The Nightmare Of Ikuto - Imperium

Capítulo III - Imperium, Um Lugar Muito Estranho


Naquele ponto eu achava que estava louco. Sinceramente, eu só queria ter uma vida normal, como uma pessoa normal. Mas não! Eu tinha que me meter com gente estranha. Por que eu nunca dei ouvidos aos sermões da minha tia: “Ikuto, não fale e nem aceite nada de estranho”. A escuridão era total, mas não era isso que estava me preocupando. Minha cabeça dava voltas e mais voltas, era como se eu estivesse girando no ar. Gritava desesperadamente por ajudar.

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– CALA A BOCA – Gritou a voz feminina atrás de mim.

– I-IMPOSSÍVEL!!!

Então, caí no chão em um baque surdo. Tudo estava tão confuso. Abri meus olhos lentamente e... levei o maior susto da minha vida. Meu corpo ficou paralisado no chão, aparecia que alguém tinha jogado uma tonelada em cima da minha cabeça. Esfreguei os olhos, só para ter certeza que estavam limpos.

– Seja bem vindo ao Imperium – Disse a garota misteriosa ao meu lado.

– I-Imperium? – Perguntei, abismado.

O lugar era enorme. Pessoas estavam por todos os lados, correndo, andando e, surpreendentemente, até flutuando. Maquinas, computados e... robôs? Era tudo tão futurístico. “Isso só pode ser um sonho, Ikuto, não se iluda, logo, logo você vai acordar” Pensei. Mas era meio que difícil discordar o que meus olhos me diziam. Aos poucos fui levantando, ainda não estava bem por causa da “viagem”. Não era nada fácil viajar em um túnel tridimensional, ou sei lá como se chama aquela coisa. Só sabia que era incrível.

– Cool! – Sussurrei, enquanto olhava para todos os lados, observando cada detalhe. Tentei ao máximo não babar. – Parece até anime.

Inconscientemente, sorria para todos os lados. Algumas pessoas passavam e me olhavam de um jeito estranho. Eu não entendi por que elas apontavam e tentavam abafar o riso. Foi ai que eu percebi, EU SÓ ESTAVA DE CAMISA E CUECA SAMBA CANÇÃO!!! Corei violentamente. Ai que vergonha!

– Ei,vai ficar ai o dia todo, homem cueca? – Disse Say, séria. Ela estava um pouco distante.

– E-Eu... AAAAAAAAAAAH! – Escorrei no chão e cai de bunda. Meu Deus, quanta vergonha, eu não mereço isso.

– Pare de enrolar e vem logo.

Levantei e corri até ela, ainda tentando esconder a cueca com as mãos.



***



Chegamos até uma sala, onde havia dois homens idênticos. Ambos eram altos e magros, usavam óculos de fundo de garrafa. Os cabelos castanhos arrumadinhos demais para meu gosto. Deveria ser por causa do costume de ter o cabelo feito um ninho de rato.

– Capitã, já voltou? – Perguntou o da direita, em seu tom de voz, percebi admiração e respeito – Pensei que a missão iria demorar de um a quatro dias.

– Só foram 4 horas – Disse o outro, surpreso – Era de se esperar da Capitã, seu idiota!

– Quem você está chamando de idiota, hein?

– Você, seu besta quadrada.

– Ah! Só porque nasceu primeiro não quer dizer que é superior a mim, minhas notas em matemáticas são melhores que a sua.

– Só, as minhas de Química e Física são superiores a suas.

– Pelo menos eu não tropeço no próprio pé quando é na avaliação física!

– O que você disse, seu...

Ao mesmo tempo, um pegou a gola do outro e eu vi à hora de eles começarem a pancadaria, quando Say os interrompeu.

– PAREM COM ISSO, IDIOTAS!

Os dois param de imediato.

– Sim, senhora! – Disseram, fazendo posse de saldado.

– Tirem as medidas dele – Ordenou a morena. Arregalei um pouco os olhos para ela. O que ela queria dizer com tiram medidas?

– Sim, senhora – Disse o da direita.

Os gêmeos, praticamente, pularam em cima de mim. Um agarrou-me por trás, enquanto o outro ficou de frente. Tirou uma fita do bolso e uma agulha. Entrei em desespero. Debati com todas as forças, odiava agulhas pontudas. Uma vez, quando minha tia me levou pra tirar sangue, fiz a maior confusão. Então, naquela hora, pensei que ele irar tirar meu sangue. Mas, em vez disso, ele começou a medir meu pé.

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– Calçado 37 – Disse, se dirigindo ao outro. E lá foi.

– Um metro e sessenta e cinco – Disse o outro.

– 49 quilos – Falou o que estava atrás de mim.

– AAAH! SOCORRO, FUI CAPTURADO POR UM BANDO DE NERDS!!!

– Ah! Fica parado um pouco, guri.

O que estava na frente começou a rir.

– Ah há há, cara, você usa uma cueca samba canção do Pikachu! – Eu corei, aquilo era constrangedor – Você não estar meio crescidinho para isso?

– E-Eu... EU GOSTO DE POKÉMON E DAÍ?

Os dois riram. Corei mais ainda, eu tinha sido pego.

–Não se preocupe, não vamos contar a ninguém. – Falaram juntos.

– Sei...



***



Por sorte, ou não, eles tinham uma roupa extra; uma calça jeans velha e uma blusa preta de mangas compridas (Estava torcendo para ser sua cor original). Os gêmeos me empurraram até outra sala. Arregalei os olhos, o local era totalmente branco, sem nenhuma mancha. Não havia nenhuma mobília, só um vidro que ocupava metade de uma parede. Estiquei o pescoço para olhar o que tinha do outro lado. Um enorme espaço vazio.

– O que é isso? – Perguntei para os homens que estava perto da porta, brigando.

– Sala de teste – Falou um.

– Usamos para experiências novas – Completou seu irmão.

– E o que estamos fazendo aqui?

Eles iam responder, quando outra voz os interrompeu.

– Óbvio que é pra testar algo – Pulei para frente ao ouvir a voz.

A garota estava atrás de mim. Em suas mãos estavam uma prancheta. Ela cerrou os olhos azuis. Senti um calafrio. Say escreveu algo e voltou a me encarar.

– Tenho um trabalho para você – Disse, com a mesma expressão.

– H-Hãm?

– Você vai fazer o teste.

Minha boca se abriu em forma de O. Sabia muito bem que aquilo não era uma coisa boa.



–--X---



Meu Deus, como fui me meter nisso?” Pensei após ser empurrado para dentro. A porta se fechou automaticamente, fazendo um barulho alto. Eu estava preso ali dentro, sem saber o que fazer. Se alguma coisa acontecesse, eu não teria nada para me proteger.

– Seguinte, novato – Falou uma voz no alto falante – Fique calmo, é apenas um simples teste, não precisa se preocupar.

Se aquilo me acalmara? Preciso falar que estava quase ao ponto de entrar em desespero e correr para os lados?

De repente, um buraco se formou em uma parede distante. Meus joelhos tremeram. Eu precisava sair dali. Então um vulto saiu correndo. Soltei um gritinho de pavor e recuei. A criatura rugiu... Eu parei, olhei para o local que deveria ser o vidro que ligava as salas. Eles deveriam estar tirando uma com minha cara. O monstro me encarou, mas estava muito abobalhado, ele deveria ter só uns 50 centímetros, parecia um cachorro pequeno. Suas orelhas eram pontudas, mostrava-me os dentes pequenos e afiados feito agulhas. Sua cauda balançava de um lado para o outro (Estava feliz? Não, ele estava furioso). A pelagem era negra e felpuda.

Então, fiz a maior burrice, me aproximei dele. Ele rosnou alto, então me atacou, mordendo meu braço. Senti uma carga elétrica percorrer meu corpo. Por um momento não conseguir pensar em mais nada. Ele largou e desferiu um ataque em minha barriga, fazendo lançar meu corpo para longe, que bateu contra uma parede. Coloquei uma mão no local, vomitando sangue no chão. Não consegui me mover, estava completamente sem reação nenhuma. Então senti aquele calor novamente, meu corpo voltou a reagir e meu sangue ferveu. A espada voltou a minhas mãos. Levantei com um pouco de dificuldade. Eu percebi, deveria matar aquele ser a qualquer custo, senão ele acabaria me matando.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.