Fairy Tales - Fairy Love

Capítulo 22: Quando as Vovós Patinam no Gelo...


Gajeel apanhou um pano sujo que estava sobre a bancada, em uma tentativa vã de tirar o lamaçal negro que cobria os seus braços, mas a graxa não se deixava vencer tão facilmente.


Em algum lugar da sala, ele ouviu Levy tropeçar em algo que fez muito barulho ao cair no chão.


– Você encontrou minha caixa de ferramentas, obrigado - disse ele, recebendo apenas um choramingo - Quebrou algum osso?


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– Não, obrigado pela preocupação - disse ela, entrando no campo de luz limitado da lâmpada fraca que iluminava o local - Eu consegui fazer uma planta bastante crua, mas já deu para notar que esse lugar é imenso.


– A energia da guilda vem daqui também, o velhote queria economizar - disse Gajeel - isso transforma esse lugar em um inferno de salas de máquinas escuras e mal-cuidadas.


Levy já havia percebido isso para o seu desgosto.


– E o que é isso que você está consertando? - perguntou ela apontando para o gerador na sua frente.


– Eu não sei ao certo, só vou descobrir quando encontrar o lacrima dentro disso - disse Gajeel - Agora, seja útil e me passe uma chave de fenda.


Levy tirou os olhos esbugalhados dos cantos escuros da sala e lhe passou a ferramenta.


Gajeel estava prestando atenção no gerador, e estendeu a mão em direção a ela. Ele sentiu algo furando a sua mão.


– Ei, tome cuidado com isso! - ele notou que ela estava tremendo violentamente, e por isso espetara sua mão em vez de lhe passar a ferramenta - Por que é que você está tremendo? Está um calor infernal aqui!


Levy bufou indignada, não aceitando demonstrar fraqueza.


– Eu não estou tremendo - disse ela, tentando manter a voz firme - Com licença, eu vou procurar a sala do lacrima de aquecimento.


Ela saiu pisando firme, antes de dar uma boa olhada no corredor escuro. Era uma daquelas situações em que você se arrepende durante o ato.



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Na frente do estúdio da Sorcerer, naquele dia...


Natsu estava entediado.


Sem multidões para rechaçar e sem ter que impedir que nenhuma maga da Fairy Tail matasse a equipe de preparação, tudo que restava para Natsu fazer era ficar brincando de quebrar coisas.


Karyu no Kagitsume– usou ele em uma pedra de tamanho razoável, moldando-a de forma artística. O resultado foi um stick guy.


Ele ouviu alguém atrás dele bater palmas de forma cômica.


– Você está tão entediado assim? - perguntou Lisanna, ou o que Natsu pensou ser Lisanna, sob uma dezena de camadas de roupas.


– Muito - admitiu ele - E você está com tanto frio assim, Lis-chan?


Lisanna bufou, enquanto tirava seu gorro.


– A Mira, ela não quer que eu me resfrie - disse ela de mau-humor - É nesse momentos que eu te invejo por ter sido criado por um dragão.


– Sim, eu não tive esse tipo de problemas - disse Natsu, enquanto se sentava em um dos bancos que havia ali - Fazendo uma caminhada na neve?


Ela sentou ao lado dele, amaldiçoando o excesso de roupa que criava uma verdadeira barreira a contatos externos.


– Não, na verdade eu estou procurando o Elf-nii-chan - disse ela - Ele não voltou para o apartamento dele ontem, então a Mira está preocupada.


Natsu sentiu o cheiro de uma mentira no ar.


– Você estava na guilda quando ela te pediu isso? - ao ver ela assentir, ele sorriu devido ao fato de ter pegado o fato - Como está lá?


– Quase vazia - disse Lisanna pensativa - A maioria dos caras saíram em missão, aproveitando que isso os dá vantagem para serem escolhidos no Exame Classe-S. As garotas estão em Fairy Hills, tentando impedir a Erza de voltar a sua fase depressão.


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– Entendo - disse ele, afagando distraidamente os cabelos dela - Eu acho que deveria perguntar a Evergreen, ele tem ajudado ela com algo.


Lisanna sorriu.


– Obrigado, eu vou - disse ela levantando - Mas antes de ir, eu acho que eu posso tirar essa montanha de pano.


Ela pretendia tirar um ou dois suéteres, mas quando os puxou pela barra, sentiu um estranho frio na barriga. Seu fluxo de sangue migrou para o rosto.


– Minha blusa subiu também, não é? - disse ela, a voz sufocada pelo tecido. Ela sentiu um arrepio ao sentir as costas da mão do Natsu tocar nela quando ele lhe ajudou a puxando para baixo.


– Obrigado - disse ela corada olhando para o chão.


– Sem problemas, Lis-chan - disse Natsu sorrindo.


Lisanna saiu dando um aceno vago, ainda encarando os seus pés.


Natsu esperou até que ela estivesse a uma distância segura, antes de começar a lutar com a sua couraça.


– Coisas a lembrar de se fazer - disse Natsu entre os dentes, enquanto puxava o metal - Deixar o protetor da couraça mais solto na altura da cintura.



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Naquele dia, em Era...


Jereffer podia duvidar da inteligência e da capacidade mágica de Jellal, mas não podia escarnecer a sua criatividade.


– Eu diria que esse traje tem fator camuflagem de 8000 - disse ele casualmente se sentando em um dos bancos em frente ao balcão e pedindo uma cerveja.


Ao seu lado, estava uma figura que ele sabia ser Jellal através da sua mente, mas ele nunca adivinharia isso usando seus olhos, pois ele via o seguinte: Uma figura encolhida, usando roupas que deveriam ter estado na moda a 100 anos, peruca branca com um coque apertada e mais maquiagem que um palhaço.


– Quem é você? - a voz de falsete quase o fez engasgar com o líquido.


– Acho que você só o conhece de vista, Vovó - disse Ultear, abafando o riso com a mão, enquanto se sentava do outro lado dele.


– Eu vou deixar conversarem - disse o mago mais jovem se levantando. Havia coisas que um garoto não precisava ouvir.



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No subterrâneo de Fairy Hills, Levy estava tentando ser corajosa.


A palavra “Light” brilhava na sua frente, mas a luz produzida pela sua magia só servia para ela conseguir ver seus próprios pés vacilantes.


– Não seja medrosa, Levy, é só o escuro - disse ela para si mesma, enquanto abria uma porta que pendia precariamente de suas dobradiças.


Ela já esta se sentindo um tanto melhor até ouvir um “Uhinch!” e sentir algo tocando a sua perna. Aquilo quebrou sua determinação,e com um "kyaaah" ela se pôs a correr velozmente na direção contrária, deixando seu ataque se apagar.


Depois de muitos tropeços naquela escuridão cega, ela sentiu colidir com algo sólido.


Ela começou a cair para trás, mas uma mão a amparou pelas costas. Ela percebeu que ela havia acabado chegando à sala onde Gajeel estava desmontando um motor.


– Você não deveria ficar correndo no escuro, Devoradora de Livros - disse ele, dando um tapinha desajeitado na cabeça dela, em uma tentativa de ser tranquilizador - Está cheio de máquinas cheias de pressão e canos de gás velhos. É tolice andar sozinha aqui embaixo.


Ela assentiu, os olhos ainda muito arregalados devido ao susto.


– E é claro, esse lugar é um maldito ninho de ratos - disse ele por fim, a conduzindo com um braço nas costas dela. - Venha, você é mais útil me ajudando aqui.


E foi assim que eles passaram as próximas horas: Levy sentada em um banquinho ao lado dele enquanto ele tentava desmontar o motor.


Depois de um tempo entregando ferramentas, Levy começou a prestar mais atenção na peça.


– Ei Gajeel - disse ela timidamente - Eu acho que eu já vi isso em uma figura em um livro. É um processador de magia, geralmente é nele em que lacrimas neutros são colocados para poder alimentar diferentes circuitos...


– Interessante - disse Gajeel, o tom sugerindo o contrário.


– E você deve tomar cuidado - disse Levy, não se ofendendo pela falta de interesse - Há um compartimento cheio...


Nesse momento, ele cutucou com um alicate uma parte do motor, fazendo-o cuspir litros de óleo.


Quando a torrente de óleo para motor parou de jorrar, ambos estavam sujos da cabeça aos pés.


– Não diga - disse Gajeel em um tom áspero.


– Eu tentei avisar - era irresistível dizer aquilo.


Gajeel suspirou.


– Já deu por hoje - disse ele se levantando, sacudindo o óleo do corpo igual a um cachorro - Isso vai levar bastante tempo. Acho que já podemos ir embora e tomar um banho.


As palavras de Natsu voltaram a sua cabeça. Ela corou, mas isso não se fez notar devido à camada de óleo para motor que a cobria.


– B-banho? - gaguejou ela, o rosto ardendo.


Gajeel não entendeu a súbita pane no sistema de fala dela.


– Sim, Devoradora de livros, o ato de retirar substâncias desagradáveis do corpo com água - disse ele - Eu sairei daqui e vou fazer isso, e acho recomendável que você suba até o seu quarto e faça o mesmo.


Levy assentiu, ruborizada. Mentalmente ela amaldiçoava Natsu por provocar a sua imaginação e o uso do plural.



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Enquanto isso, em Era...



Ultear encarou seu copo decepcionada.


– E-eu sei que você não tem nenhum motivo para confiar em mim - disse ela para Jellal - Mas, o que eu estou pedindo é para você me deixar eu te ajudar.


– A última vez que você me ajudou foi com uma possessão de oito anos - lembrou ele, sem nenhum calor na voz.


– Eu ajudei a lhe tirar da prisão... - tentou ela, mas o mago de cabelo azul não se deixava convencer.


– Ao que me parece, quem fez isso foi o seu amigo ali - disse ele apontando com a cabeça para o mago de encarnação que parecia inquieto, remexendo na fivela do cinto, de onde ocasionalmente letras surgiam - E ele não parece fazer nada por amizade por ninguém.


Ultear abriu a boca para argumentar, no momento em que a porta do edifício foi arrebentada, e magos com o emblema do conselho entraram correndo.


Um deles disparou um ataque elétrico, antes que Ultear tivesse ao menos tempo de piscar.



Uma parte da sua mente apenas esperou a dor, que nunca chegou.



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Quando ela piscou, uma forma magra estava na frente dela, os braços levantados em uma posição defensiva.


“Ele só teve tempo de ativar uma mudança de aparência” pensou ela surpresa e confusa.


– Para que ninguém nunca diga que eu nunca fiz nada legal sem motivo - murmurou Jereffer, caindo sobre um joelho. Ela percebeu que aquela fivela devia conter as palavras que mudaram a sua aparência para a de Rustyrose - Jellal tire esse disfarce ridículo, te acharam, e Corra! - as últimas palavras foram pronunciadas com intensidade.


Ultear ainda estava atônita quando ele ficou de pé, uma das mãos atrás das costas escrevendo palavras invisíveis.


“Ele tem que se passar pelo Rusty, que só usa palavras...” Ela entendeu, enquanto saía em disparada pelas portas do fundos, em meio a uma multidão de pessoas assustadas em fuga.


Ela o ouviu claramente dizer “Criar, portão do caçador, Órion” e uma olhada por cima do ombro mostrou a ela que uma figura com um arco havia surgido.


Smog Arrow! - ela ouviu o espírito celestial gritar, antes de todo o ambiente ficar cheio de uma sufocante nuvem roxa.


Ela não pode ver o desenrolar da batalha pois as portas estavam logo a frente, e ela precisava correr.


Jellal, que se livrara do seu disfarce de velhinha enquanto andava, puxava seu braço.


– Como eles podem ter me achado?


– Assinatura mágica - deduziu Ultear - Jereffer te achou dessa maneira, eles devem ter algum mago com o mesmo talento a seu serviço.


Jellal praguejou, abrindo caminho a empurrões.


Eles já cogitavam roubar um quatro rodas mágicos quando uma das paredes do rinque atrás deles simplesmente se desintegrou.


Em questão de segundos, eles sentiram suas golas serem puxadas.


– Atualizando o placar - disse Jereffer, e ela notou seus pés deixarem o chão, pois ele usava um Jet Pack– Você me deve duas.


Ultear achou inacreditável, pois, tirando um filete de sangue que escorria do canto sua boca e vários cortes na roupa que deixavam ver a armadura que ele usava por baixo, ele parecia intacto. E havia algo ainda mais inquietante...


– Você me salvou - disse ela de contragosto.


– Você é muito observadora - disse ele, enquanto desviava de uma nuvem de pombos que voavam na direção contrária - Não foi grande coisa, aqueles lá eram só peões desesperados por crédito, forças de auto-padrão do conselho não usam força quase letal.


– Mas você não gosta de mim - era ali que morava o mistério.


– Não gosto, mas gosto ainda menos do Conselho, não tome isso como um gesto de afeição - disse ele enquanto tomava mais altura - Agora vamos parar com a tagarelice, eu estou tentando pensar em uma maneira de tirar vocês daqui vivos.


– Vocês?


– Eu posso me teletransportar - disse ele com simplicidade - Eu poderia criar um portal de distancia para vocês, mas o conselho ativou fronteiras mágicas em volta da cidade.


– Quem sabe uma distração? - sugeriu Jellal, que se sentiu momentaneamente perdido na conversa.


Um sorriso maníaco percorreu o rosto do mago.


– Pode funcionar, eles teriam que focalizar forças em outro lugar, essa falha momentânea nos dará tempo - disse ele, começando a tecer palavras invisíveis - Você tem algum poder mágico no momento?


– Sim, eu me recuperei um pouco....


– Já serve - disse o mago, enquanto algo invisível percorreu o ar - Vou mirar na Praça Vitoriosa, aquele lugar que o conselho usa para se enaltecer, nunca tem ninguém lá, mas é um local importante.


A aura dourada que o cercou fez os olhos de Jellal e Ultear se arregalarem. Um circulo mágico gigante surgiu não muito distante dali.


Unison: Satellite Square– disse ele - Mas ele em si é só uma mira gigante, se algum de vocês quiser atacar, é AGORA..


Jellal não perdeu tempo, colocando a mão no ombro dele e pronunciando: Grand Chariot. O ataque pareceu não ter efeito imediato,antes de uma chuva de meteoros de luz saísse da mira mágica.


– Nada como terminar o dia causando uma chuva de meteoros contra o Conselho... Eu adoro esse dias perfeitos.


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(n/a: Cena a seguir recebeu o selo de aprovação da Barb-sama, considerem isso aviso o suficiente)


– Ahhh... Laxus... pare de... mmn... me provoc-carr - as últimas palavra se transformaram em um gemido de prazer, enquanto ela era imprensada entre o balcão e Laxus. Laxus se ocupava em mordiscar o lóbulo da sua orelha, fazendo uma trilha de beijos pelo seu pescoço delicado e ao longo dos ombros.


– Eu achei que você queria ser provocada, Mira-chan - disse ele com a voz sensual, a mão esquerda alcançando o seio direito sobre o vestido, apertando o macio monte de carne, deixando a palma da mão correr por cima do mamilo rígido visível sobre o vestido - Afinal, esvaziar a guilda desse jeito, me pareceu provocante.


– A-alguém pode chegar... hmm - disse ela, sendo distraída por uma mão que deslizava pela sua coxa, então tentou se focar enterrando as unhas nas costas dele.


– Eu não acho - disse ele distanciando sua boca alguns centímetros da pele dela, para poder falar - A única pessoa que teria algo a fazer aqui hoje é o Vovô, mas eu mandei anonimamente algumas entregas para a casa dele. Ele não virá a guilda até ter visto toda aquela pornografia, ou seja, apenas amanhã, temos muito tempo livre...



...

Como o autor se preocupa com a pureza mental das suas leitoras (e em ter que aumentar a censura), essa cena fica por conta da imaginação de vocês... de nada. Pulamos para a onde eles já terminaram... e de novo, de nada.


...


Mira se aninhou melhor no peito de Laxus, descolando o cabelo suado da testa. O Dragon Slayer Trovão parecia inquieto.


– O que foi? - perguntou ela, serpenteando os dedos pelas linhas dos músculos.


– Não deve ser nada - disse ele farejando o ar - Em todo caso, eu vou esticar um pouco as pernas - disse ele se levantando, a depositando sentada delicadamente.


– Tudo bem, mas eu recomendaria você não gastar energia demais - disse ela - Ainda temos que arrumar o local.


Laxus riu, dando-lhe um beijo rápido antes de se dirigir para o segundo andar, onde ele pensou ter farejado algo.


Tudo parecia normal: O quadro de trabalho Classe-S, as poltronas que ficavam dispostas em um meio círculo, o Gildarts e o Natsu jogando cartas... Pausa...Gildarts e Natsu jogando cartas?


Gildarts foi o primeiro a notar sua presença.


– Olá Laxus - disse ele tirando os olhos das suas cartas - Vista alguma coisa, não estou interessado em ver homens de cueca - disse ele, virando-se despreocupadamente de volta para o seu jogo.


A mandíbula de Laxus despencou.


– A quanto tempo vocês estão aqui? - perguntou ele em um sussurro exasperado, se a Mira ao menos desconfiasse, cabeças iriam rolar.


– Eu nunca saí realmente - disse Gildarts enquanto fazia uma jogada - E o Natsu chegou e a algum tempo, na tentativa de descobrir por que a Mira mandou a própria irmãzinha em uma busca infrutífera.


– Sim, mandar ela achar o Elfman foi algo sujo, ainda mais rodeada de meia tonelada de lã - concordou Natsu - Mas não se preocupe, o barulho de vocês não incomoda muito.


O lema da Fairy Tail tem algo a ver com “Juntos em todos os momentos”.Aquilo estava literal demais para o gosto de Laxus.