Omission

What it means for me to be with you alone?


Meia hora depois, chegamos ao hotel, do qual Anthony estava se hospedando há alguns dias, eu estava com os olhos inchados, pois vim chorando o caminho inteiro, e lamentando por Rachel não ser a minha mãe. Agora, com quem eu poderia dividir as minhas angustias, minha doença?
Com as lagrimas ainda escorrendo pelo meu rosto, larguei minhas coisas em cima do sofá e corri para o banheiro. Eu gemia diante a dor que meu coração sentia, e diante do que eu colocava para fora. Anthony deveria ter ouvido, pois ele bateu na porta do banheiro três vezes, na quarta eu abri:
–Você esta bem? – Ele olhou assustado.
Eu dei descarga, e abaixei a tampa da privada, escovei os dentes. Limpei o canto de meus lábios, olhei-o e disse:
– Tem uma coisa que eu preciso te contar, já que iremos morar juntos durante algum tempo.
Ele abraçou-me e então sentamos no sofá.
– Fale-me, o que há com você?
– Sou bulímica... – Ele arregalou os olhos, enquanto eu abaixava minha cabeça, em sinal de redenção, em sinal de “eu preciso de ajuda”. Anthony beijou minha testa e disse exatamente cinco palavras, que me surpreenderam:
– Eu irei cuidar de você.
Abraçamo-nos novamente, depois olhei em seus olhos, e beijei-o. Ficamos abraçados no sofá durante meia hora, mais ou menos. Até que eu resolvi levantar-me para tomar um banho.
Durante ele, fiquei pensando o porquê que estava gostando de Anthony, pois o odiava! Mas havia uma coisa nele, que muitas pessoas não seriam capaz de enxergar, ele era doce, quando queria claro. E aquelas cinco palavras ainda rondavam minha cabeça, e só de pensar nela, minha face projetava um sorriso... Um sorriso verdadeiro.
Enrolei-me na toalha e ao sair do banheiro, dei de cara com Anthony, sem camiseta e com os seus lindos cabelos longos.
– Você esta linda! – Ele disse, sorrindo. Eu retribuí.
– Obrigada. Me de licença, para me trocar? Sabe sair da minha frente, seria uma boa.
Ele alternava os passos, bloqueando a passagem, fazendo-me com que eu me irritasse.
– Tabom Anthony, pode parar com a palhaçada!
Tentei ultrapassá-lo, mas ele me pegou no colo, me colocando sobre os seus ombros, me fazendo implorar para que ele parasse. Caminhou até o quarto principal, e me jogou na cama, e me beijando novamente, passando suas mãos em minhas coxas subindo em direção a toalha, e quando ele já estava se preparando para tirá-la eu disse:
–Não, acho que isso não será necessário hoje. – Empurrei-o e sai correndo para o outro quarto, ele estava vindo em minha direção, em meio a risadas e sorrisos perfeitos.
– Mais é claro que será necessário! – Disse ele.
– Não, não será! – Torci os lábios e fechei a porta. Encostei-me nela, escorregando até o chão, e sorrindo daquela situação. Coloquei alguma blusa que estava jogada no quarto, provavelmente seria dele, pois cabia dez de mim ali dentro.
Por um pequeno momento parecia que a tristeza havia ido embora, mas a partir do momento em que eu fui arrumando as minhas coisas, comecei a lembrar das palavras de Rachel, palavras que doíam só de ao menos imaginar. Ao terminar de arrumar as coisas, fui para a sala, tudo estava escuro, e Anthony já estava deitado no outro quarto. Peguei uma garrafa de água, e então voltei para o meu quarto, li algumas paginas de algum livro, mas acabei caindo no sono.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!