Curando Feridas
Capítulo 19
Isabella pov.
- Vocês estão namorando? – me perguntaram ao mesmo tempo.
- Quer dizer... Eu... Hã... Não sei. Estamos? – olhei para ele, mordendo o lábio inferior. – Droga! Não quero que você se sinta obrigado a nada, ok, Edward? É modo de falar, sabe? E nós não somos obrigados a –
- Bella? – me interrompeu.
- Quê?
- Cala a boca! – riu. – Nós estamos namorando, ponto. – destrancou o carro, colocando Claire no banco de trás.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!- Esse foi o pedido de namoro mais estranho do mundo. – fiz careta, arrancando uma gargalhada dele.
- O quê importa é que estamos namorando, certo?
- Acho que sim. – fiquei na ponta dos pés, o beijando. Suas mãos vieram parar em minha cintura, me tirando do chão.
- Como pode ser tão baixa? – brincou.
- Cala a boca! – dei um tapa leve em seu rosto. – Eu não tenho culpa de ser pequena.
- Minha pequena. – voltou a me beijar, mas fomos interrompidos por uma Claire impaciente.
- Papai, eu estou muito feliz de você e a tia Bella estarem namorando, mas vamos logo.
- Tem certeza de que essa garota só tem 4 anos?
- Acho que ela está convivendo demais com Alice. – abriu a porta do carro para mim e, só depois que eu estava acomodada, ele foi para o lado do motorista.
- Posso ligar o aquecedor?
- Com frio, Swan?
- Qual é! Estamos no inverno, Ok? Não sei como ainda não nevou com esse frio todo que está fazendo.
- Vai começar a nevar quando estiver mais perto do Natal.
- Por causa do Papai Noel, né, papai?
- Claro, filha. – um sorriso brincava em seus lábios.
- O quê você pediu para Papai Noel, Claire? – me virei no banco, de forma que fiquei de frente para Edward.
- Um cachorrinho.
- Um cachorrinho? – olhei risonha para Edward. – E você acha que ele vai te dar?
- O papai falou que se eu me comportasse bem o ano todo, Papai Noel ia me dá o presente que eu quisesse.
- Ah! Seu pai falou isso? – ergui uma sobrancelha. – Então com certeza Papai Noel vai te dar seu presente.
- Bella... – me repreendeu.
- O quê? – fiz meu melhor olhar de inocente. – Foi você quem disse. – ergui minhas mãos.
- Olha, chegamos, vai logo pegar suas coisas. – saí do carro rindo, mas o riso era de nervoso. Tenho certeza de que a mãe de Rosalie vai criar caso por eu estar saindo daqui, mas isso é um fato necessário.
- Bella! – Rosalie me recebeu logo assim que eu entrei na casa.
- Oi. – pigarreei. – Onde estão seus pais?
- Na cozinha, por quê? – seu olhar demonstrava confusão.
- Eu preciso falar com eles. – nos dirigimos para onde Rose tinha falado. – Bom dia.
- Bom dia, Bella.
- Bom dia, querida.
- Eu queria falar com vocês.
- Arrumou um emprego?
- Mãe!
- Não, tia. – dei um sorriso sem graça. – E é sobre isso mesmo que eu quero falar com vocês. Bom, primeiramente eu quero agradecer por vocês terem me deixado morar aqui por 2 meses... Eu sei que sustentar outra pessoa que não seja da responsabilidade de vocês é complicado, por isso obrigada. Mas eu não quero dar trabalho, então eu vou sair daqui.
- E vai morar onde, Bella? – o pai de Rose estava visivelmente preocupado.
- Não se preocupe, tio. Vou morar com o Edward, nós estamos namorando e –
- Você e o detetive estão namorando?! Mas isso é ótimo, amiga! – me deu um abraço apertado.
- Obrigada, Rosalie.
- Você vai morar com um homem? Uma mulher de respeito não deve morar com outro homem, a não ser que ela seja mulher dele.
- Mamãe, por favor!
- Catherine, Rosalie está certa.
- Eu me dou ao respeito, tia. Até muito, mas acontece que eu não posso ficar dando despesas desnecessárias a vocês. Que obrigação que vocês têm comigo? Nenhuma.
- A vida é sua, Isabella, você sabe o que faz dela, mas fique sabendo que morar com um homem, para mim, é não se dar ao respeito. – respirei fundo, controlando minha vontade de dar uma resposta mal criada a ela.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!- É a sua opinião, tia. Agora se vocês me dão licença, eu vou arrumar minhas coisas. – saí dali, indo para o quarto que eu dividia com Rosalie.
- Bella, me desculpa pela minha mãe, você sabe como ela é.
- Tá tudo bem. – peguei minha mala preta com bolinhas brancas e comecei a colocar minhas roupas ali dentro. – Eu sinceramente não esperava outra reação dela... Foi a forma com que ela foi criada, né, Rose? Nós temos que aceitar. – dei de ombros.
- Mas mesmo assim, ela foi muito grossa e faltou o respeito com você. – começou a me ajudar com as roupas.
- Eu não me importo, de verdade.
- Você é uma boa pessoa, Bella. – simplesmente sorri.
Depois de ter todas as minhas roupas devidamente guardadas dentro das malas, voltei à cozinha para me despedir definitivamente dos pais de Rose, até porque não seria muito educado de minha parte sair da casa sem me despedir corretamente.
- Tio, tia, mais uma vez muito obrigada pela estadia aqui, de verdade, vou ser eternamente grata a vocês.
- Imagina, querida. Saiba que você vai ser sempre muito bem vinda aqui.
- Obrigada, tio.
- Adeus, Isabella. – nem se deu ao trabalho de olhar para mim.
- Eu acompanho você até a porta, Bella. – me ajudou com as malas.
- Edward? – o chamei da calçada. Observei-o sair do carro e vir até nós.
- Essas coisas são todas suas? – perguntou, surpreso.
- São. – abracei Rosalie. – Muito obrigada por tudo, Rose. De verdade.
- Imagina, amiga. Você sabe que pode contar comigo sempre, e desculpa pela minha mãe, sim?
- Que isso! – a soltei.
- E você, Edward, – apontou um dedo para ele, que simplesmente ergueu as sobrancelhas. – trate de cuidar muito bem da minha amiga, viu? Isabella é a irmã mais nova que eu nunca tive e se você magoá-la, eu te caço até no inferno.
- Rosalie! – corei.
- Pode deixar, Rose. – deu um meio abraço nela. – Obrigado por cuidar dessa cabeça-dura por uns tempos.
- Vem cá, vocês podem parar de falar de mim como se eu não estivesse aqui?! – coloquei as mãos na cintura. – Anda, Edward, vamos guardar logo essas malas. Claire já deve estar impaciente dentro do carro. – Rosalie nos ajudou com tudo, e logo as coisas já estavam no lugar. – Mais uma vez obrigada, Rose.
- Imagina. – sorriu. – Nos vemos na segunda, certo?
- Com certeza. – sorri, antes de entrar no carro e seguir para a casa dos meus sogros.
[...]
- Nervosa? – segurou minha mão, que estava inquieta em cima da minha perna.
- Bastante. – dei um riso nervoso.
- Meus pais não mordem, Bella, e de mais a mais, Alice vai estar aí também.
- Eu sei, mas eu nunca fui apresentada aos pais do meu namorado, essa vai ser a primeira vez.
- O Juan nunca –
- Não.
- Papai, posso sair do carro?
- Claro, querida. Avise a vovó que eu e tia Bella já estamos entrando.
- Tá. – abriu a porta traseira do carro e correu pelo imenso quintal que havia na propriedade dos Cullens.
- Não imaginava que a casa dos seus pais fosse tão grande. – olhei ao redor, vendo o quanto a casa era grande e luxuosa, pelo menos o exterior.
- Minha mãe é arquiteta, gosta de tudo muito bem feito e organizado. Foi ela quem decorou meu apartamento.
- Posso te fazer uma pergunta? – mordi o lábio inferior.
- Claro.
- O apartamento em que você vive... Hã... É o mesmo em que você vivia com a... – pigarreei. – com a Tanya?
- Não. – seu rosto assumiu uma expressão fria. – Eu achei melhor me mudar.
- Entendi... – coloquei uma mecha de cabelo para trás da orelha. – Vamos entrar?
- Claro. – assim que estávamos fora do carro, Edward pegou minha mão e apertou, como se quisesse me passar calma. – Eles já gostam de você, Bella, de tanto que Claire, minha irmã e eu falamos. Não se preocupe. – empurrou a pesada porta de madeira, nos mostrando uma sala imensa e completamente bem decorada.- Uau! Isso aqui é maior do que a casa em que eu morava com Charlie!
- D. Esme é dada a exageros. – sua voz estava em um tom de desculpa.
- Isso aqui é lindo!
- Edward? – a mesma mulher que eu vi no hospital quando Claire se machucou apareceu na sala. – Ai, querido, que bom ver você em casa! – deu um abraço apertado nele.
- Mãe. – murmurou envergonhado, me fazendo dar uma risadinha.
- E você é a famosa Isabella. – sorriu. – Nem tivemos tempo para apresentações naquele dia no hospital, querida. Eu sou Esme, mãe de Edward. – me pegou de surpresa quando me abraçou.
- Isabella, mas prefiro que me chamem de Bella. – retribuí o abraço maternal que me deu.
- Claro, Bella. Sua mãe é italiana?
- Minha avó era.
- Ah! Entendi...
- Cadê Claire?
- Está na cozinha com seu pai. Vamos até lá, querida. – passou o braço por minha cintura, me obrigando a andar.
- E Alice, onde está? – Edward estava bem atrás de nós duas.
- Foi até a casa de Jasper, mas já deve estar voltando. Carlisle, olha quem está aqui?
- Isabella! – parou de cortar alguma coisa e me abraçou. – Como você está?
- Hã... Bem. – sorri.
- Vocês estão assustando ela, gente. – me afastou de seu pai, me abraçando.
- Oh, querida, nos desculpe, sim?
- Não, não tem problema. – sorri. – Vocês querem ajuda com alguma coisa?
- Não, não. Edward, por que você não vai mostrar a casa para ela?
- Quer vir?
- Arrã.
- Então vamos. – me puxou em direção a escada. – Me desculpe pelos meus pais, eles são meio efusivos.
- Sua mãe é um amor assim como seu pai. Não tenho o que desculpar.
- Se você diz. – deu de ombros. – Esse aqui é o quarto de Alice. – entramos em um quarto enjoadamente rosa. – É uma cor que ela gosta muito, sabe?
- Deu pra perceber. – ri.
- Vamos. – continuamos andando pelo corredor. – Esse é o quarto dos meus pais. – entramos em um quarto claro e muito bonito.
- Sua mãe tem realmente muito bom gosto.
- Ela tem. – continuamos andando. – E esse é o quarto de hóspedes. – me mostrou um quarto claro também, mas com os móveis predominantemente escuros. – Vamos, meu quarto é no terceiro andar.
- Por que no terceiro andar?
- Porque às vezes é bom ficar isolado das pessoas.
- Eu sei como é isso. Eu também sou assim de vez em quando.
- E aqui é o meu quarto. – abriu a porta do único cômodo que havia no terceiro andar. – Fica a vontade. – seu quarto era igualmente claro e grande como os demais quartos, mas o que me encantou foi que ao invés de quatro paredes, tinha somente três, a quarta na verdade era uma imensa porta de vidro, como uma espécie de janela, que dava para uma pequena varanda.
- Isso é... – tentei procurar por palavras, mas não achei. – Uau! Isso é incrível!
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!- Ele anda meio bagunçado, sabe? Ainda mais depois que Claire nasceu... Digamos que agora a dona do quarto é ela. – riu.
- Não está nada bagunçado. – olhei ao redor, vendo que as coisas estavam em seus devidos lugares. – Pode ter certeza de que meu quarto é muito mais desorganizado do que isso aqui. – novamente ele riu.
- Eu fico feliz de você ter gostado. – se aproximou de mim, enlaçando minha cintura.
- É claro que eu gostei, detetive. – fiquei na ponta dos pés, e logo ele entendeu o recado, me beijando.
Quando dei por mim, nós já estávamos na cama, com Edward deitado em cima de mim e com as mãos por dentro da minha blusa. Definitivamente eu perdia qualquer linha de raciocínio com esse cara por perto.
- Edward... – o empurrei levemente. – Nós estamos na casa dos seus pais.
- Tudo bem. Desculpa. – se sentou, me puxando para seu colo. Ele ia falar alguma coisa, mas foi interrompido por uma batida na porta. – Entra, Alice.
- Como você sabia que era eu? – entrou no quarto, sendo seguida de um homem muito alto, quase do tamanho de Edward, e loiro.
- Você é a única que bate na porta desse jeito. – deu de ombros.
- Bellinhaaaaa! – cantarolou meu nome, vindo até mim e me tirando do colo do irmão para me abraçar. – Que saudades!
- Alice, você me viu ontem na faculdade. – a lembrei, rindo.
- Mas mesmo assim eu estou com saudades. – me soltou. – Me deixa te apresentar o Jasper, meu namorado.
- Olá, Isabella. – ele estranhamente me passava uma sensação de calma.
- Bella. – sorri. – Oi, Jasper, é um prazer.
- O Jasper também trabalha com o Charlie, amor. – ficou em pé, me abraçando por trás. – Ele é o médico legista.
- Hum...
- Pai? – Claire entrou no quarto. – A vovó pediu para avisá que é pra descê pra almoçá. – veio até nós dois e pegou minha mão. – Vem, tia Bella, eu quero te mostrá uma coisa.
- Claire, depois, primeiro vamos almoçar.
- Mas é rapidinho, papai.
- Deixa, Edward, é rápido. O quê você quer me mostrar?
- Vem. – me puxou para fora do quart, deixando os outros 3 para trás. – Sabia que eu tenho uma casa de boneca muito, muito grande aqui? – descemos as escadas rápido e logo estávamos no jardim.
- É, meu amor? – tirei sua franja do olho.
- Foi o meu papai quem fez. – me mostrou uma casa de boneca rosa que havia no jardim. – Não é bonita, tia?
- É linda. – sorri. – Sabia que quando eu era criança eu sempre quis ter uma dessas? Mas como eu sempre morei em apartamento não dava. – dei de ombros.
- Eu posso emprestá a minha pra você, tá?
- Você pode? – passei a mão em seu rosto. Ela assentiu. – Eu te amo muito, Claire. – essa era a primeira vez que eu falava isso para ela, e de certa forma, eu me senti mais completa por admitir isso em voz alta.
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