Capítulo 20 Os Elementais

Quem luta com monstros deve velar por que, ao fazê-lo, não se transforme também em monstro. E se tu olhares, durante muito tempo, para um abismo, o abismo também olha para dentro de ti.

Friedrich Nietzsche

– Capítulo Vinte –

Os Elementais

Agatha encarou Draco desejando que ele pudesse ler a sua mente. Onde está o Harry? Mas, simplesmente Draco se curvou e deu um beijo de leve nos lábios de Agatha. Houve um breve aplauso dos comensais antes do juiz entregar os documentos para que eles assinassem. O clima estava tenso, Rony e Hermione se olhavam apreesivos, Narcisa olhava de um lado para o outro, procurando por algo que ela não sabia bem o que era, Voldemort encarava Draco com seus olhos vermelhos e o juiz estendia a pena para que Draco assinasse o documento.

Malfoy Draco ouviu Harry chamá-lo, então conseguira sair da masmorra, Draco sorriu aliviado para Agatha esta entendeu o recado.

- Dana! – Agatha disse em voz alta, em seguida a elfa aparatou ao lado de Agatha, fez uma reverência, em seguida pegou na mão da Sra. Malfoy e dasaparatou.

Foi tudo muito rápido, Agatha pegou na mão de Hermione e Draco puxou Rony pelo braço e os quatro se distanciaram de Voldemort. Todos no salão ficaram paralisados, pois, não entendiam o que estava acontecendo, Narcisa Malfoy desaparatara, Draco e Agatha escondiam atrás de si, uma sangue ruim e um traidor do sangue, o que estaria acontecendo? É algum tipo de show surpresa?

- O que estão esperando? – vociferou Voldemort se levantando – Não deixem que eles fujam.

Os comensais foram em direção a eles, mas, algo fez com que o chão tremesse e eles caíssem, ao virarem para trás se depararam com Harry e Gina, esta muito concentrada no chão.

- Mexam-se! – gritou Voldemort este já com os olhos muito vermelhos – Potter é meu!

- Não é mesmo. – disse Agatha fazendo um vento forte soprar o que fez muitos comensais se afastarem, Bellatriz caiu em cima de Voldemort.

Harry e Draco agiram ao mesmo tempo. Draco soltou um jorro de água pra cima e Harry fez o mesmo com o fogo, ao se encontrarem, gotas grossas de água quente caíram pelos rostos dos comensais que saíram correndo desesperados com a dor da queimadura.

- Vamos parar de criancice Potter! – vociferou Voldemort se levantando do chão, todos pararam automaticamente. Harry e Gina foram para perto de Draco, Agatha e Rony e Hermione atrás dos quatro. – Que lindo, os quatro herdeiros juntos servindo de escudo para uma sangue ruim e um traidor do sangue. Eu sinceramente esperava mais de você Draco, achei que você fosse mais ambicioso, e mais inteligente também, daí a proteger essa escória nunca pensei que desceria tão baixo.

- Milorde. – disse Lúcio hesitante mostrando o anel no dedo – Nós ainda os temos em nossas mãos, o anel está aqui, eles farão o que o Lorde quiser.

- Não vamos fazer nada do ele quiser. – disse Agatha em voz alta – Esse anel é falso.

- Garota ridícula, você nem sabe do que se trata – alterou-se Lúcio.

- Eu sei o que você guarda dentro do anel. – disse Agatha triunfante – E o verdadeiro já está bem longe daqui. Eu peguei o verdadeiro quando você tentou me levar pra cama.

Ao dizer isso o salão caiu em um silêncio assustador, alguns comensais que não estavam feridos se aproximaram constrangidos de Voldemort esperando por algum comando.

- Isso é verdade Lúcio? – perguntou Voldemort com sua voz fria.

- É mentira Milorde, o anel está aqui. – disse Lúcio temeroso.

- Eu estou perguntando se é verdade que você tentou levar a herdeira de Ravenclaw pra cama? – perguntou irritado, Lúcio arregalou os olhos e não respondeu. – Você não muda nunca não é Lúcio? Você terá o seu castigo mais tarde.

Então ele se virou e encarou Harry

- Que tal Harry Potter nós dois em um duelo?

- Você sabe que não rola não é? – disse Harry sarcástico – As nossas varinhas são irmãs.

- Então se entrega, e livra os seus amiguinhos. – disse ele calmamente – Eles não precisam pagar por você Harry.

- Não Harry! – gritou Hermione – Vamos ficar com você.

- Isso mesmo! – disse Rony – Nós não vamos sair daqui.

- Você só está dizendo isso por que está com medo. – disse Gina em voz alta – Por que os quatro herdeiros estão juntos.

Agatha pegou na mão de Draco e Gina, Gina por sua vez pegou na mão de Harry e uma coisa incrível aconteceu, uma luz verde, uma azul, uma vermelha e outra amarela contornaram os quatro, todos no salão paralisaram, era lindo e assombroso ao mesmo tempo, era como se eles fossem um só, era como se um pudesse sentir o outro, era como se pudessem saber o que o outro estava pensando, um sentimento de alegria imenso tomou conta dos quatro, e era como se eles finalmente soubessem como usar os seus poderes e então eles entenderam que só existiria os Elementais enquanto estiverem juntos. Harry se manifestou primeiro e no momento seguinte, Harry estava lançando um leão de fogo contra Voldemort, que corria em direção a ele rugindo furiosamente, enquanto Draco lançava serpentes de água contra os comensais, Gina fazia o chão rachar fazendo alguns comensais caírem dentro da fenda enquanto Agatha voava por cima deles mandando fortes ventos contra eles, os lançando contra as paredes. Rony e Hermione se encolheram perto de alguns destroços, era o que podiam fazer, não tinham poderes e as suas varinhas foram retiradas deles, Hermione só desejava que algum milagre acontecece, pois, sabia que seus amigos não agüentariam muito tempo, eles nunca usaram os poderes dessa forma e logo, logo, ficariam fracos. Agatha foi a primeira ceder, ela pousou no chão ofegante e caiu como desmaiada, a luz azul se apagou, os outros três sentiram perda de força, mas, continuaram a sua luta. Harry lutava com seu leão de fogo contra Voldemort que usava sua varinha, até que Harry sentiu perda de força novamente, uma luz amarela se apagou. Era Gina que se encontrava agora se arrastando para ficar ao lado de Agatha, se Harry ou Malfoy também cedessem, seria o fim deles pensou Hermione apreensiva. Draco se encontrava lutando contra seu próprio pai, Belatriz e alguns comensais que insistiam em lutar mesmo feridos, Draco sentiu novamente enfraquecer, quando olhou para Harry, viu que a sua luz vermelha estava se apagando, antes que Draco pudesse pensar em fazer alguma coisa, um estrondo na porta de entrada tirou a atenção de todos, Dumbledore entrou atirando feitiços em Voldemort que estaria a ponto de massacrar com Harry que já estava fraco.

- A Ordem! – gritou Rony vendo alguns aurores entrando em seguida e ajudando Draco com os outros comensais.

- E o Ministério?! – disse Hermione surpresa ao ver Fudge entrar no local.

Rony e Hermione não foram os únicos a perceber, pois, os comensais desaparataram e Voldemort antes de desaparatar, deu um olhar significativo para Agatha que ainda estava caída no chão, mas, havia levantando o rosto para encará-lo, ele deu um sorrio sinistro e sumiu.

- Oh não! – disse Fudge pálido – É verdade então! Ele voltou! Não é possível!

- Não só é possível, como aconteceu Cornélio. – disse Dumbledore virando para encará-lo – Você sabe que agora temos que nos unir não é mesmo? – disse Dumbledore, que não parecia surpreso em ver a o estrago em que a mansão se encontrava. – Melhor que seja agora do que nunca.

- A minha carreira. – disse Fudge ainda pálido – Nós não estamos mais seguros Alvo.

- Nunca estivemos seguros. – disse Dumbledore sério – Há anos tento te avisar que ele voltaria.

- Eu não quis acreditar. – disse Fudge – Eu estava...

- Acomodado.

Fudge abaixou a cabeça refletindo, enquando alguns aurores vasculhavam a mansão a procura de comensais deixados pra trás.

- Meu Deus! Vocês estão bem? – Era Tonks correndo pra vê-los.

- Eu estou viva? – perguntou Gina jogada no chão, Agatha ao seu lado respirando ofegante.

- Mas claro que está viva Gina. – disse David se aproximando delas para ajudá-las a se levantarem – Mas acho que ficarão de castigo pelo resto da vida – Hermione e Rony se aproximara deles, David olhou para Agatha – Você me deu um susto, por favor, não faça isso de novo, papai está uma fera.

- Me desculpe. – disse Agatha com dificuldade – Ele está aqui?

- Lá fora desativando o resto dos fetiços protetores com Alastor, Kingsley e Remo. – explicou olhando em volta – Cadê o Draco? Narcisa está super preocupada.

- Eu vou procurá-lo. – disse Harry de repente, ninguém havia notado a sua presença. Draco ainda estava no salão, porem, em uma parte mais escura perto de uma escadaria, Harry se aproximou e tocou em seu ombro, Draco não reagiu.

- Acabou Malfoy. – disse Harry – Acabou e agora estamos bem.

- Você não entende. – disse Draco virando para encará-lo – Isso apenas começou. Ele não é tão bonzinho e misericordioso como demonstrou ser, ele só se mostrou assim por que precisava de mim. Potter ele não vai descansar enquanto não nos verem separados, nós somos mais fortes juntos.

- Então vamos lutar para que ele não nos separe. – disse Harry firmemente, Draco virou o rosto novamente, ele estava com a aparência cansada – Malfoy você está bem? – perguntou Harry.

- Ele tentou levá-la pra cama. – disse Draco sem olhar pra Harry.

- O que pretende fazer? – perguntou Harry que também sentira tanta raiva como Draco. Quando Draco ia responder Dumbledore interrompeu.

- Acho que já está na hora de ir.