Fugindo de Uma Ruiva

Capítulo 105


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- Os últimos vão pagar a conta! – Gai gritou, acelerando.

- Mas nem a pau que vão mexer no meu dinheiro hoje! – Ebisu tratou de acompanhar o colega de time.

- Não contem comigo! – iruka ria,já perto de Ebisu.

- Inferno. – kakashi e obito levantaram-se, amaldiçoando os outros. Trataram de correr o mais rápido que podiam, até serem interceptados por Minato.

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- Pensam que vão onde nessa pressa toda? – o hokage acabou por segurar os dois alunos pelo colarinho.

- Nos larga sensei!

- Temos que tentar recuperar o dinheiro que perdemos!

- Que dinheiro, onde?

- É mais fácil voce seguir os dois. – o homem que acompanhava Minato sugeriu, vendo eles debatendo-se para se libertar.

Quando Minato os soltou, os dois desataram a correr. O homem riu.

- Parecem conosco. – o homem acompanhou Minato, que começou a seguir os alunos estando na esquina. – e voce ainda não me disse porque mandou me chamar.

- Lembra-se daquele festival de luzes, onde eu sumi por quase dois dias, muito bem acompanhado, alias?

- Está brincando, Namikaze? Voce com a sua tara por ruivas... Quem não a conhece? - Minato riu meio sem jeito.– Aposto que se algum dia resolverem detonar com voce, vão colocar como armadilha uma ruiva bem gostosa... E... o que aconteceu?

- Bem, eu preciso da sua ajuda... É que a sua mãe esta, de certa forma, espalhando boatos não muito...

Os dois chegaram a esquina, a tempo de ver os pupilos de Minato entrando em um bar.

- Hum... Decididamente, seus alunos são precoces. Quantos anos nós tínhamos, quando Jiraya-sensei nos deixou entrar em bar?

= Quinze. E só não nos levou antes, pois se deixássemos uma palavra escapar, nossas mães o matariam. – se bem que as senhoras digníssimas, apenas descobriram que os amados filhos freqüentavam lugares não muito familiares, com os jovens já maiores de idade.

Sem se questionarem, seguiram juntos até o bar. Quando estavam quase entrando, foram atropelados na saída por Gai, que estava fugindo de Iruka.

- Volta aqui, seu desgracado! Eu vou arrancar o seu fígado!

- Meu amigo, voce deveria aproveitar esse fogo da juventude para conquistar a sua dama, não para...

- GAI CALA A BOCA!

O moreno de sobrancelhas grossas disparou, quando percebeu que o colega de time se aproximava de maneira perigosa. Os antigos companheiros de time entreolharam-se, antes de entrar no bar-restaurante. Logo Minato localizou Ebisu, Kakashi e Obito, em uma mesa mais afastada. Os homens jovens foram até eles.

Kakashi e obito riam, enquanto Ebisu, com os óculos na mesa, segurava o rosto, enquanto murmurava maldicoes.

- Ohayo, garotos.

- Sensei. – os garotos o cumprimentaram, rindo ainda.

= O que aconteceu?

A pergunta de Minato provocou uma nova onda de risos nos garotos. Ebisu tirou a mao do rosto, mostrando um inchaço começando a ser formado no rosto.

- Nada de mais. – obito riu com a carranca. – EI, SENSEI, O ROSTO DO EBISU JÁ ESTÁ INCHANDO.

- Obito, eu estou aqui do lado, não precisa berrar.

- E eu não estou falando com o senhor. É com a bru... quer dizer, Kushina-sensei. – os olhos de obito e kakashi brilharam, olhando para algum ponto atrás de Minato. Quando este se virou, o queixo caiu.

Kushina usava uma minissaia azul-escura curtíssima, que deixava as belas pernas a mostra, um avental branco do tamanho da minissaia, sandálias de salto alto e um top vermelho que ressaltava seus seios. Minato virou-se imediatamente para Obito e Kakashi. Perante o olhar fuzilante do sensei, eles desviaram os olhos do corpo da ruiva. Minato voltou a encarar Kushina.

- Idiota, descerebrado, sem juízo... – Kushina vinha resmungando. Aproximou-se de Ebisu com um pedaço de bife na mao.– erga um pouco a cabeça. – mandou, já colocando com cuidado o bife no inchaço. – muito bem, agora, podem me explicar o que diabos aconteceu?

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Uma nova onda de risadas entre Obito e Kakashi.

- Nada demais. – Obito falou, com uma expressão inocente.

- Ebisu? – a sobrancelha erguida de Kushina o intimou a falar.

- Apenas falei o que sempre o deixa irritado. – ele resmungou, apertando o bife. – E ele já devia saber brigar melhor que uma menina.

Vamos combinar uma coisa, Ebisu? Quando voce for maior de idade, vamos lutar pra valer. E te juro...

Ei, ruiva cadê a minha comida?

Kushina fechou o punho, imaginando-o na cara de quem a chamara. E para completar o dia, Minato a estava olhando como se ela fosse um pedaço de bife apetitoso.

Um minutinho por favor senhor Himura. – ela forçou um sorriso para o cliente, então olhou para Ebisu. – esse bife vai sair do seu bolso, mocinho. Tente controlar a língua, que eu já volto.

Minato a segurou pelo braço.

Que roupas são essas, Kushina?

Bom, isso daqui é o uniforme do bar. Não dá pra ver pelo emblema? – Kushina ergueu uma ponta do top, onde o logotipo estava bordado. Minato colocou a mao por cima do top de Kushina, pois as pessoas ao redor deles estavam tendo uma boa visão do que o top deveria esconder.

É muito indecente!

Eu não concordo. – kakashi contradisse o sensei.

E eu concordo com o Kakashi. É muito boa...

Calem a boca vocês dois. – Minato não olhou para os alunos. – Ou voce vai colocar uma roupa mais decente ou...

Ou... Desde quando, hokage-sama, que voce virou meu pai, irmão ou marido? alias, mesmo que fosse alguma destas coisas, eu não tenho culpa se...

EI, RUIVA! QUERO A MINHA COMIDA!

Kushina olhou com expressão assassina para Minato, antes de se tirar o braço. Minato apertou os dentes, antes de se virar para os alunos, que aproveitavam para dar mais uma conferida no corpo da ruiva. Quando perceberam o sensei os encarando, recuaram o mais que puderam para longe dele. Minato sentou-se sem pedir licensa para os garotos, os encarando com um aviso muito claro no olhar.

Posso sentar? – o amigo de Minato pediu a ebisu. Ante ao dar de ombros indiferente do garoto, ele sentou-se. – Deixe-me adivinhar. Essa é a tal garota que nós estávamos falando?

Hai. – Minato olhou com uma certa raiva, o fato de Kushina estar com uma bandeja a um homem de cerca de trinta anos, que assim que a ruiva colocou a comida e foi a porta, atender outros clientes.

- Kushina, Kushina... Tenho a impressão de já ter ouvido esse nome... – o homem passou a olhar a ruiva, que conduziu dois homens até perto da mesa deles.

- Quer parar de olhar desse jeito para ela? – Minato pediu, estreitando os olhos. Virou-se novamente para os alunos, que novamente estavam encarando o corpo da ruiva.

-Que jeito? – ele não entendeu. Quando percebeu a aura assassina de Minato, sorriu. – Entao é ela a moça do festival?

Junto com as conseqüências dele.

Conseqüências? Que conseqüências?

Voce vai conhecer depois.

Desculpe... mas voce disse o que? – Kushina fingiu não ter escutado bem.

Tudo bem, minha rosa espinhenta. Eu repito. O que eu quero comer é a garçonete...

Nem bem o homem tinha terminado de falar, Kushina enfiou-lhe a bandeja com toda a força na cara. Sem dar chance para replica, Kushina continou a bater nele com a bandeja até ele estar fora do estabelecimento, ignorando todos os berros dele.quando voltou-se para entrar o homem a agarrou. Kushina deu meia volta, enfiando-lhe um soco no queixo.

O homem cambaleou. E antes que pensasse em tentar pegar em Kushina novamente, recebeu mais alguns socos de Minato.

Fora daqui! – não era o fato do hokage estar expulsando o homem do bar-restaurante, que o fez obedecer. Foi o ódio que transpirava de Minato que convenceu o cara a se afastar. Kushina suspirou, imaginando a bronca que iria levar do dono do estabelecimento. Quando Minato se virou para ela, ela tinha as feições até mesmo endurecidas, as mãos na cintura, olhos faiscando de raiva.

Posso saber porque voce se meteu? Um idiota desses até os piolhos seriam capazes de expulsar. Eu estava indo muito bem, para o fato de usar esses saltos ridículos!

Escuta aqui, sua cabeça de fogo! Eu não quero saber de voce nesse lugar! Pode ir para casa, que eu aviso ao dono que...

Posso ir aonde? – Kushina ficou com os olhos dourados. – Voce pode ser meu chefe, Minato Namikaze, mas nao manda em todas as minhas ações! Eu prometi ao meu primo que iria trabalhar no lugar dele e voce querendo ou não eu vou fazer! Afinal o kuwabara não pode perder esse emprego!

- Kushina, voce já tem cinco alunos, a sua mãe e...

- Não. – Kushina cruzou os braços. – Jun vai vir aqui comigo e eu não vou mais me estressar com nada! E depois, com os alunos, eles já terminaram a missão do dia. Então, com o que posso lidar, não tenho problema!

- Ah, e a sua mãe? Voce vai deixar ela totalmente desprotegida?

- Se a minha mãe estivesse na vila, ela estaria bem protegida, hokage-sama!

- Como assim, se ela estivesse na vila? Onde ela foi?

Kushina bufou.

- Se eu disser, voce vai achar que estou louca! – ela se virou, entrando no estabelecimento. O amigo de Minato a olhava com um sorriso. - Algum problema? – ela pediu, estreitando os olhos. Ele negou com a cabeça.

- Não... mas agora já seiquem é voce. – ele estendeu a mao. – minha mãe gosta dos seus serviços.

- Sua mãe? – Kushina o olhou de maneira inquisitiva.

- A conselheira de Minato. E também Jiraya-sensei, já me falou bastante de voce.

- Até imagino o que aquele tarado deve ter falado.

- Nada demais. Se me chamar de Kojiro, juro responder. – ele deu-lhe uma piscadinha. – apenas que Konoha não iria sentir tanta falta de Tsunade-hime,pois havia uma substituta a altura a ela.

- Como assim?

- Ele somente a chamou de Tsunade Segunda e... – Kojiro percebeu ter falado demais. – quer dizer...

- Se eu sou a Tsunade Segunda, garanto que sei quem é o Jiraya Segundo... – Kushina virou-se dando uma encarada em Minato. Em seguida, entrou no estabelecimento. Kojiro ficou com a falta de ar, causada com o soco no estomago de Minato.

- Voce continua linguarudo. – o hokage falou, franzindo a testa.

- Gostei dela. – kojiro sorriu com a carranca de Minato. – então, temos uma pequena Namikaze por ai?

- Por enquanto é Uzumaki. Mas com a língua comprida da sua mãe, fazendo que pensem que Kushina é uma... – Minato refreou a palavra, mas kojiro assentiu.

- Minha mãe é assim mesmo. Apenas são pessoas boas se se curvam perante ela. Então, voce precisa do toque do Kojiro aqui, para limpar o bom nome da sua hime... Eu lhe ajudarei...Minato-kun, eu lhe ajudarei... não se preocupe.

Minato o encarou.

- Porque que toda vez que voce diz “não se preocupe”, eu sinto o efeito contrario?