POV Crystal

Olhei de relance para Júlia, que ainda estava a conversar e segui o homem.

Já dentro do edifício reparei na sua grandiosidade, apesar de por fora ser apenas mais um edifício tradicional daquela zona, embora grande, confesso, por dentro podia perceber-se que quem lá vivia era poderoso e possuía enumeras riquezas.

Chegámos a umas portas enormes e grandiosas com dois “guardas”, um de cada lado, e digo “guardas” com aspas porque na verdade não sei bem o que eles eram… eles abriram as portas e nós entrámos…

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A sala onde entrámos era enorme e à minha frente, uns degraus acima, encontravam-se três tronos. Nesses três tronos estavam três homens sentados, impávidos e serenos, com cabelos enormes.

Mas mesmo compridos, tipo à cigana!!!

Será que nunca lhes tinham dito que aquilo estava totalmente fora de moda?

Com todo aquele dinheiro que tinham, ou pelo menos aparentavam ter, bem que podiam contratar um consultor de imagem, ou coisa do género!

O homem que estava sentado na cadeira do meio, levantou-se e dirigiu-se a mim.

Ele estendeu-me a mão e eu recuei, afinal não sabia o que ele queria, nem quem era ele ao certo.

- Está certo… - ele parou, e olhou-me pensativo – Deves estar-te a perguntar quem sou eu, e o que quero de ti. Estou correcto?

Olhei para ele, não me parecia que ele me quisesse fazer mal, mas também me olhava com alguma interrogação no rosto.

- Sei que vocês são os Volturi. – disse confiante.

Sim eu sei, eles eram os Volturi, e eu, no mínimo, devia estar a gaguejar enquanto falava, mas o certo é que não estava com medo. Não me perguntem porquê, eu simplesmente, não estava.

E além disso, eu não tinha cometido nenhum crime, então não tinha com que me preocupar, não é?

- Humm, e tu, quem és? Nómada? Pertences a algum clã?

- Sim, sou uma Cullen.

Então pode ver espanto nos seus olhos, seguido por um riso típico de psicopata.

Toda a gente na sala sorriu, e então percebi que se calhar não tinha sido assim uma grande ideia ter dito que era uma Cullen. Eles ainda deviam estar ressentidos pelo confronto de há sete anos atrás.

- Desculpa pela minha reacção efusiva, mas eu sou um grande amigo de Carlisle. Então minha pequena… - ele ficou à espera que eu lhe dissesse o meu nome.

- Crystal.

- Minha belíssima Crystal, posso? – e ele estendeu a mão na minha direcção.

Então aquele deveria ser Aros, e ele devia querer ler os meus pensamentos.

Ponderei as minhas hipóteses, mas vendo bem, não tinha muitas alternativas, então estendi a minha mão para a dele.

POV Aros Volturi

Então aquela era a nova Cullen.

Será que eles pensaram que podiam juntar alguém ao clã, sem nos darem uma única palavra?

Se bem que ela parecia ser bem interessante. Era como uma humana, olhos, cor da pele, cheiro, apenas a falta de batimento cardíaco é que a denunciava.

Eu poderia passar por ela sem reparar que era uma vampira, caso não estivesse atento aos batimentos cardíacos, ou neste caso, à falta deles.

Ela estendeu-me a sua mão e eu pude ver tudo o que ela já havia pensado.

Já alguma vez vos disse que adoro o meu dom?

Toda a sua infância, a sua pré adolescência, as suas primeiras paixonetas, a sua adolescência, a maneira como esta mesma havia sido interrompida, o seu choque ao saber da sua nova natureza, os seus imprintings, a história de ela ser a reencarnação da filha de Edward, a maneira com Seth a desiludiu, a sua aproximação do outro, o Paul, a sua pequena e divertida discussão com Bella…

Mas o que mais me intrigou foi a maneira como Eleazar tinha olhado para ela, no seu aniversário. Ele tinha visto algo nela. E o que ele via? Katching, isso mesmo, dons!

Ela tinha algo de especial, mais do que eu conseguia ver.

Larguei-lhe a mão e sorri.

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- Minha querida Crystal, podes te ir embora e prosseguir a tua viagem. Ah, mas não te esqueças de mandar cumprimentos a Carlisle.

Ela assentiu e Alec voltou a acompanhá-la.

Agora teria de chamar Eleazar aqui.