Beijos Roubados E Sorrisos Marotos.

Minha casa, minha Grifinória.


P.O.V James Potter.

Quando a porta do salão principal se abriu eu vi várias pessoas ao meu lado fazendo legitimas caras de impressionadas. Francamente, era apenas Hogwarts. Parecia até que nunca tinham visto nada mágico. Então me lembrei que muitos ali eram filhos de Trouxas o que significava que realmente não tinham visto muita magia. Imaginei como seria se meus pais não fossem bruxos e se eu não tivesse crescido ouvindo histórias e vendo fotos de Hogwarts, provavelmente eu estaria com a maior cara de bocó ali.

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Eu segui a fila de alunos para dentro do salão. Sirius estava ao meu lado e convenhamos, no momento em que ele me disse como se chamava eu pensei: que merda de nome é Sirius? Mas então me toquei que ele era um Black e uma coisa ficou muito clara para mim: Todos os Black tem essa estranha mania de nomes esquisitos. Seria bom se essa fosse a única mania deplorável da família, mas ao que parecia eles também tinham certo pendor para as artes das trevas, o que era muito difícil de acreditar enquanto conversava com Sirius. Parecia que a pior coisa que ele poderia fazer era dizer que meu cabelo era horrível.

Paramos em frente a mesa dos professores e Minerva trouxe um chapelão esfarrapado e colocou em cima de um banquinho. Será que eles não podiam usar um feitiço para deixar o Chapéu Seletor um pouquinho mais apresentável não? Olhando aquele monte de rasgos era difícil acreditar que ele era um dos itens mágicos mais importantes de Hogwarts e não um pano de limpar chão.

O Chapéu começou a cantar e eu admito, foi levemente impressionante. Quando se iniciou a seleção eu juro que tentei prestar atenção, mas acabava sempre me dispersando. Não vi quem foi o primeiro a ser selecionado, mas vi que ele foi para Sonserina o que significava que não importava quem fosse não íamos nos dar bem. Olhei para as velas flutuantes, mas fui quase imediatamente trazido a realidade pela professora.

- Black, Sirius.

Cara, que maldito sortudo. Tinha que ser logo o segundo a ser chamado? Ele ficaria sentado quase a seleção inteira enquanto eu ficaria ali plantado até chegar a letra P.

Sirius colocou o Chapéu e então me lembrei que ele havia me dito que quase toda a sua família havia sido da Sonserina. Me senti meio decepcionado porque provavelmente ele iria para lá também, mas talvez fosse legal. Nós poderíamos ser inimigos mortais e nos enfrentaríamos nos jogos de quadribol, porque é claro que logo eu seria do time da Grifinória e ele disse que jogava como batedor.

Estava demorando tanto para o Chapéu decidir em que casa Sirius ficaria que eu comecei a pensar que o cérebro dele era tão pequeno que o Chapéu não estava conseguindo achar, foi então que venho a surpresa:

- GRIFINÓRIA!

Todo o salão ficou em silêncio enquanto Black retirava o Chapéu e caminhava calmamente para a mesa da esquerda. Ele parecia tão seguro de si que acreditei que era o certo ele fazer parte da casa dos bravos de coração. Quando passou por mim eu pude ouvi-lo dizer:

- Eu disse que talvez quebrasse a tradição.

Durante a seleção eu descobri que a menina que estava querendo dar uma de “machão” no Expresso se chamava Lílian Evans. Ele foi para a Grifinória e isso significava que se eu fosse mesmo para a casa dos leões eu teria muitas oportunidades de perturbá-la.

Marlene foi selecionada para a Grifinória também e alguns calouros depois dela chegou a minha vez.

Assim que coloquei o Chapéu eu levei um susto. Eu sabia que ele via nossos pensamentos, mas não estava preparado para isso. Ele falava!

“Meu Merlin que mente mais confusa. – Uma voz estranha na minha cabeça não era legal. – Minha voz não é estranha você que é meio abobalhado.”

Você pode conversar comigo?

Mas é claro seu idiota, eu vejo seus pensamentos.

Então me coloca na Grifinória?

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Se você for merecedor. Agora vejamos você parece ser bastante impulsivo e não gosta nada de regras.

Mas é claro que não gosto de regras, é uma droga.

Se não me deixar ver sua mente em paz eu te coloco na Sonserina.

Você não faria isso!

Ah eu faria. Mas continuando, você tem grande bravura em seu coração e embora seja muito infantil tenho certeza que encontrara pessoas que te ajudaram a crescer.

Grifinória, Grifinória, Grifinória.

Irritante com certeza, McGonagall vai sofrer tendo esse na sua casa.

Eu ainda estava tentando decifrar o que aquele Chapéu irritante quis dizer com sua ultima frase e me perguntava por que meus pais não me contaram que ele falava com a mente das pessoas. Enquanto pensava nisso pude jurar ouvir uma risada rouca e estranha na minha cabeça antes do Chapéu Seletor anunciar em voz alta para todo o salão: GRIFINÓRIA!

P.O.V. Sirius Black.

Quem olhasse para mim apostaria que eu era a pessoa mais calma dali. Como estavam errados.

A verdade é que eu nunca havia me sentido tão nervoso em toda minha vida o que muitos considerariam uma coisa atípica.

Um Black não devia ficar nervoso ao ser selecionado porque todos já sabiam onde iriam ficar. Sonserina, a casa das serpentes, onde moram os astutos a ambiciosos.

O problema era que eu simplesmente não conseguia me ver na Sonserina e isso definitivamente não era um bom sinal. Não sei de onde vinha esse sentimento, talvez eu fosse alérgico a cobras (?) ou talvez simplesmente verde não fosse a minha cor, eu apenas não conseguia me imaginar fazendo parte daquele casa.

Então eu me perguntava. Se eu não fosse para a Sonserina para onde eu iria? Lufa-Lufa? Cara, eu podia conviver com isso. O máximo que podia acontecer de ruim era minha família inteira me chamando de paspalho e meus pais me deserdarem. Nada de muito ruim em minha opinião.

Corvinal? Seria uma boa pedida. Ninguém em casa me encheria o saco e minha mãe podia usar a desculpa de que eu era inteligente demais para não ir para a Corvinal. Ninguém duvidaria disso, eu era extremamente talentoso.

Grifinória? Um arrepio perpassou minha espinha quando pensei em ser selecionado para a casa dos leões. Ser chamado de paspalho ou ser isolado não era nada comparado ao que aconteceria se eu fosse para a Grifinória. Meus pais provavelmente fariam algo bem pior do que me deserdar.

Então por que era justamente a Grifinória que eu escolheria se eu pudesse? Talvez eu apenas achasse que ficava bem de vermelho ou talvez eu apenas desejasse secretamente que minha mãe morresse de infarto.

Enquanto pensava eu conversava com James Potter. Incrível, mas parecia que eu realmente tinha vindo para Hogwarts para acabar com a reputação dos Black, pois justamente uma das primeiras pessoas que falou comigo vem de uma longa linhagem de Grifinórios. Se Narcisa contar para minha mãe eu posso dizer que eu estava ameaçando ele de morte. Ela com certeza ficaria orgulhosa.

James parecia bastante tranqüilo, mas diferente de mim eu acho que aquele ar de “faço isso todos os dias e é fácil” não era uma atuação.

O grande problema era que eu só havia começado a considerar não ir para a Sonserina depois que conversei com o Potter. Era entusiasmante ver o jeito com ele queria ir para a Grifinória, ser considerado corajoso, ousado e leal. Eu gostaria de dizer que tinha essas qualidades.

McGonagall entrou na sala e começou a nos conduzir para o salão principal. Alguns alunos estavam tão nervosos que pareciam prestes a desmaiar. Eu com certeza era um deles embora não parecesse.

Paramos em frente ao Chapéu Seletor e enquanto ele cantava decidi que Grifinória seria sempre a ultima opção. O preço a ser pago era alto demais.

Avery, um amigo da família foi para a Sonserina e parecia imensamente feliz com isso. Me perguntei por que eu não podia estar satisfeito com o meu futuro, seria muito mais fácil aceita-lo.

- Black, Sirius!

Maldito sobrenome que tinha que começar com a letra B. Enquanto caminhava para sentar-me no banco e colocar o Chapéu eu percebi que meu sobrenome não era maldito apenas pela letra com que começava.

Vesti o Chapéu e esperei pelo grito quase instantâneo de Sonserina, como havia acontecido com toda a família, mas ele não venho.

“Hum, um Black. Tem sangue Sonserino eu posso ver e ambicioso e astuto como todas as serpentes. Grande potencial mágico. Ficaria mais que bem na Sonserina, mas... há alguma coisa diferente em você menino. Você se importa. Se importa com as pessoas ao seu redor, se importa em passar uma impressão agradável, você se importou com seu amigo James. Mas você tem medo. Medo de deixar transparecer seu interior, medo de ser excluído por ser diferente, mas o que farei com você? Com certeza não devo desperdiçar a chance de mostrar a todos que sangue não determina caráter, porém você não é justo nem calmo o suficiente para ser colocado na Lufa-Lufa e nem disciplinado para ser colocado na Corvinal e essas casas não teriam o impacto necessário. Você me deixa com poucas opções Sirius Black. Talvez eu acabe optando pelo confortável, mas eu nunca me perdoaria por colocar um Black tão diferente na Sonserina. Com certeza nunca vi um aluno tão difícil de classificar, mas o tempo está passando e seus colegas ficam impacientes. Me pergunto se isso será certo, você me parece meio covarde, não sei se devo depositar minhas fichas em você, mas que outra chance eu teria? Vai ter que ser assim e procure não me decepcionar. Não tenha medo de mostrar seu verdadeiro eu, não tenha medo de sorrir e demonstrar seu sentimento. Mostre ao mundo que você é diferente Sirius, mostre que um Black pode amar e acima de tudo seja corajoso porque a casa dos leões não aceita covardes”

Demorei alguns milésimos de segundo para perceber o que o Chapéu queria dizer com isso e quando ia protestar, dizer que aceitava qualquer coisa que não fosse os vermelhos já era tarde demais.

- GRIFINÓRIA! – Gritou o maldito Chapéu para todo o salão.

Pensei algo como “puta merda” enquanto levantava-me do banco. Vi todo mundo com cara de bocó, até que a mesa da esquerda começou a me aplaudir. A realidade me atingiu como uma bola. Eu não pertencia a casa das Serpentes.

Quando passei por James não escondi minha felicidade e ainda falei um ousado “eu disse que talvez quebrasse a tradição”.

Enquanto caminhava para a mesa da Grifinória não tive medo de mostrar como me sentia feliz. Eu faria exatamente o que aquele Chapéu burro pedirá. Mostraria que era diferente a começar por não mais esconder meus sentimentos.

Sentei-me na mesa da minha casa e vi que todos os colegas me observavam alguns parecendo confusos, outros apreensivos e poucos parecendo satisfeitos. Sorri para o monitor pálido que estava sentado ao meu lado pela primeira vez em mina vida me senti em casa, afinal eu era Sirius Black e tinha um coração bravo, ousado e leal.

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