A Garota Invisivel

Capítulo 12


Ainda com o sorriso no rosto me virei e a olhei com desprezo, com a voz o mais cínica possível a cumprimentei.

-oi para você também.

Ela não respondeu se sentou ao meu lado na bancada e finalmente falou de novo:

-até que somos bem parecidas não acha?

Até que sim, fisicamente sim. Ela também era loira só que um loiro meio branco, os olhos também azuis, e um corpo até que bonito.

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-sim fisicamente. Eu não teria coragem de largar minha filha no orfanato e depois forjar minha morte.

Ela ficou nervosa, mas tentou se controlar sai do banco da bancada e fui pra sala me sentando na poltrona de meu pai ela se sentou no sofá na minha frente.

-você não deve dizer o que não sabe.

-bom foi a versão que me contaram. Eu cresci ouvindo isso, mas se tem outra versão, vamos lá. Conte-me todos os seus segredinhos podres, tenho o resto da noite pela frente e ouvir a historia da mulher que me abandonou parece uma boa.

Dessa vez ela ficou realmente mais nervosa e chegou a trincar o maxilar, parecia que queria impedir que um grito saísse ou talvez um rosnado. Novamente coloquei o sorriso sacana no rosto e disse:

-aposto que esse é um dos segredos.

-você não deveria saber sobre nada disso, aposto que foi aquele amiguinho invisível idiota que contou.

Agora foi minha vez de ficar nervosa.

-você não deveria dizer nada sobre meus amigos, ao menos ele teve a consideração de me contar a verdade sobre mim mesma e sobre a mãe que eu não tive.

-está bancando a adolescente problemática que não teve afeto?

-não, pois o meu pai preencheu muito bem o seu lugar e todos os meus amigos também, eu nunca precisei de você não é agora que vou precisar, então fala logo o que quer comigo.

Ela sorriu, se se encostou ao sofá e cruzou as pernas então me olhou e disse:

-eu quero que você vá morar comigo.

Gargalhei de sua cara e me levantei parei em frente a ela e disse:

-se era só isso pode ir, acho que já sabe minha resposta, agora tenho que pegar um avião e voltar do lugar da onde nunca deveria ter saído.

-você não quer nem ouvir o que eu tenho a oferecer?

-não muito obrigada, não importa o que você tem pra mim, eu já tinha tudo que eu queria até você aparecer.

-tudo bem. Se mudar de idéia aqui está meu endereço. Acho que você já sabe o que eu quero com você.

-sim o meu amiguinho me contou.

Ela sorriu colocou o cartão na minha mãe e depois eu só senti uma brisa muito forte fazendo meu cabelo voar e ela já não estava mais ali.

Olhei o cartão seu nome estava nele. Elena Monsem. O endereço era na Alemanha, em Berlim.

Peguei meu celular e liguei para Georg. Tocou duas vezes e ele atendeu.

-oi Tay.

-oi Ge.

-iai como foi?

-tudo bem. Me diz uma coisa aonde vocês estão?

-nesse momento estamos no aeroporto saindo da frança indo pro Brasil. Acho que é... Como é mesmo o nome do estado...? Isso lembrei São Paulo.

-ótimo. Nos vemos lá.

-tudo bem.

Desliguei e subi pro quarto pra me trocar, minhas malas já estavam prontas então chamei o taxi e lá estava eu mais uma vez no avião indo pro Brasil. Acho que vou enjoar de tanto andar de avião e vou preferia andar a pé.