Nasuada não conseguia dormir, mesmo estando cansada, sempre que fechava os olhos ela se via abrindo eles de novo e suspirando cansada. Por fim decidiu dar um passeio. Colocou um vestido branco com algumas pinturas pretas, penteou-se e saiu do quarto. Seus guardas estavam ali vigiando o quarto da rainha, o que certamente às vezes a irritava. Ela murmurou algo sobre dar um passeio sozinha, o que nenhum dos dois pareceram aprovar, ela ignorou. Não sabia exatamente por onde começar, mas ela amava o seu jardim, sempre que possível o visitava. As flores belas a deixava mais calma e relaxava seu espírito. Por isso ela se viu caminhando quase que automaticamente até lá.

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Prometera a si mesma que não iria pensar em assuntos de batalha naquele momento, entretanto ela já estava acostumada a toda vez pensar em seu povo ou no melhor para ele. E agora em tempos de guerra, pensava em modos para proteger a cidade. Entretanto ela se sentia solitária, mesmo com todos sempre ao seu arredor, ela sabia que todos a tratavam como uma rainha. Ela sentia falta de amigos e de um... Companheiro. Amigos ela tinha Arya, mesmo a elfa sendo fria e raramente demonstrando sentimentos, ambas se aproximaram quando se viram sozinhas no meio de um reino. Ambas foram “deixadas” pelos que amavam. E apesar de Arya raramente demonstrar, Nasuada havia notado o quão ela sentia falta de Eragon. E automaticamente Nasuada sabia que a própria sentia falta de Murtagh.

Ela bufou, Murtagh havia feito sua decisão. Por mais que ela entendia que ele precisava de um longo tempo para colocar a mente e as escolhas no devido lugar, não pode deixar de se sentir triste com ele. Magoada talvez. Ela também sofrera pelas mãos de Galbatorix, fora tortura e aquilo de modo algum ela iria esquecer. Entretanto ela não se afastara dos demais, pelo contrario lutara pelo seu povo.

Ela observou algumas flores vermelho-vinho a qual ela ganhara de um feiticeiro que sentira uma atração por ela. Entretanto ele morrera fora uma pena, mas Nasuada sabia que jamais daria certo, pois ela não conseguia sentir emoções por ele. Apesar disso, a flor era linda. Tão perto de uma flor preta, mas conseguia destingir o vinho. Ela cheirou a rosa sentindo o aroma suave. Por um tempo Nasuada ficou sem saber no que pensar. Estava realmente perdida em um tédio.

Filhos. Ah! Sua tentação, seu sonho. Qual mulher nunca desejou ter filhos? (N/A Só de pensar naquela barriga da uma preguiça e um falta de vontade... e.e) Ela já pensara mil vezes nisso durante anos e anos, mas nunca encontrara um companheiro “descente”. Ou melhor, encontrara, mas esse era impossível. Ela estava envelhecendo, pouco para um ser humano comum. Arya e Ângela deram-lhe um “presente” de aniversario uma vez, fazendo com que seu envelhecimento fosse devagar. Pelos cálculos da elfa princesa, Nasuada poderia viver por mais de noventa anos e ainda continuar com uma aparência jovem. Aquilo de fato tinha sido um presente maravilhoso. Mas que tipo de homem aceitaria ter ao seu lado uma mulher que não envelhecera normalmente?

- O que vossa Majestade faz aqui fora sem seus guardas? – Uma voz suave falou para ela. Nasuada virou-se para encontrar Murtagh sorrindo para ela. (N/A se vocês não sentiram a indireta, se matem... e.e). O coração dela parou por alguns segundos.

- Apenas não consegui dormir, resolvi dar um passeio. E você o que faz aqui? – Ela perguntou-lhe curiosa. Ele deu de ombros.

- O mesmo que você, apesar de que eu não tive nenhuma intenção de passear por um jardim. – Ele fez uma careta. Nasuada segurou um sorriso e fez uma expressão falsamente ofendida.

- Está criticando meu belo jardim? – Murtagh arregalou os olhos supresso com a fala.

- Oh! Não, claro que não. Apenas digo que jardim não bem minha cara. Entretanto devemos admitir que tenha um belo jardim. Belíssimas rosas, tal como tu. – Ele respondeu-lhe com um sorriso sedutor. Nasuada sentiu-se corar pelo elogio e ficar sem resposta. Felizmente a chegada de Thor a salvou.

- Quer hã, dar um passeio mais interessante? – Ele perguntou fazendo um gesto para Thor. O dragão abriu um pouco as assas como se aprovasse.

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- Seria uma honra. – Ela respondeu-lhe. Ambos caminharam até o dragão, Murtagh lhe ajudou a subir em Thor e em seguida subiu ficando atrás dela. Ela sentiu os braços quente do Cavaleiro envolver em sua cintura. Ela só não entendeu porque ficou um tempo sem respirar (N/A Cara eu não entendi essa, serio... -.-‘). Thor levantou voou (N/A Eu seria a única a nunca andar de avião? Ou seria voar de avião? ‘-‘). Nasuada sentiu sua respiração que tinha acabado de volta parar de novo. Ela fechou os olhos e tentou não olhar para baixo.

- Tem medo de cair? (N/A Não seu retardado, ela apenas ta dormindo sentada. Burrice é de família) – Murtagh perguntou preocupado. Ela assentiu um pouco o fazendo sorrir. – É seguro, acredite. A possibilidade de Thor deixar você ou eu cair é baixa.

Ela assentiu um pouco mais segura e abriu novamente os olhos. Ao olhar para baixo sentiu apertar a mão de Murtagh. Ela via toda a cidade mais a floresta. Era uma cena perfeita que ela nunca se imaginou vendo. O vendo bagunçava seus cabelos assim como o do Cavalheiro, mas ela não ligou para aquilo. Sentia-se livre, agora entendia perfeitamente o porquê que Murtagh, Eragon e Arya amavam voar. Aquilo era uma liberdade que ninguém poderia tirar deles. Por fim Thor pousou. Murtagh desceu e estendeu a mão para ajudá-la que aceitou de bom grato. Ela viu que não haviam parado no jardim do Castelo, pelo contrario eles estavam longe de Dras’leona. Daquele lugar ela conseguia olhar para a cidade tranquilamente.

Ambos, Murtagh e Nasuada andaram até ficar entre as pedras que dava o fim da passagem, se um deles desse um passo para frente cairiam numa morte terrível. No céu a lua brilhava, numa noite tranqüila.

- Sabe, eu acho que devo desculpas a você. – Murtagh falou a surpreendendo. Nasuada franziu a sobrancelha e Murtagh explicou. – O fato que eu e Thor termos ido embora e nem noticias para você mandamos. Foi uma decisão difícil, Nasuada, entretanto precisa. Eu sei que ficou chateada comigo, mas eu precisava de tempo para pensar, o que de fato me fez bem.

A mulher o olhou por um longo tempo. – Eu sei. Admito que fiquei chateada contigo, Murtagh, entretanto ambos sabemos que isso era necessário. – Ela suspirou.

- Não mais. – Ele falou sorrindo timidamente. Ela o olho e franziu a testa sem entender. – Eu e Thor estamos bem, muito bem na verdade. Nenhum de nós dois desejamos abandonar a cidade depois dessa guerra, se estivermos vivos e vencer-mos claro.

Um sorriso contente apareceu nos lábios de Nasuada. – Então fiquem. Adoraria a presença de ambos. E venceremos a guerra assim como vocês dois saíram vivos. – Ela falou numa certeza que fez um sorriso verdadeiro aparecer nos lábios de Murtagh.

- Ouvi dizer que Ângela e Arya fizeram com que você não envelhecesse certo? – Ele perguntou. Ela assentiu surpresa por ele falar sobre aquilo. Ele sorriu alegremente. – Bem então calculando se usássemos esse feitiço cada vez que você sonha em envelhecer, você viveria anos.

- Por que eu o usaria? – Ela perguntou confusa. Ela viu quando Murtagh se aproximou dela até o rosto de ambos ficarem a centímetros de distancia. Ambos se olharam, em seus olhares demonstravam a paixão que tinham um pelo outro.

- Porque eu não quero ver a mulher que eu amo morrer. – Dito isso ele encostou seus lábios no de Nasuada. O corpo dela pegou fogo, por dentro. Ela sentia cada órgão seu pegar fogo. Ela perdeu a noção do chão, do céu, do tempo e do século. Apenas focou em beijar-lo. Seu coração batendo forte. Não sabia o quanto tempo ambos ficaram ali se beijando, mas parecia uma eternidade. Uma eternidade boa, excelente. Quando se separaram ambos estavam ofegando.

Murtagh a acariciou. – Eu te amo Nasuada! E gostaria de ter-la como minha companheira, aceita?

Ela sorriu, sentindo uma criança. – Eu também te amo Murtagh! E amaria se sua companheira.

Murtagh a beijou de novo, com as mãos na cintura dela puxou-a para seu corpo. Nasuada colocou seus braços no pescoço dele. Para quem visse a cena pensaria como era uma paisagem. Um dragão vermelho ali observando um casal se beijando a vista de uma belíssima cidade e floresta, e ao céu a lua brilhando.