Fairy Tales - Fairy Love

Capítulo 6: Sutileza de Touro, Esperteza de Dragão


- Você está bem, Natsu-san? – perguntou Juvia, mas Natsu estava enjoado demais para responder.

Aquele trem não fazia bem para a sua saúde.

- E eu achando que meu problema com lugares escuros era incomodo – disse Levy – Natsu, o feitiço que a Wendy usa para te curar, como ele chama?

- Tróia – disse ele, antes de tapar a boca com as mãos para impedir o vomito.

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- Então vamos tentar isso: Solid Troia – ao usar sua magia, essa palavra surgiu em forma solida, da cor marrom – Tente comer.

Natsu deu uma ávida dentada, antes de cuspir pela janela.

- Madeira – disse ele, antes de voltar ao seu estado doente.(n/a: um biscoito para quem entendeu)

Levy sorriu se desculpando.

- Acho que seria necessário algo mais específico – disse Levy, antes de se virar para a Juvia, que estava muito quieta – Alguma idéia?

- Existe a técnica que a Erza-san usa – disse Juvia pensando, antes de puxar Natsu pelo cachecol e bater com a cabeça dele na parede – Parece que funciona...

Desacordado, Natsu não se sentia mal.

- Mas acho que isso ainda vai acabar lhe causando um dano cerebral – disse Juvia.

- Se tantos anos de luta corporal já não causaram, isso não passara de uma pancadinha – garantiu Levy.

Elas ficaram em silencio por um tempo.

- Então, Levy-chan – disse Juvia – Porque você está indo nessa missão de aprendizado com o Natsu-san?

- Eu quero me tornar mais forte! – disse Levy confiante com os olhos brilhando.

- Para impressionar o Gajeel-kun ou para se tornar mais parecida com ele? – perguntou Juvia com naturalidade, deixando Levy na mesma cor que o cabelo do Natsu.

“Com uma sinceridade excessiva dessas” pensou Levy corando furiosamente – “Não é atoa que ela tenha medo de falar abertamente com o Gray”.

Natsu abriu os olhos, fazendo ambas congelarem.

- O trem parou – exclamou ele, não dando sinais de ter ouvido a conversa – Acho que chegamos.

Levy olhou pela janela, ela nem havia visto a estação se aproximar.

- Vamos lá! – disse Natsu pulando do banco, com o vigor subitamente renovado.

Um pouco mais tarde, na cidade.

- Esse lugar assusta Juvia um pouco – admitiu ela, depois de ser encarada por uma pessoa de índole suspeita pela décima vez.

Natsu riu, eles atravessavam uma avenida cercada de cassinos e bares, mas aquilo não parecia perturbar Natsu.

- Você só precisa impor respeito – disse Natsu tirando se pesado casaco negro e oferecendo a Levy, que estava mais que um pouco constrangida com a sua roupa – E deixar seu símbolo de guilda a amostra.

Pessoas de aparência suspeita resolveram cortar caminho, mas isso deve ter tido mais haver com o vapor que subia esporadicamente dele ou das pequenas explosões de fogo, que surgiam as vezes de entre o seus lábios.

O lugar tomou ares mais bonitos quanto mais eles iam adentrando no interior da cidade.

- Esse é um lugar de dois extremos – disse Levy quando eles passaram na frente da primeira loja luxuosa de uma longa fila – Devemos pegar logo as amostras da Mira ou começar logo a treinar?

- A melhor alternativa – disse Natsu – Vamos comer primeiro.

- Para onde será que vai toda essa comida? – sussurrou Juvia para Levy quando a décima porção de comida despareceu ao ser posta na frente do Natsu.

- Ele deve usar alguma magia estomacal, como a Cana – sussurrou de volta, quando viu o tempo relampejar pela centésima vez – O tempo mudou de repente, não é? Quando chegamos, não havia sinais de chuva.

- Mas o tempo não está inclinado a chover, ao que parece a Juvia – disse ela olhando pela janela confusa – Estranho.

Natsu parou de comer, seu cérebro havia ligado alguns fatores.

- Eu volto logo – disse ele se levantando – Eu preciso de um pouco de ar.

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Antes de sair, ele ouviu Levy sussurrar “Depois de comer tanto, é um milagre que ele não precise de um médico”.

Natsu saiu do restaurante, e assim que saiu do alcance da vista das janelas, um raio caiu ali perto.

- Laxus – disse Natsu, sem se deixar surpreender – Lute comigo!

Uma gota de suor escorreu na parte traseira da cabeça de Laxus. O garoto havia voltando ao normal.

Ele deu um passo para o lado para desviar do punho flamejante, antes de o agarrar pela gola e atirar de volta, errando por pouco uma lata de lixo.

- Isso foi trapaça – disse Natsu se levantando.

- Por tudo que existe de sagrado, me diga que você não está aqui no lugar da Mira naquela missão ridícula das roupas!

- Se você quiser, eu não digo, mas sim.

Aquilo fez a cabeça de Laxus cair desanimada.

- Droga – praguejou ele – Eu tive que ameaçar uma dúzia de estilista para eles começarem uma nova coleção no inverno(n/a: seguindo a ordem cronológica, eles deveriam estar na primavera, mas eu vou fingir não sabe disso) só para isso...

- Não fique tão para baixo – disse Natsu em um tom que ele pretendeu deixar animador – Se quer saber, o mestre está repensando sua expulsão, e saber que você está com a Mira acelerou esse processo.

- E como ele pode ter descoberto isso? – perguntou Laxus perigosamente.

- Isso eu não sei – disse Natsu sorrindo – o Velhote tem seus meios de saber as coisas.

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- E lá se vai a décima terceira xícara, isso se não contarmos as 3 taças – disse Lisanna ao ouvir o barulho da porcelana quebrar.

Lucy suspirou.

- E isso que até agora só estamos treinando o básico – disse ela inconformada – Quão difícil pode ser não segurar as coisas com se as quisesse espatifar, quebrar ou triturar?

Gajeel rosnou intediado e ofendido.

Lisanna achou que os humores estavam excessivamente exaltados, então resolveu intervir.

- Acho que precisamos de algo mais prático, Lucy – para a surpresa de Gajeel, aquelas duas podiam agir como seres humanos normais, desde que o Natsu estivesse a pelo menos 100 km de ambas – Porque não lhe demonstrar de forma comparativa?

- Boa idéia – disse Lucy enquanto revirava seu estojo de chaves – Abra! Portão do palácio do Touro Dourado: Taurus!

E enorme vaca humanóide surgiu com um mugido enquanto exibia seus músculos.

- O que eu posso fazer pela Lucy-sama e seu corpão?

Lucy pareceu estar ansiosa para mandar aquela vaca de volta, e Gajeel não a culpava, ao julgar os olhares que o touro lhe lançava.

- Hoje, eu tenho um trabalho muito simples para você – disse Lucy apressadamente enquanto indicava a mesa – Eu só quero que você tente usar uma xícara com a maior delicadeza possível.

O espírito-touro pareceu ficar confuso, mas fez o que lhe foi pedido.

Um creck foi ouvido logo depois.

- Eu não tenho talento para isso, Lucy-san – disse ele enquanto tentava se livrar da alça da xícara que ficou presa em seus dedos – Eu sou um Guerreiro!

- Eu sei – disse Lucy gesticulando com descaso – Obrigado, pode ir.

O touro, ainda confuso, atravessou novamente o portal.

Lucy se virou para o Gajeel.

- Essa é a forma perfeitamente errada de se fazer – disse Lucy acenando para a peça destruída – Agora veja a forma correta: “Abra, portão do leão, Leo”.

Todos na sala ficaram surpresos com o resultado.

Loke, em vez de estar em suas vestes habituais, estava vestido de forma esportiva que lembrava vagamente a um tenista, e trazia em uma das mãos um copo com canudo.

Ele olhou para os lados e depois para si mesmo, parecendo confuso.

- Lucy! – disse ele em um tom de resmunga – Eu estava em um ótimo lugar no torneio de tênis!

Lucy o encarou surpresa.

- Desde quando você é um fã de esportes?

Loke pareceu não ter nenhuma resposta plausível para isso.

Aquilo fez Gajeel gargalhar sonoramente.

-O garoto espírito estava em um encontro!

Loke praguejou qualquer coisa, mas não respondeu.

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- Cool!Cooool!coooool! – exclama um repórter hiperativo, com a câmera disparando loucamente.

Natsu suspirou, deixando uma pequena rajada de fogo aparecer, na tentativa de tirar o repórter chato da sua cola, mas isso não o assustou.

- Salamander! Lockser!Mcgarden! Uma foto, uma entrevista!Um abraço! – pedia o repórter enquanto os rodeava como um cachorro com fome.

- Jason, estamos em uma missão, então mova seu traseiro da frente – ordenou ele, mas como não ouve eficácia, resolveu usar uma técnica mais antiga, a de ignorar.

Enquanto caminhavam em silencio, Natsu pensou em algo.

- Você já descobriu o real motivo da depressão da Juvia? – perguntou Natsu em um sussurro depois de um tempo, aproveitando que a maga de água estava distraída com os flashes.

- Ao que parece, ela viu Gray conversando com outra garota – disse Levy, num tom de desaprovação – Provavelmente a entregadora de pizza, mas você entende o tamanho da auto-estima da Juvia, não é?

Natsu riu daquilo.

- Só um problema de confiança? Posso resolver isso facilmente – disse ele, antes de dar um maligno sorriso dragonico – Mas é claro, eu não posso perder a chance de provocar o Gray, e até vai ser saudável ele sentir ocasionalmente ciúmes.

Distraidamente, ele colocou o braço no ombro da Juvia, apenas na duração de um flash, antes de colocar o braço de volta ao lado do corpo, dando uma piscadela para Levy.

Era naqueles momentos em que ela duvidava da inocência da mente dele...