vovó?
- É uma boneca, meu anjo. Sua mãe tinha uma igual quando era criança. – puxei Bella pelo braço, abraçando-a.
- Ah! – tentou rasgar o saco de presente, mas não conseguiu. – Mamãe, abri pra mim? – e ela tinha falado exatamente aquilo que não era para falar.
- Mamãe?! – ergueu as sobrancelhas. – Isso é alguma brincadeira?! Claire, – pegou a garota dos braços do avô. – ela não é a sua mãe. Sua mãe morreu, querida.
- Chega, Carmem. – peguei Claire no colo. – Não vou deixar você ficar se metendo na minha vida, principalmente estragar minha noite de Natal. Porque se bem te conheço, seu objetivo é esse.
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- Tá tudo bem, querida. – Bella a pegou de meu colo.
- Ouvir a verdade dói, não é mesmo, Edward?
- Carmem, chega!
- Não, Eleazar! Minha neta precisa saber a verdade! Sua mãe morreu por causa do seu pai, Claire. Ela –
- Chega! – e todos nós nos surpreendemos ao ver que tinha sido Bella quem havia falado aquilo. – Será que você não se cansa de atormentar a vida alheia? Uma coisa é quando você resolve implicar comigo, é até compreensível, mas querer atormentar a sua neta de 4 anos?! Faça-me o favor, Carmem!
- E você acha que é quem para falar assim comigo?
- Alguém muito melhor que você, pode ter certeza. Agora, se vocês nos dão licença... – indicou com a cabeça a porta. – Nós temos mais o que fazer.
- Mas é muito petulante mesmo!
- Carmem, vamos embora. – Eleazar a segurou pelo braço. – Já chega, você passou dos limites por hoje.
- Você ainda dá razão a eles? Como você tem coragem?!
- Vamos. Embora. – falou pausadamente. – Nos desculpe por isso, Edward e Isabella. Prometo que não vou mais deixá-la incomodá-los. Desculpe, Edward.
- Tudo bem, Eleazar. Você sabe que eu te admiro muito. – ele era um cara legal. Sempre esteve ao meu lado e de Tanya, diferentemente de Carmem, que com a morte da filha se tornou mais amarga.
- Eu sei, rapaz. Adeus e feliz Natal. – saiu, arrastando a mulher pelo braço.
- Filha, nada daquilo que a sua avó falou é verdade. Bella não quer tomar o lugar da sua mãe...
- Tá, papai. – eu sabia que ela não estava entendendo nada, mas mesmo assim precisava esclarecer as coisas.
- Você está bem? – dessa vez minha pergunta foi direcionada a Isabella, que estava pálida e completamente imóvel ao meu lado.
- Eu... Eu acho que vou vomitar. – correu para o banheiro.
- Merda! – coloquei Claire no chão. – Espera aqui, tá?
- A mamãe tá dodói?
- Acho que está, filha. – fui para o banheiro atrás dela. – Bella, o quê foi? – ajoelhei ao seu lado, segurando seu cabelo enquanto ela vomitava copiosamente.
- Você não precisa ver essas coisas! – me empurrou, mas mesmo assim eu não saí do lugar.
- Por que você está assim?
- Não sei. – limpou a boca com as costas da mão e sentou no chão. – Eu fiquei nervosa... Geralmente isso acontece quando eu fico muito estressada, é como meu corpo reage. – deu de ombros. Bom... Por um momento eu considerei a hipótese dela estar grávida. – Fica tranquilo, Edward, eu não estou grávida. – sorriu fracamente.
- Eu... Como... Como você sabe o quê eu estava pensando?
- É só olhar para a sua cara. – levantou. – Eu vou escovar os dentes e nós vamos, Ok? Já era para termos saído daqui a muito tempo.
- Eu tô te esperando na sala.
- Ok.
Não consigo acreditar que aquela estúpida da Carmem teve coragem de dizer aquelas coisas de mim para minha filha. Ela é muito audaciosa mesmo! Ela pode me insultar, fazer o que quiser, mas eu não admito que ela entre na minha casa e desrespeite a minha mulher e muito menos invente coisas sobre mim. Quem me conhece, sabe que eu jamais imaginaria que Tanya seria morta, seu eu tivesse a menor noção, não teria permitido que isso acontecesse.
- Não se martirize pelo o que aquela mulher falou. – sentou ao meu lado no sofá. – Ela é louca!
- Se eu soubesse que ela seria assassinada, jamais teria saído de perto dela... – coloquei a cabeça entre as mãos.
- Eu sei disso, Edward. – esfregou as minhas costas. – O objetivo dela era exatamente esse: te deixar mexido, se sentindo culpado. Você não teve culpa alguma, amor. Assim como meu pai não teve culpa pela morte da minha mãe. – deu um beijo em minha bochecha. – Agora vamos logo, se não daqui a pouco o canil fecha.
- É, vamos. – levantei, sendo seguido por ela.
Realmente não adiantaria nada ficar me culpando ou lamentando. Infelizmente Tanya tinha morrido, mas eu tinha ganhado uma segunda chance da vida, e iria desfrutá-la ao máximo.
Isabella pov.
Ainda estava meio nervosa pelo o que tinha acontecido, mas precisava me manter calma por causa de Claire. Ela sim, estava muito quieta, não falava nada. Acho que estava assustada com toda a discussão que havia presenciado. Edward não estava muito diferente... Eles tinham isso em comum, quando estavam nervosos ou estressados, sempre ficavam calados, na deles, talvez analisando a situação ou tentando se acalmar, não sei.
- Que horas seu pai deve chegar? – quebrou o silêncio depois de muito tempo.
- Não sei, ele falou que ia passar na casa de Billy antes de ir para a casa da sua mãe, acho que deve aparecer por lá por volta das 21/22 horas.
- Hum.
- Já falei para esquecer o que aquela mulher te falou. – meu tom de voz estava baixo, só para ele ouvir.
- Meu maior medo é que Claire, quando for saber a verdade, acabe pensando a mesma coisa que ela. – suspirou.
- Claro que não, Edward. Claire te ama acima de tudo, ela vai ter plena consciência de que o quê aconteceu não passou de uma fatalidade. – estiquei meu braço, fazendo um leve cafuné em sua cabeça.
- Você acha? – me olhou de canto de olho.
- Tenho certeza. – sorri, passando mais confiança a ele.
- Fico mais tranquilo por você pensar isso. – sorriu. – Chegamos. – estacionou o carro em frente à casa de Esme. – Vai precisar de ajuda com as coisas?
- Não. – peguei minha mochila listrada, que estava no chão do carro. – É só a minha mochila e a de Claire, não há necessidade que você nos ajude.
- O papai não vai entrá? – inclinou a cabeça para o lado, em dúvida.
- Seu pai tem que ir a um lugar antes, meu amor. – olhei para ela. – Mas já já ele volta, tá?
- Arrã. – assentiu. Ajudei-a descer do carro e depois me inclinei na janela de Edward.
- Até daqui a pouco. – dei um leve beijo em seus lábios. – Vê se não demora.
- Sim, senhora. – me afastei, observando o carro sumir.
- Vamos entrar?
- Vamos. – segurou em minha mão enquanto eu tocava a campainha. Logo Alice veio abrir o portão para gente.
- Ainda bem que você chegou, minha mãe liberou a Maria hoje, está toda enrolada na cozinha.
- Foi o que eu pensei. – coloquei minha mochila em cima do sofá. – Vou até lá ajudá-la.
- Ok. Vou subir com as suas coisas e as de Claire para o quarto do meu irmão, tá?
- Tudo bem. – murmurei enquanto ia para a cozinha. – Esme?
- Graças a Deus que você chegou, minha filha! Se depender da Alice, nós não teríamos nada para comer na ceia. – sorri. – Você pode me ajudar com isso daqui?
- Claro. – me aproximei dela. – O quê eu tenho que fazer?
- Vai cortando essas cenouras aqui, por favor. Enquanto isso, eu vou recheando o peru.
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Era fácil conviver com Esme, ela era uma mulher simples, agradável. Tanto que Edward e eu tínhamos pouquíssimo tempo de namoro e eu já me sentia em casa quando estava com a família dele. Talvez seja o ar maternal que emana dela, ou ela é assim mesmo por natureza, só sei que eu tinha Esme como uma mãe, uma amiga, sabia que podia contar com ela sempre, independente do que acontecesse entre eu e Edward.
- Claire sabe do cachorro? – perguntou.
- Não. É um presente de Papai Noel, certo? – ela riu.
- Você é muito importante para a minha neta, Bella.
- Ela também é muito importante para mim, Esme. Eu amo aquela criança mais que tudo no mundo, até mesmo mais do que Edward.
- Fico feliz por meu filho ter encontrado alguém tão perfeita. Você é a mulher que todo homem sonha, querida.
- Obrigada. – murmurei, corada.
- Não há de que. – depois disso, passamos a conversar sobre trivialidades.
Quando fomos perceber, já passavam das 20 horas. Rapidamente terminamos tudo e fomos nos arrumar. Pelo menos Claire e Edward já estavam prontos, assim como os demais. Subi correndo, tentando ser o mais breve possível. Peguei a calça jeans e a blusa cinza de frio que eu tinha trago. Nova Iorque estava um gelo nesses últimos dias, hoje tinha até amanhecido nevando, e aparentemente a neve voltaria cair a qualquer momento. Depois de estar de banho tomado e vestida, me maquiei rapidamente e coloquei meu sapato preto de salto alto. Estava perfeita.
- Bella, seu pai já – parou no meio da frase. – Você está linda!
- Obrigada. – sorri, envergonhada. – Mas você não acha que está muito formal, não?
- O quê?! Claro que não, você está perfeita, amor! – enlaçou minha cintura, dando um beijo em meu pescoço. – Está quase da minha altura. – brincou, me fazendo rir.
- Cala a boca! – dei um tapa leve em seu braço. – O quê você estava falando quando entrou aqui?
- Que o seu pai já chegou e está lá embaixo te esperando.
- Então vamos descer. – segurei em sua mão, o puxando para fora do quarto, indo de encontro a nossa família.
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