True Love

Se Apaixonar, Indiretas e Esquecer.


POV Clarisse

—Não, pare! Me coloca no chão! – gritei entre os risos.

Ethan riu, mas não me largou.

—Você é minha prisioneira agora! – ele disse me girando.

—Ethan, eu vou escorregar! Se eu cair e morrer a culpa é toda sua. – digo conseguindo me recuperar da minha crise de risos. Ele finalmente me pôs no chão.

—Certo, certo, você venceu. Mas acabou com toda a graça.

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Revirei os olhos com um sorriso. Olhei para ele. Não pude deixar como estávamos próximos. Tipo, muito próximos. O olhar que ele estava me lançando era intenso. Parecia quase que ele podia ver através da minha alma, sei lá. Ele esticou a mão lentamente e tirou uma mecha de cabelo do meu rosto. Por onde sua mão passava deixava um pequeno rastro de calor e provocava arrepios. Ele se inclinou e eu apenas continuei lá parada, sem nenhuma reação, com meu cérebro completa e absolutamente paralisado. Ainda estava assim quando ele me beijou.

POV Will

—CAUSE I FEEL LIKE A BAD JOKE!

Suspirei e desliguei meu notebook. Não era a primeira vez que Charles andava usando músicas no volume máximo como indiretas.

—WAS IT REAL? OR A LOVE SCENE FROM A BAD DREAM? I DON’T THINK I CAN FORGET ABOUT IT.

Levantei da cama e saí do quarto. O som estava bem mais alto no corredor. Andei até o quarto de Charles e bati na porta. Quando abriu a porta, ele ainda estava cantando.

Entrei no quarto sem esperar pelo convite e desliguei o som.

—EI! – Charles reclamou.

—Charles, o Jason saiu. – digo.

—E quem disse que estou preocupado com o fato de Jason estar ou não em casa? – Charles rebateu.

Revirei os olhos.

—Charles, até um cego veria o clima tenso entre você e o Charles. – digo. – A grande pergunta é: por quê? O que aconteceu?

Charles respirou fundo antes de responder.

—Jason beijou a Silena.

Fiquei meio chocado. Silena nunca demonstrou qualquer interesse por Jason e vice-versa.

—Na festa. – continuou.

—Mas... Pensei que Jason gostasse da Piper.

—Era o que parecia – Charles concordou.

—E pensei que garotas tivessem um tipo de código do tipo “Eu prometo não ficar com o seu cara” ou coisa assim.

Charles deu um meio sorriso.

—Acho que não. De qualquer jeito, Silena não sabia que era ele, porque Jason estava usando a estupida mascara. – disse.

—Mas... - ainda estava meio em choque. Não, aquilo não estava certo. – Tem certeza que era ele?

—Loiro, olhos azuis, a mesma voz, a mesma tatuagem na nuca, sim Will, eu tenho. – ele disse revirando os olhos.

POV Jason

Analisei o cardápio enquanto a garçonete colocava meu café na mesa. Ela se endireitou e olhou para mim, o bloquinho em punho.

—Então...? – disse.

Passei os olhos mais uma vez pelo cardápio.

—Eu gostaria de esperar mais um pouco. – digo. Ela guardou o bloquinho impaciente e deu meia volta. Suspirei e continuei encarando o cardápio.

—Jason! – uma morena que estava passando parou na minha frente. Olhei para ela. Eu não fazia a mínima ideia de quem ela era.

—Oi! – a abracei fingindo estar empolgado. – Quanto tempo!

Ela sorriu.

—Muito! Está esperando alguém? – ela olhou para a minha mesa vazia.

—Não, não; quer se sentar? – sentei de novo e apontei para o lugar vazio à minha frente.

Espero que ela não seja uma psicopata que queira roubar meus órgãos.

—Claro! – ela se sentou e colocou a bolsa no chão. – Então, o que tem feito ultimamente?

Olhei para a mesa e comecei a brincar com o cardápio.

—Ah, você sabe... – continuei olhando para as minhas mãos em cima da mesa. – Coisas. – olhei para ela.

Ela retribuiu o olhar.

—E o que te traz até aqui? – ela se inclinou sobre a mesa e se apoiou nos dois braços. Inclinei-me também.

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—Depende do que estaríamos falando. – digo. – Se estiver se referindo à cidade, bom, eu me mudei faz um tempo e moro com alguns amigos.

—Eu queria dizer sentado sozinho em um café lotado. – arqueou uma sobrancelha. – Algum encontro frustrado?

—Como eu já disse, - rebati calmamente – não esperando ninguém, se é o que quer saber.

—Qual é Jason. – ela revirou os olhos. – Acho que não combina bem com um garoto do seu tipo ficar sentado sozinho tomando café enquanto folheia um cardápio.

—Meu tipo? – arqueei uma sobrancelha e mexi um pouco o café antes de tomar alguns goles.

—Bonito e popular. – ela disse.

—Então me acha bonito? – sorri. Ela revirou os olhos de novo.

—... e convencido – completou. Revirei os olhos. – Esperaria isso de qualquer outro garoto, mas não de você. – continuou.

—Precisava sair um pouco, estava entediado. – ela arqueou uma sobrancelha. - Fora que eu fiz algumas coisas que talvez eu não devesse ter feito e digamos que meus amigos são meio rancorosos.

—Agora sim, finalmente admitiu! Viu, já é um começo. – ela olhou no relógio enquanto falava. – Dez minutos para finalmente admitir que você está fugindo dos seus amigos, é um recorde seu.

Estreitei os olhos.

—O que quer dizer? – perguntei desconfiado.

—Sabe exatamente o que eu quis dizer. – disse. Olhou no relógio mais uma vez e se levantou. – Olha só a hora, estou atrasada! – pegou a bolsa e estava prestes a sair quando segurei seu braço.

—Não vai me dizer seu nome? – perguntei.

—Pensei que se lembrasse muito bem de mim – sua voz estava irônica e seu sorriso torto revelava que em nenhum momento ela acreditou na minha excelente atuação.

—Talvez eu tenha uma memória fraca.

—Reyna. – disse antes de se virar e ir embora.

Continuei encarando o caminho pelo qual ela tinha saído até muito depois de ela ter ido embora.

—Reyna. – sussurrei me lembrando.

Como se as coisas não estivessem complicadas o suficiente.