Escola De J Rock
Are You Crying?*
Toshiya voltou pra casa, emburrado, porem um pouco mais confiante por não ter se ferrado mais.
Cansado por ter vindo andando se jogou no sofá e ficou lá olhando o teto, por mais que tivesse dormido tanto quanto sua mãe disse, ele continuava cansado.
Ficou esperando a maldita hora chegar, para ir fazer o que lhe fora ordenado.
Depois de um breve cochilo, a empregada veio despertar ele para o almoço.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!- Não estou com fome... – respondeu virando-se para o lado.
[...]
Uruha olhava pela janela, um tanto incomodado.
- Aniki...não vai almoçar?
- Nee-chan... tenho certeza que ele não vai ficar longe de mim, ele vai continuar me perseguindo.
- Claro que não maninho... ele não vai mais chegar perto de você. E seja lá de que forma ele for punido. Ele vai pensar duas vezes antes de agir de maneira maldosa. – Mayumi deu um beijo na testa do loirinho. – Vamos almoçar?
- Vamos... – Uruha sorriu da maneira tímida dele. E seguiu a irmã até cozinha. – Kenichi-kun... como sabe que o Toshiya não vai me perseguir?
- Você está muito preocupado... não fique assim... ele não vai te perseguir...
- tá... – disse se sentando. “mas vocês não o conhecem... não vêm como ele age perto de mim...” – pensou.
[...]
Shinya olhava a rua entediado, Kaoru tinha ido cumprir ‘sua pena’, ajudando o tio na delegacia.
E passar a tarde sozinho era muito entediante.
Uma figura se aproximou de Shinya, o assustando.
- Ryosuke? É você? – o loiro se levantou e encarou a figura andrógena na sua frente, era mais loiro que Shinya, com o cabelo mais curto, o rosto redondo, usando uma leve maquiagem, dando destaque aos olhos que estavam azuis. A roupa que usava acentuava a silhueta magra, e mostrava o umbigo, usava um short curto, um tênis colorido. O menino também arrastava uma mala grande.
- Claro que sim, bocão! – riu de maneira fofa, sendo abraçado pelo outro, que lhe deu um leve selinho.
- O que houve? Por que está com malas?...
- Resolvi voltar... quero ficar aqui com você...
- Vamos entrar! – Shinya ajudou Ryosuke com as malas e os dois entraram.
[...]
- Isso não mudou nada... – riu o recém chegado olhando os moveis.
-Claro, ninguém aqui tem tempo pra ficar mudando as coisas. – riu Shinya
- Como se você não passasse a tarde inteira olhando pro teto...
- Claro que não tenho mais coisas pra fazer!
- Vai me dizer que arranjou alguém agora?
- Claro. E logo esse alguém chega... e você vai ver...
- Esse alguém mora aqui?
- Agora, mora.
- Huuuummmmm o negócio ficou sério – os dois riram e logo a porta foi aberta.
- Kao!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! – Shinya correu na direção do namorado e pulou nele
- Pô Shin, assim você me quebra! – riu o moreno, desviando a atenção para o outro garoto que estava na sala.
- Ah....olá... – sorriu Ryosuke.
- Esse é meu irmão, se lembra? – disse Shinya rindo.
- Ryosuke... aquele nanico? – riu Kaoru indo abraçar o garoto.
- Eu não era tão pequeno assim! – riu
- Mas... você não estava morando com sua mãe?
- Ela não gosta das minhas atitudes, então resolvi voltar pra cá, por que sei que meu pai não irá me criticar.... – sorriu
- Tenho certeza que sim... – sorriu o moreno.
- Há quanto tempo vocês estão juntos?
- Duas ou três semanas... –riu Shinya.
- Só isso? Achava que vocês já estavam a um tempão juntos!
- É teve alguns impedimentos... – disse Shinya. - Mas, onde você vai estudar?
- Já transferi minha vaga para a mesma escola que você, nii-san. – pulou o loiro. – Depois de amanhã eu já começo!
- Ótimo, vamos os três juntos! – riu Shinya.
-Hei peraí eu ainda tenho o meu quarto? – Ryosuke fez uma careta.
- Tem... eu não roubei o seu quarto cor de rosa! – riu Kaoru.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!- Besta... – bufou Ryosuke.
- E eu nem fico no meu quarto... – riu Kaoru.
- Kaoru! Olha o que você está falando! – Shinya ficou vermelho
- Quem é o Uke? – perguntou Ryosuke
- Cala a boca os dois! – gritou Shinya.
- Ah, Shinya... – riu o Kaoru
- Nunca aconteceu nada! Para com isso! – protestou Shinya
- Porque você não deixa... – Kaoru se encolheu ao ver que Shinya ia lhe dar um tapa, mas o loiro desistiu no meio do caminho.
- Para com isso! Chega ! Chega! Chega! – Shinya estava tão vermelho, que fez os outros dois rirem muito.
- Tá parei já.... – disse o moreno parando de rir.
- Eu tô com fome... – disse Ryosuke largando a mochila no sofá.
- Eu também... – disse Kaoru.
- Então vamos comer alguma coisa... – disse Shinya correndo na direção da cozinha e sendo seguido pelos outros dois.
[...]
Toshiya se levantou, quase na hora de sair novamente.
Uma das empregadas avisou que já havia um policial esperando ele.
Toshiya saiu reclamando.
- Então é você, o valentão que eu vou supervisionar. Vamos entre logo na viatura.
- Sim. – respondeu entrando no carro.
-Espero que você aprenda alguma coisa. – disse o policial.
[...]
Toshiya entrou no instituto olhando tudo.
Uma médica veio até ele.
- Olá... você deve ser Toshimasa-san. Sou a Dra. Sayuri Kamata, responsável pelo instituto. – sorriu a mulher tentando ser o mais simpática o possível com o rapaz.
- Tá, o que eu tenho que fazer aqui? – disse com certa ignorância na voz.
- Já que você está demonstrando uma energia em responder, você irá ajudar as crianças a brincarem.
- Ah... que merda... –reclamou em voz baixa.
- E aqui você não poderá usar esse tipo de termo. - disse Sayuri, agora vamos até a sala de recreação.
Toshiya entrou e viu várias crianças, algumas com síndrome de Down, outras com nenhuma alteração física visível.
- Aqui estão algumas das crianças do instituto. – disse a mulher apontando para as crianças.
- Tá...
A mulher mostrou as jogos, e outras coisas que tinha na sala. Toshiya bufou e foi levar os brinquedos para as crianças.
Sayuri chegou perto de um menino que estava afastado de todos, sentado num balanço.
- Koichi... vem com a mamãe vem.... – disse ela levantando o menino e levando para fora da sala.
Toshiya praticamente jogava os brinquedos nas crianças.
- Hey, para com isso, vai machucá-los. – o policial chamou a atenção dele, e ele parou no exato momento.
Sayuri voltou para a sala e começou a explicar para Toshiya como ele devia interagir com as crianças.
Ele até que se comportou bem, mas com o desanimo que o acompanhava há alguns dias.
[...]
Sakito pensava se tocava a campainha da casa do Uruha.
E foi surpreendido por Ni-Ya, que acabava de chegar.
- O que houve Satty? – perguntou ele ao perceber que o outro estava com o rosto marcado por lagrimas.
- Porque quando gostamos de alguém, dói tanto, dói tanto.... e piora quando tem mais uma pessoa no caminho? – Sakito começou a chorar, e Ni-Ya o abraçou.
- Vamos entrar, tá bom? – Ni-Ya esticou o braço e tocou a campainha.
Uruha atendeu rapidamente e se surpreendeu ao ver Sakito chorando.
- O que houve?
Ni-Ya entrou puxando Sakito e Uruha foi buscar um copo de água para ele.
- Satty... o que você viu? – perguntou Uruha se sentando ao lado dele.
- O que eu não deveria... eu não deveria ter visto essa cena, eu achei que eu iria superar, mas não consigo... não consegui...
Ni-Ya olhava sem entender...
- Satty... o que posso fazer por você?
- Eu só quero um abraço... só um... eu preciso de um carinho... – chorou abraçando Uruha
- Quem fez você chorar Sakito? Quem? – perguntou Ni-Ya fazendo carinho no ombro do outro.
- o.... não foi culpa dele, ele nem sabe que eu o amo... eu venho guardando esse sentimento, mas não consigo mais, dói demais estar ao lado dele e não poder tocá-lo. Dói demais...
- Me fala quem Satty.... eu posso conversar com ele. – insistiu Ni-Ya
Sakito soltou Uruha e se virou para encarar o Ni-Ya.
- o Kei... o Mikaru...... – disse ele em tom baixo.
Ni-Ya apenas abraçou forte, sendo imitado por Uruha, e os três ficaram assim um bom tempo.
“Por favor, dê ao meu coração alguma coisa, qualquer coisa como uma lamina afiada o suficiente para perfurar você.
Se você apenas apagar a sua memória você acha que pode mudar?”*
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