Just Smile.
Without Measures
O que fazer quando seus pensamentos já não tem mais sentido? Quando você busca refúgios em atos totalmente inúteis? Qual é a melhor saída? Sou um caso perdido. Eu magôo as pessoas e sorrio, que tipo de pessoa eu sou? Faço parte de um dos grupos mais populares na escola, não sou líder de torcida, jamais, eu só faço parte da “gangue” do colégio, e até acho que eu sou a mais normal ali. Meu nome é Kaya Angelina Fernandes e moro em Nova Iorque. É, em meus plenos 16 anos e alguns meses sou uma das piores alunas do colégio, quem liga? Só meus pais, mas eles estão fora de questão. Tenho um irmão gêmeo, o nome dele é Kauã, ele é bem bonito por sinal, mas nós quase não nos falamos, nós só nos vemos de noite quando ele chega para tomar banho e sair novamente, digamos que nós não somos os orgulhos da família, não chegamos nem perto.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!_ Vem gatinha – o Renan me segurava pela cintura
_ Quem vai ser o alvo do ano? – sorri, é mais um ano com notas horríveis, eu tinha um “rolo” com o Renan, nós não namorávamos apenas curtimos, mas nunca passou de apenas uns ‘amassos’.
_ Tem aquele menino – ele riu de lado, bom aquele era o Justin, o Justin Bieber, ele era o mais simples de toda a escola, as roupas dele muito usadas, já ouvi até falar que ele mora com a mãe dele que tem um trabalho que ganha menos da metade de minha mesada.
_ Pode ser, é divertido – soltei um sorriso e fomos ao encontro de nossos amigos.
_ Como a queridinha está? – perguntaram
_ Bem né, sempre estou – mentira! Pensei comigo mesma é, eu nunca estou bem, talvez minhas pulseiras me denunciassem, mas ninguém nunca se atreveu a falar algo.
_ Vocês já começaram a namorar? – a Mariá perguntou
_ Pra que namorar? O bom mesmo é curtir – o Renan falou sorrindo e eu concordei com a cabeça – mas agora vamos ao nosso primeiro alvo do ano – falou levantando-se
_ Na biblioteca – a Lanna, que era a pior do grupo, falou
Cada passo eram mais olhares, era bom tudo aquilo, é como se você pudesse descontar todos os seus problemas por gestos ou ações, a biblioteca estava como sempre com uma pessoa lá, o garoto dos olhos castanhos claro, até a bibliotecária saia dali pelo tédio que era, ele estava indo para uma mesa e analisando a capa do livro, mas quem se importa?!
_ Cadê o dinheiro do almoço? – o Renan o perguntou sério me abraçando pela cintura
_ Vocês sabem que eu não trago dinheiro – ele falou nos olhando assustado
_ Deveria trazer – o Lucca o empurrou, ele caiu encostado em uma das estantes, soltamos um único olhar para ele e saímos dali, seus olhos transmitiam tristeza, nada além disso, apenas tristeza.
Uma vez me perguntaram por que eu fazia parte desse grupo, bom, é a única forma que eu tenho para descontar meus problemas. Uma das únicas formas.
_ Vocês sabiam que esse Justin tem bolsa aqui na escola? – Lanna falou
_ Não duvido nada, aquelas roupas dele, argh que bregas – a Mariá falou
_ Em fim né, já tocou e nós estamos atrasados de novo – falei e eles concordaram, andamos, quase correndo, até nossa sala, estávamos sempre juntos.
_ Podemos entrar? – perguntei da porta, eu era a única que conseguia convencer nosso grupo de “não tão mal”.
_ Qual o motivo do atraso? – ele cruzou os braços
_ O armário do Lucca imperou e só conseguimos abrir agora – a Mariá falou, que desculpa horrível, a olhei e ela deu de ombros
_ Entrem, esse ano não vou aceitar atrasos, é o último ano de vocês – ele falou ainda sério, nos sentamos na parte de trás da sala.
Os primeiros tempos passaram-se rápidos, estávamos conversando até eu ver o Kauã acenando para mim, ele era um bom irmão e nós quase não nos víamos. Corri até e ele o abraçando.
_ Por onde você andou essas férias? Não trocamos nem um oi descente – falei pondo as mãos na cintura
_ Você sabe, minha vida é agitada de mais, a agência me sufoca – ele falou, ele era modelo masculino e modéstia parte um dos mais bonitos
_ Quando eu vou poder ir a um desfile seu? Vou está lá aplaudindo de pé – sorri de lado
_ Vamos marcar um dia, e nesse dia eu prometo que você vai sair comigo para todo canto, nós dois juntos – ele falou.
_ Nem quando nós nascemos aconteceu isso – falei e nós rimos
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!_ Verdade, mas como está sua gangue? Ainda aterrorizando as pessoas? – ele perguntou
_ Minha gangue não, e eu só participo disso pra fugir dos probleminhas, você sabe – fiz bico
_ Eu sei, mas falando nisso, você ainda tá com aquilo? – ele se referia aos cortes e a bulimia
_ Estou tentando parar com o menor problema – falei amostrando meu pulso
_ O menor? Hm, mas para com isso, isso não é legal – ele falou com uma cara triste
_ Mas eu estou bem, isso que importa – sorri
_ E suas notas?
_ Péssimas! Não consigo de forma alguma aumentar elas – falei
_ Que azar em – ouvimos o toque – te vejo depois – ele me deu um beijo na bochecha e fomos em direções opostas.
_ Aquele gato é seu irmão? – a Lanna falou boquiaberta
_ Sem chance para você. – ela calou-se ela era a única pessoa que eu não me dava bem naquele grupo
...
_ Tchau gente – falei puxando o Renan para o estacionamento, era nosso único momento “a sós”.
_ Vem gatinha – ele me puxou e colou nossos lábios
O beijo era sempre o mesmo, sempre ‘selvagem’, mas nunca com sentimentos, por isso era apenas diversão, ele foi descendo suas mãos por minha bunda, as peguei e pus novamente em minha cintura, ele parou o beijo mordendo meu lábio inferior.
_ Tchau – entrei no carro, ele deu meio sorriso e foi para o dele.
Rapidamente cheguei em casa, bom a cidade estava um pouco calma, por isso cheguei mais rápido.
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