2013: O Recomeço

Capítulo 17 - Jantar (Kate)


Meu mecha estava caído no não. O inimigo estava em cima de mim com uma lança apontada para minha cabine. Eu estava usando toda a força para segurara a lança, mas parecia ser inútil.

O painel com o status atual do mecha estava indicando uma queda de energia gradual. Os braços estavam quase destruídos devido a pressão exercida. De acordo com os painéis, o mecha entraria em estado inapropriado para operação em quinze segundos.

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Mais quinze segundos de vida.

Eu sabia que ele não hesitaria em me matar, afinal, esse era o objetivo de Victor. Por mais que eu tentasse escapar, no fundo eu estava esperando um milagre. Eu vi toda a vida passar diante dos meus olhos. Parecia que minha vingança, ou melhor, justiça, não seria feita.

Mas então, o milagre que eu esperei aconteceu: Um objeto enorme atingiu meu inimigo, que foi lançado longe.

- Precisando de ajuda?- perguntou Robert.

- Você não sabe como é bom te ver.

- Ahh, eu sei sim.

Rimos juntos. Por um momento até me esqueci da nossa atual situação.

- Convencido- Falei. Eu realmente estava feliz. Feliz por ser salva, feliz por poder ter mais uma chance e até feliz por saber que Robert estava bem. Espero que ele não fique sabendo disso.

- Sorte sua que tinha um carro sobrando ali- foi quando me dei conta que o “objeto voador não identificado” era na verdade um carro.

- Obrigado por me salvar, mas não posso conversar mais. Preciso eliminar um certo alguém.

Minha célula de energia se estabilizou e os braços entraram em operação normalizada assim que a pressão foi aliviada.

- Espere, eu tenho um plano.

Robert me explicou o plano enquanto o mecha inimigo se livrava do carro.

Ativamos os propulsores ao mesmo tempo e seguimos em direção ao inimigo entrelaçando nossos caminhos. Robert chegou à frente dele e saltou, passando por cima, fazendo-o desviar a atenção. Nesse momento usei uma barra para atravessar a cabine de comando e matar o piloto, mas ele ejetou no último instante. Pelo menos o mecha fora destruído.

- Dois já foram, agora só resta um- falei enquanto me virava para William e o último inimigo.

O mecha rival segurava o mecha de William por trás. Robert e eu nos aproximamos de William, que em um movimento rápido inverteu a situação. Dessa vez ele era quem segurava o outro mecha.

Avancei segurando a barra , pronta para atravessar o mecha e terminar logo aquela partida, mas no momento do encontro entre a lança e a lataria do robô nossos mechas desligaram.

Abri o compartimento traseiro e deslizei o assento para trás.

- Mas que diabos aconteceu?- falei, irritada.

Robert e William também saíram pelo compartimento traseiro.

- Você quer mesmo ver cabeças rolarem- disse Robert, que já tinha percebido minhas intenções a algum tempo.

- Cale a boca- devolvi.

- Dizem que quando se briga muito com uma pessoa é porque se gosta dela- William me provocou.

- Sorte sua que os mechas não estão funcionando, se não a sua cabeça que iria rolar.

- Parei, parei- William levantou as mãos em um sinal de desistência.

Ouvimos o barulho de palmas. Nos viramos para o telão e vimos Victor nos aplaudindo sem entusiasmo.

- Parabéns! Os quatro passaram para a próxima etapa.

- Como assim? Está etapa ainda não terminou, faltou um inimigo. E pensei que está seria a última- falei.

- Houve algumas pequenas mudanças. Agora se apressem, estão convidados para um jantar hoje à noite antes da última etapa.

O telão se desligou. O mesmo homem que nos levou até o estádio veio até nós e pediu para que o seguíssemos.

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...

Logo após algumas horas de vôo, dessa vez de helicóptero, pousamos em cima de uma mansão. Dava pra ver uma enorme piscina e um grande labirinto um pouco distante.

Descemos por uma escada e caminhamos até a sala de jantar, onde havia uma enorme mesa e algumas cadeiras a sua volta. Nos sentamos e esperamos. Eu não desviava a atenção do último inimigo por nenhum instante. Não duvidava de nada que ele era capaz e por isso achei melhor ficar atenta.

Alguns empregados vestidos com roupas brancas nos trouxeram o banquete.

- Posso te servir, senhorita?- perguntou um empregado, com uma voz conhecida.

- Corey? O que está fazendo aqui?- perguntei, espantada.

- Tenho que me certificar que vocês ficaram bem. Se eu não estivesse aqui vocês provavelmente morreriam envenenados.

- Como conseguiu chegar aqui?

- Isso não importa, depois conversamos- e assim ele saiu depois de me servir.

Outro empregado entrou com uma jarra de vinho.

- Aceita?-perguntou para Robert.

- Não, obrigado- respondeu.

Ele se virou para William.

- Também não, obrigado- falou William.

- Eu aceito- falei. Ele encheu minha taça- Obrigado.

Comemos sem muitas preocupações. Corey se certificou que tudo estaria bem. Após o jantar um anfitrião foi até a sala de jantar e nos guiou para fora da mansão, onde aconteceria a última prova.