Just Smile.

To Canada


_ Sua mãe me contou umas histórias de quando você era pequeno. – falei prendendo meu cabelo e deitando.

_ Sério? O que ela falou? – perguntou me fitando

_ Umas coisinhas aí, das suas travessuras...

_ Se um dia ela perguntar se você quer ver fotos recuse ok? É constrangedor – ele falou e eu sorri em reposta.


Peguei meu celular que havia começado a tocar. Atendi vendo que era número desconhecido.


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– Alô?

– Oi vadia, como vai?

– Vadia é a mãe, e eu vou bem.

– Soube que viajou... nem avisou.

– Não tenho obrigação de avisar.

– Foi com o pobretão nerd? Trocando diamantes por rubi?

– Você por algum acaso sabe a diferença entre as duas pedras?

– Não importa. Você foi com o Justin sua vadia?

– Já falei que não é para me confundir com sua mãe Renan, e bom... ele é mil vezes melhor que você.

– Você é minha, e de ninguém mais ninguém, nessa história toda um dos dois vai sofrer.

– Tá, estou me importando tanto... nossa. Vou dormir.

– Tchau vadia.

– Tchau filho da mãe. Idiota.


Lá vem o Renan enchendo o saco novamente. Essa história de que eu sou dele vem de muito tempo, estúpido que não se liga.


_ Quem era? – Justin perguntou me fitando

_ O Renan, esse garoto só serve para encher o saco. – revirei os olhos

Ele me fitou por uns segundos e sorriu sussurrando “boa noite”. Virei-me para o outro lado e dormi.


[...]


_ Cadê Paris nessas horas? – murmurei dando um selinho no Justin já que ele foi me buscar em casa.

_ Deixa de ser preguiçosa, você precisa estudar, para fazer faculdade.

_ Faculdade?

_ Estamos no penúltimo ano da escola – ele me olhou

_ Ah é, não sei que tipo de faculdade vou fazer – dei de ombros – você sabe?

_ Sei, vou fazer arquitetura. – sorriu

_ Acho que moda seria legal – sorri olhando pela janela

_ Só se for para góticos – ele falou e eu o olhei – brincadeira – sorriu estendendo o braço e alisando meu rosto.


[...]


_ Você está com medo de mim Justin? Pega na minha mão – falei antes de entrarmos na escola.

_ Claro que não – sorriu pegando em minha mão


XXX – A cena a seguir foi um tanto quanto estranha, eles entraram na escola de mãos dadas recebendo alguns olhares.

Eles ignoraram.

O Renan e Juliana –garota que estava ficando com o Justin- foram em direção a eles, o Renan passou encarando o Justin que retribuiu o olhar semicerrado dele e a Juliana com um sorriso debochado a olhava, a Kaya apenas a olhou e mordeu os lábios fazendo a garota se contorcer de raiva.

Justin e Kaya se entreolharam e riram, o garoto a trouxe mais para si segurando em sua cintura.

Eles tiveram as aulas normais e logo seria intervalo.


Kaya –


Aquela Juliana... ela pensa que é quem para ficar me encarando?

Ela entrou no grupo que eu fazia parte, ela estava ficando com o Lucca, claro, e provocando a Mariá que todo mundo sabe que morre de amores por ele.

Quem liga para a vagabunda falsa? Eu que não. Tudo bem que eu era ou sou uma vagabunda também, mas eu era a melhor que tinha, quem liga?!

Que se exploda.


_ Está pensando em que? – Justin perguntou sentando-se ao meu lado

_ Em como eu sou uma vagabunda fútil – fiz careta e o olhei

_ Que bom que você reconhece – falou e depois riu – é brincadeira, você não é nem vagabunda nem fútil.

_ Sem mentirinhas tá amoré – falei alisando seu rosto.

_ Tá, mas não é mentira – sorriu me dando um selinho


_ Dá licença – alguém falou, olhei, era o Kauã.

_ Não – falei séria, o Justin deu um tapa leve na minha cabeça e eu ri – pode sentar – sorri pra ele que sentou ao lado do Justin.

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_ Então... uma novidade – ele sorriu

_ Diga

_ A Agência quer nos colocar na próxima capa apresentando a coleção que você usou na seção de fotos.

_ Quem seria nós? – o olhei

_ Eu, Você e Justin – ele falou sorrindo, o Justin se engasgou com o próprio suco.

_ Como assim “e Justin”? – ele olhou para o Kauã.

_ A diretora falou que você era bonito e que seria legal ter você em uma capa – ele deu de ombros – eu anda falei para ela aumentar o grau do óculos, mas ela recusou.

O Justin o olhou fuzilando com os olhos e ele riu, ri junto de leve.


Meu celular tocou, o peguei no bolso do short e atendi.


– Alô?

– Olá Kaya, bom ouvir novamente sua voz. Como está seu rolo com o Justin?

– Oi Renan, pena que não posso dizer o mesmo, e está ótimo e só para informação não é um rolo.

– Hm, então você recusou meu pedido de namoro para ficar com ele?

– Isso já fazem alguns meses e bom, nunca gostei de você.

– Eu quase me joguei aos seus pés sua vadia.

– Acho que você fracassou naquele pedido de namoro, aliás, fracassou em tudo.

– Não fala assim...

– Ou o que seu merda? Se liga Renan, me esquece!

– Você me paga.

Ouvi ele sussurrando e após eu desliguei o celular.


_ Kaya, ouvi mal ou o Renan já te pediu em namoro? – o Kauã perguntou rindo

_ Já – dei de ombros

_ Como foi? – perguntou rindo

_ Um fracasso, ele chegou “Kaya quer namorar comigo?” até aí eu poderia pensar, daí ele falou “posso mudar você, posso te fazer ser alguém”. Tipo... quem fala isso em um pedido de namoro? – revirei os olhos o Justin estava de costas para nós rindo.

_ Nem para pegar uma garota ele serve, se bem que ele ficava com você todos os dias – o Kauã falou baixo e eu o fuzilei com o olhar.

_ E vou pegar um suco – o Justin falou ainda rindo – vocês querem?

_ Não – falei rindo de lado

_ Quero – o Kauã respondeu.


[...][...][...]

(Roupa: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=42062613&.locale=pt-br)


_ Vai logo Kauã, agente vai perder o voo – o olhei


Pois é, para descontrair e como um “presente” por o Justin ter nos ajudado nos testes que passamos sem precisar fazer recuperação, meu pai decidiu nos dar a viagem que eu planejava para o>>> Canadá, mais precisamente Stratford.

Claro que nenhum dos dois (Kauã e Justin) sabiam. Era uma surpresa para o Justin, mas se o Kauã soubesse ele daria um jeito de estragar.


_ Pronto – ele saiu do quarto, onde nós vamos é frio? – perguntou

_ Um pouco – falei descendo as estadas arrastando minha mala roxa.

_ Então acertei nas roupas – sorriu


Meu pai passou na casa do Justin, ele não estava tão animado para ir.

Chegamos ao aeroporto, o Justin colocou os fones de ouvido e o Kauã ficou me encarando.

_ Vai me dizer para onde vamos? – o Kauã perguntou

_ Daqui a pouco você descobre – sorri


Ultima chamada para o voo 207 de New York para Stratford – Canadá.


_ É o nosso – falei levantando-me

_ Canadá? – ele perguntou, revirei os olhos, cutuquei o Justin e fomos para o salão de embarque.


Fizemos todo o processo, demorou mais alguns minutos e decolamos, nosso pai pagou primeira classe para nós. Eu fiquei Junto com o Justin e o Kauã junto com uma garota morena que estava com uma placa na testa escrito “me coma”.

_ Para de olhar Justin – falei quando reparei que ele a olhava

_ O que?

_ Você está olhando para os peitos da garota – falei tapando seus olhos

_ Não estou – ele riu – tá com ciúmes? – ele tirou minhas mãos de seus olhos

_ Estou – cruzei os braços

_ Ok – ele sorriu me dando um beijo na bochecha.


Não falei com ele até pousarmos. Pegamos nossas malas e fomos em direção ao ponto de taxi.

.

_ Onde estamos? - perguntou

_ No taxi, não tá vendo? – falei irônica.

_ Grossa, em que cidade estamos? – perguntou e deu um gole na água que ele estava nas mãos.

_ Stratford, Canadá – o Kauã falou, o Justin me olhou com os olhos arregalados.

_ O que foi? – o perguntei

_ Você é louca – ele me olhou.


Fomos até a casa que eu fiz intercambio, o jardim estava mais bonito, mais colorido.


_ O certo não seria nós irmos para um hotel? – o Kauã perguntou

_ Se fosse nós não estávamos aqui, cala a boca.


Empurrei o Justin para a frente da porta e toquei a campainha.

O Jeremy veio atender. Ele nos olhou ali e sorriu para mim.


_ Kaya – sorriu animado

_ Oi Jeremy, estava com saudades? – perguntei

_ Nós quatro estávamos.

_ Acho bom ter alguma coisa para comer em papi – sorri

_ A Erin acabou de fazer biscoitos com chocolate.

_ Os meus preferidos – sorri – ah, esse é o Kauã, meu irmão que você já ouviu falar e o Justin, meu namorado.


O Justin estava o olhando, parecia está paralisado.


_ Kaya, vamos para o hotel – ele sussurrou para mim

_ Por quê? – perguntei enquanto via que o Kauã conversava com o Jeremy.

_ Eu não estou me sentindo bem, por favor – ele falou ainda sério

Segurei em sua mão e fomos para um lugar mais distante.