Capítulo 33

Minato olhou em volta, xingando-se mentalmente. Jiraya, sentado a seu lado caiu na gargalhada.

Ora, Minato você vai ficar fazendo essa cara de enterro ou vai comecar a se divertir?

- Minha ideia de diversao é diferente da sua. – Minato olhou novamente, discretamente a sua direita. Desde que haviam entrado naquele lugar, um homem moreno de meia idade o estava encarando da mesma forma que ele, ao mesmo tempo que parecia preocupado.

Minato girou a cabeça, não deixando de ignorar uma sensacao estranha em seu estomago. Olhou com atenção o local onde se encontravam. Depois da entrada, onde seguiam por um corredor, que dava em um salão amplo, com um palco com uns cinquenta centímetros de altura. As mesas eram baixas, pequenas lanternas iluminavam as mesas. Havia um segundo piso, os quartos eram localizados lá, com as portas voltadas para o salao. Minato suspirou, enquanto observava os poucos ikebanas dispostos de maneira calculada, que faziam o ambiente perder o clima carregado.

Quando havia perdido a sanidade, concordando com Jiraya, apenas para ver a ruiva, rezando para que ela não o visse? Bem, se por uma razao escabrosa, ela o visse... Podia jurar que ele não fora la.... Melhor, que Jiraya pedira a algum Uchiha que houvesse despertado o sharingan, que a colocara em um genjutsu.

Minato jurava que Kushina se tornaria a Quinta Hokage, antes de acreditar nessa historia. Deu um breve sorriso, seu olhar voltando parao homem, que naquele momento o encarou tambem. Era impressao sua ou o homem comecou a suar?

O homem vestia-se de modo tradicional, um quimono verde escuro.Pelo que Minato conseguia ver naquela distancia, ele possuia os cabelos escuros, cortados provavelmente com alguma kunai, de tao rebeldes que estavam. Uma barba escura cobria boa parte do rosto do homem.

- Jiraya-sensei... – Minato chamou a atencao do companheiro de mesa de maneira discreta. – conhece o cara do quimono verde?

Jiraya virou o resto do saquê que tinha nas maos, virando para o homem, que ficou de costas para eles, ao perceber que o sannin o encarava.

- Não. Mas esquece ele,Minato.

- É muito estranho. Sinceramente, acho...

- MINHAS DEUSAS, NÃO PRECISAM SE PREOCUPAR. O PRESENTE QUE KAMI MANDOU PARA VOCES ACABA DE CHEGAR!

Minato e jiraya se viraram como o resto dos clientes que estavam la, para ver um ruivo de cabelo flamejante, tunica negra e calcas verdes escuras. Ele logo foi recepcionado por uma das moças que ali circulavam, ele a beijou com vontade na boca, acariciando-a pelo corpo.

- Por acaso seu parente, sensei?

- Com esse cabelo? Mais facil ser da Uzumaki. – Jiraya fez um sinal para um dos garçons, que veio lhe trazer mais saquê.

- Kuwabara! – o homem de quimono falou alto, depois de levantar-se. Uma veia saltava na sua testa. – Venha já para cá, seu depravado!

- Hare, hare... – o ruivo deu um tapa no traseiro da moça, depois de sussurrar-lhe alguma coisa. Ela saiu aos risinhos, indo até o bar. O ruivo ao passar por eles, encarou Minato, quase rindo. O loiro comecou a acompanhar o ruivo, com o olhar. Sentou-se ao lado do moreno, enquanto fazia uma brincadeira qualquersobre a barba do mais velho. Pelo tomescandaloso que o ruivo falava, foi facil eles descobrirem que o mais velho havia sido sensei do ruivo, que se chamava Kuzuo e que iria se casar em breve. A garota trouxe a Kuwabara uma garrafinha com saquê, que o ruivo desprezou para pega-la no colo, enquanto a beijava pelo pescoço.

A paciencia de Kuzuo não durou muito, pois quando Kuwabara mencionou que era melhor o sensei tratar bem a futura esposa, principalmente na cama, pois pretendia visita-lo com frequencia e como ele tinha descoberto de experiencias anteriores, que não existiam mulheres safadas e sim mal comidas pelos maridos, a paciencia do sensei finalmente se esgotou. Mandando a garota ir buscar mais uma garrafa de saque, assim que ela saiu de perto, Kuzuo enfiou um soco no ex-aluno.

Kuwabara que havia se levantando, enquanto lamentava o afastamento da garota, nem teve tempo para pensar em se defender. Praticamente despencou na mesa da frente, sem conseguir pensar.