Capítulo 86

- Bem, eu confio no seu bom senso, senhora Uchiha. – kushina curvou-se. – E mais uma vez, peço desculpas pelos meus trajes... ou melhor pela falta deles.

- Não preocupe-se, senhorita Kushina. Eu entendo perfeitamente que meu filho está passando dos limites.

- Senhora Yukina, se me permite fazer uma pequena observação... Seu filho será um grande ninja, se sobreviver aos impulsos juvenis. Se de maneira não-intencional, ofendi sua sensibilidade, ao chegar dessa maneira aqui, peço-lhe desculpas, novamente.

Depois de alguns minutos kushina saia, em direção a pequena praça no centro do bairro Uchiha. Jun pedira para ficar lá, enquanto a ruiva conversava com a mãe de Obito.

Felizmente, Jun era uma menina doce, calma... Embora tivesse seus momentos de ser espoleta, eram somente com aqueles que ela confiava. Tomoe, Megume, Hiashi – Kushina fez uma careta ao pensar no nome do líder dos Hyuuga – Shikaku, Yoshino, Inoshi, Yuki, Tsunade e Minato. Pelas conversas que tivera com a menina, sua mãe dissera a ela, enquanto fugiam, escondendo-se, que estavam procurando por ela, Kushina.

E que Kushina Uzumaki era a melhor mãe do mundo. Com isso em mente, um sorriso satisfeito surgiu no rosto de Kushina. Ela havia aprendido a amar a pequenina e jamais permitiria que o seu bebê – não a sua mocinha, corrigiu-se, lembrando as inúmeras vezes que a criança lhe chamara a atenção por esse motivo – fosse afastada novamente dela.

A pequena praça do bairro Uchiha fora projetada com três bancos, onde umas três pessoas poderiam sentar-se. Quatro balanços, uma gangorra, uma pequena caixa de areia e um trepa-trepa. Jun estava sentada em um balanço, quieta, escutando um garotinho, que tinha a sua mesma idade.

Quando a ruiva se aproximou das crianças, ele lhe lançou um olhar claramente hostil.

- Ohayo. – Kushina o cumprimentou. – Jun, despeça-se do seu amiguinho. Agora nós vamos voltar até as termas.

- Você vai matar o Obito? – o menino lhe perguntou a queima-roupa.

- Não. – Kushina mordeu o lábio por dentro, para não rir. – Eu apenas vou transformar Obito numa menina, se ele continuar a espiar as mulheres a tomar banho. por que?

- Eu não disse que a minha mamãe não ia matar o Obito? – Jun declarou com superioridade. – Eu não minto!

O menino deu de ombros.

- Não mente, mas é muito irritante!

- Eu não sou irritante! – Lágrimas vieram aos olhos de Jun. – Eu sou irritante, mamãe?

- Não meu bem. Mas vamos antes que o dragão apareça.

O garoto franziu a testa.

- Dragões não existem.

- Isso é uma maneira de se ver, meu caro garoto. – Kushina piscou um olho para ele. – Conheco um Uchiha que juro que é um dragão disfarçado. E se ele me pegar aqui, acho que vai fazer churrasquinho de mim.

- Quem conseguiria fazer algo tão nobre? – ao escutar a voz de Fugaku, Kushina deu um enorme pulo.

- Seu... – inflou as bochechas, para trancar um palavrão. – a senhora Uchiha sua mãe não lhe ensinou, quando você era criança, Fugaku a nunca interromper uma conversa séria?

- Que tipo de conversa séria você poderia ter com o meu filho?

- Seu... – Kushina olhou com o canto de olho para o garotinho, que tinha uma sobrancelha erguida. – definitivamente é seu filho. Bem, eu já resolvi os assuntos que tinha por aqui...

- RUIVA LOUCA! ESPERA POR MIM QUE PRECISO TE AVISAR QUE...

- HAIJAME! – pegou a mao de Jun, enquanto fazia um aceno distraído. Puxou a filha, e quando chegou perto do chunnin, deu-lhe um soco no ouvido. – desse jeito até os mortos vão saber que eu estou aqui! – sem olhar para trás, rumou para fora do bairro. Haijame correu atrás dela.

- Ei, só vim aqui por... – Haijame olhou Jun, em seguida para Kushina. – porque você fez um clone e encolheu ele?

- Haijame... andou brigando e tendo a cabeca enfiada num vaso outra vez?

- Há, há, que engraçado, ruiva. – ele colocou o braço atrás da cabeça.

- Mas eu perguntei seriamente!

- Bom, o hokage me mandou atrás de você, por conta que um par de monges está quebrando a vila, e um deles é ruivo e...

- E por que diabos por um monge ser ruivo e com a cabeça quente tem que necessariamente estar ligado a mim?

- Está pedindo para a pessoa errada, ruiva. Ah, propósito... Voce ainda vai querer aquele pó de mico que me fez jurar que ia comprar?

- Depende. – os olhos de Kushina brilharam intensamente. - Você comprou?