Preciso fazer alguma coisa, e rápido. Eu me levanto e vou até a porta. Hesito um pouco, segurando a maçaneta, mas acabo saindo do quarto. Sam não está mais na frente da porta, como eu esperava. Então vou até seu quarto. A porta está fechada, é óbvio. Eu bato repetidamente na porta:

- Sam! Você está aí? Preciso falar com você - mas ninguém abre. Estou quase desistindo, mas vejo a maçaneta girando. Dou um passo para trás. Sam abre a porta. Seu cabelo está molhado, e uma toalha está amarrada em sua cintura. - Veste algo - digo. - Preciso falar com você.

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- Mas eu estou bem assim - responde ele, sorrindo. Empurro seus ombros levemente.

- Vá logo! - Ele fecha a porta. Eu me recosto na parede ao lado dela. Depois de alguns minutos, Sam aparece vestindo um short e com uma camiseta em sua mão. - Você já pode colocar a camiseta - digo, e ele coloca.

- Então o que é? - Pergunta ele. Ele sempre tem um tom sarcástico em sua voz, o que me deixa mais irritada.

- Sobre aquele papel que você achou...

- O que falava sobre mim?

- Não! Não era sobre você - minto. - Era minha estratégia, fazer uma aliança com os outros carreiristas e depois traí-los. - Ele parece acreditar, porque ele sorri levemente.

- E quando é que você ia me contar? - Pergunta ele - Ou você se esqueceu da nossa aliança?

- Em breve - minto. - Mas agora você já sabe.

- Hm, - ele me analisa - para uma pessoa com pouca experiência, você até que é boa com estratégias. - Eu mordo meu lábio. Ele acreditou, mas agora como é que vai ser lá na arena? Bem, eu não sei. Trair os carreiristas e depois ele? Vai ser difícil, mas eu vou tentar. Eu fico pensando em uma estratégia. Nem percebo que fico parada na frente da porta dele, até que ele diz:

- Você vai ficar parada aí até amanhã? - Eu olho de relance para ele. Ele levanta as mãos como se estivesse se rendendo. - Só estava perguntando. Reviro meus olhos e saio andando. Encontro Finnick no caminho até o meu quarto. Ele está com uma pequena corda na mão. Ele sorri:

- Maine, o que você está fazendo aqui? - Ele dá um nó na corda. - Você não deveria estar descansando para o treinamento amanhã? - Finnick é um homem bonito, muito bonito. Primeira vez que reparo nisso.

- Hm, - aponto para trás - eu estava falando com Sam.

- Maine... - diz ele pacientemente - se envolver demais com os adversários pode causar problemas.

- Não - nego rapidamente - não! Que isso. Nunca. A última coisa que eu faria, é me envolver com aquele cara - cuspo as últimas palavras, mostrando o meu desprezo.

- Hm, então tá - ele dá de ombros. Mordo o meu lábio.

- Er, eu vou lá dormir para estar preparada amanhã. - Ele assente e eu vou até o meu quarto. Tiro a roupa, e deito só com as roupas debaixo.

Me viro, e reviro na cama, fazendo uma bagunça com os lençóis de seda da Capital. Não consigo parar de pensar em como vou trair Sam e os carreiristas. É impossível. Simplesmente não dá!

Enquanto a noite se vai, as minhas chances de vencer também se vão.