Minha Amada Potter

Indo para o feriado de natal


Aproximadamente duas semanas depois...

Lilly Luna Potter narrando:

Eu e Scorp nos beijamos de novo, depois do último treino antes de Janeiro. Agora estamos de mãos dadas indo para a estação para voltar para casa no feriado. Ele, Riley e mais uma trupe a convite do Albus e de Rose vão ir para casa de campo do meu pai, passar o natal conosco. Como sempre.

O engraçado é que dessa vez, metade do grupo não me odeia. Mas não sou bem vinda à casa dos meus pais, e quem me arrasta até ali é Al, que disse que se mamãe falar algo, eu sou convidada dele. Tentei explicar tudo, mas Al é teimoso.

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Então assim que descemos na estação de trem e minha mãe acena para nós, eu sinto meu corpo tremer, e Scorpius me abraça. Riley revira os olhos imediatamente, apesar de ele ter ido pegar umas três meninas durante a viagem, ele continua implicando comigo e com Scorpius, pior do que um irmão mais velho.

Vejo meu pai conversando com James, e tento voltar atrás e subir no trem, mas Scorpius segura minha mão forte. Eu ando com o rosto baixo e sinto meu corpo tremer, estou assustada e ao mesmo tempo com raiva, e pronta para fazer uma bobagem.

-Oi meninos, onde está Rose? – minha mãe pergunta e eu viro o rosto – E quem é essa bela ruivinha junto com você Scorpius? – a voz de Gina é tão amável com Scorpius – Rose vai ficar com ciúmes, mas isso é com vocês. Se apresente querida... – minha mãe deve estar sorrindo, e assim que viro meu rosto vejo o sorriso se apagar e raiva surgir nos olhos dela.

-Lilly Luna Potter, também conhecida como sua filha mais nova – eu respondo, dando um sorriso de canto, e reunindo toda a coragem que eu tinha.

-É uma abusada mesmo – minha mãe fala friamente – Eu lhe dei instruções claras para se afastar desse garoto, vai estragar a vida dele, e mandei ficar no colégio. Mas vou mandar seu pai te levar para a Suíça agora! – ela não grita, mas sua voz soa tão... Tão diferente do que a de uma mãe poderia soar.

-Eu lhe falei que ela viria titia – ouço a voz de Rose, enjoativa e melada de falsidade – Só para esfregar na minha cara que roubou o único que eu amo – desvio o olhar da minha mãe, olhando para a parede mais próxima, tenho vontade de sumir.

-Sra Potter, Rose está exagerando – Scorpius fala, vindo em minha defesa – Eu terminei com ela por motivos pessoais, e eu e Lilly estamos nos conhecendo melhor.

-Não fale essas palavras querido, não tenha medo de Lilly, o que quer que ela saiba não vale essa mentira – minha mãe fala – Ela está te chantageando, não está?

-Claro que não – ele responde encarando minha mãe como se ela fosse louca.

-Está sim que eu sei, né sua vadiazinha de merda – meu coração se enche de dor, lágrimas quase se formam, mas eu engulo tudo, não posso demonstrar ser fraca, não ali.

-É o que dizem, a filha não sai diferente da mãe – eu respondo, e encaro Gina com um sorriso de canto, ela me encara com raiva e me dá um tapa. A minha bochecha arde, e eu deixo minha cabeça se movimentar junto com a mão dela, meu cabelo caí em meus olhos. Gina me dá outro tapa no rosto e então segura meu rosto e a faz encarar.

-Eu te criei da melhor maneira possível, você não é parecida comigo, em nada, entendeu? Só te trouxe ao mundo, sua vadia – ela diz isso e cospe em mim – Não quero você na minha casa, vou falar com Harry sobre isso. Você vai ficar aqui e não quero nem saber.

Acho que estou destruindo as minhas chances de voltar para Hogwarts, mas a minha resposta veio como um rugido de um leão que tenta se libertar de uma prisão. E eu me sinto como uma leoa fugindo da jaula e correndo procurando uma liberdade que nunca teve, ou que já teve, e perdeu por muito tempo.

-Lilly – Scorpius sussurra ao mesmo tempo em que Riley, eu dou de ombros para os dois. Gina pede para os outros que esperem, que vai mandar o marido me tirar dali, e então vai até meu pai e meu irmão. James olha para mim, com um olhar preocupado. Minha mãe começa a discutir com meu pai, e James vem até mim e me abraça forte. Eu correspondo ao abraço.

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-Então a vadia já deu até para o irmão mais velho? – Escuto a voz de Rose alta, fria, esganiçada, eu tremo nos braços de James, e me separo.

-Cala a boca Rose, a única vadia aqui é você, e só não deu pro Hugo porque ele tem nojo de você – só que para sorte da Rose, Hermione Granger Weasley se aproxima bem na hora. Ela não escutou a provocação da filha, e antes de falar algo para Rose, ela me fita, me olha de cima a baixo. Eu percebo isso e puxo nervosa a manga do meu moletom, que está rasgado já.

-Oi meninos, o que está acontecendo? – minha tia pede, uma das coisas que ela tem de bom, é que ela espera, analisa os fatos e então toma uma decisão. Para Rose, ela não viu e nem ouviu o que ela disse e nem o que James retrucou.

-A titia está expulsando a Lilly de casa, sabia que ela roubou o Scorpius de mim, deu para mais da metade de Hogwarts, comprou os juízes de um concurso de música e é uma vergonha para todos nós? E ama abusar com a minha cara? – ninguém fala nada, estamos na frente da Hermione, quem me defende sabe que não quero que nenhum adulto saiba, e os outros tem medo de Rose.

-Lilly é da família, sua tia não pode expulsá-la de casa, e você está falando a verdade Rose? – Hermione levanta uma sobrancelha para a filha.

-Claro... – Rose arregala os olhos para mãe. E eu me pergunto, o que está dando na Tia Mione.

-Não é o que seu irmão disse na última carta que me mandou, mas não vou falar nada, não convivo com vocês para saber – e dizendo isso Hermione deu as costas e foi falar com Gina. Simplesmente desde aquela carta, quase não a consigo chamar de mãe.

-Eu não vou ir até lá, não quero encará-la, ainda bem que a casa é grande – Gina fala alto, ela quer que eu escute. Harry vem até nós e sorri, mas faz uma careta para mim.

-Então, vocês todos vem comigo, e Lilly você vai com a Mione no carro – ele diz friamente apenas à parte que se refere a mim, e enquanto os outros seguem até Gina, apesar de Riley quase ter insistido vir comigo, e Scorpius, mas James fez um gesto para eles, e nenhum dos Malfoy falou nada.

Olho todos partindo, sou excluída pelos meus próprios pais. Aquilo dói demais e eu sinto meus pulsos arderem, e as lágrimas querendo voltar. Quase dou um pulo ao sentir o toque da mão de Hermione no meu ombro, eu olho para ela claramente abalada, e ela sorri gentilmente.

-Temos duas horas de viagem, vamos? – ela sorri e me leva até seu carro. Pensei que iríamos aparatando, mas não digo nada. Entro no carro em silêncio e permaneço assim. Hermione ainda é mãe de Rose, e deve ama-la tanto quanto Gina a ama, e deve ter um orgulho imenso do que a filha finge que é – Não acredito no que sua mãe falou sobre você – ela diz para mim – Não acredito em Rose, e sei que você canta bem Lilly, então, o que fez seus pais te tirarem de Hogwarts?

-Eles acreditaram na Rose – respondo e Hermione suspira, parece esperar que eu dedure a Rose, e por mais que eu queira não consigo. Não quero que Hermione sinta vergonha de Rose, por mais estranho que soe, não quero me vingar assim de Rose, não é sendo como ela que vou provar que ela está errada, acho que ela espera que eu acuse-a para Hermione e desse modo, quando a tia Mione falar com Gina, minha mãe vai ter a confirmação das mentiras da Rose, ou é o que ela vai achar.

-Rose não é de mentir, você sabe disso – Hermione fala, e eu sei que se não falar nada ela vai ficar do lado da Rose. Mas não me importo, não quero que ela se decepcione com a filha, e nem quero acabar desse modo com a vida da Rose.

-Acredite no que você quiser tia – respondo e olho para fora, o céu está cinza, e logo vai nevar.

-Tenho dó da sua mãe, tem uma vadia como filha e uma completa inútil – ela fala sem nenhum tom de piedade na sua voz – Harry merecia uma filha melhor do que você – não respondo nada, apenas fecho os olhos, eu sabia que ia ter que aguentar aquelas coisas no momento que olhei para minha mãe na estação. As perguntas e xingamentos continuam até chegarmos à casa de campo.