Fairy Tales - Fairy Love

Capítulo 105: Baile (pt3)


Uma hora depois...

O ar parecia estranhamente pesado naquele salão. Gajeel mordiscou um dos petiscos de forma impaciente, o drink que ele tomava já estava á um bom tempo abandonado em um beiral da janela. O cheiro daqueles dez mil vezes amaldiçoados avestruzes haviam o deixado com uma sensação rançosa no fundo da garganta em que o álcool não parecia fazer efeito.

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Então, enquanto seu par, uma dedicada devoradora de livros, ia buscar algo mais fresco, tudo que ele podia fazer era esperar que a devoradora de livros voltasse com sua água (existe uma regra não dita entre homens que em ambientes como aquele, água é para os fracos)

Ele já estava se perguntando se ela teria ido cavar um poço e não o avisou quando a voz estranhamente alegre dela chamou sua atenção.

- Gaajeel-kun, aqui! - disse Levy acenando alegremente de uma mesa que de alguma forma ela encontra em meio ao caos que formava a borda do salão, local reservador para os muito cansados ou muito rabugentos que precisavam se sentar.

Se perguntando o motivo te tamanha efusividade, Gajeel caminhou lentamente para evitar tropeçar em magos que estavam conversando distraidamente enquanto conversavam entre si. Havia vários grupos assim.

- Gajeel-kun, você demorou - disse ela em um tom chateado - Eu estou te chamando faz tempo.

Ele arqueou as sobrancelhas. Uma pessoa delicada teria perguntado se ela estava se sentindo bem, mas ser delicado era um dos talentos que jamais poderiam ser atribuídos a Gajeel.

- Devoradora de livros, você bebeu? - perguntou ele de forma sucinta, fazendo ela lhe lançar uma expressão de indignação.

- Mas é claro que não, seria idiotice - disse ela empinando o nariz e cruzando os braços, em uma forma duvidosamente de demonstrar confiança.

- Se você diz - disse ele dando os ombros, enquanto enchia a taça que se aprecia ridiculamente pequena com a garrafa de água que estava sobre a mesa.

Ele bochechou levemente o primeiro gole antes de engolir. Uma sensação de ardência substituiu o amargor em sua garganta. Ele tossiu uma vez.

- Mas que diabos... - pestanejou ele, mas a sensação desapareceu rápido demais para ele se preocupasse. Culpando sua imaginação, e bebeu outro gole para confirmar, e realmente, ele não sentiu nada de estranho.

Ele não tinha notado como estava com sede.

Depois de esvaziar a garrafa, a sensação se abrandou. Só então ele notou o que estava acontecendo: Levy havia apanhado um dos petiscos que estavam sendo servidos, e agora comia de uma forma que não podia ser descrito como “sensualizar” uma salsicha empanada. Havia uma marca vermelha de rubor em seu rosto, e ela tinha um olhar torto de diversão.

Ele desviou o olhar, aquilo parecia de alguma forma mais que muito constrangedor. Seus olhos acabaram por se encontrar com Elfman, que parecia recuperar o fôlego depois de uma crise de dança frenética. O grande mago Take Over acenou com a cabeça com um ar sabedor e deu o polegar pra cima. Mesmo daquela distância, ele pode entender a frase “seja um Homem”.

- Mas o que diabos você quer dizer! - sibilou ele em uma fúria sem voz. Levy, na sua frente, riu.

- Gaajeel-kun, vamos dançar - disse ela, abandonando sua salsicha sobre o prato e saltitando até ele, e tentando o puxar da cadeira pelo ombro. O resultado foi semelhante a presenciar uma chinchila empurrando um mamute.

Gajeel revirou os olhos, mas já começava a se levantar quando ele prestou mais atenção na música que era cantada. Ele tinha quase certeza que o vocalista havia sido trocado por uma garota, apesar das vozes afeminadas serem semelhantes, havia algo diferente.

Naquele momento, ouvia-se:

Come on, take me home

I won't mind

If you take off all your clothes

Come on take 'em off

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- Mas o quê...- disse ele franzindo as sobrancelhas. Levy continuava a tentando o puxar.

- Vamos lá - dizia ela, a voz abafada devido o esforço - Vai ser legal!

'Cause I like you so much better when you're naked

I like me so much better when you're naked

- Isso só pode ser piada - disse ele em um tom rosnante. Ele devia esta com algum problema na circulação, pois sem motivo lógico, ele sentiu seu rosto arder.

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Jereffer soltou um suspiro, que terminou em uma risada contida. Ele se perguntou se algum dia ele teria uma aprendiz útil pra alguma coisa.

Se ele não fosse se divertir tanto com o resultado que poderia ser obtido através da obediência dela, quem sabe ele pudesse rir daquilo.

O álcool devia ter começado seu efeito debilitante no bom senso das pessoas. Mesmo sob aquele som sugestivamente erótico, ele via pessoas dançando pra todo lado. Obabasama rodopiava valentemente junto com um jovem membro da Quatro Cérberus que ele não recordava saber o nome, enquanto a roliça Risley Law, da Mermaid Heel, conduzia Eve em uma dança que se parecia suspeitamente com uma luta de sumô.

Caminhando com toda casualidade que sua impaciência permitia, ele novamente usou a entrada para funcionários, mas dessa vez não teve um cuidado de roubar um rosto. Quando um dos únicos funcionários que parecia realmente se importar abriu a boca para o avisar que andar por ali era proibido para os convidados, ele simplesmente levou os dedos a têmpora e o hipnotizou para ficar sobre um estado de topor.

O efeito seria breve, mas ele também queria ser breve. Saindo por uma série de portas que davam em almoxarifado bolorentos e estoques abandonados, ele finalmente achou o local que ficava por trás do palco.

Akuma estava tomando um gole de água, enquanto um dos membros daquela banda fazia o pior solo da história.

- Sabe, eu não entendo muito sobre músicas românticas, mas acho que você não entendeu bem a lógica do meu pedido – disse ele revirando os olhos – Eu não sei se você notou, mas ninguém faz nenhum estupidez engraçada motivada ao som de “ I Like You So Much Better When You`re Naked”!

- Eu não posso fazer nada se meu conceito sobre romances não é estereotipado por gente idiota – disse ela em um tom aborrecido e dando os ombros.

- Bem, controle seu humor ou pode ser que eu me esqueça da promessa que fiz a você e simplesmente de engaiole você quando você tentar fazer alguma besteira – ameaçou ele em um tom ameno.

Ela bufou de forma indignada.

- Como você fosse algum empecilho – disse ela de forma sarcástica – Ok, vou fazer isso de forma mais idiota, então aproveite sua chance.

- Eu vou, tolice é um dos poucos defeitos que eu não tenho - disse ele com um sorriso zombeteiro - Ele se dirigiu até a porta, mas parou, ao pensar em algo - Essa música...

- Sim, foi a que você tocou naquela taverna em Sylverheim. Você tinha me levado com você pra assassinar o aquele general... Booth, eu acho, e quando voltávamos, eu perguntei se você não se sentia apreensivo em levantar suspeitas - disse ela de forma desinteressada - Você...

- Dei um ótimo espetáculo de tecladista bêbado, sim, eu me lembro - disse ele com um meio sorriso divertido - E parece que você aprendeu bem a lição de agir de forma natural quando estiver tramando algo.

- Eu aprendi com o melhor - disse ela dando um sorriso zombeteiro.

Jereffer só pode rir daquilo. Se ela acreditava que estava fazendo aquilo de forma esperta, por quê lhe abrir os olhos...

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Erza observava com um olhar satisfeito o desenrolar do baile, notando que algo havia mudado: ou a equipe de garçons havia ficado subitamente mais competente, pois depois de um tempo, sem nenhuma razão aparente os convidados pareciam estar ficando estranhamente animados e pouco exigentes.

Alguns poderiam dizer que ela estava levando tudo aquilo sério demais, mas não ela. A honra e a imagem pública de trabalho da sua guilda estavam em jogo ali.

- Você vigia o andamento desse local dá mesma forma que um dragão vigia seu tesouro - disse alguém jovialmente atrás dela - Alguns chamariam isso de paranóia, eu diria que é algo louvável.

Ela saiu de seu estado de concentração, e sua atenção foi desviada para quem falava. Um par de olhos heterocrômicos brilhavam de forma divertida por detrás de uma meia máscara negra.

Baelfyre fez uma mensura que podia ser tanto galanteria quanto zombaria. A anormal ausência de uma capa fez o movimento parecer menos espalhafatosa que o normal, mas ainda era igualmente estranho.

- O que você quer? - perguntou ela, sem rodeios. Apesar dos trejeitos amigáveis e eloqüência, aquele mago ainda era da Raven Tail, e sua amabilidade incomum o tornavam ainda mais suspeito.

- O que qualquer pessoa quer é uma pergunta que a filosofia não pode responder - disse ele em um tom divertido - Mas no que eu estou interessado no momento, é dançar com uma bela maga de cabelos escarlate. Ela permitirá isso? Essa é uma questão de menor importância para a filosofia, mas não para mim.

Ela demorou alguns segundos de reflexão estupidificada para ele entender que ele fazia um convite. Ela sentia o rosto arder enquanto ele continuava a encarar, de forma paciente e com um sorriso largo, então fez sua melhor expressão séria, para mascarar o constrangimento.

- Eu estou ocupada aqui - disse ela de forma severa. O mago não demonstrou surpresa, nem mudou sua expressão.

- Entendo - disse ele, arqueando um pouco as sobrancelhas e colocando uma expressão pensativa - Então, devido á esse pedido de tal forma esmagado por sua parte, creio que uma resposta honesta pode ser algo que você possa me conferir: o que em mim te intimida tanto?

Novamente ela teve que pensar sobre a pergunta, o que a deixou um tanto irritada. Não era agradável se sentir estúpida.

- Você sempre fala coisas sem sentido?

- Só quando estou sóbrio - gracejou ele - Agora eu vejo, não, não é minha beleza, galanteria ou arrogância... na verdade não sou nem mesmo eu. Você tem medo de gostar de cortejada, ao ponto de repelir de forma brusca até um convite casual. Talvez uma relação mal resolvida possa ser a causa...

Erza estava tensa como uma corda de arco. Ninguém gostava de ser lido igual á um livro aberto.

O mago ignorou aquela reação, e soltando um suspiro, tirou sua máscara, aparentemente para secar o suor que se havia se formado em seu rosto.

- Usar uma máscara realmente incomoda - disse ele, esfregando a mão enluvada pelo rosto - Que tal um acordo, Coração? Essa música ambiente animada parece ser mais que adequada para uma dança de revezamento de pares. Se me achar tão irritante quanto julga, aposto que poderá encontrar uma companhia agradável.

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Por um estranho momento, ela notou que aquele movimento que ele fazia pra secar o rosto era estranho, logo abaixo do olho, era como se ele desenhasse algo, algum tipo de símbolo... O olhar de reconhecimento dela se encontrou com um divertido olhar sabedor dele.

- Então, vamos, Scarlet? - perguntou ele, oferecendo a mão.

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O ar parecia se tornar mais quente com o passar do tempo, como se espíritos no ar estivessem fazendo um luau. Lisanna tomou um copo de água enquanto se olhava em um pequeno espelho, amaldiçoando o quase invisível suor que começava a ameaçar a estabilidade de seu penteado.

Uma música romântica estava sendo tocada, e logo ela estava sentindo sua cabeça estranhamente leve. Apesar de preocupações como a simetria de seu penteado ainda existissem, todos os receios e ansiedades que ela tinha sentido para aquele momento pareciam distantes e mundanos demais para lhe preocuparem.

A música romântica de fundo era tão bonita... ela abriu um largo sorriso e se dirigiu saltitando até Natsu, que comia com entusiasmo uma pilha de coxas de galinha untadas com creme de pimenta, que ela tinha quase certeza que devia ser usada apenas em pequenas quantidades para tornar os aperitivos mais saborosos.

- Naatsuu-kun, vamos dançar um pouco - pediu ela, dando um leve puxão no cachecol dele, que queria dizer “agora”.

- Mas eu estou com... - ia dizendo ele, mas ela já estava o puxando pelo cachecol. Ele deu um suspiro e guardou sua coxa de galinha no bolso. Dançar um pouco não devia ser tão ruim.

A poucos metros dali, Lucy observou aquele movimento hostil e franziu a sobrancelha. Ela sabia que tinha que fazer sobre o assunto, mas sua cabeça estava estranhamente leve, e ela não conseguia se concentrar naquilo o quanto queira.

Franzindo a testa e se chutando mentalmente, Lucy apalpou a costura interna de seu vestido, buscando a pequena concavidade formada pelo tecido, que fornecia um abrigo para seu estojo de chaves.

Com uma quantidade de discrição questionável, porém com todo glamour que conseguiu reunir enquanto apalpava-se aparentemente sem motivo, até achar a chave com o formato que queria.

- Loke, saía daí - disse ela agitando a chave com a força de um filhote de pato tentando voar. O Espírito de Leão surgiu de uma pequena nuvem de fumaça que soltou um “puff!” ao desaparecer.

- Lucy-sama, alguém já falou que você está resplandecente hoj... - começou ele com seu galanteio natural, mas parou ao notar que ela não parecia no mais pleno equilíbrio em todos os sentidos - Lucy, você está se sentindo bem?

- Mas é claro, que pergunta estúpida - disse ela com um muxoxo de impaciência puxando ele para o braço - Agora venha logo, vamos dançar.

- Sabe, não que eu não esteja contente que você finalmente tenha olhada para minhas habilidades viris, mas existe algum motivo pra isso ter acontecido de forma tão repentina? - perguntou ele.

Lucy soltou um resmungo que podia significar qualquer coisa em qualquer idioma, então ele resolveu simplesmente usar seu bom senso e dar um chute.

- Realmente, está na hora de acabar com essa guerra fria - disse ele como se tivesse entendido tudo - E se tudo terminar mal... bem, um sapato de festa de plástico vermelho pode parecer quase tão dramático quanto um de cristal.

Ela bufou e resmungou mais alguma coisa que podia ser tanto uma ofensa alcoolizada quanto um som de concordância.

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Ultear olhou com diversão o que estava acontecendo. Então essa era a maneira que ele tinha encontrado de jogar com pessoas dessa vez? Era realmente esperto.

- Vamos lá Jell - disse ela puxando ele do estado aprisionado em que Meredy o mantinha - Se isso não o que ele quis dizer como situação óbvia eu sou uma mariposa.

- Mas minha captora não é a Meldy? - disse ele sem humor, enquanto era conduzido pelo braço em direção ao centro do salão.

- Estou poupando a integridade dos seus pés, não reclame - disse ela entre os dentes - Use seu tempo pra ensaiar o que falar que você estará sendo mais inteligente.

Jellal soltou um suspiro e balançou a cabeça.

- Sabe, eu gostaria de dizer que é pro seu bem - disse ela de forma solidária, antes de soltar um riso contido - E bem, nós realmente temos boas intenções, já ele...

- Está apenas se divertindo de sua maneira cruel - disse Jellal sacudindo a cabeça, enquanto conduzia Ultear em uma dança tão desajeitada quanto dois patos tentando andar para o lado - Apesar de que uma vez que ele estava apenas se divertindo culminou na minha fuga da prisão, então talvez ele encare sua própria diversão como uma forma de ajudar os outros.

- É mais provável que ele não se importe com pensamentos emotivos como ajudar - disse ela dando os ombros, e deu uma espiada para o lado, para a outra fila de pares dançavam com muito mais sincronia que ambos - Você não fica um pouco irritado em ver a alegria com que ele lida com isso?

Jellal arqueou as sobrancelhas surpreso.

- Eu deveria? - ele teve que rir - Eles estão dançando! A linguagem corporal dele indicando que ele quer despir alguém é algo tão habitual que não incomoda, seria necessário ter algum espírito de stalker em níveis avançados... e você está ouvindo alguma palavra do que eu estou dizendo? - concluiu ele, ao notar que ela não prestava a mínima atenção em suas palavras.

- Sim, é claro que eu estava ouvindo - disse ela virando a cabeça de volta - E creio que estamos chegando ao meio dessa canção romântica terrivelmente longa, então é melhor se preparar para mudar de dupla de forma rápida o suficiente pra parecer uma escolha aleatória.

Ela mal tinha terminado de falar quando algo ocorreu. Um observador externo veria todo o espaço naquela volta, tornando tudo tão estático como o cenário de fundo de um jogo de videogame antigo.

- Duas alterações de realidade na mesma noite - praguejou Jereffer, a respiração tão ruidosa quanto a de uma maratonista - Eu estou ficando velho demais pra essa porra toda.

- Eu não acredito nisso, Je-nii - disse Meredy andando de forma relutante através do tom alucinógeno e etéreo de roxo - Você estará irritando pessoas com suas formas de magia enquanto conseguir respirar.

- É uma teoria aceitável - disse ele com um meio sorriso - Eu sabia que você entenderia meu sinal, apesar de não saber como ele seria. Como as pessoas do lado de fora estão vendo isso?

- Estão vendo eles continuarem a dançar, mas se você foca os olhos, parece uma gravação antiga, como se houvesse estática no ar.

- Não existe ilusão perfeita - disse ele balançando a cabeça, enquanto arrastava Jellal para o local onde ele devia ficar para dar de cara com Erza - Talvez você queria bagunçar os pares um pouco, para que nenhum deles se pergunte demais por que não mudaram de companheiro...

- Eu posso? - perguntou ela com os olhos brilhando. Ele riu e deu um tapinha no topo da cabeça dela.

- Mas é claro - disse ele, enquanto dava uma boa olhada em volta - Não é justo apenas eu me divertir hoje.

Em menos de um minuto, tudo estava pronto, e pessoas continuavam a dançar, sem notar os minutos que se passaram em branco.

Ultear se sobressaltou quando notou que a pessoa que agora ocupava o lugar onde Jellal estava a á um momento atrás era Jereffer.

- Depois de tantos anos você devia parar de achar que eu deixo qualquer detalhe ao vento - sussurrou ele no ouvido dela, e então ela notou que aquilo era uma óbvia oportunidade de espiar por cima dos ombros dele, que naturalmente ficavam na linha dos olhos dela. Ela conseguiu ver as costas de Jellal de frente para alguém que só podia ser Erza.

- Eu estava na esperança que você deixasse nós presenciarmos o pobre Jell tropeçando nos próprios pés ao tentar ser ágil e elegante - disse ela em um tom divertido - E pare de ofegar na minha orelha, você estava correndo uma maratona?

- Magicamente falando, sim - disse ele se afastando um pouco - E eu também nunca fui o maior fã de fazer esforço físico em traje a rigor.

- Sim... e por acaso você está tendo algum tipo de ataque cardíaco? Sua mão está gelada...

Foi um comentário casual, mas Jereffer tirou sua mão da cintura dela rapidamente, como se tivesse sentido algo. Ele tirou sua luva mordendo uma ponta, revelando sua mão mecânica, que estava com uma aparência estranha, a pele falsa meio transparente e expondo os veios metálicos embaixo dela.

Por um pequeno momento, ela viu ele assumir a expressão de alguém que vê um fantasma, mas em questão de segundos ele pareceu voltar ao normal.

- Ul, temo que vou ter que deixar você sem nenhum par além do álcool por agora - disse ele vestindo a luva rapidamente - Parece que eu me lembrei de um compromisso urgente que não pode ser adiado.

E com os passos largos de alguém que deseja correr, ele saiu.