Fairy Tales - Fairy Love

Capítulo 4: Entre Suricates e Livros


No outro dia, bem cedo na guilda...

- Bom dia velhote – disse Natsu entrando na guilda, e vendo que nem mesmo a Mira havia chegado ainda – Algum motivo para estar aqui tão cedo?

- Eu não consegui dormir, pensando em coisas – disse o mestre, que fumava um cachimbo que tinha quase seu tamanho – E você?

- Eu também não consegui dormir direito, o Happy estava com insônia, então, já que o Happy é o Happy, ele não me deixou dormir – disse ele bocejando - E eu tenho algo para fazer hoje, então é melhor começar cedo.

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- Aceita uma bebida? - ofereceu Makarov.

- Às 7 da manhã? Não, não sou a Cana – disse Natsu rindo, e por algum motivo, uma duvida aleatória, que já havia surgido há algum tempo na confusão que era a sua cabeça, veio à tona em sua mente – Ei, Velhote, você sabe por que a Mira está tão animada ultimamente?

- Era sobre isso que eu estava pensando – disse Makarov – Mira me pediu para repensar a expulsão do Laxus, e eu disse que eu levaria o pedido em consideração.

- E qual foi a justificativa que ela usou quando fez o pedido? A felicidade do Raijinshû?

O riso de Natsu fez o cérebro de Makarov funcionar.

- Natsu, você sabe de algum outro provável motivo para isso?

- Bem, a última vez que eu vi os dois, eles estavam juntos.

Obviamente, Natsu e Makarov tinham interpretações diferentes para juntos, o que fez o mago velho ter um sangramento nasal e que seu cachimbo caísse da sua boca.

- Aquele maldito pirralho sortudo – disse ele, pensando alto.

-Não pense em coisas nojentas, Velhote, vamos lembrar que ele é seu neto.

- E ela é a Mira – disse o mestre, com se isso justificasse tudo.

- Argumento válido – admitiu Natsu – Tenho coisas a fazer, não faça nada idiota.

- Não prometo nada!

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Levy estava tendo um sonho agradável antes de acordar sobressaltada, e viu que alguém batia na porta.

- Sim? – disse ela sonolenta ao abrir a porta.

- Ainda estava dormindo? – perguntou Natsu em seu tom hiperativo entrando.

- Não, estava repousando com os olhos fechados – resmungou ela fechando a porta – Como entrou aqui?

- Pulei o muro e entrei pela janela da lavandeira – disse ele – Relaxe, ninguém me viu, todas ainda estão dormindo.

- Estavam, pelo menos antes de você entrar aqui fazendo mais barulho que a Sétima Cavalaria – rosnou ela com um mau-humor matinal – Vire-se, eu vou me trocar.

- Eu recomendaria você usar algo leve – disse Natsu enquanto encarava a parede – O primeiro dia de treinamento é o mais pesado.

- Estou pronta – disse ela alguns instantes depois.

Por teimosia, ela estava em seu visual habitual.

Natsu olhou para a pilha de roupa usada.

- Porque uma pessoa usa uma coisa dessas? – Levy achou que ele se referia a sua roupa intima.

- Natsu, é realmente muito cedo para eu bater em alguém – disse ela sonolenta – Vamos logo, eu como algo no caminho.

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Duas horas mais tarde, na guilda.

Lucy havia acabado de chegar na guilda, surpresa por Natsu não ter ido a sua casa á atazanar logo cedo, quando foi abordado por Juvia.

- Lucy – disse ela timidamente – A Juvia poderia te pedir um favor?

- Claro.

- É que o Gajeel-kun esta precisando de ajuda com relacionamentos, e a Juvia não sabe como ajudá-lo – disse a maga d’água – Você poderia... Não sei... Aconselhá-lo?

- Sim, pode ser divertido – disse Lucy animadamente – Mas mudando um pouco de assunto, você por acaso não viu o Natsu enquanto vinha para cá?

- Bom – disse Juvia pensando enquanto coçava o queixo – Se eu vi direito, acho que vi ele pulando o muro de Fairy Hills hoje de manhã.

Lucy estreitou os olhos, antes de disparar que nem uma vaca louca, deixando uma Juvia atônita para trás.

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Em algum lugar da Floresta Leste...

- Já chegamos? – perguntou uma Levy cansada pela centésima vez, depois de uma hora e meia de caminhada.

Isso foi pouco antes do chão se desfazer embaixo dela e ela cair com um “Kyaaah”.

- Encontramos um dos fossos para salto – disse Natsu enquanto a rebocava com facilidade usando um braço – Então quer dizer que estamos chegando.

O local em questão era uma área com poucas árvores, onde um lugar estava marcado por uma estaca e uma cabana rústica. Happy se encontrava empoleirado no telhado.

- Natsu, Levy! – disse ele aos avistar – Porque demoraram tanto?

- Pegamos o caminho mais longo – Levy arquejou ao ouvir aquilo – Foi o primeiro teste. Você passou, usando apenas 15 barras de cereal como combustível. É um avanço.

Levy suspirou.

- Qual é o exercício agora? – perguntou ela em um tom lamentoso enquanto Natsu desaparecia dentro da cabana de madeira.

- Você vai fazer uma corrida-circuito – disse ele enquanto saía segurando uma mochila rosa- Aqui tem algumas coisas que você pode precisar.

Ela aceitou quando ela lhe entregou... mas o peso a puxou para o chão.

- O que tem aqui dentro? - perguntou enquanto fazia força para levantar a bolsa

- Garrafas de água, uns lanchinhos, curativos, e vários quilos de carvão – disse Natsu, como se fizesse um inventário mentalmente – Escolhemos uma mochila rosa porque combina mais com garotas.

- Isso foi... – ela ia dizendo quando seu cérebro computou a parte do carvão - você disse carvão?

Natsu riu.

- É claro, apenas andar não gera músculos nas pernas – disse ele – Não tem como perder o caminho, a trilha é bem visível.

- Porque estamos em uma floresta mesmo? – perguntou ela cansada só de imaginar.

- É grande, espaçosa, cheia de para destruir e ninguém para se incomodar – disse Natsu como se fosse óbvio – E eu estou pegando leve, quando eu era pequeno, eu fazia isso com pedras.

- O carvão nem parece tão ruim agora – resmungou ela sacástica– Eu tenho alguma motivação?

- Claro – disse Natsu entrando na cabana por alguns momentos - Vamos soltar uma matilha de Suricates Furiosos atrás de você – disse Natsu saindo de lá com uma gaiola de pequenas e furiosas criatura - Não é mesmo Happy?

Aquilo fez Levy arregalar os olhos.

- Aye! – exclamou o gato – E eles tem tendência a arranhar, então não deixe eles tocaram nas suas roupas.

- Eu não pretendo deixar eles se aproximarem de qualquer maneira – disse ela suando – Como conseguiu essa coisas?

- Peguei emprestados do zoológico – disse Natsu coçando a cabeça – E tenho de devolvê-los depois do almoço, então não machuque nenhum.

Levy tentou não revirar os olhos, aquilo não deveria ser ao contrário?

- Achamos justo você ter 60 segundos de vantagem – disse Natsu, fazendo Levy repetir “Justo” de forma indignada – Começando AGORA!

Isso fez Levy disparar como a Lucy ao descobrir que sua rival está sozinha com o Natsu. A velocidade do som, para leigos.

- Contamos a ela que esse bichos são treinados para não morder? – perguntou Natsu sorrindo para Happy.

- Naaaaão – disse o Exceed enrolando a língua – O que vamos fazer enquanto ela corre?

- Preparar um sanduiche, que tal? – disse Natsu despreocupado, soltando os suricates.

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Depois de um longo tempo encarando Lisanna e a certeza que a visita de Natsu ao dormitório de Fairy Hills não foi para a maga já mencionada, Lucy saiu a “caça ao dragão”. Mas encontrou o “dragão” errado.

- Gajeel! – disse ela surpresa ao o encontrar parado na frente da porta da guilda, a qual ela retornava para uma pausa.

Ele abriu a boca para falar, mas Lucy o interrompeu.

- A Juvia já me explicou a natureza de seu pedido – Gajeel praguejou baixinho ”maldita mulher-chuva tagarela”, mas ela continuou, sem notar a altura em que falava – Eu posso te ajudar, mas isso depende sobre quem é o pedido, pois se for sobre a L...

O braço de Gajeel se estendeu subitamente em um bastão de ferro quando ele tapou a boca dela.

- Se eu quisesse que a guilda inteira soubesse, teria anunciado com um microfone – disse ele em seu tom áspero – Podemos conversar em outro lugar?

Alguns minutos mais, na sorveteria.

Depois de um pequeno interrogatório, ela conseguiu extrair todo o necessário de informação de Gajeel para descobrir quem era a garota(confirmando suas suspeitas), mesmo Gajeel sendo evasivo.

- Como eu suspeitava, eu não vou poder te ajudar – disse Lucy resoluta – Isso implicaria esconder isso de uma grande amiga, não é correto.

Gajeel trincou o maxilar.Ele não era uma pessoa do tipo que pede ajuda, e duas recusas foram demais para ele.

- Você está certa, devemos sempre pensar primeiro nos amigos – disse ele, torcendo o nariz levemente – Isso me lembra de avisar o Salamander que eu descobri que uma certa maga gosta dele, eu só não sei se é uma usuária de espíritos celestiais... – ao ver o queixo caindo e os olhos esbugalhando, continuou -... Ou uma maga que usa Take Over. Qual você prefere?

-Não. Se. Atreva – disse ela entre os dentes pausadamente, se esforçando para não bater no Dragon Slayer de Ferro que estava na sua frente – E acabo de notar que será uma boa ação te ajudar.

Gajeel deu um suspiro dramático.

- É triste o que acontece nos dias atuais, as pessoas são tão inconstantes!

- Não enche! – disse Lucy com uma veia de irritação pulsando na testa.

Internamente, Gajeel riu Agora o livro “Vinte técnicas de se convencer alguém” não parecia idiotice.