Uma Lagrima Especial

Conhecendo um novo amigo.


Nico Di Angelo

Aquela garota indefesa estava em meu colo, eu sentia que devia protegê-la, não importa o que aconteça. Isso é estranho, eu sei, mas quando eu a vi, no chão, machucada, eu senti como se minha vida dependesse dela.

Não entendi o que isso significava, eu apenas a peguei no colo e a tirei daquele sofrimento, mesmo meu pai não permitindo.

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Ela era linda, sua pele era branca, tanto que parecia de porcelana. Seus cabelos eram castanhos e lisos, batiam um pouco abaixo de seu ombro. Seus olhos, o que eu achei mais lindo nela, eram verdes, um verde tão claro que você podia se confundir com azul, mas eram verdes. Tudo nela era bonito, até suas roupas, que estavam sujas e rasgadas, ficava bonita nela.

-Sou Sarah. – ela disse.

-Meu nome é Nico Di Angelo. – eu disse.

Ela sorriu.

Eu não estava entendendo o porquê de meu pai estar fazendo isso com ela. A levei até meu quarto, para cuidar de seus ferimentos. Coloquei-a sentada na minha cama e fui até minha gaveta pegar Néctar e Ambrósia, ela estava muito quieta, então decidi puxar assunto.

-Então... – eu disse – Me conte um pouco sobre você.

-Sempre fui sozinha, morava com meu pai. Eu não sabia nada sobre mitologia grega. Nós fomos atacados e ele morreu, eu acho. Agora estou aqui, sem entender nada e sem poder chorar.

-É ruim descobrir tudo dessa forma.

Ela concordou com a cabeça.

-Por que você não pode chorar? – eu perguntei enquanto cuidava de sua perna.

-Eu não sei, meu pai sempre disse para eu nunca chorar, todos querem minha lagrima, mas eu não sei o que ela faz.

-Hum... – eu estava com vergonha.

-E você? – ela perguntou.

-O que quer saber?

-Por que mora aqui?

-Não tenho onde morar...

-Mas seu pai disse que ele me levaria para um lugar melhor.

-Ele devia estar falando do Acampamento Meio Sangue, um acampamento para semi-deuses, eu não vou muito lá.

-Você é diferente de seu pai.

-Em certos aspectos, em outros nós somos muito parecidos...

-Eu vou ter que ficar aqui? – em sua voz eu vi medo.

-Até dar essa lagrima...

-Eu não posso dar! Você não entende!

-É só dar a lagrima!

-Eu não posso!

-Por quê?

-Porque eu prometi para meu pai! – ela estava nervosa.

-Eu vou fazer de tudo para que você não sofra, acredite em mim, aqui apesar de ser o inferno, não é tão ruim.

Ela riu.

-Isso foi engraçado.

Eu ri.

-Mas é serio! – eu disse. – Meu pai anda muito ocupado, ele não vai ficar te pressionado, o máximo que irá fazer é mandar alguns fantasmas ficarem de olho em você, caso você chore.

-Mas o que se faz aqui?

-Nós vamos arrumar um jeito de nos divertimos, veja isso como férias, você esta aqui, será uma hospede, me veja como um amigo.

Ela sorriu.

-Obrigada, por tudo. – ela disse.

-Sem problemas.

Eu sorri com meu sorriso que encanta as garotas (o que foi? Tenho 15 anos! Não posso dar em cima de uma garota?). Ela sorriu tímida.

Terminei de enfaixar sua perna.

-Pronto! – eu disse.

-Obrigada!

-Agora que esta melhor, por que não vamos conhecer uma pessoa?

-Quem?

-Ela vai te ajudar, e muito!

-Vi tentar me fazer sofrer? – ela disse com medo.

Eu ri.

-Você não, já eu... Não sei...

-Quem que iria querer fazer você sofrer? – ela disse como se ninguém pudesse me fazer sofrer, como se não acreditasse que alguém gostaria de me ver sofrer, o que eu achei bem legal.

-Acredite, ela tenta me matar quase todos os dias.

Os olhos dela ficaram assustados.

-Mas ela adora visita – eu disse – Adora companhia, principalmente garotas bonitas.

-Isso foi uma cantada disfarçada? – ela disse segurando o riso.

-Só dou cantada para garotas bonitas e as segundas feiras.

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Ela ignorou o que eu disse e bufou, conquista-la vai ser um pouquinho difícil.

-Gosta de flores? – eu perguntei.

-Sim!

-Que bom!

-Quem nós vamos conhecer? – ela estava impaciente.

-Minha madrasta - eu disse – Perséfone.