Cap. 17 EU TENHO CIÚMES!

Definitivamente esse não era o meu dia. Para comemorar a minha saida do hospital, todos nós fomos para a área ao ar livre que tinha no hotel. Era mais um campo enorme com uma pracinha no meio.
O pessoal decidiu jogar vôlei, mas como eu odeio esportes, disse que aina não estava pronta pra me esforçar fisicamente. É óbvio que todos viram que eu não queria jogar. Mas não me forçaram já que a Melissa apareceu lá e se ofereceu para jogar no meu lugar. Os grupos eram: Cath, Melissa e Adrik, contra Jus, Gabe e Noah. Eu seria a juíza junto com Bryan. Mas é claro que eu não ia olhar porra nenhuma.
Me divertia vendo a Melissa caindo no chão por falta de coordenação, Cath levando algumas boladas na cara ou até Gabe e Adrik brigando para pegar a bola. Mas o que me matava de rir era a cara do Hagen quando o Bri dava alguma falta nele. A todo momento os garotos tinham que acalmá-lo dizendo que era só um jogo.
Depois de muitos pontos e meus olhos começarem a doer de tanto acompanhar a bola, falei no ouvido de Brian.
– Ei, vamos sair daqui?
– Mas e o jogo? - ele perguntou se virando para mim.
Olhei para eles a tempo de ver Noah enterrando a bola (ou seja lá que termo se usa) no campo inimigo fazendo ponto. Gabe e Jus correram para comemorarem e Melissa deu um beijo em sua bochecha, mesmo sendo do time inimigo. Aquela vadia não perdia uma oportunidade. Me virei pra Brian pegando a mão dele e me levantando.
– Foda-se eles são bem grandinhos pra não se matare por causa de um jogo.
– Ei, você ta bem? - Brian me puxou e me segurou pelo queixo esperando que eu olhasse em seus olhos.
– Não. Eu preciso de coca. E de uma barra de chocolate.
Ele riu e me puxou para uma lojinha de conveniencias que ficava dentro do hotel. Depois de comprarmos duas cocas e um bom-bom pra mim, nós fomos passar na praça perto do campo onde o povo jogava vôlei.
Sentamos na beirada de uma fonte que tinha no meio da praça. Enquanto comia meu bom-bom, percebi que Brian me olhava indeciso. Ele piscava freneticamente, e ele só fazia isso quando estava nervoso.
– O que foi Bri? Tem algo pra me contar?
– Na verdade, algo pra te pedir. - pausa nervosa - Ali, ta na cara que eu sou a fim de você desde aquele dia que você se machucou na casa da Melissa. E eu já quis muito te pedir em namoro, mas toda vez tinha alguma coisa que me impedia. A gente não se conhecia a tempo suficiente ou você só mostrava que queria a minha amizade, e depois pra finalizar tinha o Noah. Ta na cara que ele gosta de você e você pareca gostar dele também... Mas depois daquela conversa que a gente teve, e você me deu erteza de que não gosta dele, eu pensei, por que não? - ele falou tudo isso em um jato de palavras rápidas e emboladas, que eu demorei um pouco para entender. Ah não... não, não, não. Pelo amor da vodka, me diz que ele não ai me pedir em nam... - Ali, você quer namorar comigo?
– Sim. - eu disse como um robô. Eu me sentia vazia. Seca, murcha. O que eu ia falar? Não? Essa palavra não soava bem com o clima. O Brian era um cara legal, bonito, fofo... mas tinha um problema. Ele não era o idiota do Hagen.
– Sério? - ele perguntou surpreso e feliz. Mais feliz do que surpreso,
– Sim ué... como você disse, por que não tentar?
Ele pegou meu rosto com as mãos e me beijou. Realmente me beijou. Não esses selinhos que ele me dava, mas um beijo de verdade. Eu podia sentir alegria e carinho naquele beijo. Mas eu só conseguia retribuir com dúvidas e uma pontada forte de arrependimento. Ele terminou o beijo e encostou sua testa na minha.
– Eu prometo que eu vou te fazer a garota mais feliz do mundo. - era uma promessa cliche, mas nunca tinham feito pra mim, e eu não pude deixar de sorrir com aquilo.
De repente uma bola acerta a minha lata de coca, fazend ela cair dentro da fonte. Olhei para onde os infelizes estavam jogando e vi o infeliz mór se aproximar com um sorriso de orelha a orelha.
– Sinto muito atrapalhar o casal de pombinhos, mas vocês viram a bola do jogo por aí? - Ele lutava pra não rir.
– Brian meu amor, você pode ir comprar outra coca pra mim?
– Ah... posso sim. - antes que ele se virasse e fosse comprar a coca pra mim, agarrei seu pescoço e dei um selinho demorado nele.
Me virei para o Hagen que eatava olhando para os lados.
– Sua bola caiu dentro da fonte Noah. - eu respondi com um sorriso na voz.
Ele passou por mim e se incliou para pegar a bola, eu fui por trás dele e o empurrei co toda a minha força, fazendo ele cair dentro da fonte... só que quando eu empurrei ele, minha pulseira ficou presa na blusa dele, me fazendo cair na fonte junto com ele.
– MAS QUE MERDA ALICE. POR QUE VOCÊ FEZ ISSO? - ele disse com uma raiva que me afetou.
– Quem mandou você atrapalhar o meu momento com o Brian? - perguntei ficando com raiva também.
– Ah eu sinto muito se eu não posso errar um passe no jogo.
– Não me venha com essas disculpas idiotas Hagen. Eu sei que você fez isso de propósito.
– E se fiz? Eu jogo a bola pra onde eu quizer Chase.
– MAS EU NÃO ATRAPALHO OS SEUS CLIMINHAS COM A PUTA DA MELISSA.
– MINHA FILHA, ACORDA! QUE MOMENTOS? VOCÊ É QUE VIVE SE AGARRANDO COM O PANACA DO BRIAN.
– NÃO INTERESSA COM QUEM EU ME AGARRO OU DEIXO DE ME AGARRAR NOAH. O QUE INTERESSA É QUE EU NÃO TE ATRAPALHO. ENTÃO POR QUE VOCÊ TEM QUE SE METER NA MINHA VIDA COM O BRIAN?

- PORQUE EU TENHO CIÚMES! TÁ FELIZ AGORA? - Ele disse saindo da fonte e indo em direção para o hotel.

Cath e Jus que tinham visto a cena toda se aproximaram.

- Ei, Ali, não liga pro Noah não. Lembra no início das férias que eu te falei que ele era um estúpido? Era por isso.

- Eu preciso ficar sozinha gente. - Eu disse me afastando também.