Please Dont Ask Me Why

Persecution and revelations


- Ok, a Wendy vem aqui daqui a pouco, ela vai adorar que a Lu esteja aqui. – Ele falou feliz o nome de Wendy, quer dizer então que estava rolando algo maior aí?

- Aé? Dona Wendy? O que tá rolando aqui? – Falei brincando.

- Qual é? Eu sou o mais velho lembra? – Colocou as mãos para o alto.

– Sim. – Sorri pra ele e fui até seu quarto me despedir de Luisa, chamei o taxi e fui para a agência, me sentindo leve pelo que Johnny falou.

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Cheguei à agência um pouco adiantada e fui procurar Lea para ter mais informações sobre o trabalho. Conversamos um pouco e eu contei pra ela tudo o que estava acontecendo, fizemos o ensaio fotográfico que era para um catálogo de roupas intimas feminina.

Quando saí da agência eram dez horas. Fui com Leana até a casa de Jimmy onde vimos Johnny e Wendy abraçados e jogados no sofá, Matt e Val no outro sofá onde também se encontrava um Zacky brincando com Luisa que estava no colo de Brian sentado no chão, e um Jimmy com uma cerveja na mão contando alguma história.

- Por que eu tive a certeza que eu veria o Jimmy bebendo? – Lea falou logo que entrou na casa fazendo todos olharem em nossa direção e rirem da cara que a mesma fez ao falar. Chegou perto do namorado e tirou-lhe a cerveja passando a toma-la.

- Minha cerveja. – Jimmy grunhiu retraindo o riso. Lea sentou em seu colo ainda bebendo.

- Agora é minha. – Sorri ao vê-los. Eu estava cansada então fui ao encontro da minha filha e perguntei:

- Há quanto tempo estão aqui? – Beijei a testa de Luisa.

- Viemos pra cá mais ou menos às sete. – Johnny me respondeu prontamente.

- E já deram de comer pra minha filha? – Disse olhando para Brian que fez careta.

- Já demos sim e ela agora tá meio que com sono. – Disse se levantando com a mesma no colo.

- Então meus amores, eu vou chamar um táxi e vou com o meu bebê para casa.

- Nãaaao, eu quero dormir. – Jimmy disse e o olhei com um olhar de dúvida para ele. – Quero que tu fique aqui, a Lea vai me maltratar.

- É uma pena que tu gosta de ser maltratado né Jim? – Disse rindo e juntando as coisas de Luisa.

- Enfim, mana, tu não vai pedir um táxi há essa hora, pode ser perigoso. Eu te levo – Johnny disse

- Não te preocupa, eu sei me cuidar.

- Ainda assim, eu concordo com o Johnny e prezo pela segurança da minha filha também, eu te levo. Johnny, eu já estou a fim de ir também e não bebi muito, então pode ficar por que eu sei que é isso que você quer.

- Tudo bem então. Só cuida da minha irmã e da minha afilhada.

Saímos após nos despedirmos de todos e Luisa já dormia em meus braços. A cada dia essa criança ficava mais pesada. Coloquei-a na sua cadeirinha dentro do carro e Brian me ajudou, me sentei no banco da frente e fomos em direção à minha casa, ele havia me contado sobre o dia dele e conversamos um pouco sobre o aniversário de Lu que estava chegando. Chegamos ao meu prédio e ele ofereceu-se para levar Luisa, já que a mesma dormia.

Brian colocou Luisa na sua caminha e deu-lhe um beijo na testa. Logo fiz o mesmo e fomos em direção à sala.

- Então, eu acho que é isso. Acho que já vou. – Brian falou meio encabulado.

- Eu... Te acompanho até lá em baixo. Se você quiser, claro.

- Tudo bem por mim. Eu adoraria. – Sorriu e saímos. Fiquei meio encabulada durante o trajeto de elevador, tentando criar coragem para falar com Brian sobre o que realmente interessava. Chegamos ao nosso destino e eu acompanhei-o até o lado de fora do prédio onde estava o carro.

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- Brian, sobre a nossa conversa ontem... – Eu comecei a falar, mas ele me interrompeu.

- Olha Larissa, não quero te forçar a nada, eu já disse. Não precisa falar o que não quer. – Falou virando para me olhar. Estávamos ao lado do carro.

- Mas eu quero, eu pensei bem e eu vi que eu quero ficar com você. É o melhor pra nossa filha e pra nós. – Sorri para ele que parecia pensar.

- É sério isso?

- É, eu... Quero ficar com você. – Ele sorriu e então caminhou até mim e começou a me beijar. Foi um beijo doce, como o outro. Esse era real, compasso perfeito, éramos apaixonados vivendo uma vida de apaixonados.

Acordei pela manhã ouvindo o toque do meu celular ensurdecer meu ouvido. Olhei no visor e amaldiçoei a alma que me fez acordar, e dessa vez era Brian. Ô vida.

- Alô? – Atendi meio grogue.

- Te acordei amor? – Falou meio desconfiado.

- Na verdade sim. Mas o que houve pra me ligar agora?

- Bom, tá com algum computador por perto? – Perguntou e eu não entendi bem.

- Não, por quê?

- Não sei como, mas algum paparazzo nos seguiu desde a casa do Jimmy até o nosso beijo no teu prédio.

- Merda, e o que diz na “fofoca”.

- Diz que você achou um novo namorado roqueiro e que eu supostamente assumi a nossa filha.

- Odeio isso. Eles se metem em tudo. E agora? Eles vão ficar nos seguindo em dobro – Falei meio assustada.

- O jeito é falar a verdade, e eu vou assumir a público que sou o pai da Luisa.

- Brian, eles não vão sossegar, vão ficar em cima da Lu, eu não quero isso, quero que a minha filha tenha uma infância normal.

- Ela já não tem uma infância normal tendo uma mãe modelo.

- Eu vou aí na tua casa agora e então nos falamos. No telefone não vai dar pra falar nada.

- Tudo bem, mas eu não estou em casa.

- Como não?

- Estou em algum shopping comprando um presente pra Lu, logo é o aniversário dela. Pensei em um cachorro, o que acha?

- Brian, não é hora de pensar nisso. – Falei um pouco irritada, ele só pode estar de brincadeira.

- Eu não estou em HB Larissa. Vou fazer um show hoje em Long Beach, volto só daqui a dois dias. Teu irmão está te mandando um oi.

- Manda outro. E o que eu faço durante esse tempo?

- Se cuida, e toma cuidado ao sair de casa. Se conseguir eu volto amanhã ainda.

- Tudo bem, bom show pra vocês. – Disse um pouco desanimada.

- Hey. – Chamou minha atenção ao telefone.

- O que?

- Eu te amo tá? – Sorri e respondi.

- Eu também te amo. Se cuida. – Desliguei o telefone e me pus a pensar em como seria de agora em diante. Não iria mais ser tudo igual, com tudo escondido e sobre o nosso controle, agora todos saberiam que Brian tem uma filha, e seria um caos pensar que nisso tudo a minha pequena estaria metida. Ela não ia crescer bem.