Remember December

Décimo Quinto Capítulo.


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Meu grito agoniado soou pelo quarto noites depois, e só os braços de Edward a minha volta foram capazes de me acalmar, porém, não voltei a dormir. O grito do homem e o choro de Amanda ainda rodavam em minha mente.

No pesadelo, eu corria em uma velocidade absurdamente lenta, e eu tinha apenas uma coisa em mente: Achar Amanda naquela casa escura e enorme. Eu quase não podia ver nada, e tudo que escutava era o seu choro amedrontado. Até que, um grito masculino soou pelo salão e eu acordei.

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-Se sente melhor? – Edward me acordou pela manhã com esta pergunta e um beijo nos lábios.

-Sim – sorri. Sorri por Edward estar ali e por minha resposta ser verdade. Eu não me sentia fraca e a dor de cabeça fora embora. Me sentei na cama e espreguicei os músculos. Percebi que Edward fitava meu rosto atentamente.

-Você não sabe como está linda, até para alguém que acaba de acordar – disse ele, aproximou sua mão e acariciou meu rosto, sem tirar os olhos de mim.

Ele carinhosamente me puxou, então eu estava em seu colo, com a cabeça apoiada em seu ombro enquanto ele fazia carinho em minhas costas.

Por um instante me distraí com a aproximação de nossos corpos e o cheiro maravilhoso de Edward, mas depois olhei para a outra ponta da cama, onde havia uma bandeja com meu café da manhã.

-Elogios e café-da-manhã na cama? – indaguei, observando ele dar um sorriso de anjo, orgulhoso de seu trabalho – Cuidado, Edward. Posso acabar ficando mimada.

Ele riu.

-Acostume-se – ele beijou meu pescoço, conseguindo um suspiro de mim – quando você se tornar uma Cullen – mais alguns beijos aqui e ali – haverá muito mais. – um beijo na testa – Não falo só de mim, dona Esme adora agradar ao máximo quem ela gosta – um beijo nos lábios.

-Os beijos também estão no pacote de mimos? – eu ri baixinho – Porque acho que com esses posso lidar muito bem.

-Como desejar – Edward sussurrou antes de me beijar.

***

-Você tem alguma preferencia com flores?

Pensei sobre a pergunta de Esme, ela tinha um bloquinho de notas nas delicadas mãos, esperando minha resposta. Estávamos decidindo alguns detalhes do casamento há alguns minutos.

-Gosto muito de rosas. Vermelhas, se você quiser uma cor – respondi por fim.

Esme assentiu e anotou em seu bloquinho, sorrindo.

-Esme, se eu estiver dando muito trabalho...Você sabe que eu não faço questão de uma grande cerimônia...

-Trabalho? Imagine, querida! Você não sabe como eu estou feliz em organizar o seu casamento – ela me interrompeu, Esme tinha um brilho no olhar, parecia até que iria começar a chorar – Você não sabe por quanto tempo eu esperei por isso. Fique tranquila, está saindo tudo como planejado, logo logo você estará no altar. – ela riu.

-Como estão as mulheres da minha vida? – Edward disse da porta para mim e Esme, ele andou até mim e depositou um beijo no alto de minha cabeça. Ele sorria abertamente, acabara de chegar do hospital que conseguira emprego 3 dias atrás.

-Nossa, Edward, obrigada pela parte que me toca – Katherine disse entrando na casa no instante seguinte da chegada de Edward. Kevin estava logo atrás dela, segurando o seu e jaleco e o de Katherine. Carlisle conseguira falar com seu chefe e conseguiu emprego para todos os três no mesmo hospital, um dos mais famosos de Londres. Ele também disse que o meu estava garantido, e que os olhos do dono do hospital brilharam com meu curriculum. Até hoje não encontrara maneira para mostrar a Carlisle minha gratidão.

Havia mais alguém atrás de Kevin, mas não consegui ver seu rosto por estar sentada no sofá.

-Vamos tentar não levar para o lado pessoal – reconheci a voz de Larissa – Esqueceu do seu “anjo-que-veio-responder-todas-as-suas-dúvidas”?

-Larissa! – Edward e eu exclamamos ao mesmo tempo.

-Olá, pra vocês também – Katherine revirou os olhos, rindo quando todos não puderam evitar uma risada.

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Me levantei para abraçar todos que chegaram, Esme e Carlisle – ele, depois se juntou a nós – foram apresentados a Larissa. E ela, nos contou que este tempo em que ela esteve longe, ela voltara para a Flórida e se formara em Direito. Ela também nos contou que havia recebido uma proposta de trabalho aqui em Londres, e ela claro, não pensou duas vezes em aceitar. Ligou para Katherine e contou a novidade, e resolver nos visitar hoje.

Contamos tudo o que ela perdera, o sumiço de Caroline, o caso de Amanda, o casamento...

Ela conversava animadamente com todos nós, até que Larissa pareceu ler algo no celular, e depois sorriu.

-Tem alguém que quero que conheçam.

Franzi o cenho para ela, e concordei em ir até a porta quando ela me convidou. E com um olhar rápido, Edward fora convidado também.

-Edward, Bella – diz Larissa – Este é Logan, meu noivo.

Larissa sorria de orelha a orelha quando nos apresentou o rapaz alto, de cabelos castanhos e olhos negros. Logan estava encostado no Lamborghini de Larissa, sorrindo timidamente. Cheguei a conclusão de que Katherine fora buscar Larissa e Logan viera depois em seu carro.

Edward e Logan trocaram um aperto de mão e eu o abracei. Depois Larissa se aproximou e seu noivo a beijou de forma delicada e rápida. Percebi que estava feliz por Larissa, os dois pareciam mesmo terem sido feitos um para o outro.

-Então, considerem-se convidados para o casamento – disse Edward depois de um tempo de conversa casual. Sorri para Larissa, como se confirmasse o que Edward dissera.

-Obrigada, Edward – Larissa o abraçou – fico feliz por vocês terem finalmente se acertado.

-Nada mais justo do que vocês comparecerem no nosso também não é, amor? – Logan falou.

-Ficaríamos honrados – respondeu Edward – Que tal entrarmos? Tenho certeza que Esme já preparou algo para comer.

-Ai, essa Esme, um dia eu juro que fico mimada – suspirei, corando. Todos nós rimos e entramos.

***

-Então é isso? – eu mal consegui falar, o sorriso em meu rosto era muito largo para que eu pronunciasse algo.

-Não sei por que você ainda está sentada aí, quando já poderíamos estar assinando alguns papéis de adoção – Edward gritou da porta.

Eu corri atrás dele e me joguei em seus braços. Não foi algo no qual eu esperava, Edward simplesmente me ligou e disse que estava me esperando em minha sala, no hospital, semanas depois. E quando o encontro ele – morrendo de preocupação, me perguntando quem diabos estava morrendo para ele me chamar em particular enquanto ambos estávamos trabalhando – Edward me disse que, se eu quisesse, já poderíamos adotar Amanda, e que ele acabara de comprar um apartamento.

Assim, do nada.

-Hey, Bella, ainda estamos em um hospital – ele disse entre risadas enquanto eu o beijava.

-Eu te amo tanto, Edward Cullen! – exclamei.

Edward riu alto, jogou a cabeça para trás e tudo.

-Eu também te amo, amor, você não sabe o quanto.

Pov Edward.

-Não, senhor. Uma vez que a sra. Bennet desmarcou a consulta o senhor não tem mais nenhuma consulta hoje – disse Carmen, minha secretária, com um sorriso.

-Certo. Vou sair agora com a dr. Swan, pode me ligar em caso de alguma emergência por aqui – Carmem assentiu para mim, obediente.

-Fugindo do trabalho, Edward? – Kevin parou ao meu lado na recepção. Ele assinava alguns papéis em uma pasta, então supus ser alguma ficha de paciente.

Abri a boca para respondê-lo mas fui interrompido por uma Bella saltitante e feliz.

-Sem tempo para bater papo, Kevin – ela disse tirando seu jaleco – vocês homens se distraem tão facilmente – ela revirou os olhos e riu.

-Vamos ao orfanato – expliquei, e tenho certeza que agora Kevin sabia o motivo da alegria da amiga – Assinar uns papéis, se é que você me entende.

Me virei para Isabella que não parava de me apressar e peguei seu rosto em minhas mão, fitei seus olhos ao falar:

-Bella, amor, acalme-se o orfanato não vai sair do lugar, em dez minutos estaremos lá, ok? – sorri.

De repente ela não estava mais agitada, na verdade, cheguei a me perguntar se ela estava respirando. Bella observava meu rosto com os olhos cor de chocolate arregalados, e então, sua pele começou a corar, e ela respirou fundo, chegou mais perto de mim, diminuindo a pequena distancia entre nós e por fim tocou meu rosto.

-Quem é que se distrai fácil mesmo? Ah, sim, os homens – disse Kevin com ironia.

Bella pareceu despertar de seu mundo particular e corou fortemente. Se virou para Kevin e fez uma careta engraçada.

-Vamos, está na hora – disse eu, reprimindo uma risada.

Quando chegamos ao orfanato, estranhei por ele estar tão quieto, mas então compreendi quando uma senhora baixinha, gorducha e simpática que trabalhava ali como governanta me disse que as crianças estavam na sala de aula.

Fomos levados até uma sala, onde contamos que o motivo der termos ido ali.

-Dessa vez não é só visita – anunciei.

Os olhos da senhora se arregalaram e depois ela nos deu um sorriso de orelha a orelha.

-Vocês já conhecem as crianças daqui? Tem alguma exigência com idade, ou que se pareça com vocês? – a senhora disse, mexendo em alguma coisa no computador a sua frente.

-Na verdade, já sabemos quem adotar – disse Bella – Amanda Roberts.

-Ah sim, sim. Vi uma ou duas vezes vocês com ela, menina adorável, não? – tagarelava a governanta.

Eu e Isabella balançamos a cabeça.

-Vou levá-los até Amanda agora mesmo, talvez vocês queiram falar com ela para dar a notícia, certamente ela ficará radiante e …

A senhora foi falando o caminho todo até um corredor com salas de aula para todo lado, e a última, onde havia uma boneca pendurada na entrada dizendo “BEM VINDOS!”, aquela era a sala de Amanda, disse a governanta.

Ficamos do lado de fora, aguardando, a senhora entrou.

-Tudo bem? – perguntei a Isabella, que se calara o caminho todo – não que a governanta tivesse nos dado oportunidade de dizer algo, mas mesmo assim.

-Acho que só estou nervosa – respondeu com um sorriso fraco – Quer dizer, vou ser mãe. E se Amanda não quiser vir conosco?

Eu soltei uma gargalhada. Bella me olhou como se eu tivesse três cabeças e pés de pato.

-Bella – eu disse depois que controlei minha risada – Como pode pensar uma coisa dessas? Amanda ama você, e não é como se você fosse totalmente inexperiente com crianças, confie em mim, você será uma mãe perfeita. Tudo vai ficar bem.

Ela respirou fundo, e escondeu o rosto em meu peito, depois riu de si mesma.

-Obrigada – diz ela.

De repente, uma menina de cabelos pretos, aparentando ter mais ou menos seus 19 anos passou correndo por nós, e entrou na sala onde a governanta entrara.

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Franzi o cenho, confuso, mas depois ignorei. Prestei atenção na senhora que voltava da sala, Amanda não estava com ela. A senhora mantinha o olhar no chão, parecia um pouco aflita.

-Sinto muito, mas vocês não poderão levar a srta. Roberts hoje. Um caso bem raro por aqui aconteceu, há outra pessoa querendo adotar a criança, e infelizmente não somos nós que decidimos com quem Amanda ficará. O caso será avaliado e o juri dará a palavra final – sussurrou.

Senti Isabella paralisar ao meu lado. Me virei em sua direção e vi que ela não me olhava, ou nem mesmo olhava para a governanta.

Mas ela fitava, com o olhar assustado a cena um pouco mais adiante; Amanda, que saíra de sala e, atrás dela, um homem estava lhe entregando uma flor.

Temi a expressão de Isabella, será que ela conhecia o cara? Quem ele era, para a deixar tão surpresa?

Senti, então, como se nem tudo fosse ficar bem.