Conversamos com nossa avó, e ela ficou feliz, ela disse que estávamos certas em nos afastar um pouco de tudo o que aconteceu nos últimos meses, e tentar nos reaproximar uma da outra. Fizemos ela nos prometer que iria para oásis como as amigas, e que não ficaria sozinha, ela nos prometeu, disse que estava pensando em fazer isso antes, e que ficaria feliz em ver as 'garotas' do oásis de novo.

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Estava tudo certo, e nosso avião partiria amanhã ás 6:00 da manhã. Já estava tudo pronto. Já havíamos arrumado nossas malas e reforçado nos agasalhos, iriamos para Berlin na Alemanha e lá neva quase todos os meses, quando não neva a temperatura nunca é alta o suficiente, então estaríamos preparadas.

A noite foi como eu tinha imaginado, estava tão ansiosa que não conseguia pregar os olhos. Passei a noite em claro, mas no dia da viagem eu não me sentia nem um pouco cansada. Muito pelo contrário, eu estava me sentindo disposta e estava ainda mais ansiosa. Klara parecia bem, e bastante animada. Fomos para o aeroporto com 2 horas deantecedência. Os portões para embarque abriram ás 6:10 e partimos para Berlin ás 7:20 da manhã.

Quando posamos em território Alemão meu coração contorceu-se dentro de mim. Agora eu tinha medo e tudo o que queria era voltar para Belize.

- Klara, acho que não foi uma boa ideia.

- Anikka, agora nós já estamos aqui. - Ela pegou minhas mãos tremulas. - Vai dar tudo certo, mesmo que o certo não seja o melhor, vocês precisam conversar. - Deu-me um beijo demorado na bochecha.

- Espero que sim. - respirei fundo a fim de que a coragem viesse com o vento e preenchesse meus pulmões.

Já passavam das nove da noite, então preferimos ir direto para o hotel que minha mãe tinha nos reservado.

Berlin era divina, as luzes me hipnotizavam e faziam com que minha ideia de não morar em cidade grande começasse a desaparecer.

O quarto que minha mãe nos reservou era magnifico... Agora eu posso ter uma vaga ideia do quanto minha mãe ganha como corretora...

A noite passava extremamente devagar, e como o esperado eu não consiguia dormir. Fico imaginando como será quando eu reencontrar Tom. Como ele vai reagir? Como ele será que ele está? Será que mudou muito?

Já passava das 4 da manha e eu ainda não tinha conseguido se quer tirar um cochilo de 5 minutos. Klara dormia na cama ao lado da minha, eu queria conversar, mas não acordaria minha prima, que por sinal causava-me inveja, pois parecia ter um sono pesado com sonhos felizes. Com o que será que ela sonhava? Será que com o namorado, que por falar nisso não tinha mais nenhuma noticia, ou será que sonhava com arco íris e unicórnios? Por que, pela sua expressão, poderia ser com isso que ela sonhava.

Fiquei encarando o teto branco sobre minha cabeça, e as 8:00 resolvi me levantar. Mesmo sem ter dormido eu não me sentia nem um pouco cansada, pelo contrário, sentia-me mais disposta do que em outras vezes em que havia dormido a noite toda.

Segui para a sacada. Abri as grandes persianas que impediam que a luz do luz penetrasse nosso quarto, em seguida abri as portas que levavam a varanda. Encarei aquela maravilhosa cidade que Berlin era. Enorme e magnifica, se você quiser palavras para defini-la.

Depois de fitar a paisagem e imaginar onde o endereço das cartas me levaria, fui ao banheiro concluir minha higiene matinal diária. Como de costume, senti-me atraída a tomar um banho. Meus músculos relaxaram quando aquela água quente caiu sobre meu corpo.

Enrolei-me a uma toalha a fim de escapar do frio que arrepiava meus poros. Como o imaginado, nevava em Berlin. Coloquei uma calça jeans justa, que destacava minhas poucas curvas, uma blusa qualquer, a primeira que vi com o meme ''Me gusta'' estampado, que ganhei de presente de um primo distante no natal do ano passado, afinal, ninguém a veria, já que ela estaria coberta por dezenas de casacos pesados.

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Segui minha intuição, e vesti logo três casacos. Eu tinha comprado casacos novos antes de sair de Belize, mas nada que me protegesse do frio que fazia em Berlin.
Deixei um bilhete para Klara dizendo onde iria, e que ela poderia me encontrar lá se quisesse. Resolvi não acorda-la, afinal, sua presença naquele lugar só me deixaria mais nervosa, com ainda mais medo.
Quando fui para a porta de entrada do hotel, me dei conta que o frio que eu imaginava ser forte e impiedoso era na verdade milhões de vezes mais forte do que esperava. Mesmo estando de luvas de uma lã grossa, minhas mãos pareciam estar segurando enormes pedras de gelos. Puxei as mangas dos casacos que usava na tentativa de que o dor que o frio causava em minhas mãos cessasse.

Peguei um taxi entreguei o papel com o endereço anotado para o taxista, que para minha sorte, falava inglês fluentemente.Ele disse que o endereço nos levaria para o lado oeste da cidade e que poderia ser um tanto longe, mas não importava... Fomos em direção ao endereço que mudaria meu futuro, só não sabia se para pior ou para melhor, mas com certeza mudaria. Encarei o vazio através das janelas embaçadasdo táxi, e assim seguimos a viajem, até o taxista parar e dizer

'' É aqui senhorita''