Escolhas

Capítulo 6 - Ensaios: parte dois


- Vamos lá, quero que você Elena e o Stefan balancem ao som da valsa pelo meio da roda. Então Stefan irá entregar a noiva para todos os homens e dançará com as mulheres dos casais de padrinhos, certo? Isso simbolizará que os noivos poderiam ter tido vários amores, mas escolheram um ao outro para dividir o resto de sua vida... Stefan, isso são horas de falar ao celular? – Sara que até agora estava em um monólogo explicando o funcionamento da valsa como Eliza havia dito que queria no nosso casamento, interrompeu sua fala apenas para brigar com Stefan que havia saído da roda para atender ao celular.

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- Sara, eu vou ter que sair. – ele disse já saindo do salão fugindo de qualquer reclamação da parte dela.

- Ótimo. – ela bufou. – Você. – apontou. – Dance com a Elena, pelo menos para que tenhamos uma base de como acontecerá a valsa.

Revirei os olhos ao perceber para quem ela havia apontado. Damon estava já ao meu lado no centro da roda com o canto dos lábios levemente arqueado em um sorriso debochado.

- Não podemos remarcar o ensaio, Sara? – pedi torcendo para que sua resposta fosse ‘sim’.

- Negativo. Vamos logo com isso que já passam das dez e meia. – ela foi até o rádio colocado em uma mesinha no canto do salão.

http://www.youtube.com/watch?v=hFBdazLP_0U

- Nessa parte vocês caminharão até o centro do salão para iniciar a valsa. Então quando os toques do piano começarem Elena e Stefan irão para o centro da roda dançar e os padrinhos farão uma roda sem dar as mãos aos redor deles, certo? – ela continuava com as explicações.

A verdade era que eu não estava prestando a mínima atenção em suas palavras, apenas permaneci controlando o meu coração acelerado e a minha respiração que teimava em prender-se quando Damon pegou minha mão na sua e segurou a minha cintura.

Eu estava sendo estúpida por sentir sensações que só ele me trazia. Estava sendo egoísta com Stefan. Uma traidora. Eu estava traindo a mim mesma. E o pior de tudo é que Damon sabia disso. Sabia exatamente o que me causava e era um cafajeste só por continuar com as provocações.

Embalamo-nos pelo salão ao som de uma música que eu amava. Eu sabia dançar valsa desde os meus quinze anos, mas a dança pareceu ainda melhor por eu me sentir segura dançando com ele. Droga, por que estava pensando nisso justamente agora? Acabei errando o passo da dança tropeçando nos meus próprios pés.

- O que houve? – ele perguntou um pouco sério forçando o aperto em minha cintura a fim de consertar os passos.

- Só me desconcentrei. – afirmei sem encará-lo.

Droga Damon, não pode simplesmente ficar longe de mim e facilitar as coisas? Pensei em perguntar, mas eu estaria abrindo mão de toda a farsa que eu mantinha quando estava com ele. Eu fingia estar indiferente, não ligar, mas ele era estupidamente lindo e era impossível não reparar.

A música continuou e era o momento de entregar a noiva a um dos padrinhos e assim que eu estava prestes a soltar-me e ir ao encontro de um colega de trabalho de Stefan que ele havia chamado para ser um dos padrinhos do nosso casamento, Damon estragou o desenvolvimento da dança me prendendo entre seus braços e me impedindo de ir.

- Não vou dividir a minha cunhadinha. – ele brincou.

Coloquei minhas mãos em seu peito a fim de manter certa distância. Sentir seu peito tão bem delineado sob minhas mãos fez-me ficar um pouco sem graça, afinal, não era algo que ele mesmo esperava.

- Damon... – pedi e ele me soltou calmamente.

- Salvatore, você merece uns tapas por estragar o ensaio. – Sara disse puxando-o pela mão e ameaçando colocá-lo de volta no seu lugar de padrinho.

- Não. Vou dançar bonitinho agora. – ele disse recompondo-se e segurando-me em posição de dança novamente.

- Continuem. – Sara disse olhando pelo canto dos olhos para Damon.

- Prometo. – ele piscou para ela e depois voltou a encarar-me.

A dança seguiu perfeitamente como Sara havia planejado e explicado. Dancei com todos os padrinhos e Damon com as madrinhas. Eu estava exausta por ficar todo esse tempo balançando-me para lá e para cá. Já eram quase meio dia e meio quando a nossa organizadora disse que estávamos dispensados.

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Parar a música.

- Vou comer o buffet todo de tanta fome. – eu disse rindo logo após enquanto saía do salão principal.

Estava com planos de ir ao meu restaurante preferido almoçar muito bem já que eu não havia tomado café e consequentemente estava morrendo de fome.

- Vai nada. Vai ter que dividir comigo. – Damon brincou me seguindo.

Cavalheiro, ele abriu a porta do meu próprio carro e eu ri de sua atitude.

- Quem disse que vou te dar uma carona? – parei na porta sem entrar.

- Quer mesmo que eu vá até a cidade andando? – sua expressão de cachorro abandonado não me convenceu.

Balancei a cabeça de um lado a outra reprovando a sua atitude e entrei no banco de trás.

- Vai demorar a entrar? – brinquei.

Damon rapidamente entrou sentando-se ao meu lado. Seguimos até o restaurante e resolvemos que depois eu o deixaria em casa. Entramos no lugar de aparência agradável e aconchegante no centro da cidade, escolhemos uma mesa em um canto próximo à janela. Ele arrastou a minha cadeira para trás para que eu sentasse, riu da própria atitude e eu o acompanhei.

A garçonete assentiu os nossos pedidos de pratos e perguntou o que beberíamos, antes que eu pudesse pensar em alguma resposta Damon se adiantou.

- Dois sucos de maracujá. – ele me olhou com os cantos dos lábios levemente arqueados.

Eu ri desviando o olhar para minhas próprias mãos enquanto Damon não tirava seus olhos da janela.

Era incrível o modo como eu me divertia ao lado dele, de uma maneira que eu nunca tinha feito, não com Damon. Sempre o via como o irmão irritante de Stefan, o qual eu não gostaria nem de dar chance a uma conversa civilizada, mas a verdade era que eu o estava julgando desde quando o conheci e só agora eu percebia como a presença de Damon me fazia bem.