A Última Dumbledore
Hogsmeade
Encontramos Neville na entrada do Salão Principal.
– Vocês estão lindas! – Falou. Agradecemos.
– Tem certeza de que não vai? – Perguntei. Estava com medo do que podia acontecer com ele nesse meio tempo.
– Tenho. – Ele percebeu que eu estava preocupada. – Não vai acontecer nada comigo. Vou passar esse tempo na Sala Precisa.
– Então, tudo bem! Se cuida. – Falei abraçando-o. – Até mais tarde.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!……………
– Onde vocês marcaram de se encontrar? – Luna perguntou.
– Nos Três Vassouras. – Respondi. Estavámos na frente do bar, e a ansiedade estava me matando. – Vamos entrar?
– Vamos. – Gina não esperou nenhuma e entrou na frente. Quanta educação…
Pedimos três cervejas amanteigadas e começamos a conversar.
– O que você acha que o Harry deve estar fazendo agora? – Gina perguntou.
– Deve estar se pegando com alguma menina por ai. – Falei brincando. Gina me fuzilou com os olhos, e isso não é nada bonito. – Nossa! Que estresse, eu estava brincando. – Luna estava se acabando de rir. Eu adorava esses momentos, só nós três, conversando e curtindo com a cara umas das outras.
– Isso não é brincadeira, Bella. – Gina resmungou.
– Só estava tentando descontrair. – Respondi. – Mas voltando ao assunto. Ele deve estar prcurando algo que destrua Você-Sabe-Quem, ou…
– Bella. – Luna interrompeu. Eu olhei pra ela sem entender. – Hã. Acho que está na hora do seu encontro…
– Porque você tá falando isso? – Ela apontou para uma das janelas do bar.
Olhei na direção que apontava e vi Draco parado do lado de fora.
– Encontro vocês mais tarde. – Falei para as meninas. Elas assentiram.
– Aonde? – Gina perguntou.
Pensei um pouco. – Pode ser aqui mesmo.
– Tudo bem. Aproveita! – Luna disse.
– Pode deixar. – Pisquei para elas, que riram.
Paguei minha cerveja e sai de lá. Assim que cheguei do lado de fora, Draco veio me abraçar.
– Você está linda! – Falou.
– Ei. – Me soltei de seu abraço. – Esqueceu que ninguém sabe que estamos juntos? – Ele fez biquinho. Adorava quando ele fazia isso. - Você também está lindo! - Ele estava vestido como sempre, roupa preta. Mas ela realçava seus olhos azuis e os cabelos loiros platinados, as duas coisas que eu mais gostava nele. – Para onde vamos?
– Tenho uma ideia!
………….
– Chegamos!
– Sério? A Casa dos Gritos? – Não acreditava… Com tantos lugares pra irmos ele me traz logo aqui?
– Não gostou? – Ele parecia desapontado. – Eu achei que vir aqui era melhor. Bom, ninguém vai nos ver aqui. E…
– Eu gostei. – Interrompi. O abraçei e ele suspirou aliviado. – Porque esse medo todo?
– É que esse é o nosso primeiro encontro oficial e se você não gostasse seria um problema. – Explicou.
– Medroso. – Provoquei.
– Não sou nenhum Grifinório para ser corajoso, então isso não é problema... – Devolveu.
– Nossa, muito engraçado Draco! – Falei. Me soltei dele e fui na direção da cerca.
– Aonde você vai? – Perguntou receoso.
– Entrar na Casa dos Gritos. – Falei com a sobrancelha erguida. Ele hesitou. – Você vem ou não?
– Mas, é mal-assombrada… - Eu sabia que não era.
– Vamos Sonserino. Que medo é esse? – Provoquei.
– Tudo bem, eu vou… - Falou vindo na minha direção.
Corri até a Casa dos Gritos, parando logo antes de entrar.
– Desistiu dessa palhaçada? – Draco perguntou aborrecido. Sabia que ele estava tentando esconder o medo.
– Não. – Falei enquanto entrava. Resolvi brincar um pouquinho e me espremi contra a parede ao lado da porta, esperando ele entrar. Assim que ele entrou: - BUU! – Ele pulou e sacou a varinha, apontando pra mim. Não consegui me conter e comecei a rir.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Isso não tem graça, Bella. – Falou quando se recuperou do susto.
– Tem sim. Precisava ver a sua cara! – Falei dando-lhe um selinho. – Vem.
Subimos as escadas e ouvimos uns ruídos. Draco apertou minha mão.
– Vamos embora. – Sussurou. Estava me virando para dizer que não, quando:
– QUEM ESTÁ AI? – Ouvimos alguém perguntar.
Começamos a correr para fora dali, só paramos quando estavámos fora da cerca, totalmente sem fôlego. Caímos na neve assim que paramos.
– Eu disse que era mal-assombrado. – Falou ainda deitado e ofegante.
– Você é o namorado mais medroso que já tive, sabia… - Falei. – A Casa dos Gritos não é mal-assombrada!
– Se você quer ficar se iludindo, o problema é seu… – Disse. – Podemos aproveitar o encontro agora?
– Depende do que isso quer dizer… - Falei rindo.
Nos beijamos, até que olhei pro seu braço esquerdo e a vi. A Marca Negra.
Ele viu para onde estava olhando e se afastou, ajeitando a manga da roupa.
– Pensei que não houvesse problema para você, eu ser um Comensal. – Ele falou levemente irritado.
– E não tem. – Esclareci. – Mas ver é diferente. – Olhei nos olhos dele para que soubesse que era verdade. – Se eu te perguntasse uma coisa, você responderia?
– Sim.
– A verdade?
– Sim. – Repetiu.
– Porquê você se tornou um Comensal? – Perguntei.
– Não foi por vontade própria. – Falou olhando nos meus olhos. – Ele, Você-Sabe-Quem, ameaçou minha mãe. – Vi dor em seus olhos. - Eu já não tinha ninguém. Meu pai estava preso em Azkaban, nunca considerei Bellatrix minha tia, só tinha minha mãe. E sem ela, eu não sei o que eu faria. Então, me tornei um Comensal. Mesmo que não quisesse!
– Nunca soube disso. – Disse.
– Ninguém nunca soube… A não ser que fosse da família!
– Eu sinto muito. – Falei. – Pelo que sempre falamos de você, sem nem ao menos saber suas razões.
– O que vocês falavam de mim? – Perguntou, curioso.
– Nada de muito bom. – Caímos na gargalhada. Me levantei. – Precisamos ir, já está ficando tarde!
Fomos em direção ao Três Vassouras para encontrar as meninas. Foi quando me lembrei de dar uma passadinha em um lugar.
– Vocês podem ir na frente, preciso fazer uma coisa. – Me despedi das meninas e de Draco, me preocupando em manter certa distância dele.
Fui em direção ao Cabeça de Javali, assim que entrei vi um senhor parecido com vovô.
– Tio Ab? – Já estava acostumada à chamá-lo desse jeito.
– Bella, minha pequena! – Ele me abraçou. – Quanto tempo… O que faz aqui?
– Passeio da escola. E claro, não pudia deixar de vir aqui…
– E como está Hogwarts, sem o Al… - Pigarreou. - Com Snape diretor? – Sabia que ele não iria falar o nome de vovô.
– Horrível. Se dependesse dos Carrows, os alunos seriam torturados cinco vezes ao dia…
– Já era de se imaginar. Mas o importante é que está bem! – Ele falou docemente. Ficamos alguns minutos conversando.
– Tio Ab, tenho que ir. Ou então, me esquecem aqui! – Falei com tom de brincadeira.
– Tudo bem, minha pequena. Se cuide! – Disse me abraçando.
– O senhor também. – Disse indo embora.
Assim que cheguei do lado de fora, vi que Draco me esperava.
– Pensei que já tinha ido. – Falei me aproximando.
– Achei melhor te esperar. Vamos?
– Vamos, mas antes... – Puxei seu braço e o beijei. Ficamos assim um longo tempo. Quando nos separamos achei ter visto alguém nas sombras, mas devia ser só impressão. – Agora podemos ir.
…………
Havíamos chegado em Hogwarts à pouco tempo. Me despedi de Draco e fui direto para a Sala Precisa, pois Neville devia estar por lá.
Quando entrei, não reconheci o lugar. Estava todo enfeitado, as paredes com os brasões e cores de todas as Casas, exceto uma. Neville estava encostado numa cadeira no fundo da sala.
– Caramba, Neville. Foi você que pensou em tudo isso? A decoração ficou incrível! – Falei indo na sua direção. Ele não respondeu, nem olhou pra mim. – Neville?
– Porquê não me contou? – Perguntou com muita raiva.
– Contei o quê? – Estava confusa, porquê ele estava falando comigo daquele jeito?
– Contou que você está namorando o Malfoy. – Falou no mesmo tom. – Você devia ter me falado.
– Como você soube? Ninguém sabe. – Perguntei abismada.
– Eu vi vocês dois, perto do Cabeça de Javali. – Continuava com raiva.
– Era você. – Era idiota, ele acabou de dizer isso…
– PORQUÊ NÃO ME CONTOU? – Gritou, totalmente descontrolado.
– EXATAMENTE POR ISSO. NÃO VÊ COMO ESTÁ ME TRATANDO? – Ótimo agora eu também estava gritando. – Neville, eu queria te contar.
– MAS NÃO ME CONTOU! – Gritou. – Preferiu esconder isso de mim! – Agora ele estava chorando.
– Você não faz ideia de como isso me machucou, esconder isso de você estava me matando. – Não consegui refrear as lágrimas. – Não ia suportar te perder.
– Seria melhor descobrir por você. – Ele falou. – Sabe o que mais me magoa? Não é o fato de você estar namorando ele, mas sim de você não ter confiado em mim. – Eu estava chorando como nunca.
– Neville, por favor. Eu posso explicar! – Ele ia na direção da porta. Tentei puxá-lo de volta, em vão. Já estavámos no corredor, indo em direção ao Salão Comunal da Grifinória, quando ele virou-se pra mim.
– Pensei que fóssemos amigos. – Virou com os olhos cheios de lágrimas.
Me desesperei. – Nós somos.
– Não, não somos. Amigos não escondem segredos uns dos outros. - Subiu as escadas para o Salão Comunal.
– Neville. – Tentei chamá-lo. – NEVILLE!
Fui na direção das masmorras, esperando encontrar a única pessoa que queria ver no momento. E graças a Merlin encontrei, estava sozinho. Ficou assustado ao me ver.
– Bella? – Me joguei em seus braços, chorando. – Calma, vai passar! Calma... – Tentava me consolar. Uma coisa que, no momento, seria impossível.
Fale com o autor