A Última Dumbledore
Minhas novas cicatrizes
Empurrei Draco, tirando-o de cima de mim e levantei.
- Perdão? – Falei. – Não entendi o porquê de termos que ir à sala do diretor. Foi porque eu estava aqui estudando, ou por causa da inveja dessa idiota?
- Você vai ver. – Pansy partiu para cima de mim. Mas Amico a segurou pela cintura, enquanto essa se debatia e gritava coisas para mim. – Me aguarde! – Falou quando acalmou-se.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!- Como é que é? Isso é uma ameaça. Sua vaca! – Foi a minha vez de gritar certas verdades na cara daquela Bulldog. Ela, infelizmente, correu.
- A senhorita poderia fazer o favor de se acalmar, e me acompanhar até a sala do diretor? – Amico falou, impaciente.
- Tenho escolha? – Amico fez que não com a cabeça. – Então, tudo bem. - Concordei, enquanto Amico conduzia Draco e eu.
Caminhamos em silêncio até a sala do diretor. Não que estivesse com medo, ou coisa parecida. Mas porque sabia que Snape não iria retirar a detenção, que com certeza eu iria ganhar. Bem, eu e Draco…
- Comensal da Morte. – Revirei os olhos. Porque as senhas são tão idiotas? Agora, tinha saudade das antigas. – Podem subir, vão encontrar o diretor lá em cima.
- Não me diga… - Resmunguei, e vi Amico fazer careta diante de minha resposta. Subimos e bati na porta.
- Podem entrar. – Ouvimos o resmungo do outro lado da porta. Snape levantou os olhos do pergaminho e arqueou as sobrancelhas. – Porque não estou surpreso de ver a senhorita aqui?
- Boa Tarde para você também, Snape. – Resmunguei.
- Diretor. – Corrigiu-me. Revirei os olhos. – Então, posso saber o motivo de estar aqui?
- Amico não avisou? – Perguntei. Percebi que Draco não falava nada.
- Falou, mas queria saber se o que ele disse era verdade… - Comentou.
- Deve ser, até porque, vocês, Comensais da Morte, sempre falam a verdade. – Provoquei.
- Bella! – Draco alertou. Tinha esquecido que ele também era um. Mas não podia retirar o que já havia dito.
- Enfim, vamos pular a parte em que a senhorita expõe sua opinião sobre os Comensais. – Snape falou. – Como já havia dito, não poderia retirar mais uma de suas detenções. Portanto, cumpriram detenção com Aleto, amanhã a noite.
- Com a Aleto? – Draco perguntou. Estava tão perplexo quanto eu.
- Exato. – Snape falou, inexpressivo.
- Mas, porquê? – Perguntei.
- Sem comentários, por favor! Já fiz o que podia para lhe ajudar. Não posso fazer mais nada. – Snape falou. – Agora, se puderem sair.
- Claro! – Draco falou, puxando-me. – Não acredito que peguei uma detenção. E logo com a Aleto!
- Pois é. Se eu já achava que estava ferrada, agora… - Comentei. – Tudo culpa da Parkinson. Só de pensar naquela garota… Argh!
- Não é culpa dela. – Draco falou. Parei de andar e olhei para ele.
- Como é que é? – Ele deu conta do que disse, e passou a mão no cabelo. – Vai defender ela agora, Draco Malfoy? – Perguntei.
- Ai, Bella. Esqueça! – Virou-se e começou a andar. Mas antes de ir muito longe, entrei na sua frente.
-Esquecer nada. – Falei. – Vai ficar defendendo a Bulldog?
- Não estou defendendo ninguém! Só disse que não foi culpa dela. Está sendo injusta. – Apressou a se explicar. – Esse seu ciúme é ridículo!
- Ah, agora, além de injusta, também sou ridícula. – Falei. – Vou me lembrar disso! – Sai andando, mas ele agarrou meu braço.
- Olhe, não quis dizer isso. Você não entendeu…
- Entendi sim. – Disparei. – Vejo você na detenção amanhã. – Subi as escadas, na direção do Salão Comunal da Grifinória. A verdade, é que não tinha paciência de assistir aula nenhuma.
***
O jantar parecia delicioso, mas não estava com fome. Então, deixei os elogios por parte da Gina e Neville. Logo, as corujas chegaram. Com cartas, exemplares, etc.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Folheei meu exemplar do Profeta Diário, com um objeto: Chegar na parte onde anuciavam as mortes. Meu coração quase parou, quando vi o nome dele. Henry.
- Não! Não! Não! – Praticamente gritei. Atraindo muitos olhares.
- Bella, o que foi? – Neville perguntou.
Me levantei e corri até o sétimo andar, procurei um pergaminho e a pena. Não podia ser verdade. Não podia! Henry não pode estar morto. Não! Eu o tinha visto faz pouco tempo, ele não pode estar morto.
Escrevi uma carta direcionada a ele, prendi na perna de Mel, e fiquei vendo enquanto ela ia embora.
Arranjei coragem e peguei o jornal para ler o suposto motivo da morte.
Pelo que dizia ali, a causa foi uma morte natural. Eu sabia que não! Provavelmente, os Comensais o pegaram e o mataram.
- Bella, o que aconteceu? Porque saiu correndo? – Gina entrou no quarto correndo.
Só estendi o jornal e apontei para a matéria. Ela leu, e logo olhou para mim.
- Henry. Não é aquele seu amigo? – Apenas assenti. – Sinto muito.
- Não sei se vou aguentar perder mais alguém. – Falei. – Parece que a mais prejudicada pela guerra sou eu. Perdi meu avô, minha mãe, o Henry, não sei se a Luna está viva ou não… Não sei se vou suportar perder mais alguém.
- Eu sei. – Gina falou. – Mas, lembre-se, você é forte. Acho que a pessoa mais forte que conheço. Não sei se conseguiria passar por tudo que você passou! Te admiro por isso.
- Obrigada, ruivinha! – Agradeci. Tentando segurar as lágrimas. – Agora, vou para minha detenção!
- Boa sorte com a Aleto. – Falou.
- Vou precisar. Tchau. – Sai do quarto na esperança de que minha detenção me fizesse esquecer do ocorrido. Doce ilusão!
***
Cheguei na sala na hora combinada. Draco já estava lá, e infelizmente, Aleto também.
- Sente-se! – Aleto mandou.
Sentei ao lado de Draco, que estava com uma aparência horrível, não sei porquê. Ficamos nos encarando por um momento, até que desviei o olhar e passei a reparar no que Aleto estava fazendo. Ela colocou sobre a mesa um pedaço de pergaminho e uma pena. Eu conhecia aquela pena, a mesma que Umbridge usara com os alunos no quinto ano. Tentei não me desesperar.
- Pode começar a escrever. – Aleto falou.
-Escrever o quê? – Perguntei com raiva. – Não devo mais pegar detenção? – Falei, sabendo que ela ia ficar com raiva.
Ela pensou um pouco. – Não. Tenho algo mais original. – Chegou perto de mim e sussurou no meu ouvido. – Pode ser? – Perguntou com um sorriso perverso nos lábios.
Juntei todas as forças para não chorar. – Sim. – Percebi que Draco me olhava querendo saber o que iria escrever. Ignorei. Não precisava saber agora, pois daqui a alguns minutos, era só pegar minha mão e olhar as cicatrizes.
Comecei a escrever. Já escrevia pela segunda vez, quando a dor começou. Me obriguei a continuar sem nem olhar para minha mão. Não iria dar esse gostinho a Aleto, por mais que soubesse que ela sabia exatamente como estava me sentindo. Dolorida, triste.
Depois de longos minutos de tortura, Aleto disse:
- Podem parar. – Falou. Fiquei tão aliviada que deixei a pena cair no chão. – E que isso sirva de lição!
***
Já estava quase no dormitório quando Draco me alcançou.
- Ei, você está bem? – Falou, passando a mão pelas suas novas cicatrizes.
- Estou. Só… - Falei. Precisava me abrir, e porque não com ele? – Só acho que A leto pegou pesado dessa vez.
- O que ela fez você escrever? – Ele perguntou, pegando minha mão delicadamente. Arregalou os olhos quando viu o que tinha escrito:
“Alvo Dumbledore, Blythe Dumbledore, Henry Castello.” Como um lembrete, vermelho em minha pele.
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