Prólogo

Afrodite estava cansada. Tinha aguentado por séculos, mas era impossível se conter. Se ele não iria dar atenção a ela, ela acharia alguém que desse.. alguém que a tratasse como uma verdadeira rainha.

Ela havia dado sinais. Diversos sinais. Como um homem pode gostar tanto de trabalhar?

Então ela saiu. Saiu para tentar esquecer essa ideia.. ela conseguiria, depois de um tempo, ela sempre achou errado trair. Tudo bem que ele estava praticamente implorando para que ela arrumasse outro homem, mas ainda assim era errado.

A não ser que ela não se apaixonasse.. pois a traição não é feita fisicamente, a sociedade que alterou esse conceito através dos séculos. Antes, era comum o homem ter quantas amantes ele quisesse e sua mulher sabia disso, o que diferenciava ela das outras mulheres é que era pra ela que ele voltaria no final do dia, era com ela que ele criaria seus filhos, dormiria e acordaria, compartilharia eventos, datas especiais.. então por que não? Por que não suprir a sua necessidade com alguém que também esteja necessitando de atenção?

Necessidade de atenção.. seu maior defeito, a levaria a fazer coisas que ela nunca imaginaria, erros grandes demais para se voltar atrás.