Prológo.

- Bellatriz ela virou uma comensal.

Essa frase não saiu da cabeça de Sirius nem um minuto se quer, desde que seu melhor amigo Tiago o contou que agora era oficial que sua prima, a única garota que já amara verdadeiramente na vida era sua inimiga o mundo para Sirius Black desmoronou.

Nem deixou seu amigo continuar a falar saiu correndo da sede e resolveu ter um tempo para clarear as idéias, não se importou se estivesse chovendo do lado de fora.

A água caia em seu rosto e o deixava encharcado. Naquele momento o que ele mais desejava era poder esquecer, de tudo e de todos. Ou apenas que Tiago voltasse e falasse que tudo não passara de uma brincadeira, mas mesmo Tiago sendo um maroto Sirius sabia que ele nunca brincaria com algo tão serio assim.

Desolado e cansado Black voltou para sua casa que estava escura e vazia, desde que seu irmão Regulo morreu não sabia mais de sua mãe, presumira-se que havia morrido de tristeza mais nunca tiveram uma confirmação.

Entrou na casa cabisbaixo e de inicio nem reparou que não era o único que estava ali, estava preso demais em suas dores para perceber qualquer coisa.

Assim que levantou a cabeça viu uma silhueta que o fizera pensar estar enlouquecendo, mas Sirius estreitou os olhos e os arregalou quando vira quem estava ali presente em sua sala de estar.

- Bellatriz. – o moreno mal conseguira sussurrar.

- Sirius, precisamos conversar. – a mulher se sentou no sofá, ela estava lá desde que descobriu que a Ordem já sabia que era uma comensal queria se explicar tinha que se explicar.

- Não temos não. – Sirius disse, tentando não demonstrar sua tristeza. – Você decidiu assim, mesmo eu lhe falando que podia ser diferente, a escolha foi sua.

- Sirius...

- Não quero ouvir Bella, você sabia que eu te amava e mesmo assim se tornou uma comensal.

- Era o melhor, pra nós dois. – Bella não queria isso, fizera por não querer ser uma desilusão para sua família, não queria que sua mãe a renegasse como a tia fizeste com Sirius.

Ela sem prensar direito foi até ele e o abraçou, naquele único gesto fora transmitido todo amor que os dois sentiam um pelo outro, todo carinho e medo. Medo de um perder o outro, de terem que lutar e acabar se matando.

- Eu te amo. – Bella sussurrou no ouvido de Sirius que se afastou poucos centímetros da mulher e a encarou, não havia nenhum traço de mentira ou de amargura em seus olhos. Sirius sabia, alias ele sentia que o que ela disse era verdadeiro.

Os dois foram se aproximando e se beijaram.

Quando suas línguas se encontraram um choque percorreu pelos corpos dos dois, ela se juntaram como se fossem um só e começaram uma brilhante e linda dança sensual.

Sirius a levou até o sofá cama que havia ali. Mas Bella hesitou, pensou no quanto ela queria aquilo e sussurrou.

- Só uma noite?

- Apenas uma noite. – Sirius respondeu.

E naquela noite eles tiveram o que sempre ansiaram, o que desejavam há muito tempo e o que tinham medo de provar. Aquilo sim era o amor verdadeiro entre um homem e uma mulher, amor sem restrições, um sabendo o que o outro é.

Algumas semanas depois.

Bellatriz pela terceira vez naquele dia estava no banheiro. Ela achava que estava doente, não parava de vomitar e estava super cansada.

Estava tão entretida que nem percebeu alguém entrando em seu quarto e vindo na direção do banheiro para ver o que estava acontecendo.

Assim que Narcisa a viu ali na beira do vaso sanitário uma angustia se passou pelo seu corpo, ela sabia o quanto sua irmã estava passando mal esses dias, mal comia e sempre estava cansada.

- Bella. Você tem que ir ao medico.

- Não... Narcisa, só comi alguma coisa que me fez mal. – Bellatriz garantiu Narcisa não achava que era isso, sentia a mesma coisa quando descobriu que estava grávida de seu marido Lucio Malfoy.

- Acho que você esta grávida. – Narcisa disse sem pensar.

- Irmã você enloqueceu? – Bella perguntou, ela já pensara nessa possibilidade mais não queria admitir, não podia estava noiva e isso acabaria com o seu casamento. – Não posso estar grávida Na.

- Você mesmo disse que ficou com o ... – Narcisa não pode terminar a frase pois Bella pulou e a segurou, todos estavam proibidos de falarem o nome dele em sua casa.

- Eu não posso estar grávida Narcisa. – Bella repetiu. – Não posso, eu estou noiva, já pensou o que Rodolfo vai pensar, ou pior o que o Milorde vai pensar?

Narcisa olhava a irmã com tristeza, não queria isso pra ela, Bella não merecia.

- Vamos primeiro confirmar. – Narcisa disse, pegando sua varinha. Ela aprendera como era o feitiço para saber se estava Grávida ou não, ela mesmo descobrira que estava grávida a alguns meses.

Com sua varinha Narcisa passou sobre a barriga de sua irmã e esperou uns segundo logos a varinha apitou duas vezes e ela sabia a resposta. Já Bella que não fazia idéia alguma estava lá temerosa e com medo.

Não posso estar grávida, não devo. Bella pensou.

- Então estou ou não? – ela perguntou para sua irmã que estava cabisbaixa.

Narcisa levantou o rosto e olhou no fundo dos olhos de Bella e assentiu.

Naquele exato momento todo o mundo de Bella fora abalado, ela já não era mais uma e sim duas. Agora ela respirava por duas pessoas, seu mundo não era mais o mesmo.

- O que farei? – Bella perguntou desesperada.

Ela não sabia bem o que sentia, estava com medo da reação de seu noivo e de seu mestre. Mas no mesmo instante estava feliz por que daquele grande amor que Sirius e ela sentiram foi gerado um fruto, uma criança.

-Seu casamento só será daqui a um ano, viaje e tenha o neném, depois o entregue para alguns trouxas cuidarem.- Narcisa disse, ela mesmo não queria isso, queria poder ajudar a irmã a cuidar de sua sobrinha. Mas sabia que o Lorde não aceitaria pois o filho era de Sirius Black, um traidor de sangue.

- Esse é o único jeito. – Bella respondeu triste.

Nove meses depois.

Era noite, o céu estava claro. Na Londres trouxa uma mulher com uma capa preta andava na rua com um bebe no colo. Seu nome era Bellatriz Black, futuramente Lestrange.

Qualquer um que a visse de longe acharia que uma simples mulher voltando para casa com seu filho, ninguém imaginaria a dor que ela estava sentindo, como se mil facas fosse enfiadas em seu corpo. Em seu colo havia um pequeno bebe, era uma menina linda e amável como a mãe.

Bella investigara por muito tempo um casal que queria ter um filho mais não podia, e na manhã seguinte teria que voltar para casa e não poderia levar sua pequena junto.

Ela parou em frente a um sobrado grande e rosa claro. Bateu duas vezes na porta.

Toc. Toc.

Uma mulher baixa com os cabelos lisos e repicados atendeu. Ao ver a mulher com a criança franziu a testa confusa.

- Soube que quer ter uma filha. – Bella disse, por mais doce e gentil que era fora arrogante com a trouxa. Ela era um sangue puro não podia se rebaixar ao seu nível.

- Quero mas...

- Cuidara de minha filha até que eu possa voltar e levá-la comigo. - Bella disse essa simples idéia que a motivara. Saber que poderia ver sua filha de novo era a única coisa que a dava forças para continuar.

- Isso é loucura... Não pode entregar assim sua filha a uma completa estranha. – a senhora Granger disse.

- Crucio.- Bella já gritara com a varinha apontada a mulher.

A mulher caiu e começou a se contorcer de dor e berros, logo atrás da porta seu marido estava ali observando tudo tentando acudir sua esposa mais não tendo sucesso.

- Entendeu. Cuidara de minha filha até que eu possa vir buscá-la. – Bella disse, a mulher assentiu e segurou a criança que uma completa estranha entregou.

- Posso pelo menos saber o seu nome? – a mulher perguntou timidamente.

- Bellatriz. – E a cena seguinte a Granger nunca entendeu direito, a mulher somente sumiu de seus olhos a deixando apreensiva.

Bella voltou para o caldeirão furado esperando para voltar pra sua casa. Desde daquele dia aquela garota frágil e amorosa que teve uma filha nova sumiu e em seu lugar ficou uma mulher fria e má.

Continua...