New Love

Capítulo 4


O rapaz de cabelos acobreados corria pelas ruas. Ele estava em busca de algo barato e saboroso para a sua menina comer. Parou em frente a uma padaria e entrou na mesma respirando fundo, olhou para a longa bancada com comidas. Respirou mais uma vez. O que levaria?

– Bom dia... – murmurou. – Quanto custa os donalt’s com mais dois cappuccinos?

– Dez dólares senhor. – Falou a mulher calmamente.

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Edward suspirou, pegou as coisas e caminhou lentamente em direção ao caixa. Ao parar na fila deparou-se com um casal de aparentemente vinte e seis anos e uma pequena menina que parecia ter a mesma idade de Alih.

“ – Uma família. Como deveria ser eu, Alice e Alih.” – pensou.

Flashback

– Alice, você está estranha. – Edward sussurrou puxando a mulher para o seu colo. – Me conte o que te aflige. – deu um meio sorriso.

Eles eram o típico casal feliz, estavam casados há quase quatro meses, e parecia que haviam se casado há uma semana.

– Edward... Não é nada. – Alice respondeu cabisbaixa.

– Alice eu te conheço há mais de dois anos. – contra atacou. – Não pode mentir para mim, sempre irei descobrir. – acariciou o rosto da pequena mulher. – Vamos lá, me conte.

Alice se ajeitou no colo do rapaz e o olhou nos olhos.

– Me fale a verdade, você gostaria de ser pai? – Aquela pergunta pegou o rapaz de surpresa. Ele a pegou no colo e a abraçou apertado. Ali, ele teve a certeza de que sua vida mudaria completamente.

Fim de Flashback

– Senhor? – a mulher do caixa o chamou. Edward balançou a cabeça despertando-se de seus devaneios.

– Me desculpe. – murmurou virando-se para encara-la. Ele olhou para o lado e colocou o pacote com donalt’s e os cappuccinos no caixa.

A mulher virou-se em sua direção e deu um sorriso malicioso, Edward respirou fundo.

– Pode ser mais rápida? – perguntou em um tom calmo.

– Me desculpe. – a mulher repetiu suas palavras e virou-se envergonhada para a tela do computador.

– Dez dólares. – resmungou.

Edward abriu sua carteira e dali tirou seus últimos dólares. Pegou as sacolas e voltou rapidamente. Ao encarar o grande edifício olhou para o lado em busca de uma distração. Agora era a hora. Era tudo, ou nada.

[...]

A mulher de longos cabelos negros encarou a pequena menina a sua frente enquanto a mesma balançava as pequenas perninhas, o seu cabelo ondulado caíam perfeitamente por seus ombros, seus olhos eram verdes exatamente como os do pai e transmitiam para Isabella uma tremenda sensação de paz.

– Papai me disse que pareço com a minha mãe. – A garotinha falou quebrando o silencio que até então era constrangedor. – Ele disse que a única coisa que muda em mim é os meus cabelos. Não parece nem com o dela, nem com o dele.

– E você se parece com ela? – perguntou curiosa.

– Não sei... – a menina respondeu fazendo um pequeno bico, ela encarava as mãos.

– Não sabe?

– Papai disse que ela morreu quando eu nasci, na hora do... do...

– Do parto?

– Isso! – exclamou a garotinha sorrindo.

Isabella respirou fundo e olhou para o teto.

– Sente falta dela? – perguntou timidamente voltando a encarar a garotinha.

– Sinto. – respondeu com um olhar triste.

Flashback:

As duas garotas de aparentemente dezesseis anos estavam em uma pequena sala, uma das irmãs gêmeas estava deitada em uma maca, e a outra segurava a mão da mesma com força. O rosto da menina na maca estava brilhando, seus olhos estavam mistos de alegria e dor.

– Emmett disse que não poderá vir. – A mulher com aparência mais velha sussurrou.

– Tudo bem mamãe. – Isabella murmurou.

– Olha ai, meu sobrinho. – A irmã de cabelos curtos sussurrou animada enquanto apontava para a pequena tela do computador.

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Temerosa, a garota na maca dirigiu o olhar para o aparelho, suas mãos estavam no pequeno volume em seu ventre. As imagens do pequeno feto era confusa, mesmo assim não diminuía o brilho daquele momento. Era incrível como algo que nasceu de um crime poderia carregar tanto amor.

– Tem certeza que vai querer tê-lo Isabella? Isso é uma criança, não uma boneca. – falou a mulher, Renné, sua mãe.

Isabella virou o rosto para encarar a mão, ela não acreditava no que acabara de ouvir. Não acreditava que aquelas palavras vinham dos doces lábios de sua mãe.

– Como pode me perguntar isso? – perguntou revoltada.

Renné nunca foi uma mulher fria, sempre foi compreensiva não só com Isabella, mas como com Alice também. Apoiava todas as suas decisões. E quando digo todas, quero dizer todas mesmo.

Fim de Flashback

– Tia Isa? – chamou a pequena menina.

– Bella? – Ângela apareceu entrando na sala, Isabella virou-se para encara-la, mas ao cruzar seu olhar com o rapaz dos olhos verdes paralisou. – Sr. Cullen está aqui.

[...]

Edward entrou no elevador, seu olhar estava fixo no espelho a sua frente. Ele respirou fundo e mexeu em seu cabelo demonstrando nervosismo e enfim o elevador parou.

O rapaz ergueu a cabeça e andou lentamente em direção ao escritório, mordeu o lábio de modo desconfortável, vagou com o olhar por todo o escritório e desesperou-se ao perceber que sua filha não estava mais ali.

– Onde está a minha filha? – perguntou desesperado enquanto se aproximava da bancada.

– Olá Sr. Cullen, Alih está na sala da Bella. – Ângela falou sorrindo de lado.

– Pode chama-la? Trouxe algo para ela comer. – ele ergueu o pacote que estava em suas mãos.

– Pode entrar, elas esperam por você na sala. Só deixe-me que lhe anuncie.

– Tudo bem. – sussurrou.

Ângela caminhou em direção à sala de Isabella e logo atrás dela vinha Edward que olhava para todos os lugares curioso.

– Bella? – Ângela apareceu entrando na sala, Isabella virou-se para encara-la, mas ao cruzar seu olhar com o rapaz dos olhos verdes paralisou. – Sr. Cullen está aqui.

– Alice? – Edward gaguejou ao encarar Isabella.