Amor E Outros Desencontros.

Ensaio fotográfico?... Billboard?... MAIS O QUE...


JUSTIN BIEBER.

– Mas cadê a porcaria do fotografo? – gritou Scooter, impaciente, jogando as mãos pro alto.

Puxei uma das cordas do violão que estava debruçado sobre mim e suspirei. Estávamos em um estúdio fotográfico e eu estava desconfortavelmente sentado em uma poltrona vermelho vivo, pronto para começar a seção de fotos para a revista Billboard e “Under The Mistletoe”, isso se o fotografo não estivesse atrasado, e não estivesse muito, mas muito encrencado com o Scooter.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Não estava com animo para porcaria de fotos, e aquela vontade de chutar tudo, havia pairado em mim dês da ultima vez que falei com Melanie, ontem pela manhã, quando ela me falou algumas coisas que... Bem... Magoaram-me pelo modo como falou, como se não quisesse que assumíssemos o namoro, mas eu também não sabia se estava preparado para conhecer o pai dela.

CARAMBA! Eu sou mesmo um fraco, eu devia ter enfrentado o pai da Melanie ou sei lá do que ela estava com medo; Mas caramba! Eu sou um garoto normal, qualquer – e eu também queria que o pai dela pensasse assim – e que fica com medo de conhecer o pai da propria namorada.

Ela devia estar querendo me dar um chute no meio das pernas por não ter ligado ou avisado... Como se eu tivesse tempo agora pra muita coisa.

Supirei.

– Acabo falar com ele, disse que está preso no transito – avisou Alfredo se aproximando de Scooter, que agora caminhava de um lado para o outro.

Scooter parou e suspirou impaciente.

– Meu Deus! Será que as coisas não colaboram? Preciso dessas fotos pra ontem! A revista não pode esperar! – exclamou Scooter, jogando as mãos para o alto e voltou a caminhar de um lado para o outro com as mãos na cintura.

– Eu tiraria se fosse um bom fotografo – lamentou Alfredo.

As palavras de Alfredo foi como se causassem um estalo em minha mente.

Claro! Melanie!

Eu podia sentir que muito bem podia ter aparecido uma lâmpada piscando e flutuando sobre minha cabeça.

– Ei! – gritamos eu e Alfredo ao mesmo tempo, nós nos olhamos.

Alfredo estava com a mesma expressão que eu, do choque de uma idéia.

Levantei-me da poltrona baixa e que ficava chamativa na frente da tela branca que estava atrás de mim e coloquei o violão de lado.

– Você ta pensando no mesmo que eu estou pensando? – perguntou Alfredo, se aproximando.

Deixei a cabeça tombar de lado, o cenho franzido.

– Não sei, cara, mas se você estiver pensando no mesmo que eu estou pensando, estamos pensando igual – comentei, obviamente.

Balancei a cabeça, voltando-me para Alfredo quando percebi que estava totalmente desviado do assunto principal.

Alfredo revirou os olhos com o meu comentário nada inteligente.

– AAAAH JUSTIN! – grunhiu Alfredo, impaciente.

– No que estão pensando igualmente? – perguntou Scooter, virando-se para nós agora interessado, olhando de mim para Alfredo.

Eu e Alfredo nos olhamos de novo.

– Miles – dissemos juntos novamente, com a mesma satisfação.

Scooter franziu o cenho confuso.

– Ah! Aquela garota que você estava saindo – lembrou-se.

– Não estou saindo com ela! – protestei rapidamente.

– Bem, é isso que a mídia diz... – disse Scooter, deixando a frase solta no ar.

Que ótimo! Ate a mídia.

– Miles é minha namorada! – corrigi e depois olhei pro chão. – Eu acho – completei num sussurro.

Passei a sola dos sapatos freneticamente contra o assoalho, provocando um barulho irritante.

– Mas o nome dela não era Milers? – observou Scooter, confuso outra vez.

– Ah, é uma mania que o Bieber tem. Um apelido irritante ou carinhoso, sei lá, você sabe como são namo...

Alfredo começou a esclarecer, mas Scooter interrompeu quando ele começou a prolongar demais:

– Mas o que ela tem haver com isso? – perguntou Scooter, voltando ao assunto objetivo.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

– Miles tira fotos, não profissionalmente, mas são tão boas como quanto às de um profissional – explicou Alfredo.

Não esperei por uma resposta de Scooter e fui logo dando um largo passo a frente.

– Vou atrás dela – avisei.

Não era por fotos, não era por CD, isso podia esperar, mas eu de repente fiquei ansioso e urgente para ver Melanie, sentir seus lábios nos meus, seu cheiro, olhar em seus olhos azuis...

Mas o único olhar que vi foi o de Scooter, repreensivo, quando girou na minha frente para me impedir.

– Justin, você fica – ordenou Scooter num tom autoritário. – Não pode e nem deve sair daqui.

Meus ombros caíram e o ultimo vinco de esperança que tinha derreteu-se com o olhar enfurecido de Scooter.

– Mas então quem vai? – perguntei, cruzando os braços.

O olhar de Scooter faiscou para Alfredo.

– Ele não sabe onde é a casa dela – informei, cheio de esperanças de Scooter ceder.

– Você pode explicar – persistiu Scooter.

Alfredo suspirou derrotado.

– Vou chamar Kenny.

Alfredo e começou a andar, mas Scooter impediu que seguisse quando disse:

– Se fosse pra ir de carro eu mesmo teria ido, Alfredo.

– Não posso ir voando – disse Alfredo, sarcástico, com um meio sorriso nos labios.

– Com esse transito, vai conseguir chegar pouco mais tarde que o próprio fotografo – insunuoou Scooter.

Minhas sobrancelhas se uniram de confusão.

– Eu lamento por não poder voar... Mas pense bem, pode correr! – insinuou outra vez Scooter, passando por Alfredo e dando um tapinha em seu ombro.

Alfredo ficou boquiaberto, então eu entendi porque Scooter não queria que eu fosse.



MELANIE DAVENPORT

Comecei a lavrar a louça do almoço. O único som da casa era o da TV ligada enquanto papai assistia ao jogo, esticado no sofá. Ele havia sido minha companhia dês de ontem de manhã... A única também. Justin não havia telefonado ou falado comigo dês de ontem.

Vacilão – pensei.

Mas como ele pode...

Ok, talvez eu tivesse dado motivos para esse seu comportamento distante.

Liguei a torneira, lavando o prato que estava em minhas mãos minhas mãos, quando o toque da campainha me assustou me fazendo pular.

Justin?

Papai iria atender a porta, não!

O prato que estava em minhas mãos deslizou pelos meus dedos e se espatifou em cacos por todo o chão, espirrando sabão para todos os lados. Talvez fosse o que me salvou.

– Melanie? Está tudo bem? – gritou papai da sala.

Não consegui responder, nem ao menos raciocinar, fiquei totalmente entorpecida. De modo automático me agachei para começar a catar os cacos maiores, ansiosa para atender a porta, de repente papai estava ao meu lado afastando minhas mãos dos caos afiados.

– Ei, cuidado com isso – avisou papai. – Pode deixar que eu limpo isso – ofereceu-se.

Não recusei, imaginando que isso me daria tempo para atender a porta sem que papai visse Justin.

– Me desculpe por isso – lamentei, me levantando.

– Vou pegar uma vassoura – avisou papai.

Esperei que papai saísse para correr até a porta. Antes mesmo de girar a maçaneta, a campainha tocou outra vez.

– Alfredo? – perguntei surpresa quando escancarei a porta.

Alfredo estava ofegante, o suor descia pelo seu rosto, ele se curvou, apoiando-se nos joelhos.

– O que faz aqui? – perguntei, agora confusa.

– Precisa... Vir... Comigo – arfou ele, mal conseguiu falar.

– Como assim? Alfredo? Respire! – pedi desesperada, segurando Alfredo pelos ombros, parecia que todo ar que respirava não era o bastante.

– Melanie, você tem que vir comigo – disse ele por fim, depois de alguns minutos respirando fundo.

– Mas o que...

Tentei falar, mas Alfredo começou a me puxar e caminhar rápido, eu tive que acompanhá-lo.

– Pode me explicar o que está acontecendo? – insisti, tentando resisti aos seus puxões, mantendo a sola do sapato firme na calçada.

– Melanie, não dificulte as coisas, precisamos ser... – parou, fazendo esforço para me puxar – rápidos! – grunhiu.

Continuei resistindo, agora com esforço.

– Rápidos pra... Que? – pressionei, ainda tentando resistir aos puxões de Alfredo.

– Ok. Posso explicar enquanto vamos? – perguntou, desistindo.

Assenti e comecei segui-lo para onde quer que ele fosse. De qualquer modo, eu estava sempre um passo atrás dele.

– Precisamos de um fotografo para fotografar um ensaio fótografico para a revista Billboard, aquela famosa, sabe? Achamos que você podia...

– Como é que é ai? – interrompi, parando imediatamente. – Alfredo, é muita responsabilidade, não posso...

Alfredo não me deixou terminar, começou a me puxar.

Tropecei, tentando acompanhá-lo novamente, Alfredo pareceu nem perceber.

– Vamos, Miles, não temos muito tempo – suplicou.

Seja lá o que era para fazer, parecia ser muito importante, então não resisti mais e tentei acompanhar Alfredo, nós quase corríamos. Eu queria saber para onde íamos ou onde estava Justin ou Kenny, mas todas as minhas perguntas foram esclarecidas quando chegamos ao um estúdio de fotos perto do centro de Matthah.

Vi Justin conversando com um homem pouco mais alto que ele, de cabelos pretos, pele branca e a barba quase uma penugem, que talvez fosse seu empresário, e Kenny em um canto afastado mexendo em seu celular. Um equipamento de iluminação clareava um espaço onde havia uma tela branca atrás de uma poltrona vermelho vivo e um violão em cima da mesma.

– Eu a trouxe – anunciou Alfredo, assim que chegamos.

Todos me olharam, tentei dar algo parecido com um sorriso e acenei intimidada com toda aquela atenção.

Scooter foi o primeiro a se aproximar.

– Você deve ser Mel... – ele pareceu em duvidada. – Miles, certo?

Fiz que “sim” com a cabeça.

– Bom... Garota... – ele pegou algo em um carrinho preto de três divisórias. – Eu espero que você seja boa mesmo – ele disse me passando uma câmera para mim, de lentes intercambiáveis.

Percebi, que Alfredo não estava mais ao meu lado, já havia se afastado, assim como todos os outros, exceto Justin que mantinha os olhos fixos em mim. De repente me senti nervosa e desconfortável, sorri fraco.

– Ok, Justin, vamos começar! – gritou Scooter para Justin, que o tirou do que parecia um transe.

Justin se deslocou para a poltrona vermelha, só ai eu percebi o quanto estava incrivelmente lindo, senti meus olhos o percorrer dos pés a cabeça. Calçava um tênis branco, apenas com alguns detalhes pretos, um jeans também branco e usava uma jaqueta preta desabotoada, por cima de uma blusa listrada em linhas desorganizadas preto e brancas. Seu cabelo caia numa cfina camada de franja na testa, e havia um pequeno moicano no alto da cabeça.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Pisquei duas vezes, fascinada.

Acho que demorei tempo demais olhando para Justin, pois senti que todos me olhavam esperando uma reação minha.

– Justin, vamos fazer algumas fotos suas com... Ahm... – finalmente falei, olhando envolta, meus olhos dispararam para o violão. – Com este violão aqui – eu fui até Justin e ajeitei o violão numa posição debruçada sobre ele.

Os olhos de Justin estavam vidrados em mim, desviei o olhar dos olhos de Justin e me concentrei.

Fiquei entre dois guarda-chuvas de sombrinha branca para fotografias que haviam posicionado logo ali, achei que não estava fazendo errado, pois ninguém ainda havia me olhado feio.

Bati a primeira foto, de primeira, o flash forte que bateu contra as sombrinhas me cegou, mas de acordo que eu ia tirando as outras fotos ia me acostumando. Tirei algumas fotos de Justin sem o violão. Outras dele em pé, ele mudava de posição depois de algumas fotos seguidas com a mesma posição, só que com ângulos deferentes, ele também sorria, e quando ele sorria... Houve algumas trocas de roupa, Justin trocou a blusa listrada por uma com a foto do que parecia um cantor, não sei, outra que foi ele vestiu um colete jeans por cima de uma blusa branca as mangas até os cotovelos e uma calça bege ou com um boné vermelho, o fundo branco também foi trocado por uma parede de tijolos feita de algum material resistente.

Assim que terminei com as fotos, Scooter as passou para um notebook.

– Perfeito – murmurou Scooter com olhos vidrados no notebook.

Relaxei-me um pouco mais depois de ouvir Scooter, ele se virou para mim.

– Acho que lhe devo algo.

– Oh, não, não é necessário – recusei, mas ele já havia estendido um envelope para mim.

– Pegue, é uma forma de recompensar o favor.

Não fiz desfeita e aceitei, pegando o envelope, nem queria imaginar o quanto havia ali dentro.

– Muito obrigada pelo que você vez – agradeceu Scooter enquanto trocávamos um aperto de mão.

Sorri para ele.

– A revista deve estar esperando as fotos, iremos mandar...

Começou a dizer Scooter voltando-se para notebook, não deu mais para escutá-lo a partir do momento que uma mão me puxou para um canto afastado.

– Ei – sussurrou Justin para mim, sorrindo. – Estava com saudades.

– Estava mesmo? – duvidei, cruzando os braços, talvez minha voz tenha saído mais ríspida do que o necessário.

– Ah, Milers, não me culpe – pediu suavemente ainda aos sussurros, me puxando para ele pela cintura. – Você sabe que não fui o único culpado.

Semi-serrei os olhos para ele.

– Ah, claro, fui eu a pessoa que se dizia ser namorada, e passei o um dia inteiro sem dar um sinal de vida! – acusei-o sarcasticamente.

– Me desculpe ta legal? – Justin não sussurrava mais, ele me soltou, não gostei disso. – Mas você tamb...

Não o deixei terminar e jóquei os braços em sua volta.

– Ah, tudo bem! Não quero brigar com você.

Encostei-me no peito de Justin, sentindo os braços de Justin envolverem minha cintura novamente.

Olhei para Justin e ele abaixou a cabeça para que seus olhos ficassem da altura dos meus.

– Eu estava mesmo com saudades – limitou-se e dizer novamente.

Depois ele sorriu. Aquele seus sorriso que eu tanto amava. Não pude deixar de sorrir também. E então, ele encaixou seus lábios nos meus.

– Eu também – eu disse depois de separarmos os lábios.

– Me de um minuto. Vou me trocar – avisou Justin e apertou os lábios mais uma vez nos meus antes de sair.

Esperei por Justin ali mesmo, esfuziante de alegria.


– Mas uma vez, me desculpe, amor. Eu estava tão ocupado gravando que...

Desculpava-se Justin mais uma vez, na frente da minha casa depois que saímos do estudo de fotografia, já era fim de tarde, estava escurecendo.

Não deixei Justin terminar, pousando o dedo indicador sobre seus lábios.

– Ei, tudo bem. Eu também não agi da maneira certa com você.

Declarei e beijei Justin. Talvez me empolgando um pouco demais com isso, que mal escutei o ruído da porta da frente sendo aberta.

Espera... Ruído da porta?

Não deu mais tempo para raciocinar, só ouvi a voz de papai trovejar meu nome:

– MELANIE?