Wishes And Dreams

Capítulo 53 The kidnapping!


Já estava muito escuro, devia passar das 2h da madrugada, eu ainda tinha 5 minutos. Utilizava deste para avaliar o território. Certifiquei-me de que a arma estava carregada e respirei fundo. Nunca havia usado uma, mas aposto como posso usá-la se for necessário. Confesso que estava com medo por estar ali sozinha, mas precisava salvar Anna e se eu estava sozinha, era porque eu optei por salvar meus amigos à tê-los em risco também. 3 minutos... O que uma pessoa têm de pensar quando só tem GARANTIDOS 3 minutos de vida? E quando têm 3 minutos para então colocar em prática tudo o que viu na TV? Nunca imaginei que um dia faria isso. Sobre as árvores os animais noturnos brincavam,sem nem ao menos darem conta do que seguiria. A noite escura e fresca... 1 minuto! Respirei fundo e desci do carro. Assim que cheguei, deixei uma mensagem na caixa de correio de Justin. Se eu não sobrevivesse pelo menos eles poderiam chegar à tempo de salvar Anna. A esse momento Alyson deve estar tentando matar a charada que coloquei, espero que funcione. Caminhei até o casebre abandonado. Havia apenas uma luz iluminando o local, aparentemente a única luz interna da casa. Tudo bem Alice, ninguém fará mal à Anna. Tudo ficará bem. Passei a mão pelas costas, onde havia colocado a arma, e certifiquei-me de sua localidade. Um pouco mais segura, abri a porta do casebre, que por um acaso rangeu muito alto. Procurei por pessoas, mas por enquanto nada. Apenas muitas caixas, felpo e cheiro de bolor e bicho morto. Aquele cheiro embrulhou meu estomago, mas eu prossegui. A luz não estava muito longe e agora já dava para ouvir algumas vozes.

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- Ela está atrasada! – uma voz feminina gritou.

- Eu escutei a porta da frente abrindo, deve ser ela. – a voz rouca respondeu.

- Vá ver, anta! – ordenou outra voz feminina. Eu estava sozinha, e ali tinha mais de três... Eu não tinha chances... Um homem magricela e baixo caminhou até mim.

- Achei! – gritou sorrindo malicioso. – Elas vão adorar te ver, docinho. – sorriu para mim, agora à poucos passos.

- Não me toque! – disse com nojo quando ele ameaçou beijar meu rosto.

- Você não está em condições de exigir nada queridinha... – zombou o magricelo sujo, que aparentava ter 15 anos.

- Sua mamãe sabe que você está aqui bebê? – caçoei.

- Engraçadinha! Vamos, ande logo! Elas já estão sem paciência. – disse empurrando-me em direção à luz.

- Oras oras, quem está aqui, se não é minha amiguinha Alice Brock! – Jullie zombou. – Fiquei muito chateada por você não ter ido me cumprimentar no meu jantar... – disse fazendo biquinho. Ela ainda estava vestida de gala, mas seu rosto estava coberto pela sombra, de forma que eu não pude olhar nos olhos daquela víbora.

- Então você sobreviveu hein? Olha, fiquei muito bolado quando você fugiu de mim e foi atropelada. – Andrew disse caminhando até mim. – Seu papai então... Puts, nem me diga! – revirou os olhos. – Mas não sei porque, sendo que eu só queria conversar... – sorriu irônico.

- Desculpe, mas os homens do meu “papai” costumam ser melhores do que um moleque feito você. – cuspi as palavras e seu rosto enrijeceu.

- Você. Não. Sabe. Com. Quem. Está. Falando. – rosnou. Praticamente espumava de raiva. Passei meus olhos pela sala para garantir-me de que Anna estava ali, e a pequena estava deitada (inconsciente?!) em um colchão ao lado de Selena, que sorria ironicamente para mim. À minha direita, encostado em uma parede, estava o magricela novinho, e à minha esquerda, ainda coberta pela sombra, Jullie. Andrew à minha frente, estava vermelho de raiva e querendo visivelmente voar no meu pescoço.

- Bom, não deve ser alguém tão importante, afinal, trabalha para o Josh, costuma ficar bêbado e jogado em qualquer canto e agora namora uma vadia. É, acho que você não deve ser alguém tão importante não...

- Cala a boca, vadia! – gritou dando-me um tapa na cara. Meu rosto esquentou e agora formigava. Filho da puta! Para mim já chega!

- Solte a Anna, agora! – ordenei, mas todos riram, menos o magricela que permanecera em silencio.

- Você realmente achou que fosse tão fácil assim? – perguntou Selena levantando de onde estava e caminhando até Andrew. – Eu tentei te dar uma chance, duas ou mais. Você não me escutou...

- O que você quer? – perguntei nervosa.

- Justin, você longe dele e é claro, sua infelicidade e sua vida! Mas como não se pode ter tudo, opto pelos dois primeiros. – sorriu.

- O acordo não foi esse! – gritou Jullie.

- Cala a boca! – gritou Selena. – Você já fez todos nós sofrer, querida, agora você irá sofrer também. – disse pegando uma faca que estava presa ao cinto de Andrew. – Seu imbecil! – gritou para o magrelo ao canto. – Prenda-a à uma cadeira!

- Solte Anna, ela não tem nada a ver com isso! – gritei.

- Ah, assim é mais divertido... – zombou Jullie que caminhou até Anna e beijou suas bochechas. – Lembra Alice, todos os dias vocês duas iam me visitar no café, eu tinha de escutá-la reclamando de sua vida e a Anna pedindo doces. Tive de abrir mão de muita coisa da minha vida por culpa sua. E graças à você, para a mídia, eu sou uma vadia. – riu pelo nariz. – Engraçado, mas ok, eu te perdôo. Acontece que, eu achei que fosse apenas à mim que você atrapalhava, ai eu descobri que não... Sabe, você não têm tantos fãs assim... – zombou e enquanto ela falava, meus punhos eram amarrados fortemente e minhas pernas também. – Ah querida, você nem imagina o quanto esperei por esse momento... Sabe, por um lado tenho de agradecê-la, se não fosse por você, eu não teria conhecido Andrew. Na verdade foi Selena, mas cá entre nós, ela só o procurou porque também não te suportava. Quem diria né amiga, você ai com sua vida perfeitinha por um fio e eu, com a decisão em mãos... Tenho dó de Anna sabia? Por ter uma irmã tão fraca, tão idiota, tão medíocre e ridícula! Eu poderia ter sido uma irmã melhor, uma namorada melhor, uma nora melhor! – gritou.

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- Duvido que eles seriam tão burros! – zombei.

- Cala a boca! – gritou batendo com um pau que estava no chão em minha cabeça. – Andrew, amarre a boca dessa vadia!

- Sabe Alice, eu tentei avisar à você, ao Justin, e toda a família que eu era o melhor, mas você os enfeitiçou e essa pirralha, os enfeitiçou... Tudo poderia ser mais fácil, mas vocês dificultaram tudo. – Selena disse aproximando-se de mim. – Agora me diz, como é a sensação de saber que vai morrer? De ser incapaz de salvar sua irmãzinha. Não poder chamar por ninguém, de saber que ninguém te escutará? Me diz? – perguntou irônica. Eu tentava falar, mas o pano em minha boca impedia. Tentava me soltar, mas as cordas estavam muito apertadas. – Tão ingênua... Vamos fazer assim, vamos brincar! – disse sorrindo.

- Adoro brincadeiras! – gritou Jullie.

- Ótimo! Você terá duas chances de acertar cada pergunta. Se errar uma, nós lhe faremos uma marquinha, se errar duas, faremos uma marquinha em Anna. O que acha? – perguntou para mim com os olhos transbordando de malícia e ferocidade. Tentei negar, mas ela apenas riu. – É, eu também gostei. Ok, vamos começar! Tire o pano! – ordenou e assim o fizeram.

- Me solta! Isso é maluquice! Você é louca garota! Sua mal amada! – gritava, mas de anda adiantava, ela apenas ria.

- Resposta errada! Todos me amam, e amam muito bem, tipo o Justin me amando loucamente sobre seus lençóis... – murmurou sorrindo com as lembranças. Aproximou-se de mim e cortou me braço.

- Ai! – gritei ao sentir o sangue escorrendo por meu braço.

- Nem dói tanto! Você já deve estar acostumada, segundo sua amiga, você costumava a se cortar bastante, não deve ser tão diferente com outro alguém fazendo isso.

- Pergunta dois! – anunciou Jullie. – O que você faria se...

- Me solta!!! – gritei.

- Resposta errada! – sorriu Jullie caminhando até Selena e tomando a faca de suas mãos. O ferro gelado tocou minha pele e rasgou-a mais uma vez.

- PAREM! – alguém gritou abrindo as portas.

- Quem permitiu que ele entrasse? – gritou Selena irritada. Eu não conseguia ver quem era, estava de costas, mas não sabia quanto tempo agüentaria. Minha cabeça estava doendo, meus braços estavam sangrando muito, e eu estava suando demais. Minha visão estava ficando turva e o cheiro forte dava-me ânsia. Enquanto Andrew e o magrelo iam para cima da pessoa que chegara, Jullie foi até o outro lado do casebre e Selena segurou Anna nos braços. Minha pequena, que aparentemente dormia. Desculpe por ser tão incompetente.

- Alice! – chamaram-me e por mais que eu tentasse não conseguia ver ninguém. Procurei tentar identificar a voz, mas não era possível que fosse ele.

- Henri! – gritei. O que ele faria aqui? Ele é burro? Podiam matar-nos. – Sai daqui!

- Não, eu vou te ajudar! – disse. Escutei alguém cair no chão e torci para que não fosse Henri, depois um soco e em seguida Jullie gritando por Andrew. Tentei soltar-me, mas estava quase impossível. Henri apareceu na minha frente, com o lábio cortado, e desamarrou as cordas dos meus pés e depois a dos braços.

- Você está bem? – perguntou.

- Já estive melhor! – admiti e ele sorriu.

Um vulto passou por mim e percebi que era Andrew tentando acertar-nos com um pedaço de madeira. Um pouco mais a frente, Selena tentava fugir com Anna. Esforcei-me ao máximo para correr até ela e alcançá-la.

- Largue-a! – gritei e empurrei Selena que caiu com Anna e tudo. Anna já estava semi-acordada, o que facilitou um pouco as coisas. Coloquei-a em um canto e enquanto a vadia tentava levantar, soquei-a em cheio. Jullie veio logo em seguida, mas Henri impediu que ela me atingisse e em seu lugar, a loira foi quem levou o soco provindo do namorado. Perto da porta o garoto magricela estava estirado e com a cabeça evidentemente aberta. Henri tentava se livrar de Andrew enquanto eu tentava “lutar” com Selena. Até que a magricela é fortinha. Minha cabeça estava doendo muito, minhas pernas já estavam meio bambas, não sabia quanto mais agüentaria. Minha vista fora ficando embaçada cada vez mais. Anna! Tentei aproximar-me da pequena enquanto Jullie permanecia desacordada, Henri e Andrew brigando e Selena tentando recuperar-se de uma pancada. Eu só podia rezar, pois meu corpo já não agüentaria mais um golpe que fosse. Escutei a porta batendo, Anna movendo-se em meus braços e depois tudo apagando