Marrying With The Devil

Capítulo 8 - Hipnose.



Capítulo 8 – Hipnose.

Edward:


-E é só por hoje, Emmett e Edward, por favor aguardem que quero falar com ambos. – Carlisle disse encerrando a reunião e chamando a mim e meu irmão.


Olhei para meu lado e Emmett tinha a cabeça caída para trás no acento do cadeira, a boca estava entreaberta denunciando sono profundo e uma pequena baba ameaçava pingar no terno Gucci novinho que nosso pai havia trago para nós. O dei uma cotovelada e ele se sobressaltou.


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-PODER PROS FEIJÕES! – Emmett praticamente gritou.


Felizmente ninguém pareceu muito surpreso, a final todos sabiam da fama de Emmett em não ser um bom ouvinte em reuniões e o fato de ele dormir nelas não assustava a ninguém, apenas ao nosso pai que ficava desapontado, mas este estava ocupado demais com um sócio e não ouviu. Felizmente, novamente.


-Poder pros feijões? Cara assim eu começo a suspeitar que algum de nós foi trocado na maternidade. – Caçoei dele. Não dava para perder a oportunidade.


-Ah, cara! Vacilão você. – Emmett riu um pouco e afrouxou a gravata. – Rose não deu folga essa noite, mal dormi.


-Por favor, não faço questão de saber sua vida sexual, Emmett.


-Pior que eu estaria menos cansado se fosse isso. Pegamos um frete em um jato da realeza e fomos para Londres resolver o “pequeno empecilho do príncipe Jasper que se apaixonou pela plebéia”. – Ele reclamou fazendo as aspas com os dedos. – Essas Swans, deveriam ser um pé no saco só seu, não meu!


Foi inevitável não rir um pouco da situação, mas me contive.


-E você não sabe como eu fico feliz em compartilhar essa dor com você, isso nos une mais, sabe?


-Eita, saí pra lá com isso de unir. Já chega as boiolisses que eu tenho que agüentar daqueles nobres! Tem uns que usam saias, acreditam?


-Isso porque homens usam saia na Escócia, Emmett. Você saberia se tivesse prestado atenção na professora de Geografia e não na assistente.


-Você é que era nerd demais para traçar uma daquelas gosto...


Antes que ele terminasse de falar atrocidades meu pai me salvou chegando a tempo e calando a boca de Emmett, ele nos convidou para ir até seu escritório e assim que ele se sentou o imitamos, Carlisle passou uma mão pela cabeleira loira profunda e suspirou.


-Bem, meninos... – Era um hábito para ele ainda se referir a mim e meu irmão como crianças. – Tenho que falar com vocês, sobre algo um tanto quanto sério.


-Diz ai, pai. – Meu irmão falou como se nosso pai precisasse de permissão para falar alguma coisa, quanto mais a ele!


-Devido aos últimos acontecimentos, de todo o relacionamento inesperado com a realeza inglesa... – Carlisle olhou para Emmett e sorriu um pouco. – Bom, ficamos em mais evidência que o de costume e estamos ampliando nossa empresa, Charlie e eu concordamos em continuar pelos EUA, mas já recebemos convites formais da marinha inglesa que se interessou em modelos que o Edward desenhou em suas aulas de curso.


-Sério? – Ok, eu estava pasmo.



-Sim, filho. Ao que parece eles acharam meio como posso dizer... Iniciante, mas vêem capacidade em você e oferecemos ambos como um pacote. A empresa e você e eles não parecem que irão discordar.


-E o que isso significa para mim exatamente?


-Especialização principalmente. Irá fazer faculdade em Yale, Harvard, Cambridge, Oxford, onde quiser... Desde que esteja disposto a isso.


Essa era uma das coisas que mais admirei no meu pai e na minha mãe, eles nunca falaram: Você deve fazer isso! Nada de pressão. Eu e Emmett sempre tivemos opções de fazer nosso futuro e o apoio incondicional deles, ainda nessa situação, um passo importante da empresa estava ali, sendo perguntado se eu queria fazer isso! Sorri e me levantei, Carlisle se levantou.


-Pai, muito obrigado. – Dei a volta pela mesa e o abracei forte. – Sim, e quero. Ponha-me na melhor universidade que conhecer sobre engenharia naval.


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Meu pai me correspondeu calorosamente e senti um braço dele abandonar minhas costas e chamar Emmett para o abraço, e que é claro que ele prontamente aceitou esmagando minhas costelas e as de meu pai.


Eu não lembrava de ter tido uma notícia melhor nos últimos meses.


-E mais uma coisa, filho. Teremos um jantar em comemoração a isso na sexta.



Bella:


Já fazia uma hora que eu estava trocando sms lindos com o meu namorado lindo e com o estômago roncado porque o Cullen não chegava da reunião de negócios com o pai dele e o irmão troglodita.


[De: Jake Black

Para: Bella Swan

Posso ir ai e levar o almoço, ai comemos juntos. Isso se sua irmã não cismar em comer o que é meu de novo. ]

Ri de nervoso e diversão ao mesmo tempo, nervoso por ver que ele ainda lembrava do incidente com Alice e sua fome inexplicável, e diversão por imaginá-lo todo saradão fazendo comida para mim... Ui.


[De: Bella Swan

Para: Jake Black

Hm... Parece muito divertido, mas seria mais legal se fossemos comer em outro lugar. ]

Não expliquei que eu tinha um marido no qual eu estava casada por puro interesse financeiro e que não queria que eles ficassem frente a frente, tanto é porque eu não confiava totalmente nessa nova cara do Cullen, vai que ele desembesta a querer me ferrar justo com Jake? Tudo bem que ele acordaria infértil devido a minha castração caseira, mas isso não vem ao caso.


[De: Jake Black

Para: Bella Swan

Você pode vir aqui na minha casa. ]

Tentei me recompor do mini-choque que tive só em pensar de ir na casa dele comer junto com ele. Apesar de ser apenas um convite inocente, um sexto sentido apitava que ele queria muito mais do que somente almoçar, pode parecer idiota, mas eu sinceramente não estava pronta para uma situação dessas.


Uma coisa era dar uns amassos, uns beijinhos mais ‘calientes’, mas outra totalmente diferente era efetuar o ato. Alice me dissera que fora uma experiência maravilhosa e ainda mais maravilhosa entre ela e o príncipe Jasper. O básico eu sabia, lógico! Eu pesquisei muito no Google e tive esse tipo de aula constrangedora na escola, onde os meninos começavam a querer reparar em qual das meninas tinha já algum ‘aperitivo’ e as que não tinham –como eu- ficavam tentando ter, ou viravam nerds e fodiam a parada toda.


Não gostava muito de lembrar da escola, principalmente porque foi lá que enfrentei a dura realidade que eu não era atraente, e sim a conta monetária que crescia por trás de mim, vários garotos no qual pensei que fossem descentes saíram comigo por causa dessa infeliz realidade.


Estudar em uma mesma escola a vida toda também não anulava isso, apesar de eu ter ficado bonita depois dos quinze anos, na medida certa, todos ainda me olhavam com aqueles interesses. Nunca desejei tanto ter uma mãe como nesses tempos, Alice era uma irmã apenas e nunca conseguiu ter o peso nos conselhos que uma mãe de verdade teriam. Fugir dessas realidades era um passatempo que eu gostava de fazer, e por causa disso eu conhecia bem os bairros mais afastados de Miami.


[De: Jake Black

Para: Bella Swan

Ainda ta ai?]

[De: Bella Swan

Para: Jake Black

Desculpe a demora, aceito seu convite de almoçarmos.]

Não demorou até Jake me enviar o endereço, sorri ao ver o bairro conhecido, era próximo algumas quadras da boate que eu o conheci. Arrumei o cabelo e peguei meu celular enquanto abria a garagem para pegar meu Camaro.


-NÃO É POSSÍVEL, É HOJE QUE EU CASTRO AQUELE IMBECÍL!



Edward:


Ok, com certeza absolutamente NADA ia estragar meu dia hoje! Depois de ler a nova sms do meu celular tive certeza de que tudo estava indo melhor do que nunca, com certeza era meu dia de sorte. Estacionei o Aston Martin na calçada, eu queria sair de novo, o dia estava muito bom para ficar dentro de casa.


Abri a porta da frente assobiando uma música que tinha ouvido na rádio enquanto estava vindo para cá e senti uma movimentação atrás de mim, me virei instintivamente e segurei o punho pequeno da garota Swan que praticamente babava de raiva.


-Ta louca, mulher? – Perguntei pasmo me livrando de outro soco.


-TO SIM E VOCÊ TA MORTO!


Enquanto segurava suas mãos não esperei pelo próximo golpe, seu chute foi certeiro na minha virilha me fazendo gemer de dor e soltá-la.


Meu dia não ia piorar? BOM ELE FOI PRO CACETE.


-NÃO FODE FEDELHA, O QUE FIZ PRA VOCÊ? – Gritei enquanto massageava o local dolorido tentando fazer a dor ir embora.


-VOCÊ DESTRUIU MEU CAMARO! PORRA ISSO FOI BAIXO ATÉ PRA VOCÊ! EU NUNCA ENCOSTEI NO SEU ASTON MARTIN, NUNQUINHA E VOCÊ NÃO TINHA O DIREITO DE DEPREDAR MEU CAMARO!


-Golpe baixo? Esse que você me deu foi bem baixo, sua endiabrada. E eu não fiz nada com seu carro.


-ENTÃO ELE DECIDIU VIRAR UM TRANSFORMERS NA NOSSA GARAGEM E POR FALTA DE ESPAÇO ELE FICOU TODO AMASSADO?


-Eu juro que não fiz nada a aquele carro!


-E então quem foi, gênio?


-Tenho cara de quem tem uma bola de cristal na cabeça? ACHO QUE NÃO!


-Bom, ela é grande o suficiente e aposto que o espaço aí dentro caberia uma fábrica.


Me levantei, a dor tinha abrandado e a Swan continuava vermelha de raiva, o que me divertiria se fosse eu quem a tivesse causado, o que não tinha sido o caso! Andei até a garagem sendo seguida pela garota e quando vi seu carro fiquei chocado.


Ele estava com os vidros quebrados e pneus furados, alguns amassados na lataria e arranhões. Com certeza aquilo tinha sido um vandalismo dos brabos, mas não explicava como que poderia ter acontecido, a final ela não saiu na noite anterior. Nenhum de nós dois ouvimos nada suspeito enquanto dormíamos... Nada parecia se encaixar.


-Eu juro que não fui eu! – Repeti tentando fazê-la ouvir.


-E eu sou a fada madrinha! – Bella me deu tapas no braço. – Seu idiota eu nunca faria isso com seu carro!


-Mas... – Desisti de tentar fazê-la ouvir e peguei seus punhos novamente, dessa vez me curvando um pouco na defensiva para não tomar outro chute. – Calma, vamos analisar as hipóteses está bem?


-Eu confiei em você! – Ela me acusou.


Soltei-a e fui para dentro da garagem, tentando fazer alguma descoberta e olhar o Camaro destruído mais um pouco, havia batidas e pontas de cigarro pelo teto e jogadas no chão, garrafas long neck e de outras bebidas fortes. Porém a idéia de que alguém roubou o carro, o destruiu e o devolveu era muito ridícula para que eu acreditasse nela, parei de analisar o Camaro e quando me virei vi algo na parede que com certeza não estava lá.


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-Bella, vem cá. – Chamei-a apontando para a parede. – Ao que parece quem fez isso deixou um recadinho.


TEMOS UM PEQUENO ACERTO DE CONTAS A FAZER, SWAN.ME ENCONTRE NO VELHO ESTACIONAMENTO DO WALL ÀS QUATRO DA TARDE! NÃO SE ATRASE. R.



Bella:


Depois de ler o aviso que eu não tinha visto de primeira, senti um calafrio percorrer pela minha espinha.


-Bella, isso é sério, essa pessoa R entrou aqui no meio da noite para fazer isso com seu carro, ela pode muito bem acabar com sua raça, temos que ligar pra polícia...


-Não sou garota de abaixar a cabeça pra qualquer infeliz não. Quero ver os olhos do infeliz que fez isso com meu bebê e fazê-lo pagar.


Edward me olhou incrédulo quando ele ia abrir a boca para falar eu o impedi tapando-a com minha mão.


-Edward eu vou fazer isso, porque ninguém faz isso comigo e saí assim, de boa na lagoa. E você vai me ajudar.


-E porque eu te ajudaria? – Ele perguntou contra minha mão.


-Porque você é o cabelo ensebado mais próximo no momento!


Tirei minha mão de sua boca e abracei sua cintura.


-Vamos lá, Ed... Me ajude a fazer isso, só isso que to te pedindo! Ai eu te perdôo por ter nascido! Que acha?


Ele saiu do meu abraço recuando alguns passos até a saída da garagem.


-Nem ferrando.


-Ta.


Andei teatralmente jogando meu cabelo na cara dele quando passei em sua frente e depois me virei.


-Mas vou pegar um pequeno empréstimo. – Falei exibindo a chave do seu lindo Aston Martin Vanquish V12.


Edward bateu nos bolsos e depois de cair a ficha que eu o tinha passado a perna ele tentou avançar até mim.


-Opa, opa, opa, não tão rápido... – Ameacei sacudindo suas chaves próximo ao bueiro ao pé da calçada.


-Você não se atreveria, Swan.


Fingi deixar a chave escorregar e seguir até o bueiro me divertindo com o pânico crescente do Cullen e sorri.


-Acha mesmo? – Bati-as contra a grade do bueiro.


-Ok, ok. – Ele falou se rendendo. – Eu te ajudo, agora pare com a palhaçada.


Sorri vitoriosa me levantando e destravando seu carro, entrando no lado do motorista.


-Pode tirar o cavalinho da chuva... – Edward começou a reclamar me impedindo de fechar a porta. – Dirigir o meu carro nem a pau.


-Sabe onde é o estacionamento velho Wall?


-Não mas...


-Então não fode e entra no carona.


Depois de um monte de palavrões, contrariado, Edward finalmente fechou a porta e deu a volta no carro entrando no lado do carona, sua carranca estava armada e eu fiz esforço para não sorrir, felizmente foi fácil porque eu me concentrei no meu objetivo, acertar as contas com esse tal de R.



Edward:


Bella dirigia compenetrada, vi que seguíamos para os bairros mais afastados de Miami, para a área mais marginalizada e de periferia, cheia de becos e coisas suspeitas, todas as coisas que fariam minha mãe ter um troço só de ouvir o nome.


-O que é esse estacionamento do Wall exatamente?


-É um estacionamento que pertencia a uma antiga rede Wall Mart, o prédio da rede ficou condenado e então foi abandonado. Agora é um lugar freqüentado por uma galera ai.


-E você conhece isso como...?


-Conhecendo, Cullen.


Apesar de ter sido uma pergunta relativamente fácil e curiosa a Swan me cortou desse jeito! Que garota mais desaforada! Eis ela dirigindo meu Vanquish e me dando patadas por conta de uma pergunta infeliz, me virei pra janela olhando as pessoas que olhavam para nós enquanto passávamos, provavelmente porque só viram um modelo desses na televisão.


-Está chateado? – Swan me perguntou na cara lavada.


-Não, agora dirige. –Respondi seco, até eu me assustei!


-Ah, vamos lá, Cullen! Eu é quem deveria estar com essa carranca, a final quem perdeu o carro fui eu.


Olhei para ela cético, a final meu carro estava com ela.


-Ok, quer saber? Eu fugia pra cá. Freqüentava alguns becos e algumas festinhas clandestinas, onde as pessoas vinham falar comigo porque me achavam bonita e divertida e não por causa da conta que meu pai tem no banco. Satisfeito?


Novamente pensei naquele quarto que invadi, na garotinha meiga e nos desenhos onde a figura materna mudava constantemente, mas nunca o olhar esverdeado que era compatível ao da garotinha, de repente eu senti pena dela, a final ter amigos interessados só no quanto eles podem ganhar com isso deveria ser horrível.


Não que eu nunca tivesse tido um caso desses, a final quando a empresa do meu pai ingressou finalmente nas revistas e fotos da nossa família apareciam por todos os lados, muitos tentaram se aproximar, mas felizmente eu tinha meu pai e minha mãe, além de Emmett para conversar e tirar um pouco desse stress emocional, mas Bella parecia só ter Alice, a final ela não falava de Charlie com a mesma admiração que eu falava do meu pai.


-Lamento por isso. – Me limitei a dizer sem a irritação.


-É, foi uma merda mesmo, mas felizmente acabou. E chegamos.


Bella estacionou e checou a hora no painel do carro, chegamos exatamente às quatro. Depois de nos encararmos e respirarmos fundo, saímos do carro. Assim que batemos a porta do meu Vanquish barulhos de derrapagem e cantadas de pneus ecooaram por todos os lados.


Bella:


O barulho alto fez meus ouvidos tinirem, mas me mantive ereta esperando o que quer que R tivesse para mim, foi quando vários Mustang, Camaros mais antigos e alguns Audi, todos com acessórios que você só vê em jogos como Need For Speed estacionaram nos encurralando, e o ultimo carro vermelho como uma cereja, uma BMW estacionou mais próximo.


Uma arruivada de cabelos encaracolados nas pontas, saiu do carro batendo a porta atrás de si, depois de sorrir ironicamente retirou os ray-ban revelando olhos cor de chocolate.


-Isabella Swan? Então essa é você?


Não respondi e senti a mão do Cullen segurar meu ombro, como se me dissesse para manter a calma. Não a retirei.


-Bom, agora eu to chocada! Como você pode ser assim? – Ela apontou para mim. – Nem atrativos essa garota tem!


-Edward, eu vou socar o cacete nessa mulher. – Eu disse entredentes num sussurro baixo que a distância de R seria impossível distinguir qualquer coisa que fosse.


-Segura a onda, é isso que ela quer.


-Então eu vou fazer.


-Não vai não, sossega, olha você tem que...


-Vocês poderiam discutir a relação depois? – R nos interrompeu.


-O que você quer? – Perguntei em pura irritação tentando ao máximo ignorar essa mulher.


-Básico! E muito simples. Quero que você pare de dar em cima do meu homem.


Olhei para Edward confusa e ele me olhou com o mesmo jeito, depois olhamos pra ela.


-Se for ele, cara pode pegar. – Eu disse apontando pro Cullen. – Eu tenho bom gosto.


Senti minha nuca arder e olhei fula da vida para Edward, ok eu mereci o tapa.


-Queridinha, eu também tenho, e por isso me refiro ao Jake Black e não ao aspirante a vampiro. Fala sério... Edward né? Pega um sol.


Senti o Cullen querer partir pra cima e eu o segurei.


-Lembra, é isso que ela quer.


-Eu vou dar o que ela quer. Deixa dez minutos eu cuidar dessa daí e ela vai ver...


-Porque vocês homens tem que tudo levar para o lado sexual. É CASO DE MELANINA MEU FILHO E VOCÊ TA EM FALTA!


Juro que teria rido da cara de descrença que ele fez para mim, mas Edward recuou virando o rosto para o lado.


-Mas o que você ia dizendo? – Perguntei a R.


-Que quero que você se manque e deixe meu homem. Jake Black.


-Deve estar acontecendo um engano, a final Jake é solteiro.


-Mas isso não quer dizer que ele esteja disponível para qualquer uma que nem você! Se ainda tivesse alguma coisa que você fosse melhor que eu, eu até entenderia, mas não! Olhe pra isso!


Agora eu fiquei irritada. Me desencostei do carro e fui encarar ela, R era umas duas cabeças mais altas, mas que fique claro que essa vadia usava um salto alto pior que o da Lady Gaga. Ou não, sei lá.


- Escute aqui, se estou com ele é porque ele gosta de mim e não de você! Se manque e acho bom você ir logo me passando a grana para eu concertar a merda que você fez a meu Camaro.


R riu alto, e depois de fingir limpar uma lagrima ela me encarou.


-Se você se diz tão melhor do que eu, vamos por seu Camaro em jogo. Se me ganhar, eu te devolvo seu Camaro inteirinho, como era antes. Caso perca, desista do Jake e do seu Camaro.


Era arriscado, perder ia contra todos meus preceitos, ainda que R não cumprisse sua promessa eu queria ganhar. Alias, eu queria parar de chamar a vadia toda hora de R.


-Qual o seu nome?


-Renesmee Carlie.


-Então, Renesmee Carlie, dê o desafio e ele estará aceito.


[...]


Prendi meu cabelo no alto, em um rabo de cavalo desajeitado pela falta de espelho. Edward estava debruçado sobre seu Aston Martin olhando fixamente para Renesmee, como se com seus olhos estranhamente azuis pudessem desintegrá-la no espaço ou fazê-la subitamente vir pedir desculpas por conta da humilhação que o fez passar.


Seus olhos deslizaram encontrando os meus que acidentalmente ainda o encaravam. Desviei os olhos e me concentrei em me aquecer para a competição. Eu sabia que minha vantagem era pouca mas ainda sim iria encarar de frente.


-Boa sorte.


Me sobressaltei sem esperar que o Cullen estivesse ao meu lado, apenas sorri e peguei a minha arma que ele havia carregado para mim.


-Não sou boa atiradora, acho que vou realmente precisar.


-Fique calma, apenas se concentre e atire somente quando o necessário.


-Tentarei lembrar disso.


O homem selecionado para ser o árbitro da partida deu o sinal de todos a postos, engoli a seco ligeiramente nervosa, mas concentrada em meu objetivo. Olhei para Edward novamente e ele acenou como um sinal de “boa sorte” e então o apito soou.


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-Hora de Paint Ball!



Edward:

Assim que Bella se abaixou uma bala passou por onde a pouco tempo estava sua cabeça, o jogo ia ser feio e pelo visto não era apenas eu que me dava conta disso. A garota Swan então tentou ir até o capô no carro em que se escondia para ter proteção e ao mesmo tempo lugar para mira, assim que apontou sua arma e pos um pouco da cabeça para fora da sua área de isolamento uma bala a acertou na testa.


-Aiiii!! – Bella gemeu se escondendo e largando a arma.


-NÃO LARGA DESSA ARMA SUA JUMENTA! – Não consegui esconder a indignação, tudo bem não saber atirar, mas largar a arma e ficar esfregando testa no meio de um jogo de paint ball era morte na certa.


-OLHA AQUI SEU CABEÇUDO, NÃO FODE OK? SE FOSSE O SEU TESTÃO E NÃO A MINHA CABEÇA TALVEZ NÃO FICASSE NESSA POSE AI.


Sacudi a cabeça em descrença, com certeza era completamente inútil tentar dar algum conselho. Bella recuperou sua arma e trocou de barricada indo para mais perto, em uma corridinha agachada que rendeu alguns tiros vindo de Rensmee mas que por alguma intervenção divina erraram.


A garota Swan estava completamente perdida, quando ameaçava levantar eram mais tiros e ela se abaixava acovardando-se. Passei a mão no rosto frustrado.


-ATIRA, BELLA! DESSE JEITO VOCÊ VAI ACABAR PERDENDO! – Gritei para ela.


Bella me olhou brevemente e depois para sua arma, a segurou firmemente contra o peito, e checou se a mão direita estava corretamente posicionada na leve alavanca que dispararia caso pressionada. Respirou fundo e se jogou para fora de seu carro/barricada atirando.



Bella:


As palavras do Cullen surtiram efeito. Era inevitável ter medo, mas com certeza era opcional se render a ele, então eu simplesmente mirei e atirei. Renesmee estava também exposta e isso fez que eu a acertasse, não pude evitar sorrir, eu tinha mesmo acertado! E lá estava ela, com dor na barriga! Eu a acertei!


Olhei para trás a fim de ver a cara de Edward diante da minha vitória ele estava alarmado, e olhou para mim e para minha oponente. Enchi meus pulmões para perguntar o porque daquilo, porém não houve tempo.


Assim que me virei vi primeiro o cano preto da arma apontado para mim e Renesmee de pé suja de tinta na cintura com um sorriso irônico.


-Você perdeu.


Fechei os olhos esperando o estalo doído da arma na minha cabeça, a dor seria grande e eu já me imaginava tendo de ser carregada para fora dali, na verdade a decepção de perder meu Camaro era outra dor somada a que eu iria sentir... Desejei ter podido escolher algo no qual eu não fosse ridiculamente humilhada como tinha sido no Paint Ball, mas minha prepotência me fez ser precipitada, não pensar que poderia perder.


Nossa eu estava mesmo convivendo muito com o ego de Edward!


E falando nele... Esse tiro já me tirou de órbita? Porque ainda estou aqui? Sem dor? Morri?


Abri os olhos e vi a ultima coisa que pensaria em ver na face da Terra. Bem, pelo menos não pensaria em vê-la depois do esculacho que a garota do gueto, Renesmee, mandou pra cima de Edward.


E lá estava ele, agarrando-a num beijo de desentupir uma privada, a bandida parece ter se rendido ao Cullen pois esfregava-se nele como uma gata no cio, apertando os cabelos dele como se fosse tirá-los. Sua arma caiu e disparou para o alto fazendo os dois se separarem ofegantes e de lábios muito vermelhos.


-Bom, agora dêem o fora daqui. – A biscateira falou arrumando o cabelo como se quer tivesse dado o beijo no Cullen. – E isso não muda nada – Ela apontou para Edward e para mim. – Afaste-se do meu homem, Swan, estou te avisando. Jake é meu.


Me levantei disposta a deixar essa discussão ridícula para lá. Sem carro, sem dignidade e completamente sã de que viveria essa humilhação por muito tempo ainda me encaminhei até o carro de Edward que estava mais afastado, a final o cara não era idiota de deixar sua pintura prata exposta ao Paint Ball que rolara.


-Hey, Bella, espere. – Edward me acompanhou em uma pequena corridinha. Parei para ouví-lo. – O que foi aquilo heim?!


-Não ralha pra cima de mim, fiz merda eu sei. Mas pelo menos não desentupi a boca de bueiro daquela biscateira.


Ele riu.


-Bom, você deveria me agradecer por fazer aquilo.


-É mesmo, e posso saber o por quê, senhor garanhão de esquina?


Edward sacudiu um molho de chaves com o símbolo da BMW, olhei o veículo vermelho sangue estacionado ao lado do Aston Martin e para a chave.


-Esta de sacanagem?


-Vai pegar ou não? Temos que dar o fora daqui e ir comemorar seu novo carro.


-Fico te devendo uma!


Peguei a chave e saí correndo para o carro que agora era meu! Meuzinho! TODO MEU! Quase parei para beijá-lo mas não havia tempo, tínhamos que sair dali antes que a gangue em peso viesse para cima da gente, pulei a porta –algo que sempre quis fazer em um conversível! – e dei a partida saindo do estacionamento o mais rápido possível e apreciando o grito de raiva de Renesmee ao longe.


-Bella! – Edward me gritou do seu carro que estava ao meu lado na estrada.


-Oi! – Respondi toda feliz.


-Vamos comemorar?


-Com certeza! Onde iremos?


-Me siga.


[...]


Estávamos ainda mais longe do centro, na verdade estávamos em uma rodovia que dava para Orlando, dirigimos por cerca de uma hora e meia e eu estava sinceramente me perguntando a onde o Cullen estava me levando.


Quase perdi o pequeno estacionamento lotado demais para um estabelecimento no meio da estrada e no meio da noite, Edward estacionou a longe e eu o segui estacionando a seu lado.


-O que é aqui? – Eu podia ouvir os rocks antigos e a voz rouca do Jon Bom Jovi a longe.


-É um lugar onde eu venho quando quero espairecer.


Edward parecia realmente conhecer o lugar, ele segurou a porta com uma pequena cortininha vermelha para eu entrar e esperou enquanto eu absorvia o novo ambiente, totalmente diferente do que imaginei.


As paredes eram todas de madeira com tijolinhos, havia um balcão longo e único, com algumas mesas apenas, o restante do espaço era ocupado por alguns casais que aproveitavam da boa música. O lugar não era grande e por isso as pouco mais de cinquenta pessoas o fez ficar cheio, porém, ainda com isso, ainda era possível ver como tudo estranhamente parecia cantar a música e as guitarras, não era preciso um volume alto, apenas ambientado e a música parecia pertencer ali.


Vários violões estavam pelas paredes assim como alguns posters e autógrafos que não reconheci.


-Nossa! – Falei visivelmente encantada pelo lugar.


-Essa palavra resume tudo que esse lugar é. – Edward comentou enquanto passava um cartão de consumo na máquina e pedia drinks para nós. – Espero que goste de tequila.


-Então teremos uma boa comemoração!


-Com certeza, eu roubei um carro pra você. Devemos comemorar minha nova carreira no mundo criminal.


-Como é aquele ditado mesmo? – Forcei a minha mente para lembrar. – Ladrão que rouba ladrão...


-Ganha cem anos de perdão?


-Isso.


-Fora a parte que eu não sou um ladrão, então acho que no mínimo cinquenta.


As bebidas finalmente chegaram.


-Bom, deixando de lado sua cota de crimes e perdões, podemos brindar?


-Claro, a essa noite.


-A essa noite.


[...]


-Bella, você disse que me devia uma, certo? – Edward perguntou depois de tomarmos mais uma tequila.


-Sim. Por quê?


-Quero que dance comigo. – Ele disse sorrindo torto, como se tivesse paralisia de um lado do rosto. Qual o problema com o velho sorriso até o dente sizo que o Coringa tem e que todos tentam usar?


Talvez ele devesse achar que aquilo era sexy.


-Ed meu chapa, paro com esse sorriso tosco, as meninas vão achar que você tem probleminha. – O alertei.


-Você não me respondeu sobre a dança.


Olhei para a pista vazia, eu não era má dançarina, e tudo estava estranhamente convidativo a aquela dança, o calor ameno, a música de fundo, o lugar já mais escurecido...


-Ok.


Edward:

All Against The Odds – Phil Collins

Foram necessários poucos passos para chegar a pista de dança vazia. O dia de semana era provavelmente o fator para que o lugar estivesse desse jeito... Mas isso não me importava, na verdade eu mal percebi isso quando pisei no tablado especial, ali estava Bella a minha frente, me olhando esperando que eu reagisse.


Peguei sua mão com cuidado, era tão pequena e branquinha... parecia não oferecer segurança nenhuma contra o mundo lá fora, mas eu sabia que era apenas uma aparência que ela mesma lutava contra. Posicionei minha mão em sua cintura e ela terminou de se posicionar para a dança.


O piano e a voz calma do Phil Collins conduziu-nos a uma dança calma, onde eu conduzi a dama a minha frente, hipnotizado, pela música, pela luz baixa... Pela garota a minha frente.


De repente reparei que a respiração dela era desregular, os lábios entreabertos denunciavam que ela estava respirando mais pela boca do que pelo nariz. Seus olhos antes castanhos agora estavam negros com a pupila praticamente toda dilatada. Será que ela sabia que estava corada?


Minha mente, a parte dela que não estava embriagada me fez lembrar de tudo que a mesma garota que eu estava admirando e dançando, já tinha me feito horrores... Do quão eu a achei ridícula quando a vi pela primeira vez no hall do Resort discutindo com a balconista.


Não compreendi a minha tentativa de lutar contra o que parecia inevitável... Parecia outra dimensão, onde não havia ódio, onde ela não era o diabo no qual eu tinha me casado. Ali ela era Bella. A garota do quarto. A garota que tinha garra, persistência... A garota mais bonita que eu conhecia.



Bella:


Edward me olhava profundamente, um olhar que me fazia hesitar, sentir meu coração e respiração descompassar. Não era um olhar convencional. Havia algo além.


E eu o olhava da mesma forma.


Eu tinha plena certeza das minhas bochechas coradas, por causa do álcool, logo relatei a minha mente. Mas eu sabia que não. Eu nunca tinha reparado direito no Cullen, e agora que fazia tentava entender como eu tive uma imagem tão deturpada dele no início. Reparei nas suas orbes agora escurecidas, havia uma pintinha cinza no meio do azul que agora era de um oceânico profundo. Seus cabelos brilharam quando o feixe de luz o atingiram, era sedoso, não oleoso e seboso.


Sua boca era fina, rosada... Suas pérolas perfeitas se escondiam ente seus lábios pouco abertos. Ele era alto demais e eu me senti de repente menor do que nunca.


Me permitir olhar para seus olhos hipnotizantes novamente foi um erro. Ele me olhava dentro dos meus também. Corei mais ainda. Tentei falar algo, mas nada saia a minha boca, eu se quer sabia se conseguia falar, se conseguia oxigênio o suficiente para formar qualquer som.


Edward também entreabriu os lábios e eu não entendi o frio que correu pela minha coluna, não entendi porque meu coração bateu assas como um passarinho feliz. Como as borboletas no meu estômago.


-Bella...


-Não diga nada.


Soltei-o interrompendo nossa dança e o abracei pelo pescoço, Edward imediatamente pressionou minha cintura, puxando-me para ele, e juntos , como se não houvesse escolha, se não houvesse diferenças... Fomos de encontro um para o outro.