Bitter Revenge
Capítulo Quatro - Disenchanted
Ótimo, isso tinha que acontecer. A maluca tinha que seguir a gente, claro, pedindo os filhos que eu sempre cuidei.
Só pode ser piada. Se realmente existe um Deus, ele deve estar se divertindo ao escrever minha vida.
– Volte para casa, mãe. Aqui é... Perigoso. - falei, tentando soar calma, mas por dentro eu estava desejando ter uma faca.
– Não, quero meus filhos. Você não vai levá-los com você ao inferno, Helena.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Senhora, a Helen não vai a lugar algum. - disse Chad, sério, mas seus olhos mostravam que acha a a situação interessante. - Veja bem, precisamos dos bebês.
– Deus vai castigar todos vocês. - ela disse, apontando para cada um de nós, com uma mão atrás das costas. - Vocês estão andando com essa aberração que um dia foi minha filha e agora pegaram meus filhos.
– É, é, tô ligado. Vamos queimar no mármore negro do inferno enquanto o Sr. Lúcifer faz churrasquinho de porco ao lado. - debochou Chad, fazendo um gesto de desdém com a mão.
Mamãe colocou a mão na cabeça e começou a gritar. Reggie e Big D me olharam desesperados, pois estavamos perto da área dos Mansion. Dava para ver a colina perto de onde estávamos.
Mas eu a encarei fixamente. Era algo que ela detestava que eu fizesse.
– Não me lhe com esses olhos que pertenceram a minha Helena, seu monstro. Deus vai castigar todos vocês! - ela gritou e correu na minha direção.
– Big D, proteja o Alois se tem amor a sua vida, certo? - ordenei, dando o bebê para o garotão negro ao meu lado.
Foi apenas um segundo para entregar Alois para Big D e virar a tempo de me esquivar do golpe da minha mãe.
– Isso vai ser divertido! - gritou Chad, a voz cheia de entusiasmo.
– VAI TOMAR NO CÚ, CHAD! - gritei, ainda me desviando dos golpes. Só faltava essa, eu servindo de show para um maluco.
Minha mãe brandia um facão loucamente, o mesmo facão que eu havia segurado a algumas horas atrás. Eu não tinha uma arma, eu não tinha um plano.
Então, eu ouvi o som de uma moto.
Milhares de palavrões vieram a minha mente, e eu só pensava que tinha que salvar meus irmãos.
Minha mãe parou de brandir a faca, olhando para a colina. Eu fiz o mesmo.
Uma pequeno vulto ia se aproximando em uma velocidade absurda, deixando um rastro de fumaça pra trás.
Olhei para Chad, mas ele parecia mais amedrontado que nunca, o que me deu uma certa satisfação.
– Parece que o grande gênio não tem um plano. - falei, sorrindo para ele, assim que seus olhos me encontraram.
– Tão perto da morte e ainda fazendo piadinhas, meu anjo. - ele me repreendeu, balançando a cabeça.
Minha mãe ainda olhava para a colina. Eu me aproveitei disso e escapei de seu campo de visão.
Balancei a mão para o pessoal, e eles vieram atrás de mim. Nos escondemos atrás de uns arbustos, e eu agradeci mentalmente por já estar de noite. As sombras iriam nos esconder.
Vimos o reluzente crânio surgir entre as árvores, e logo a moto com seu motoqueiro. O crânio reluzente balançava com os movimentos da moto.
Minha mãe estava definitivamente morta.
Ele parou e minha mãe caiu de joelhos, as mãos juntas.
– Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois Vós entre as mulheres, bendito é o fruto em Vosso ventre, Jesus...
O motoqueiro começou a rir.
– É uma mulher religiosa, pelo que vejo. É dificil encontrar pessoas assim em Newsletter. Muitos deles abandonaram seu Deus.
– Só existe um Deus, rapaz. Sua mãe não te ensinou isso? - repreendeu minha mãe, como se aquilo fosse muito importante.
Revirei os olhos. Eu era do mesmo sangue que ela?
O rapaz riu de novo.
– Me diverte, senhora. Acho que vou matá-la lentamente, quero ver o que fará.
Ele tirou um facão daqueles que se usa em churrascos e o encarou, antes de guardá-lo novamente na bainha.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Muito bem, diga-me. Gosta mais dos seus pés ou das suas mãos? - perguntou.
Minha mãe hesitou, mas cometeu o erro de olhar para as suas mãos. Ela adorava plantar e as mãos eram um instrumento necessário.
– Muito bem. - disse o Mansion, e foi para cima dela.
Amarrou seus pés e a arrastou até a moto, prendendo-a em um gancho, que devia ter sido feito para esse propósito. Depois de fincar duas varas de ferro na grama, amarrou os pulsos da minha mãe e a esticou.
Sacou o facão, e se ajoelhou perto da mão direita dela.
– Senhora, diga se isso doi.
E tirou um dedo dela. Eu podia ver o sangue correr para a grama, e minha mãe berrava.
– É, acho que sim.
Deslizou o facão pelo braço dela, parecendo se deliciar enquanto fazia trilhas de sangue.
Era torturante ver aquilo, ele se divertia, ora tirava apenas a unha, ora arrancava o dedo inteiro.
– Não deixem eles verem isso, por favor. - pedi aos sussurros, sabendo que Big D entenderia.
– Senhora, peça ajuda ao seu Deus agora. Ele pode vir salvá-la. - falou o garoto a minha mãe, enquanto passava para a outra mão, tirando seu polegar.
Os gritos, o sangue pingando, tudo divertia o Mansion.
Depois de um tempo, minha mãe não se mexia mais.
Ele limpou o sangue na calça, e fitou a lâmina.
– Até quando vocês pretendem ficar escondidos aí atrás, seus moleques?
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