[…]

POV Edward.


Acordei mal-humorado. Hoje faz três anos que os meus pais faleceram… E ainda dói cá dentro. Ainda dói a ausência deles.

Apesar de eu estar numa família que me trata como se eu fosse realmente filho deles, não é igual. Sinto falta dos momentos que passava com os meus pais. Sinto uma tremenda falta de sentir o cheiro da minha mãe, de ouvir os conselhos do meu pai.

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Eu nem sempre fui um bom menino. Quando era mais garoto, estava sempre metido em alguma briga, ou aprontava sempre alguma coisa. A minha mãe chamava-me de peste, mas para além da peste que eu era, eu os amava muito, e eles eram e são muito importantes para mim.

Quando eu os perdi, sofri muito. Felizmente, Esme sempre esteve do meu lado, e mesmo quando eu estava revoltado com a morte dos meus pais, Esme cuidava de mim. Até quando eu a tratava mal, ela sempre tinha uma palavra confortante para me oferecer…

Não é fácil viver com o facto que nunca mais irei ver os meus pais… E quando é o aniversário da morte deles, é mais difícil ainda.

Eu não sei explicar… Mas gostava de ter Bella ao meu lado neste momento. Eu e ela nem temos muita confiança, mas a verdade é que me acabei apaixonando por ela e era bom que ela estivesse a meu lado.

Dei por mim, sentado na cama a chorar. Limpei as lágrimas e rumei para o banheiro. Fiz minha higiene matinal e me vesti. Desci para tomar o pequeno-almoço.

Mal desci as primeiras escadas, encarei com Alice que me olhava diferente. Com pena.

- Bom dia. – Pronunciei de forma arrogante. – Está me olhando porquê? Tenho alguma coisa na cara?

Eu odiava que tivessem pena de mim. É a pior atitude que podem ter comigo.

- Bom dia. Hm... É… - ela engasgou-se com as próprias palavras e pulou no meu pescoço para me abraçar. Eu logo a larguei e não deixei que ela me olhasse, lágrimas se acumularam nos meus olhos quando ela me abraçou. Me recompus e fui até à sala. Já estavam todos sentados lá. Esme, Carlisle, Jasper e Rosalie.

- Bom dia. – Eu disse me sentando.

- Bom dia filho. – Respondeu Esme dando ênfase à palavra filho.

- Bom dia. – Responderam os restantes.

Alice se juntou a nós logo a seguir, e o silêncio reinou naqueles minutos que se seguiram. Ninguém falava, e eu não fazia questão de falar.

Ninguém falava por minha causa, porque hoje era aniversário de morte dos meus pais. Aquilo começou a incendiar-me. Fiquei com raiva… Bom, não era raiva. Embora eu não quisesse admitir eu estava triste.

Enfim, hoje estava disposto a perder-me.

- Até logo. – Eu me despedi saindo da mesa.

Saí de casa, fui até à garagem, entrei no meu Volvo e rumei pela estrada fora sem direcção a seguir.

Andei, andei e andei. Perdi a conta às horas que andei na estrada. Lágrimas constantes escorregam pelo meu rosto.

- Porquê? – Eu sussurrei para mim. No fundo eu ainda não aceitava o facto de os ter perdido.

Parei em frente a um bar, estacionei e entrei no mesmo.

- Um whisky. – Eu pedi me sentando ao balcão. – Pelo menos para já.

O senhor que lá estava, serviu-me um, dois, três, quatro… Ops, perdi a conta a quantos whiskys foram. Bebi até não me deixarem mais.

- O senhor não acha que está bebendo demais? – Perguntava o garçon que me serviu o dia todo.

- Não. – Respondi arrogantemente. – Mais um.

- Lamento, mas não podemos servir bebidas alcoólicas a pessoas embriagadas.

Embriagado? Eu? Desta tive que rir!

- Eu não estou embriagado! – Resmunguei.

- Senhor peço que se retire. Já iremos fechar. – Informou-me um senhor mais velho do que aquele que antes me servia.

Paguei a conta e saí resmungando sozinho. Entrei no meu carro e fiquei ali a pensar no que tinha feito… Eu bebi para esquecer, mas no entanto eu ainda me lembrava de tudo. Lembrava-me do motivo que me fez beber. Liguei o carro e andei quilómetros sem rumo. Eu não queria voltar a casa. Então sem pensar rumei em direcção a casa de Bella. Só tinha ido lá uma vez, mas sabia perfeitamente o caminho. Jamais me esqueceria. Cheguei lá, estacionei e saí do carro. As luzes da casa estavam todas desligadas. Estaria Bella a dormir? Lembrei-me que tinha tirado o número de Bella do celular de Alice. Peguei meu celular e procurei seu número na lista telefónica, mal o encontrei, coloquei a chamar.

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POV Bella.


Depois da tarde de compras com Alice, eu estava totalmente esgotada. Jantei apenas uma sopa e fui dormir.

Fui acordada pelo barulho do meu celular vibrando. Olhei o relógio e eram 2:05 da madrugada.

- Mas isto são horas de se ligar? – Resmunguei sozinha pegando o celular. Olhei o número e não conheci. Não fiz questão de atender e pousei-o de novo voltando a dormir.

O celular voltou a vibrar uma, duas, três vezes. Começou a irritar-me, e resolvi atender.

- Alô?!

- Bella? – Uma voz me chamou. Mas eu conhecia aquela voz. Meu corpo inteiro se estremeceu.

- Quem fala? – Eu perguntei tentando não dar bandeira. Eu já sabia que era Edward.

- Edward…

- Porque está me ligando a estas horas? – Meu estado de irritação anterior tinha desaparecido totalmente ao ouvir a voz dele.

- Abre a porta para mim?

- Huh?

- Estou aqui em baixo e… - Não deixei ele e terminar e corri para a janela, afastei a cortina e pude ver o ser carro parado lá fora. Corri para a porta de entrada, sem pensar duas vezes. Tentei fazer o mínimo barulho possível. Abri a porta e lá estava ele.

- Edward, o que faz aqui? – Perguntei sussurrando.

- Precisava te ver. – Ele disse cambaleando em direcção a mim.

- Você está bem? – Ele não parecia bem.

- Sinto a sua falta. – Ele se chegou mais perto de mim e pude sentir o cheiro a álcool e ele emanava.

- Você bebeu? – Eu perguntei incrédula.